“Quem
não gosta de política acaba por ser governado por quem gosta.”
A máxima faz sentido sobretudo agora, quando nos aproximamos das eleições
autárquicas. As ruas enchem-se de cartazes e promessas que poucos acreditam,
porque, de quatro em quatro anos, parece que tudo se repete. Ainda assim, fica
a esperança de que um dia surja alguém capaz de cumprir o que promete e de
transformar, para melhor, a vida dos munícipes.
Nesta
edição, partilhamos os testemunhos de quatro candidatos que aceitaram o convite
da Barcaça para expor as suas ideias para o concelho e para a
União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões:
· Bruno
Rodrigues (PS), candidato à Assembleia de Freguesia;
· Isabel
Capinha (PCP-PEV), candidata à Presidência da União de
Freguesias;
· Bruno
Costa, candidato à Presidência da mesma Freguesia.
· Carolina Aires, candidata a Presidente da Assembleia
Municipal
· António Marinho Silva Candidato à CMMV
Os
textos são publicados pela ordem de chegada e sem qualquer preferência
editorial. No próximo dia 12 de outubro os eleitores decidirão
o vencedor, e, na edição seguinte, daremos espaço a uma entrevista mais
alargada com o eleito.
Até
à saída desta edição, não recebemos mais contributos.
Cultura
e Reflexão
Mantemos
também as habituais colaborações que dão identidade à Barcaça:
· Mário Silva na continuação dos Ilustres Manlianenses PARTE IX
Dr. José Augusto Peixoto de Almeida Ferreira Galvão
· Carla
M. Henriques continua a oferecer-nos as suas
reflexões, agora que se aproximam os seus 45 anos, partilhando sorrisos íntimos
e uma nostalgia doce: “Cada traço é memória. Cada linha é amor vivido.
Hoje, quero apenas a verdade.”
· Fernando
Curado recorda o emblemático Hotel Aliança,
na Figueira da Foz.
· Maria
Forte, nova colaboradora, apresenta-se com simplicidade e
emoção: “Montemor-o-Velho é, para mim, esse ponto de partida e de
regresso.”
· António
Girão, no seu estilo peculiar, fala-nos da importância
das amizades verdadeiras e genuínas.
Poesia
A
poesia é já marca desta publicação, e nesta edição contamos com:
· Garça
Real,
que nos traz versos de “sal e sol, rosas, flores e liberdade”;
· Isabel
Rama,
com o poema Hino à Liberdade, adequado a este tempo de eleições;
· Isabel
Tavares, que nos surpreende com o poema PESSOAS.
Livros
e Música
Na Livraria,
a escolha recai sobre A Quarta Revolução – A Corrida Global para
Reinventar o Estado, leitura que se revela tão necessária quanto atual.
Na secção
de Música, revisitamos um clássico: Total Eclipse of the Heart,
de Bonnie Tyler, com a sua melodia inesquecível.
Boas
Leituras
Desejamos
a todos uma boa leitura e que esta Barcaça continue a ser
espaço de encontro entre política, cultura e reflexão.
Eleições Autárquicas 2025
Caros
amigos e amigas,
Sou
o Bruno Rodrigues, candidato pelo Partido Socialista à Assembleia
de Freguesia da União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões.
É
com orgulho, responsabilidade e profundo compromisso com esta terra que
aceitei esta candidatura. Porque acredito na nossa União de Freguesias, no seu
potencial, na sua história, nas suas gentes – e, acima de tudo, acredito que é
possível fazer mais e melhor.
Tenho
25 anos de experiência no Associativismo, oito dos quais como
Presidente, sempre de forma voluntária e gratuita – porque é assim que deve
ser! Há quase 20 anos que sirvo a causa pública no atendimento
municipal, o que me permitiu conhecer de perto os assuntos da gestão
autárquica. Nos últimos 4 anos fui Secretário da União de Freguesias, o
que me deu a oportunidade de conhecer cada rosto, cada rua, cada canto da nossa
União. Sempre com a mesma missão: SERVIR, em EQUIPA!
E
é isso que quero continuar a fazer – com o vosso apoio.
Tenho
comigo uma equipa de Gente que Faz, presente em todas as localidades,
cada uma com a sua identidade, tradições e costumes, que tornam a nossa União
de Freguesias mais forte e única. Os seus habitantes têm orgulho em pertencer a
esta comunidade: sabem valorizar as tradições, preservar a memória do seu povo,
apreciar a qualidade de vida, cuidar dos espaços públicos e contribuir para o
bem comum. O nosso programa eleitoral reflete exatamente isso.
Não
trazemos promessas vagas, mas sim medidas exequíveis e ambiciosas:
🔹 Ambiente,
Limpeza e Higiene Urbana– Campanhas de vacinação e esterilização animal. –
Ações de sensibilização contra o abandono e os maus tratos.
🔹 Cultura,
Desporto, Lazer e Associativismo– Apoio a eventos de artesanato e
gastronomia local. – Reforço da atividade física e promoção de eventos
desportivos, sociais e culturais das associações.– Continuar a desenvolver o Dia
da Criança.– Promover atividades para os Seniores da União de
Freguesias.
🔹 Educação,
Ação Social e Saúde– Apoiar as IPSS da União de Freguesias. – Fomentar a
colaboração entre coletividades e escolas, valorizando o património histórico,
cultural e desportivo.– Continuar a apoiar o mérito e a excelência na
Educação.
