Barcaça que ao longo do seu
trajeto a que se propus navegar seja em águas serenas ou rebeldes dos
tempos, tem percorrido e desta forma dando a conhecer o pouco da nossa terra.
Viajamos pelo associativismo pelas suas
dificuldades pelas suas lutas.
Através de Mário Silva seguimos e
redescobrindo a história das nossas pedras que aos nossos antepassados lhe
deram a palavra para que hoje depois do trabalho desenvolvido nos traz até nós
esse sabor de quem somos de onde vimos e tentar saber para onde vamos, na
abordagem à Igreja de Santa Maria Madalena do séc. XIII explica-nos com perspicácia
o seu contributo.
Já José Craveiro nos habituou a uma
descrição com bastante alegorias e metáforas sobre as nossas gentes, os seus
afazeres as suas dores e os seus sorrisos, (Mês de maio) é isso mesmo.
Dília Fernandes leva-nos ao século
passado nas suas crónicas quinzenais, abrindo desta vez a sua biblioteca e a
falta de espaço físico, mas não no pensamento.
Reporter Mabor (Olímpio Fernandes) atualiza-nos
na área do desporto o que anda a fazer o ACM e Resultados da Divisão de Honra
do Carapinheirense sempre com a lágrima no canto do olho do seu tão querido
atlético.
Sempre viajamos pelas palavras e nada
melhor que iniciarmos esta 17ª edição com um poema (Eu quero ver o mar!) Onde
uma criança na sua pequenez sonha com essa imensidão que a todos nós nos diz
tanto. Já Garça Real dá-nos o sabor no seu poema onde podemos encontrar o nosso
mundo, sal, mar, flores, ternura e magia.
Isabel Capinha leva-nos à reflexão do
nosso respeito pelo próximo.
Com a nossa nova convidada Isabel
Tavares, nesta sua estreia na Barcaça trouxe-nos (O amor há de vencer) que no seu
passeio pelas ruas da sua cidade deixa-nos embalar pelas ondas do seu mar.
Barcaça na sua própria caraterística dos
temas e sabendo do interesse do seu público através de Carolina Aires mais uma
vez aborda com simplicidade na defesa dos direitos dos Homens. Coloca neste seu
texto a importância da Família como alicerces importantes para todos nós, mas
interliga-os com três vetores na sua pirâmide (Família – Mãe – Médico) e toca
na ferida do nosso SNS e na dificuldade que hoje temos em ter um médico de família.
O nosso amigo Francisco Leal, escreve-nos
as preocupações das festas e romarias do concelho nomeadamente da Vila de
Montemor tocando no que se deveria fazer longe da propaganda.
Victor Camarneiro no dia do seu
aniversário, olha com tristeza os caminhos percorridos pela autarquia que se
apodera dos movimentos associativos estrangulando o seu poder de exercer com
Liberdade a sua atividade. Afirmando: -
“20 anos que correram depressa, deram frutos, mostraram a
enorme capacidade dos cidadãos montemorenses e suas organizações, mas que a
partir de determinado momento se deixaram aprisionar, passaram a viver à
babugem de um certo compadrio partidário e político e perderam a autonomia,
mais parecendo extensões da Câmara Municipal e Juntas de Freguesia”
Na nossa Livraria como sempre dedicamos
espaço ao mais pequenos desta feita escolhemos um livro de Álvaro Magalhães “O
ESTRANHÃO” e para os mais graúdos “Cinco Cidades que Dominaram O MUNDO” de
Douglas Wilson. Douglas
Wilson funde, com irresistível minúcia, os momentos críticos nascidos nas
cidades mais influentes da história – Jerusalém, Atenas, Roma, Londres e Nova
Iorque.
Já na nossa rúbrica gastronómica uma visão sobre a Evolução da gastronomia, nos Direitos dos Homens coincidindo com o número da nossa edição Artº 17 (direito
à propriedade) em momentos difíceis que atravessamos que alguns direitos...!!!
Boas viagens! (TopSecret)
Vida para lá da pandemia?
