Fomos
chamados para salvar a Banca e logo a seguir aumentaram tudo, juros,
emolumentos taxas e taxinhas.
Galp
e outros ligados ao petróleo acumulam diariamente milhares de lucros...o
problema dizem é a guerra..., mas já vem desde que chegou a troika.
Os
Supermercados, pagam mal e tarde aos fornecedores e empregados, mas o
consumidor paga azeite a preços Super inflacionados e artigos de primeira
necessidade sobem e sobem.
Como
iremos encontrar em 2025...eleições todos a prometer o que não tem, e a pintar
Portugal com cores vivas quando de negro deveria ser.
Desejo
a todos os nossos seguidores saúde e que não tenham de ir ao hospital nem a
linha SNS que atende mal e as filas nos hospitais é de bradar aos céus.
Sorte
meus amigos é o que desejo para 2025
𓀥boa noite❤️🎈🎊🧨
A corrupção nas autarquias é um problema sério que afeta a confiança pública e a eficiência administrativa. Recentemente, a ministra da Justiça de Portugal, Rita Alarcão Júdice, destacou que quase metade das denúncias de corrupção recebidas pelo Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC) estão relacionadas com autarquias⁽¹⁾. Para combater isso, há propostas para criar um organismo autónomo dedicado à fiscalização mais ativa das autarquias⁽²⁾.
A guerra em Israel, especialmente na Faixa de Gaza, tem sido devastadora. Desde o início do conflito entre Israel e Hamas, mais de 45 mil pessoas morreram e 106 mil ficaram feridas⁽³⁾. A ONU estima que cerca de 70% das vítimas são mulheres e crianças⁽³⁾. A situação é agravada pela destruição de infraestruturas essenciais, como hospitais, devido aos intensos bombardeios⁽³⁾.
Na Ucrânia, a guerra continua com ataques aéreos e terrestres frequentes. Recentemente, o Kremlin reiterou que a ofensiva russa continuará até que os objetivos de Vladimir Putin sejam alcançados⁽⁴⁾. A guerra já causou dezenas de milhares de mortos e feridos de ambos os lados, com ataques aéreos russos atingindo cidades e infraestruturas ucranianas⁽⁵⁾.
Na Síria, a situação é igualmente complexa. Após anos de guerra civil, o regime de Bashar al-Assad foi derrubado por forças rebeldes⁽⁶⁾. O líder rebelde Abu Mohammed al-Jolani prometeu perseguir criminosos de guerra do regime de Assad⁽⁶⁾. A guerra na Síria deixou um rastro de destruição e sofrimento, com milhares de mortos e feridos⁽⁷⁾.
Os massacres na Palestina, especialmente na Faixa de Gaza, têm sido uma tragédia contínua. Um dos incidentes mais mortais ocorreu quando mais de 100 palestinos foram mortos enquanto esperavam por ajuda alimentar⁽⁸⁾. A guerra entre Israel e Hamas resultou em milhares de mortos e feridos, com a maioria das vítimas sendo civis⁽⁹⁾.
Esses conflitos e problemas de corrupção mostram a necessidade urgente de soluções pacíficas e transparentes para garantir a segurança e o bem-estar das populações afetadas.
A pobreza em Portugal é uma questão séria e persistente. Apesar de algumas melhorias, ainda há cerca de 1,8 milhões de pessoas vivendo em condições de pobreza⁽10⁾. A situação é particularmente grave entre os idosos, que enfrentam dificuldades significativas devido às baixas pensões⁽11⁾.
Enquanto isso, há críticas sobre o uso de recursos públicos por políticos autárquicos em festas e eventos, que muitas vezes são vistos como uma forma de campanha eleitoral. Esses gastos são frequentemente questionados, especialmente quando há necessidades urgentes como aquecimento e alimentação para a população mais vulnerável⁽12)(13)14).
A gestão responsável dos recursos públicos é essencial para garantir que as necessidades básicas da população sejam atendidas. É importante que os políticos priorizem investimentos que realmente melhorem a qualidade de vida dos cidadãos, em vez de focar em eventos que podem não trazer benefícios duradouros para a comunidade.