🔹 Equipamentos
Coletivos e Infraestruturas– Interceder pela requalificação de estradas e
pelo alargamento das pontes junto ao Moinho da Mata e ao Casal Raposo /
Fonterma. – Em parceria com a Câmara, encontrar solução para o muro do antigo
edifício da Junta de Gatões (atual infantário).– Prosseguir a requalificação
dos cemitérios, fontes e lavadouros.– Criar uma rota rodoviária entre a
Vila, o Centro Náutico, o comércio e os serviços em dias de grandes eventos.
🔹 Desenvolvimento
Económico, Social e Turismo– Apoiar o comércio local e as suas
iniciativas. – Realizar um evento tecnológico de inovação e resolução de
problemas.– Incentivar a natalidade com reforço do apoio monetário.–
Promover os produtos locais.
Este
é o nosso compromisso: trabalhar com dedicação, responsabilidade, escuta e
diálogo, sempre atentos às necessidades das pessoas.
Queremos
estar ao vosso lado, nas pequenas e nas grandes decisões, porque a
política local faz-se de gestos concretos, presença no terreno e respeito por
todos.
Apresentamos
um programa claro, realista e ambicioso – feito por pessoas da terra,
com sentido de missão e vontade de fazer diferente e melhor.
🌹 O nosso lema é
simples e verdadeiro: GENTE QUE FAZ!
Muito
obrigado. Contamos com todos!
Estimados Amigos/Amigas
Com
a experiência e dedicação à nossa comunidade podemos construir um futuro mais
justo e inclusivo para todos.
Como
mulher, entendo as necessidades específicas de várias faixas etárias e grupos da
nossa freguesia, e estou pronta para fazer a diferença.
Acredito
que a nossa freguesia merece ser representada de forma equilibrada, onde todas
as vozes sejam ouvidas e respeitadas. Tenho consciência das dificuldades que
muitas mulheres enfrentam, seja no acesso a cuidados de saúde, segurança ou
oportunidades. A minha luta será também pela melhoria da qualidade de vida de
todos os cidadãos, com um olhar atento para as necessidades mais urgentes da
nossa freguesia.
Muitas
vezes, as mulheres são subestimadas ou deixadas de lado na política. Quero provar
que, com dedicação e trabalho, podemos mudar a realidade da freguesia para melhor.
O
meu compromisso é estar sempre disponível para ouvir as vossas ideias e preocupações.
Acredito
que, trabalhando juntos, podemos tornar a freguesia um lugar melhor para viver.
Este
é o momento de darmos o nosso melhor pela nossa freguesia.
Juntos,
podemos fazer a diferença.
Conto
com o seu voto para levar a nossa comunidade para um futuro mais justo, inclusivo
e próspero.
Isabel
Capinha
Candidata
da CDU à Assembleia da Freguesia
Da
União de Freguesias de Montemor-o-Velho e Gatões
COM
O CORAÇÃO NO FUTURO
Em
Montemor-o-Velho e em Gatões temos raízes que nos ligam ao passado e, ao mesmo
tempo, a ambição de crescer e projectar o futuro.
É
com esse espírito que a coligação Mudar Montemor Juntos (PSD/CDS) se apresenta
às próximas eleições, com o coração como símbolo e guia.
O
coração, porque dele nascem os sentimentos que nos movem: o amor pela nossa
terra, a alegria de ver a comunidade prosperar, a saudade que nos lembra de
onde viemos e a esperança que nos mostra até onde podemos chegar. O foco da
nossa equipa é claro: as pessoas. É por elas que nos propomos a dedicar os
próximos quatro anos da nossa vida, com a proximidade e a disponibilidade de
quem acredita que a Junta de Freguesia deve estar sempre ao lado da população.
Queremos
responder rápido a quem precisa, apoiar os mais fragilizados e trabalhar em
conjunto com todas as respostas sociais da freguesia. Ao mesmo tempo,
acreditamos que a economia local deve ser estimulada, dando força aos pequenos
produtores, organizando feiras e eventos que valorizem o trabalho e os produtos
da nossa terra, criando oportunidades para todos.
Também
o ambiente é uma prioridade: abrir trilhos de natureza, cuidar dos espaços
florestais, preparar melhor os acessos para combate a incêndios e resgates,
zelar pela limpeza regular de ruas, fontes, lavadouros e parques de merendas.
Não
esquecemos o património que conta a nossa história e nos dá identidade, nem a
riqueza cultural que floresce nas nossas coletividades e associações, sempre
fundamentais para a vida da comunidade.
Tudo
isto só faz sentido porque a nossa equipa foi construída a pensar em todos os
lugares da freguesia, garantindo que cada voz está representada.
Em
Montemor-o-Velho e Gatões ninguém ficará de fora.
No
próximo dia 12 de Outubro, pedimos o vosso voto de confiança na coligação Mudar
Montemor Juntos, para que juntos possamos construir uma freguesia mais
próxima, mais forte e mais viva.
É
com o coração no futuro que acreditamos que Montemor-Velho e Gatões podem
crescer ainda mais, com orgulho no que somos e confiança no que podemos
alcançar.
Bruno
Costa
O
futuro de Montemor-o-Velho exige coragem, renovação e compromisso depois de um
ciclo 12 anos de governação do Partido Socialista onde as respostas ficaram
aquém das necessidades das populações.
Para
a CDU as candidaturas à Câmara Municipal de Daniel Nunes, à Assembleia
Municipal de Carolina Aires, e as candidaturas às oito Assembleias de Freguesia
a que nos propomos, visam transformar o concelho e começam por dar prioridade a
quem aqui vive: defendemos serviços municipais mais ágeis e acessíveis,
participação pública real nas decisões autárquicas e transparência total na
governação.