Percorremos campos vales planícies e poucas serras
Entrámos por vielas caminhos estradas de todas as cores
Acordamos com o cheiro a maresia aos fenos das terras
Olhamos nos olhos diretores poetas artesãos outros senhores
Quem me dera voltar atrás para brincar à cabra-cega, ao pião, ao berlinde, ao botão.
Beber água do rio e apanhada de peixe, andar descalço pelo asfalto e
subir ao castelo com o cântaro da água.
Nos
domingos na Praça “Mayor”
lá do burgo cheira as espigas doces e assistir aos
graúdos nas suas discussões de futebol, boleias para Figueira e tantas e tantas
histórias que me ficaram na memória.
As
festas eram divididas entre as coletividades um ano Atlético Montemorense,
outro a Filarmónica 25 de Setembro e pelos Bombeiros Voluntários deMontemor-o-Velho até que o poder as chamou a si e umas das bases de receitas
destas coletividades se evaporaram para outros condomínios.
Depois
apareceram os formulários que muitas coletividades tinham dificuldade em
preencher devido não só a complexidade dos pedidos exigidos, mas muitas delas
nem computador tinha.
E
avançamos no tempo e algumas conseguiram apanhar o "autocarro" e lá entre os
pingos da chuva se vão safando, outras desapareceram.
Esse mal que atravessamos hoje devido ao longo período da pandemia, esse mal já vinha de outros tempos, falta de pessoas para os cargos diretivos e a fraca mobilização/fixação de pessoas na terra devido a não existir oferta de trabalho faz com que muitos tenham de procurar empregos noutros concelhos e no fim de semana dedicam-no à família afastando-se das Associações.
Agora
que estávamos a sair da pandemia debatemo-nos com uma inflação que não pára de
subir devido à guerra, que retira poder de compra e logo não é boa para as
associações, mas pergunto-lhe novamente o que fazer?
Reinventar os procedimentos, interagir com a sociedade, procurar outros tipos de atividades que consigam cativar os jovens.
Sei que somos capazes, porque todos os Portugueses já o demonstraram que são capazes de fazer das tripas coração e reerguer a sua coletividade a sua associação o seu clube, para isso o poder local tem uma palavra a dizer e abrir formas simples das associações conseguirem preencher a imensidão de papelada seja com ações de formação seja através do pelouro do Desporto horas de apoio para que não fiquem as Associações entregues a si mesmo porque não tem acesso fácil no pedido de apoios.
Recordo
que em tempos o Presidente da Câmara/Vereador do pelouro correspondente, nos
recebia fora da hora normal porque muitos dos diretores trabalhavam fora do
concelho e só depois do seu horário de trabalho podiam estar nas reuniões, e
agora como é?
Ao
percorrer várias freguesias, verifica-se que nos portais das mesmas há uma grande
dificuldade em aceder seja às atas como aos formulários, será que essa lacuna
não podia ser reparada e assim facilitar o trabalho das Associações? São estas
pequenas coisas que nos podem dar algum alento em aceitarmos ser dirigente e
não ficarmos com medo da burocracia que hoje está imposta.
Programa de Apoio a Equipamentos e Modernização Administrativa
Formulário do Programa do Apoio a Equipamentos e Modernização Associativa 2022
Programa de Apoio a Infraestruturas
Formulário do Programa do Apoio a Infraestruturas 2022
Bem
vindos ao Associativismo!
Igreja de Santa Maria Madalena
De origem
medieval, já existia em meados do século XIII. A freguesia de Santa Maria
Madalena já existia em 1251, pois nesse ano, a 11 de março, expediu Inocêncio
IV a bula “Sua Nobis”, dirigida ao bispo de Viseu, para obrigar os priores de
várias igrejas da diocese de Coimbra, entre elas as de Santa Maria Madalena,
São Salvador e São João a pagar ao bispo as procurações que lhe deviam “ratione
visitationis”.