DESPORTO
A falta de apoio do estado ao desporto juvenil em Portugal tem sido um grande desafio para muitas coletividades. A pandemia de COVID-19 agravou ainda mais a situação, com muitas associações desportivas sem fins lucrativos enfrentando dificuldades financeiras⁽¹⁾. A Confederação do Desporto de Portugal (CDP) alertou que os jovens são os mais prejudicados pela falta de apoio, uma vez que o desporto é uma forma importante de desenvolvimento físico e social.
Alguns programas, como o Programa Nacional de Desporto para Todos (PNDpT) e o Programa de Reabilitação de Instalações Desportivas (PRID), têm tentado fornecer apoio financeiro para a recuperação das organizações desportivas. No entanto, muitas coletividades ainda enfrentam dificuldades para manter suas atividades e apoiar os jovens atletas.
Origens:
[1] Mais de 48% das denúncias de corrupção são sobre autarquias
https://eco.sapo.pt/2024/12/09/mais-de-48-das-denuncias-de-corrupcao-sao-sobre-autarquias/
[2] Combate à corrupção. Ministra da Justiça admite “organismo autónomo” para fiscalização "mais ativa" das autarquias
[3] Guerra em Gaza já fez 45 mil mortos e mais de 100 mil feridos
[4] Kremlin promete continuar ofensiva na Ucrânia até que objetivos sejam cumpridos
[5] Guerra na Ucrânia: 8 mortos e dezenas de feridos em novos ataques russos
[6] Síria: líder rebelde quer perseguir criminosos de guerra do regime de Al-Assad
[7] "Tortura horrível". Rebeldes sírios querem perseguir criminosos de guerra do regime
[8] O que sabemos sobre o ataque que matou mais de 100 palestinos que
[9] Conflito Israel-Hamas: os gráficos que mostram recordes de mortes e
https://www.bbc.com/portuguese/articles/cqeplqy3e3eo
[10] Pobreza diminuiu (mas pouco): há agora perto de 1,8 milhões de pobres em Portugal https://www.msn.com/pt-pt/noticias/ultimas/pobreza-diminuiu-mas-pouco-h%C3%A1-agora-perto-de-18-milh%C3%B5es-de-pobres-em-portugal/vi-AA1vc64B
[11] Pobreza. Pensões não vão tirar idosos da miséria https://sol.sapo.pt/2024/12/09/pobreza-pensoes-nao-vao-tirar-idosos-da-miseria/
[12] Explicacoes de Carlos Moedas sobre os custos da Jornada ... - Reddit https://www.reddit.com/r/portugueses/comments/15fn907/explicacoes_de_carlos_moedas_sobre_os_custos_da/
[13] Largo da Forca - QUANDO O DINHEIRO É GASTO EM FESTAROLAS... - Facebook https://www.facebook.com/largodaforcavrsa/posts/quando-o-dinheiro-%C3%A9-gasto-em-festarolasgerir-%C3%A9-fazer-op%C3%A7%C3%B5es-tendo-em-conta-prior/878740184252853/
[14] A falácia do “dinheiro público” em festas populares https://www.institutoliberal.org.br/blog/a-falacia-do-dinheiro-publico-em-festas-populares/
Vivências!!!
Caminhamos
e ao longo da vida muitas são as dificuldades que encontramos, foram na vida
escolar, mais tarde na profissional e agora no rescaldo como reformado, mas ativo,
vamo-nos encontrando por aí com outro tipo de dificuldades.
Mas
a vida é isto mesmo saber estar, ser e permanecer... e assim direi eu que esta
pitada de pimenta anima os ânimos e faz de nós mais experientes e mais atentos
ao nosso caminhar.
Acredito
também que ficamos menos tolerantes e mesmo que não o façamos abertamente
dentro de nós algo nos diz o momento de parar. É sempre doloroso como escolher
esse tempo, sentimo-nos como sentados na beira do rio sem saber se vamos a nado
ou pela ponte.
A
vida é isto mesmo e quando somos sufocados com imposições acelera o final dessa
etapa.
Não
vale a pena lamentar, porque a vida segue e outros projetos irão aparecer como
diz o povo, “parar é morrer”.
Aprende-se
sempre em todas as etapas da nossa vida, e saber ouvir tem de ser uma virtude e
não um entrar por um lado e sair pelo outro.
Voltando
aos ditados do povo «Tantas vezes o cântaro vai à fonte que (no fim) lá
deixa a asa.»