A
nossa proposta para a habitação é clara: apostamos no arrendamento
acessível, na reabilitação de imóveis devolutos e na criação de soluções para
jovens e famílias em vulnerabilidade.
Queremos
uma educação mais inclusiva e dinâmica, alargando recursos e apoio a
alunos com necessidades educativas especiais, reforçando equipas
multidisciplinares nas escolas e criando bolsas para o ensino superior. No
campo desportivo e cultural, está na primeira linha a valorização do
associativismo, o apoio a clubes e coletividades, bem como a construção de
novas infraestruturas que promovam estilos de vida saudáveis, oportunidades de
lazer e ligação entre freguesias.
A
saúde e o bem-estar representam uma questão central.
Nesta
candidatura: descentralizamos os cuidados, garantimos consultas especializadas
próximas dos utentes e investimos em campanhas de prevenção que combatam
problemas emergentes como o isolamento e a exclusão social.
Para
montar uma rede de transportes moderna e eficiente, lançamos o projeto “Concelho
em 20 Minutos”, promovendo a mobilidade suave, ciclável e inclusiva com
integração no sistema de transportes.
A
CDU assume também um compromisso ecológico sério: intensificamos a luta
contra agressões ambientais, apostamos na limpeza urbana, instalação de
contentores subterrâneos e gestão sustentável dos recursos naturais, com
educação ambiental desde as escolas para as novas gerações e a rejeição inequívoca
da exploração de caulinos.
O
território será palco de uma economia revitalizada, com incentivo ao turismo
rural, ao empreendedorismo, aos mercados municipais e ao desenvolvimento dos
parques de negócios inovadores e sustentáveis.
Na
defesa da agricultura, colocamos a valorização do regadio do Baixo Mondego e
dos produtores locais no centro das políticas, com uma gestão da água
equitativa, proteção dos animais.
A
CDU propõe respostas concretas para uma sociedade solidária, atenta às
necessidades de quem mais sofre e capaz de assegurar um verdadeiro apoio
social, com dinâmicas comunitárias regulares e acessíveis. Esta visão, expressa
nas nossas propostas para 2025, rompe com o conformismo da última década e
aponta para um Montemor-o-Velho mais justo, desenvolvido e participativo, onde
todos terão voz e oportunidades.
Mais
do que alternância, a CDU oferece mudança e soluções para DAR MAIS VIDA A
MONTEMOR!
Candidato à Câmara Municipal
João Rui Galvão Mendes
EQUIPA
CORAGEM
DE MUDANÇA!
ONTEM
JÁ ERA TARDE.
VALORIZAR O MUNICÍPIO, MESMO!
Atualmente,
o nosso Concelho enfrenta um dos maiores desafios que todos ambicionamos: a
possibilidade de ser um exemplo.
As
más memórias são muitas: a violência;
a disputa por recursos naturais; a vulnerabilidade das populações;
o egoísmo e a ganância de alguns
concidadãos. Todos verificamos isto no nosso quotidiano. Chegou a hora agir e
de participar. Primeiro pelo voto, depois pela participação
ativa, coerente e consistente.
É
tempo de dar o devido valor à terra e às gentes que a trabalham e, só será
possível, com claro crescimento de apoio municipal ao associativismo, à
concretização de mais cooperativas em
particular no sector florestal e à audição
popular.
Propomos
a criação
de Assembleias de Munícipes, regulares e extraordinárias, como forma de ouvir
os jovens, as associações de moradores e de
melhoramentos, os idosos, os cidadãos fragilizados, os cuidadores informais,
os utentes dos serviços de saúde, os
imigrantes e os pais das crianças em idade escolar.
Propomos a criação efetiva de um
Conselho Municipal de Renaturalização
e Resposta às Alterações Climáticas.
O
NOSSO PROGRAMA POLÍTICO DELINEADO PARA AS ELEIÇÕES
ANTERIORES, É MOTIVO DE CONVERGÊNCIA,
POR TODAS AS CANDIDATURAS, PELO FACTO DE ESTAR FOCADO EM SITUAÇÕES
DE MANIFESTA URGÊNCIA, DE SER DELINEADO
COM RIGOR E DE TER OBJETIVOS CLAROS E PRECISOS, DE FORMA A CONDUZIR
MONTEMOR-O-VELHO AO PROGRESSO QUE MERECE E NECESSITA.
Exigimos
uma Câmara
Municipal que tenha resposta clara aos prejuízos impostos ao município pela
PAC (Política Agrícola Comum) e que reveja o seu PDM (Plano Diretor
Municipal), como forma de reforço
dos centros urbanos e promover a resiliência
e a vida em conjunto. Queremos mais diversidade no ensino, com cursos adaptados
à realidade sócio-cultural do concelho e o fomento de uma Escola Artística e
Desportiva, para dar resposta aos residentes e a quem procura os nossos
recursos.
Apresentamo-nos
às próximas eleições
autárquicas para responder à crise social, com a força
da solidariedade, do saber e do saber fazer, de quem escuta a população
e reflete para apresentar propostas concretas que resolverão problemas
concretos. Reivindicamos uma nova orientação
para o município, centrada na coesão social e territorial, corajosa e
democrática.
Lutamos
pela criação de emprego — em especial para os
jovens do concelho —
abrangendo todos os níveis de qualificação.