Foi uma das duas igrejas (a outra S. Miguel) cujo padroado D. Manuel I ressalvou da doação de Montemor-o-Velho ao príncipe D. Jorge, em 1500. Era da Coroa Real, teve priorado e anexo o hospital com o mesmo nome, para o tratamento de raparigas honradas e solteiras. O papa Paulo III concedeu ao conde de Tentúgal, D. Rodrigo de Melo, duas terças partes dos frutos da igreja. O bispo de Coimbra, D. Manuel de Meneses, foi seu prior e, depois de bispo, sagrou-a. Foi sede duma das antigas paróquias da Vila e rendia, no princípio do século XVIII, uns 200$000 réis anuais. Também aqui funcionou a Irmandade de Nossa Senhora da Piedade, com compromisso de 1574. Encontra-se abandonada e arruinada desde finais do séc. XIX.
Na última
década desse século, apesar da paróquia estar extinta, os mortos eram
enterrados dentro da igreja e no adro, de parceria com o “cemitério da
Borralha”, a Alcáçova e São Martinho. Este edifício modesto encosta-se à
barbacã sul do Castelo.
Do que resta, podemos observar a porta principal, simples, sem impostas e arestas chanfradas, com arco quebrado equilátero (em ogiva), do século XV, por cima da qual existe uma fresta. No lado esquerdo da frontaria foi colocado um campanário manuelino, de duas ventanas grandes e uma pequena no vértice, com esferas, que também decoram a cimalha da empena. A sul, a porta travessa é retangular e chanfrada, cravando-se sobre ela uma cabeceira de sepultura, discoide, com cruz florenciada, símbolo frequentemente utilizado na arte tumular como representação da fé em Jesus Cristo (a sua estrutura assemelha-se com a cruz latina, mas as suas extremidades são ornamentadas com formas parecidas com a flor-de-lis) e, igualmente, símbolo da Ordem de Avis, ordem religiosa de origem militar criada por cavaleiros portugueses no século XII. No interior, em frente a esta, há uma mísula de ornatos em cordas, manuelina, trabalho popular. Na esquina da capela-mor, há uma lápide romana dedicada a Júpiter Óptimo Máximo [I]OVI / O(ptimo) M(aximo) S(acrum).
Em 1758, era
descrita como sendo uma igreja de nave única, com três altares. No altar-mor
encontrava-se o Santíssimo Sacramento e as imagens de Santa Maria Madalena, S.
Sebastião e Santo Estevão. Num dos altares colaterais, estavam as imagens de
Nossa Senhora da Piedade, S. Mateus e S. Brás. No outro altar colateral,
encontravam-se as imagens de Santa Luzia, Santo António, S. Matias, Santa
Catarina, Santo Antão e Santo Amaro. Desconhecemos o paradeiro destes altares e
imagens.
Mais
recentemente, entre 2017 e 2021, no âmbito das obras de reabilitação da
envolvente sul do castelo, é alvo de importantes trabalhos de requalificação,
passando a estar enquadrada por parte da rede pedonal projetada pelo arquiteto
Sisa Vieira para aqueles espaços.
Mês de maio.
Era uma vez um rapaz que era muito tímido e quando falava com alguma
rapariga tinha certo receio de dizer alguma coisa menos própria e por isso era
muito pouco falador e até um pouco envergonhado.
Uma vez, no dia um de maio de madrugada, ia ele com uma grade da
lavoura às costas para semear um terreno de milho, quando apareceu uma rapariga
que dizia gostar muito dele e que sem mais demoras começou a falar com ele. Ela
tinha uma bilha de água à cabeça e ele lá estava com a grade.
Ela falava, falava, sempre de
bilha à cabeça e ele de grade às costas.
Tanto falaram que o sol chegou ao poente. Era o fim do dia, e ela aí
dar conta que o dia acabava, suspirou e disse:
- Aí mês de maio, mês de maio, mês de amargura, que mal amanhece logo
é noite escura.
Ele dando meia-volta, virou para casa dizendo bem alto:
-Leve o raio a mulher mais o tanto falar que nem a bilha nem a noite
a faziam calar.