Articulamos a construção de um projeto
dedicado à promoção do envelhecimento
ativo e ao cultivo da intergeracionalidade. Reclama-mos o reforço
público da rede de creches, de educação
pré-escolar e de ATL.
Apoiamos
as coletividades e as organizações artísticas,
culturais, desportivas e de espetáculos, como agentes primordiais de criação
e de divulgação cultural, musical e desportiva
no município, garantindo-lhes as melhores condições
ao nosso alcance.
Apostamos
numa rede de desporto escolar, envolvendo o município, as escolas, os clubes e
as associações, capaz de eliminar as
desigualdades no acesso e garantir a universalização
e a diversificação da prática
desportiva.
Defendemos,
convictamente, uma política de gestão florestal séria e que encontre na
diversidade industrial um caminho de progresso; defendemos o Rio Mondego e os
cursos de água em todo o Concelho, exigindo a criação
de um plano municipal de desenvolvimento arbóreo para os espaços
urbanos. Pretendemos ver aumentado o número de praias fluviais e, também, de
outros espaços públicos de convívio e lazer,
por toda a área concelhia.
Promovemos
a agricultura e a pecuária, valorizando a exploração
sustentável e biológica, com aposta na instalação
de empresas de transformação, empacotamento e
distribuição, em torno da produção
agro-pecuária local. Diversificamos a exploração
florestal e criamos ninhos de renaturalização
da floresta autóctone. Dinamizamos a indústria do turismo de modo
sustentável, tendo por base a história, a beleza natural, a gastronomia, o
desporto e a cultura.
Assumimos
de viva voz estes compromissos para o concelho:
·
↘
Assegurar
uma rede básica de transportes públicos que garantam o máximo de ligações
à rede ferroviária e à ainda frágil, SIT, patrocinada pela Comunidade
Intermunicipal de Coimbra com divulgação
de horários em forma física e nas aplicações
em uso.
·
↘
Dinamizar
gabinetes de apoio a novos empreendimentos e ao mundo rural.
·
↘
Reabilitar
as feiras e os mercados, enquanto espaços
de troca em proximidade.
·
↘
Promover
a fixação
de empresas inovadoras com base tecnológica.
·
↘
Elaborar,
anualmente, um programa municipal de cultura, que crie as suas atividades e que
supervisione e suporte as que terão como origem os agentes culturais do
Concelho.
·
↘
Articular,
com os Ministérios tutelares, programas de apoio a cidadãos em situação
de fragilidade social e económica, por razões de saúde mental e outras, a
idosos e a cuidadores informais.
·
↘
Liderar
um projeto multi-institucional integrativo das comunidades em situação
de não inclusão, a fim de serem encontradas soluções
profissionais e habitacionais condignas.
·
↘
Requalificar
o edificado municipal, cujos custos não onerem de forma a colocar em risco o
orçamento
municipal, para que possa ser cedido a coletividades carentes de espaço
digno ou servir de incubação para novas
empresas.
·
↘
Contrariar
a falta de informação e o descontrolo, no
uso doméstico e em trabalho rural, de herbicidas e pesticidas com alto
potencial de envenenamento humano e de contaminação
das terras, animais e águas,
assim como o uso de glifosato na eliminação
de ervas daninhas, dentro dos perímetros urbanos.
·
↘
Combater
e impedir a prospeção e exploração de caulinos em todo o concelho, desde já
impedindo que tal aconteça na aldeia do Meco, envolvendo também muitas das
localidades adjacentes nas freguesias de Arazede, Meãs e Carapinheira, o que
constituirá uma perda irreparável do património florestal, agricola, pecuário e
dos aquíferos da região. Connosco, não passará.
·
CONVOCAMOS
todas
as pessoas para fazer diferente, num plano de ação
que promova a transparência dos poderes
autárquicos, o desenvolvimento solidário, a cultura de cidadania ativa, a
melhoria da qualidade de vida, voltada para o equilíbrio ambiental, com
sensibilidade social, defendendo a justiça,
o serviço
público, o associativismo, o espaço
comunitário vivificado, a saúde, o emprego e o progresso.
RECUSAMOS
políticas
de continuidade que nada fazem para travar o aumento das desigualdades e que
abandonam muita gente à sua sorte. Repudiamos a política do ódio, que se
alimenta do desespero e só acrescenta crise à crise já existente.
CONFIAMOS
na
oportunidade do voto de todos, para juntarmos forças
na resposta às deficiências estruturais que
nos assolam e acreditamos que a nossa proposta política, de uma autarquia
focada nas pessoas e no bem público, será a única garantia de progresso para
as potencialidades que temos.
AVANÇAMOS
movidos
pela consciência da necessidade de mudar,
acarinhados que fomos nas anteriores candidaturas do Bloco de Esquerda e reforçados
por mulheres e homens movidos pela coragem e pela emergência
de recuperar valores humanos e por lutar pela natureza e pelo ambiente.
· Mesmo quem não costuma votar Bloco, pode contar que, no dia 12 de Outubro, o seu voto no Bloco conta. Por um projeto diferente e progressista, por uma voz que não se rende: - Nestas autárquicas - POR MONTEMOR-O-VELHO - é tempo de eleger Bloco de Esquerda.
Votem em consciência, e não em promessas de gaveta...
Saúde, bem estar, educação, mobilidade de acessos e ajudar os mais desfavorecidos é o meu lema....
Não vamos deixar ninguém para trás....
Lista
do concelho a freguesia de Montemor Velho
São
os 3 primeiros cada lista
União freguesia
Montemor Velho e Gatões
Rodrigo Nobre
Afonso Valério
Lina Luís
Freguesia Carapinheira
Jorge Louro
Jorge Claro
Ana Gabriela
Freguesia seixo de
Gatões
Márcio Pereira
Patrícia Mendes
Paulo Dentinho
Freguesia de Liceia
Vítor Monteiro
Vanessa Raposo
Tomás Gomes
Freguesia Meãs
Fátima Buco
Adélia Carapeto
Francisco Abrunheiro
Freguesia de Pereira
Paulo Branco
João Leitão
Ana Nunes
MANLIANENSES
ILUSTRES
Dr.
José Augusto Peixoto de Almeida Ferreira Galvão
(1835-1905)
PARTE
IX
Reconhecidos,
os seus conterrâneos não poupam nos encómios à sua ação, continuando a
homenageá-lo nos dias seguintes à sua morte:
A
30 de janeiro de 1905, o Montepio Recreio Instrução, em sessão extraordinária,
homenageia o Dr. José Augusto de Almeida Peixoto Ferreira Galvão, pai do sócio
e vice-presidente da direção, José Luís Ferreira Galvão, afirmando que a ele se
deviam os novos paços do concelho e o novo hospital de Nossa Senhora de Campos,
“os dois mais bellos monumentos da sua grande alma de patriota, nos quaes o
saudoso finado e distincto benemerito havia gravado em caracteres d’ouro, o
mais eloquente attestado da sua grande iniciativa e acrisolado amor pelas
coisas da terra que lhe foi berço”. De forma premonitória o presidente da
Assembleia, Joaquim António Esteves de Barros, afirmava “a memoria dos
nomerosissimos serviços que [o] doutor Joze Galvão prestou sempre,
sempre dedicadamente sem um momento de fraqueza, em prol de Montemor, durará
por toda a posteridade. E isto porque espirito como [o] doutor Joze
Galvão, almas da sua tempera, homens da sua envergadura social que, como elle,
sabem impor a sua vontade ao respeito e obediencia de todos, mui raramente
surgiam (…) n’estes pequenos burgos, pobres e desfavorecidos como Montemor,
para os defenderem e amparar contra os desmandos d’uns, as propotencias
d’outros e ainda contra os ataques d’aquelles que compriram contra a sua
autonomia e promovem a sua decadencia”. Para além de tudo isto, “foi ainda um
grande amigo dos pobres, a quem por muitas vezes soccorreu, já com os soccorros
da sua bolsa, já com o milho dos seus celleiros, sendo d’aqui tambem que
derivava a grande dedicação que sentia por todas as corporações de beneficencia
de Montemor, designadamente o hospital e (…) esta associação de soccorros
mutuos, que não poucos eram os serviços que as duas lhe deviam. Que (…)
querendo dar ainda uma ultima prova do muito que amava estas santas
instituições de caridade, d’ellas se lembrara no seu testamento, legando à
primeira 50$000 reis e à segunda 20$000 reis”. Por tudo isto e “como cinsera e
derradeira homenagem de respeito e admiração pelas suas excellentes virtudes”,
os sócios aprovaram, por unanimidade, exarar em ata um voto de sentimento por
tão infausta morte, de que seria enviada cópia ao filho, bem como incorporar-se
no préstito fúnebre que pelas 13 horas conduziria o corpo do extinto à sua
última morada.
A
4 de fevereiro de 1905, o vice-presidente da câmara propõe que em virtude dos
“muitos e valiosos serviços administrando o municipio por muitos annos”
prestados pelo Dr. José Galvão, em seu nome e no do Dr. José Maria Raposo,
presidente da câmara, ausente por motivo de doença, que na ata ficasse exarado
um voto de “profundo sentimento pela perda que o concelho acaba de soffrer e
que em signal de sentimento seja levantada a sessão. A Camara associando-se
unanimemente a esta proposta levantou a sessão, tendo primeiro resolvido que da
acta seja extrahida uma copia, na parte respectiva para ser enviada á
Excellentissima viuva do ilustre extincto.”
Finalmente,
a 19 de novembro de 1910, a Comissão Administrativa Municipal, por proposta do
seu presidente, Albino de Noronha Botelho de Magalhães, delibera atribuir à rua
Direita desta vila o nome de rua Dr. José Galvão, pelos “relevantes serviços
que a esta villa e concelho fez o fallecido Dr. José Augusto d’Almeida Ferreira
Galvão”, natural desta vila e morador naquela rua, “pagando-se por tal forma a
divida de gratidão que o concelho tinha a saldar com aquelle cidadão”
Quase
a chegar aos 45 anos, dou por mim a sorrir para dentro — para tudo o que já
vivi, para o que ficou marcado na pele, no corpo e na alma.
Não
foi fácil. Nunca é. Mas nunca deixou de ser bonito.
Trago
comigo todas as versões de quem já fui:
a
miúda cheia de sonhos que acreditava em contos de fadas, a mulher que caiu
vezes sem conta e se levantou outras tantas, a mãe que aprendeu o que é o amor
incondicional, e esta que hoje aqui está — mais inteira, mais serena, mais
consciente.
Foram
anos de gargalhadas que me encheram a alma e de lágrimas que me ensinaram a
respeitar o meu silêncio. Foram quedas que doeram mais do que pensei aguentar,
mas também vitórias que nunca imaginei alcançar. Foram mãos que me levantaram e
mãos que me soltaram — e em todas encontrei pedaços de mim.