Se o cuco não veio em abril, ou está morto ou em maio ha- de vir.
Um abraço.
Os Livros
Ando à procura de espaço para os nossos
livros. Cada vez são mais. Há dias ouvi um jornalista dizer assim um tanto a
brincar, por que razão não se reciclavam os livros, se os jornais tinham esse
fim... Até é verdade, mas não me vejo a colocar um livro num contentor.
Assim estou na iminência de ter de
adquirir uma estante baratucha, e colocá-la no hall de entrada, quase atrás da
porta, porque outro local também já não há. Eu até estou com medo de começar a
tratar disso, porque depois pego num livro, abro, leio, abro outro, recordo, e
o tempo vai passar sem que eu me aperceba.
Tenho alguns com mais de cem anos, esses
devidamente arrumados, são para mim relíquias, assim como outros não tão
idosos, mas também já na terceira idade.... Sim, porque o estatuto não deve ser
só para os humanos.
Já a minha mãe gostava de ler, e aos
poucos comprou a obra de Júlio Dinis.
Foram esses os primeiros romances que
mais tarde eu li, porque nessa altura os pais é que decidiam o que se devia ou
não ler.
Eu gostava muito daqueles romances da capa e espada do
Walter Scott, e também das histórias de Roma e dos Romanos.
Posteriormente adquiri outras preferências e li escritores estrangeiros e nacionais, ficando fã e ainda hoje sou do "nosso"
Eça de Queirós.
Quando casámos o meu marido também trouxe livros de vários autores, e entre eles alguns do escritor da sua preferência que é o
Ernest Hemingway.
Apreciava-o sobremaneira, de modo que eu
quando entrava numa livraria, e naquela altura havia muitas, comprava sempre
para ele mais um livro deste Nobel. Hoje estive com alguns na mão, e a
recordar; sabe bem...
Mas ao longo dos anos nunca deixámos de
comprar livros, (ainda agora) e eles vão-se acumulando. Contagiámos as filhas
no mesmo sentido, que além dos livros de estudo, também adquiriram coleções.
E assim aqui estou a debater-me com a falta de espaço; - ou melhor, o espaço é
que já está demasiado ocupado, e eu sem coragem para considerar os livros como objetos
inúteis, pelo contrário dou-lhe o valor que merecem.
Mas será que alguém se atreve a deitar
os livros fora?
Se tal acontece, eu mesmo com tantos
para acondicionar, ainda sou capaz de ir recolher os "enjeitados..."
Montemorense -Seixo de Mira, na final da Taça
Inatel, disputada no estádio Municipal de Condeixa, no próximo dia 29 de maio,
pelas 16 horas, confirmando a vitalidade desportiva do Atlético Clube
Montemorense (A.C.M.) fundado em 1938, do século passado, cujo percurso de
altos e baixos, faz parte da sua mística ao longo da sua história.
Os que vivem e acompanharam o A.C, M.
durante décadas, sabem e conversam ainda hoje sobre o seu potencial desportivo,
feito por Montemorenses dedicados em fases complicadas em que se falava das chaves
no gabinete do Poder Local, como se fosse o encerramento das suas portas!
Saibamos recordar os fundadores, não
esquecendo os que partiram e que tudo fizeram para que hoje o nosso orgulho se
justifique na melhor gratidão dos que com a sua paixão, podemos hoje e no
futuro trazer ao peito o seu emblema e se falava em vitalidade no A.C.M.,
vejamos a pequenada e os seus dirigentes neste cartaz que anuncia novos tempos
e fortes motivos de esperança na continuidade desportiva do A.C.M.
Já no que se refere ao Campeonato da Divisão de Honra onde milita o Carapinheirense deixo-vos aqui resultados e classificações e próxima jornada.