Quase
nos 45, percebo que não tenho de provar nada a ninguém.
Já
não corro, já não vivo para caber nas expectativas alheias. Sei o que sou, sei
o que sinto, e aprendi a aceitar que também há dias em que não sei nada — e que
está tudo bem.
Carrego
rugas que não quero apagar. Nelas está gravada a história de uma vida inteira:
as marcas das gargalhadas que me salvaram, das preocupações que me moldaram,
dos abraços que me seguraram.
Cada
traço é memória.
Cada
linha é amor vivido.
Hoje,
quero apenas a verdade.
Quero
conversas que não tenham medo do silêncio, quero abraços demorados, quero
pessoas que fiquem mesmo quando não estou no meu melhor. Quero menos promessas
e mais presenças.
Quase
a chegar aos 45, não me preocupo em ser perfeita. Preocupo-me em ser feliz.
Gosto sempre de uns dias antes fazer uma retrospectiva. Olhar para trás e
seguir em frente.
45.
Quase. E talvez o maior presente desta idade seja este: saber que, apesar de
tudo, continuo a acreditar — na vida, no amor e em mim.
O Hotel Aliança, fundado no início do século XX por Domingos Martins, funcionou originalmente na Praça Nova.
A Praça Nova era então a zona principal da cidade, onde também se localizavam o Banco Mendes & Irmão, o Café Central, a Biblioteca, a Casa Havaneza, o Hotel Figueirense, o Hotel Barba Azul e os Paços do Concelho.
Mais tarde, o Hotel Aliança teve uma sucursal na Rua Miguel Bombarda, o Grande Hotel Aliança.
O Hotel Aliança estava aberto todo o ano e o Grande Hotel Aliança funcionava de julho a outubro.
Na década de 40 do século XX existiam na Figueira da Foz três instalações hoteleiras com a categoria de “Grande Hotel”: o “Aliança”, situado na Rua Miguel Bombarda, o “Portugal”, na Rua da Liberdade, e o “Universal”, na Rua dos Banhos, sendo este o mais antigo da cidade.
Com a categoria de “Hotéis” havia o “Aliança”, na Praça 8 de Maio, o “Internacional”, na Rua da Liberdade, o “Martinho” e o “Reis”, na Rua Francisco António Dinis, e o “Hotel da Praia” na Rua Miguel Bombarda.
O imponente “Grande Hotel da Figueira”, em frente do mar, surgiria só em 1953 na então denominada Avenida Oliveira Salazar.
O edifício do Hotel Aliança, na Praça Nova, foi construído após demolição da antiga residência de D. Rodrigo da Cunha Manuel Henriques de Mello e Castro e de D. Maria Isabel Bray.
D. Rodrigo da Cunha protagonizou um dos mais importantes casamentos realizados na Igreja Matriz da Figueira, quando no dia 6 de novembro de 1816 casou o seu filho D. Thomaz da Cunha Manuel Henriques de Mello e Castro, 11º senhor do Morgado da Roliça e tenente coronel do regimento de milícias da Figueira durante a guerra peninsular.
A
noiva, D. Anna Felicia de Quadros Lencastre, era filha do célebre corregedor do
Porto, D. Francisco d´Almada e Mendonça e de D. Antónia Magdalena de Quadros,
10ª senhora de Tavarede que a tradição diz que foi sepultada viva na capela do
Convento de Santo António.
O
sabor das minhas origens
Há
lugares que nos marcam para sempre.
Montemor-o-Velho
é, para mim, esse ponto de partida e de regresso.
Quando
penso nas minhas origens, é como se uma melodia suave me envolvesse, trazendo
de volta o aconchego de um tempo em que o mundo parecia pequeno, mas imenso nas
possibilidades que deixava adivinhar.
É
o cheiro da terra molhada depois de uma chuva de verão.
O
som do vento a correr livre pelos campos.
O
calor de um abraço que nos diz, em silêncio: “Estás exatamente onde deves
estar.”
A
minha mãe costumava dizer-me: “Tu não és deste mundo, és para o mundo.”
Essas
palavras, simples e poderosas, acenderam em mim o desejo de ir além: conhecer
outras terras, outras gentes, outros horizontes. Mas também me ensinaram algo
essencial, que só se voa alto quando se tem raízes firmes.
E
as minhas raízes estão aqui.
Na
rua onde aprendi a andar de carros de rolamentos.
No
mar das férias de infância.
Na
mesa onde a minha avó servia pratos que sabiam a aconchego e eternidade.
Cada
fragmento de memória é uma âncora invisível, que me lembra que, por mais longe
que o mundo me leve, há sempre um lugar onde pertenço.
Hoje,
enquanto caminho por novas estradas, levo Montemor comigo.
O
sabor às origens não se apaga: é refúgio no desconhecido, é norte no meio da
pressa, é certeza no meio da dúvida.
Por
mais que a vida me chame para outros destinos, sei que o regresso a casa é
sempre o lugar onde reencontro o meu verdadeiro eu.
As
origens não são passado.
São
eternidade.
São
a prova de que, mesmo que não sejamos deste mundo, há sempre um pedaço de chão
que nos devolve àquilo que somos.
—
Maria Forte
PREPAREM-SE!
Este texto é daqueles que eu escrevo para mim. Hoje, não sei porquê, decidi
"prantá-lo" aqui. Foi mais uma fina conversa com um ex-aluno que
agora é, meu mestre. Estão com sorte!