Eu quero
ver o mar!
a criança repetia:
- Eu quero ver o mar
E a Mãe sorria e via
o mar no seu olhar…
Ao longo da tarde
a criança repetia:
-Eu quero ver o mar
Os montes ondulavam e brilhavam
Em verde de encantar
Já o soninho chamando…
a criança repetia
-Eu quero ver o mar
E o sol desfez-se em bronze
Para a criança acalmar
E a tarde fez-se mágica
As flores rendilharam
Uma canção de embalar
Mas… eu…quero… ver… o… mar…
que diariamente pronuncio…
Sabem a mar,
a flores, a ternura,
sabem a ti…
Leves como o vento,
sopram docemente,
quando as escrevo…
E há nelas a magia
tão ansiosamente esperada…
Em troca,
oiço respostas
vagas, imprecisas …
Julgo ouvir o meu nome,
há ainda em mim o eco da tua voz,
o som dos teus passos,
o calor da tua pele…
Depois,
mais tarde,
continuam a ser de sal
de lágrimas
as palavras
que escrevo num papel,
já madrugada,
e gravo em mim
para sempre ….
SONHA
Sonha, porque a vida sem sonhos é como
um dia sem sol.
Cuida-te para valorizares cada momento
da vida.
Chora, quando tiveres de chorar para
aliviares a tua alma.
Sorri, quando tiveres de sorrir e ri
quando tiveres de rir para te compreenderes a ti mesmo(a)!
Fala, para que não deixes nada por
dizer.
Vive, como se o tempo fosse dono do teu
tempo, pois ele é tão determinante na vida.
Sê participativo(a) e ativo(a), não
esperes para viver tudo o que a vida te proporciona, não demores, aproveita
esse teu tempo.
Ama para entender o quão importante são
todas as pessoas e os sentimentos!
E essa é a melhor prenda podemos dar uns
aos outros: AMAR e SER AMADA(O)!.
Clik no Poema
Dia da Família e Dia do Médico de Família Maio é um mês bonito, o mês das flores, do Dia da Mãe, do Dia da Família e do Dia do Médico de Família!
A 19 de Maio celebra-se
o Dia Mundial do Médico de Família.
A Medicina Geral e
Familiar é a especialidade medica que mais se dedica à promoção da saúde,
prevenção da doença, ao cuidar da pessoa e sua família ao longo de toda a vida.
No nosso concelho de
Montemor assistimos a um processo transversal a muitas zonas do País: a
aposentação das primeiras levas de Médicos de Família em Portugal (é
especialidade desde 1990). Tivemos no nosso concelho Médicos de Família durante
anos, que aqui “caíram” e aqui ficaram. Fizeram a sua carreira nas nossas
terras e, apesar da maioria não residir no Concelho, mantiveram fortes laços
connosco. Foram muitos anos!
Excetuando a zona de
Arazede, que conta com a USF Araceti desde 2013 (USF modelo B, de referência noACeS Baixo Mondego), todas as outras freguesias têm problemas com Médicos de
Família. Os Médicos de Família estão sempre a mudar, e os mais duradouros
parece que não têm grande vontade de aqui fazer a sua carreira.
A ARS Centro tem feito
a sua parte e tem aberto vagas para o Centro de Saúde de Montemor (sede e
extensões) em todos os concursos de mobilidade e de recéns especialistas.
São vagas, logo à
partida, mal-olhadas e pouco desejadas.
A Carapinheira é um bom
exemplo de perplexidade – porque não para nenhum Médico de Família nesta Vila?!
Temos o privilégio de
pertencermos a um concelho ao lado da cidade dos Doutores, com o maior rácio de
médicos por população.
Ou seja, há médicos por
estes lados! Temos também o privilégio de estar muito próximos de autoestradas
e vias rápidas. Ou seja, os médicos facilmente chegam às nossas localidades.
Temos o privilégio de contar com serviços com acordos com o SNS que facilitam a
execução de exames, farmácias, rede de apoio social, lares.
Ou seja, os médicos têm
colaboradores na comunidade para a prestação de cuidados de saúde.
Qual ou quais os
motivos para os Médicos de Família não se fixarem em Montemor?
O que é que a população
pode fazer?
Qual o papel da
Autarquia nesta questão?
Quais as diligências
que devem ser tomadas (e por quem) para que a prestação de Cuidados de Saúde
Primários seja de qualidade e de proximidade a todas as pessoas do nosso
Concelho?
Há muitas perguntas,
muito a ser discutido e planeado. Há vontade?
Só desejo que os
próximos anos sejam de saúde para a saúde de Montemor. E desejo a todos os meus
colegas Médicos de Família muita alegria e felicidade, em todos os dias de
trabalho!
Já agora… que seja em
Montemor
Festival do Arroz e da
Lampreia sem Sal
Ainda a propósito da
última edição do Festival do Arroz e da Lampreia é preciso dar nota sobre alguns
aspetos de grande relevância e pertinência.
Bem sei que foi a
primeira edição após um período de interregno devido à pandemia que abalou tudo
e todos. Mas como ficou à vista de todos, a última edição deste festival gastronómico
ficou aquém daquilo que era o esperado e foram as edições anteriores.
Também sei que para
muitos ainda podia existir alguma resistência ou dúvida de estar num espaço que
supostamente contaria com a presença de um grande aglomerado de pessoas.
Essas podem ser as
desculpas oficiais que nos transmitiram ou que nos foram ditas para justificar
a falta de organização, de preparação e planeamento do evento.
No entanto aquilo que
constatámos foi que pela primeira vez tivemos uma espécie de “boicote” das
associações do concelho de Montemor-o-Velho ao certame. Aquilo que é a alma e a
essência deste festival, ou seja, a verdadeira mostra gastronómica do nosso
concelho não existiu.
Muitas destas
associações do concelho costumam aproveitar este festival para angariar fundos para
conseguir manter as suas atividades vivas e com dinâmica durante o ano.
No entanto, e apesar
desse balão de oxigénio que as associações garantiam com as receitas, houve uma
inédita ausência do certame.
Para além disso, e não
tenho nada contra restaurantes que sejam fora do concelho de Montemor-o-Velho,
mas verificou-se apenas a existência de um único restaurante do concelho.
Ora com a ausência do
tecido associativo e a pouca oferta gastronómica que existiu, verificou-se
aquilo que já era esperado, pouca adesão da sociedade. Nem a aposta da câmara
nos concertos salvou o festival. Isto porque a maioria das pessoas apenas se
deslocou para assistir ao espetáculo e nada mais.
Perante isto tudo e
depois de apurar ao certo o que aconteceu é preciso apresentar as verdadeiras
razões.
1. Primeiro temos de
recuar um pouco no tempo e perceber o que aconteceu edição de 2020 (início da
pandemia). Se bem se recordam nessa altura estava a pandemia a surgir em força
no nosso país e muitos eventos estavam a ser cancelados. No entanto
o executivo camarário
decidiu manter a realização do evento. Mas no final do primeiro fim-de-semana
do festival, a câmara decidiu cancelar tudo. Ou seja, tudo o que eram
associações e que tinham feito o seu investimento para adquirir os bens necessários
para dar resposta ao evento, ficaram com grandes prejuízos uma vez que o
festival foi interrompido a meio. Na altura, e é bom de referir que estamos a
falar de associações amadoras e que sobrevivem graças ao voluntariado de muitos
colaboradores, pediram ajuda à câmara municipal para colmatar esses prejuízos.
E esta, pura e simplesmente, esteve a borrifar-se para a situação. Não quis
saber e deixou-os completamente entregues a si próprios;
2. Depois para que este evento funcione e tenha sucesso, é preciso haver uma parceira entre a câmara e as associações do concelho. Isto porque como já foi referido, a maioria delas funciona à conta do voluntariado e da boa vontade de muitas pessoas.