"Entre
a Cátedra e o Bisturi: Conversas com um Génio Rural de Classe Mundial"
Sou
um professor com uma sorte do camandro. Daquela que não se aprende em lado
nenhum, nem mesmo com os gurus das TED Talks ou nos cursos de mindfulness
importados da Califórnia. A minha sorte é crua, autêntica, e tem nome: antigos
alunos. Há alguns que, passadas décadas, ainda me surpreendem. Um deles, hoje
médico respeitadíssimo, viajado até mais não, culto até doer, é prova disso.
Culto como um padre jesuíta, mas com raízes bem fincadas nos campos onde ainda
se apanha feijão com as mãos – literalmente. Um misto de Oxford e tractor
Massey Ferguson. A combinação perfeita para conversas onde a política se
mistura com filosofia, antropologia e... agricultura biológica.
Cruzámo-nos
num café – desses que ainda têm toalhas de pano e o senhor da caixa diz “bom
dia” com genuína preocupação pelo nosso colesterol. Começámos, como sempre, por
onde não se deve: política. Porque, claro, é sempre um excelente tópico para
testar a nossa paciência e a elasticidade dos vasos sanguíneos. Mas com ele não
há risco de enfarte. A lucidez com que analisamos o mundo é tal que até os
nossos disparates parecem ensaiados por um coro grego. Falámos de tudo, sem
medo, como quem já perdeu a vergonha de ser politicamente correcto.
Ele
contou-me da sua última viagem ao Japão. Uma conferência qualquer sobre
neurocirurgia, mas o que o marcou foi o velho professor japonês que vivia a
quatro horas da universidade. Quatro. De comboio. Só para poder viver numa vila
onde o tempo parou e os peixes ainda se cumprimentam uns aos outros nos rios. O
velho, apesar de todo o prestígio académico, recusava-se a morar na cidade –
dizia que o cérebro só se mantém fresco se os olhos tiverem verde à volta. E,
honestamente, não consigo culpá-lo. A universidade ficava num betão cinzento e
o paraíso a quatro horas. Escolha óbvia.
Saltámos
daí para os povos geniais que, dentro do mesmo país, se detestam cordialmente,
mas conseguem, juntos, construir nações que funcionam. Aqueles casos onde o
ódio é administrado com elegância e dá lugar à eficiência. Um pouco como os
casamentos longos: há zanga, mas o jantar é sempre servido a horas. A Bélgica,
a Suíça, o Canadá... São mestres nesta arte. Mostram-nos que a convivência
pacífica não passa necessariamente por simpatia, mas sim por contratos sociais
bem escritos e um certo amor pela rotina.
Depois,
claro, veio o catolicismo. Não o nosso, carregado de procissões, velas e uma
culpa mais espessa que nevoeiro em Valença. Falámos dos países que parecem conservadores,
mas são, na prática, de uma abertura mental desconcertante. O México, por
exemplo, onde o mesmo senhor que vai à missa todos os dias também defende
políticas sociais mais avançadas do que muitos dos nossos partidos ditos
progressistas. Um paradoxo só aparente. A fé, afinal, não é incompatível com a
liberdade, só com a ignorância.
E,
como não podia deixar de ser, rimo-nos (com um certo desconforto) da forma como
alguns dos nossos políticos gostam de nos comparar com outros países. Como se
Portugal fosse um prato de bacalhau à Brás ao lado de uma degustação molecular
catalã. Apontam o dedo, fazem gráficos, citam relatórios que nunca leram.
Comparam o incomparável, ignorando contextos históricos, culturais e até
geográficos. Tudo com a convicção de quem acabou de ler um artigo e já se sente
apto a reformar o país com uma aplicação no telemóvel.
Durante
a conversa, dei por mim num estado de atenção absoluta. É que com este ex-aluno
não há zona de conforto. Está sempre dois passos à frente, obriga-me a acelerar
o cérebro, a manter o motor quente. Já lá vão quase quarenta anos desde que fui
seu professor. Agora somos amigos. Fiéis, cúmplices, quase irmãos de armas numa
guerra silenciosa contra a mediocridade instalada.
A
vida tem destas ironias sublimes: passamos anos a ensinar para um dia, sermos
ensinados por aqueles que nos ouviram com olhos curiosos. Aprendo com a
humildade de quem quer continuar a aprender, e com a ironia de quem, no fundo,
sabe que a sabedoria está mais nas perguntas do que nas respostas.
E
é por isso que, quando me perguntam se ainda gosto de ser professor, respondo
sempre: “Gosto, e tenho a sorte do camandro.”
AGORA POESIA
A saudade é uma emoção complexa que combina sentimentos de tristeza e nostalgia, muitas vezes associada à lembrança de algo ou alguém que foi perdido. É um tema querido na literatura e na poesia, onde os poetas expressam a profundidade desse sentimento através de versos melancólicos e tocantes. Essa expressão de saudade pode capturar a beleza efêmera do que já foi e a dor da sua ausência, fazendo com que ressoe profundamente na alma do leitor.
Os poemas de saudade muitas vezes retratam a busca por reconexão ou a aceitação da perda, oferecendo um espaço para refletir sobre as memórias e os laços emocionais que permanecem. Ao explorar esse tema, a poesia revela a fragilidade das experiências humanas e a força das memórias que nos acompanham ao longo da vida.