Ou seja, do chamado
“amor à camisola”. E por isso mesmo as pessoas não podem estar disponíveis para
estarem durante uma semana e meia assim de um dia para o outro. Porque qualquer
uma delas tem a sua vida pessoal e profissional fora destes eventos. Isto é,
tem de haver uma concordância de datas e um planeamento atempado para que as
pessoas se possam organizar. A câmara não pode marcar as coisas “em cima do
joelho” de um dia para outro e esperar que todos andem à sua mercê;
3. Por último, e não
obstante, com efeito das alterações climáticas começamos a verificar que na
altura em que se realiza o festival, assistimos com cada vez mais frequência, a
uma ausência de chuva que provoca a pouca oferta de lampreia. A continuar assim
não será de todo descabido de repensarmos a altura em que se deve realizar o
festival;
Depois de tudo isto, e resumidamente,
assistimos mais uma vez à falta de organização, de planeamento e de concertação
com o tecido associativo do concelho. Mais uma vez assistimos a um show-off que
não se traduz na verdadeira essência para o qual são criados: ajudar a promover
e manter vivas as tradições e o associativismo do concelho de Montemor-o-Velho.
No dia em que cumpro 63 anos de idade –
nasci em 15 de maio de 1959 – volto a publicar nova crónica na Barcaça, desta
vez tecendo considerações a propósito das expetativas por mim alimentadas desde
jovem adolescente relativamente ao desenvolvimento e progresso do concelho de
Montemor-o-Velho.
Aos 15 anos tinha a certeza absoluta que
a democracia nos conduziria ao progresso e que o futuro nos sorriria a todos de
igual modo, sem exceção, independentemente da condição social, idade, género,
naturalidade, religião, cor, eu sei lá…, em minha opinião éramos todos iguais e
estimáveis, apesar de se vislumbrarem aqui ou ali alguns sinais contraditórios
que davam mostras de hesitações e provocavam páras e arranques pouco
recomendáveis, não só ao nível nacional como também no plano concelhio que,
afinal, era o que mais interferia e frustrava a verdura da mocidade.
Numa vila bastante politizada, sede de
concelho, principal “antro” de debate político e território de associações
muito marcadas por pressupostos de esquerda e extrema-esquerda, os primeiros
anos foram realmente bastante aguerridos e mobilizadores, independentemente de
as eleições autárquicas e legislativas nunca terem acompanhado essa linha mais
radical, bem pelo contrário, já que, salvo quatro mandatos do PSD, todos os
outros foram exercidos pelo Partido Socialista, cenário parecido na Assembleia
Municipal, Assembleias e Juntas de Freguesia onde o Partido Comunista e/ou CDU
estiveram representados e venceram muito poucas vezes.
Tempos em que o concelho de Montemor se
empolgou, a sociedade civil mostrou uma enorme capacidade e múltiplos projetos associativos
e institucionais ganharam forma um pouco por todo o concelho. Tempos em que o
coração saltava do peito e desafiava quem quer que fosse para a importância da
sua participação no processo de transformação e desenvolvimento de cada lugar e
freguesia, escusando-me eu de enunciar todos esses movimentos e dinâmicas para
não ajuizar em causa própria e correr o risco de ser mal interpretado, ainda
assim sem qualquer receio de afirmar que até 2005 o concelho fervilhou e
materializou centenas de projetos e iniciativas, criou empregos, produziu
ideias e estratégias, inovou e tornou-se caso de estudo no panorama regional,
nacional e internacional, ao ponto de aqui se ter construído um centro náutico
europeu com pista olímpica de remo e canoagem, mas também capaz de acolher
outros desportos de natureza diversa.
“20 anos que correram depressa, deram
frutos, mostraram a enorme capacidade dos cidadãos montemorenses e suas
organizações, mas que a partir de determinado momento se deixaram aprisionar,
passaram a viver à babugem de um certo compadrio partidário e político e
perderam a autonomia, mais parecendo extensões da Câmara Municipal e Juntas de
Freguesia do que entidades autónomas e donas dos seus destinos, sendo disso
exemplo a subserviência da muitas delas perante a Câmara Municipal na pessoa de
quem nunca deu provas nem demonstrou quaisquer competências ou méritos para o
exercício de determinados cargos, bastando para o comprovar começar a avaliar
uma a uma e perceber o que já foi e é agora, ou então recordar eventos que
antes se realizavam sob a égide de entidades não-lucrativas e agora correm
todas sob a alçada da Câmara Municipal.