Sabem
a sal e a sol
os
campos da minha terra
tudo
sabe a rosas, a flores, a liberdade…
E
há no ar e no céu um aroma
a
rosmaninho e a alecrim
e
a rosas…
Sabe
a mar o meu país de abril…
Ah,
como eu te quisera
assim
sempre florido e viçoso,
com
promessas quentes de sol
em
cada esquina
e
sorridentes os rostos em cada lugar…
Há
sorrisos húmidos
rasgados
de ternura em torno de um abraço …
E
os olhos rasos de sol e de alegria
com
cravos e rosas
florindo
deslumbrados ao sol
de
inverno
descobrem
a chegada da primavera …
Surgem
então aves delirantes
rasando
a vida, rasgando o sol…
E
olhos ávidos e sedentos
na
espera atenta de promessas por cumprir …
Vê-se
daqui o mar,
sempre
o mar, o mar e a bruma…
Mar
de outrora de hoje …
Hoje,
sem bruma, só
a
branca espuma das ondas …
Mar
de sol, mar de vida, mar de encontro,
mar
nosso…
Ecos
de vida
tão
próximos distantes
florindo
expectantes ao sol
em
mim.
Hino à Liberdade
Na vasta planície do
pensamento erguido,
Desperta a musa num
murmúrio alado,
Erguendo o estandarte
do livre arbítrio,
Num hino à liberdade,
feito sagrado.
Do alto das serras ao
mar bravio,
Desdobra-se a tela da
emancipação,
Onde cada alma busca o
seu desafio,
Na busca incessante da
própria redenção.
Em cada palavra, em
cada gesto,
Reside o ímpeto de voar
sem rédeas,
Desatando os laços do
vício incesto,
Rompendo as correntes
das almas quedas.
Libertar-se é o verbo
que ecoa,
Nas alamedas da mente
que floresce,
É a luz que da
escuridão se desloca,
É o fio que a vida em
si tece.
Não há grilhões que
possam conter,
A alma que almeja
desabrochar,
A liberdade é a
essência de viver,
Em cada passo que se dá
a caminhar.
Que seja eterna a luta
pelo direito,
De ser quem somos, sem amarras ou grilhões,
Que a liberdade seja o
leito,
Onde repousam os sonhos
e visões.
Em cada alvorecer,
renova-se a esperança,
De um mundo onde a
liberdade seja lei,
Onde a cada ser é dada
a bonança,
De viver plenamente, em
paz e em grei.
PESSOAS
Nas veias corre-me
Um sangue quente...
Que me vai pingar nas
Mãos...
Sobe pela minha boca
E atinge o meu coração.
Que é muito grande de
Lastro,
Tem muitos compartimentos
Reparte-se por muitas almas
E cura alguns sofrimentos...
Tanto me ajuda a mim
Como ajuda almas boas
Transformou a minha vida
Iluminou a minha mente
E dá-me coisas tão boas!
E reparto todo esse amor
Pela Terra e o Universo
Por todas as coisas puras
Penetrou-me o coração...
E desaguou nas pessoas!
LIVRARIA
Livros e música são duas formas de expressão artística que se complementam de várias maneiras. Ambos têm o poder de evocar emoções, contar histórias e conectar pessoas através de experiências compartilhadas.
Livros
· Narrativas: Os livros transportam os leitores para mundos diferentes, permitindo uma imersão completa em narrativas ricas e complexas.
· Imaginação: A leitura estimula a imaginação, pois os leitores visualizam cenários e personagens de acordo com suas próprias interpretações.
Música
· Emoção: A música é uma linguagem universal que pode expressar sentimentos profundamente, muitas vezes em instantes que palavras não conseguem captar.
· Ritmo e Melodia: A fluidez da música, através de ritmos e melodias, envolve os ouvintes de uma maneira única.
Interseção entre Livros e Música
· Trilhas Sonoras: Muitos livros têm trilhas sonoras associadas que realçam a experiência de leitura, criando uma atmosfera que pode intensificar as emoções vivenciadas na narrativa.
· Literatura Musical: Existe uma rica tradição de letras que agem como poesia, onde a música e a literatura se entrelaçam, oferecendo significados profundos e reflexões.
Essa interconexão entre livros e música mostra como as artes podem se unir para proporcionar experiências mais ricas e significativas.
Sinopse
A QUARTA REVOLUÇÃO
aborda a crise de governação e a ineficácia do Estado no Ocidente. Defende que
é necessário revolucionar o sistema político e traça caminhos para melhorar o
futuro da nossa sociedade.
«O Estado está a ponto de mudar. Está no ar uma revolução, movida em parte pela
necessidade que advém da escassez de recursos, pela lógica de uma renovada
concorrência entre os Estados-nação e também pela oportunidade de fazer melhor
as coisas.»
Na maior parte do Ocidente, a desilusão com os governos tornou-se endémica. Há
paralisia na América; fúria na maior parte da Europa; cinismo na Grã-Bretanha;
legitimidade decrescente em todo o lado. A maioria de nós resignou-se e
considera que nada vai alguma vez mudar. Mas como John Micklethwait e Adrian
Wooldridge nos demonstram neste livro estimulante, esta é uma visão
profundamente limitada das coisas. Em resposta às crises anteriores de
governação existiram três grandes revoluções, que por sua vez produziram
respetivamente o Estado-Nação, o Estado liberal e o Estado Social. Em cada uma
delas, a Europa e a América deram o exemplo. Dizem os autores que estamos agora
no início de uma quarta revolução na história do Estado Nação, mas que desta
vez o Ocidente corre o perigo de ficar para trás.
Bonnie Tyler - Total Eclipse of the Heart (Turn Around)
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