E a verdade é que Montemor já não é o
que era! Perdeu o ânimo e passou a adquirir eventos em vez de os conceber, não
propõe nada de novo, replica os tiques que sempre reprovei quando vejo hordas
de políticos locais e muitos convidados externos a banquetearem-se à conta do
orçamento municipal em muitos desses eventos, quase como um insulto à pobreza e
aos menos bafejados pela sorte que de bom grado veriam transformadas as
lampreias e garrafas de champanhe, entre outras comezainas, em cabazes de
primeira necessidade para distribuir pelas famílias necessitadas, que as há e
muitas no concelho.
Cresci no concelho e acreditei a seguir
ao 25 de Abril quando tinha apenas 15 anos que iríamos fazer de Montemor um
concelho de excelência que chegasse a ser capaz de impedir os naturais de
partir pelas melhores razões, mas hoje, dia em que completo 63, desculpem, mas
a realidade diz-me exatamente o contrário!
Lamento!
RESUMO
Como Jerusalém, Atenas, Roma, Londres e Nova Iorque transformaram a História.
Em Cinco Cidades que Dominaram o Mundo, Douglas Wilson funde, com irresistível
minúcia, os momentos críticos nascidos nas cidades mais influentes da história
– Jerusalém, Atenas, Roma, Londres e Nova Iorque.
Wilson lança um desafio à nossa
compreensão coletiva da história com a justaposição da liberdade e das suas
falhas intrínsecas; o livre arbítrio e as suas responsabilidades profundamente
enraizadas. Cada revelação atrai-nos mais profundamente para a história de cada
cidade, do seu sistema e de como floresceu e decaiu.
Cinco Cidades que Dominaram o Mundo faz a crónica da destruição, da redenção,
das personalidades e das estruturas de poder que alteraram, uma e outra vez, o
centro político, espiritual e moral do mundo. É uma perspetiva mundial,
inspiradora e esclarecedora, que incentiva os leitores a honrarem a nossa
história partilhada, contribuírem para o presente e olharem para o futuro com
uma esperança inequívoca
Evolução na culinária
Por Welcome Chef
Com o avanço da tecnologia, fica
difícil imaginar como era antigamente fazer uma receita. Atualmente se você
quer fazer um bolo, por exemplo, é só pesquisar as receitas disponíveis na
internet ou comprar um livro de culinária, mas e anos atrás, como isto era
feito?
Caderno de receitas, isso mesmo, eram
folhas escritas à mão, onde as pessoas anotavam todos os ingredientes e o passo
a passo, sem figuras e muito menos vídeos tutoriais. Programas de televisão
passavam os ingredientes e as pessoas tinham que correr para anotar, porque se
perdesse uma medida ou uma dica, não tinha como rever para pegar o que se havia
perdido, afinal, não existia internet.
Ao longo do tempo a cultura
gastronômica foi ganhando cada vez mais força e se aliando à tecnologia para
sua expansão, os cadernos que antes continham receitas escritas à mão foram
sendo substituídas por receitas digitais vistas em tablets e celulares, ou
impressas em papéis depois de coletadas na internet.
Hoje em dia a troca de conhecimento
entre profissionais da culinária, sites especializados em serviços
gastronômicos e os entusiastas da culinária é muito mais rápida. Os tipos de
serviço relacionados à comida também foram evoluindo, antigamente quando
quisesse jantar, ou você mesmo fazia, ou tinha um(a) cozinheiro(a) ou ia a um
restaurante, não existia ainda esta comodidade de um chef ir à sua casa fazer
uma refeição exclusivamente para você.
Deu vontade de sair procurando aquele caderno de receitas antigo ou de testar
receitas novas?
O importante é
juntar todo mundo em volta da mesa para saborear o resultado final!
1. Toda a pessoa, individual ou coletivamente, tem
direito à propriedade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua propriedade.
Nota: até ao fecho desta edição devido atrasos na entrega dos textos que desde já pedimos as nossas desculpas, serão inseridos logo que cheguem...