Bom
Ano
ARGEL
DE MELO – UM FIGUEIRENSE ILUSTRE
António Argel de Melo nasceu na Figueira da Foz em 4 de maio de 1896, filho de Eugénia Lopes Argel e do comendador Dr. Aníbal Augusto de Melo.
O seu pai, o Dr. Aníbal Augusto de Melo, nascido em Coimbra em 1853, foi um advogado distinto na Figueira da Foz, onde se estabeleceu após ter terminado o curso de Direito em 1875.
O
Dr. Aníbal Augusto de Melo casou com Maria Augusta das Neves Abreu e Melo,
viveu e teve escritório na Figueira da Foz, no nº 10 da Rua de S. Julião, num
edifício comprado em 1873 pelos seus sogros, o Dr. Lucas Fernandes das Neves
(Júnior) e sua esposa Maria José de Abreu Pessoa de Amorim.
Este edifício foi reconstruído em 1878, foi doado no ano seguinte a Maria Augusta das Neves Abreu e Melo, pelos seus pais, para sua residência e escritório do marido.
E foi aqui que brilhantemente advogou o Dr. Aníbal Augusto de Melo, para muitos clientes importantes, entre os quais a Câmara Municipal, a Empresa do Cabo Mondego, os Caminhos de Ferro da Beira Alta e a Santa Casa da Misericórdia.
Na realidade, foi neste edifício da Rua de S. Julião que atualmente se instalou a «Bacharéis Charming House», depois de uma recuperação arquitetónica notável, e de um excelente livro editado por iniciativa dos seus proprietários, os irmãos Vitória e Rafael Abreu, escrito por Alane de Holanda, Francisco Queiroz e Frederica Jordão.
Aníbal Augusto de Melo foi fundador da «Companhia do Coliseu Figueirense» a 25 de março de 1895, presidente dos Bombeiros Voluntários de 1898 a 1911 e de 1914 a 1917, notário de 1908 a 1914, sócio nº 72 do Ginásio Figueirense, presidente da sua Assembleia Geral de 1898 a 1914, seu sócio honorário nº 9, em 1904, e seu sócio benemérito, em 1906.
Do casamento de Aníbal Augusto de Melo com Maria Augusta das Neves Abreu e Melo não houve filhos, nem mesmo felicidade, e tudo terminou com um prolongado romance com Eugénia Lopes Argel, de origem humilde, natural da Ereira, a residir na Figueira da Foz, filha de João Lopes Cocó e de Maria José Argel.
Deste romance extraconjugal nasceram três filhos, sendo o mais velho António Argel de Melo, nascido na Figueira a 4 de maio de 1896, batizado na Igreja Paroquial de Buarcos no dia 13 de junho imediato, “filho de Eugénia Lopes Argel, solteira, e de pai desconhecido…”, tendo como padrinhos Maria José Lopes e António Luiz Gonçalves.
Sem querermos justificar as aventuras amorosas do Dr. Aníbal Augusto de Melo, recordaremos as peripécias protagonizadas pelas «senhoras alfândegas», aqui bem perto do nº 10 da Rua de S. Julião, e tão bem narradas pelo Dr. José Jardim.
Sim, bem perto do nº 10 da Rua de S. Julião situava-se a casa das “senhoras Alfândegas”, que o Dr. José Jardim narrou no seu fabuloso livro “As Alfândegas – Fidalgas Figueirenses d’Outrora”, a história profissional e familiar dos juízes da Alfandega, que, em boa parte, é a história da Figueira dos séculos XVIII e XIX.
O Dr. José Jardim teve o cuidado de nos descrever as epopeias das esposas e filhas dos juízes da Alfândega, a quem na época chamavam “as senhoras Alfândegas”, “entidades verdadeiras, mas com paixões, virtudes e vícios próprios da condição humana”.
“Mulheres que aqui nasceram e morreram, agitando o meio figueirense desde o tempo em que D. João V se entretinha com as freiras de Odivelas até à época em que Junot, duque de Abrantes, fazia loucuras com a condessa de Ega”.
Eram fidalgas muito religiosas, com origem na nobreza alemã, proprietárias de uma grande parte dos terrenos que foram urbanizados nos séculos XVIII e XIX, e o seu solar, já demolido, situava-se muito próximo da Igreja Matriz e do nº 10 da Rua de S. Julião.
Feito este «fait-divers», regressaremos de imediato ao que aqui nos trouxe, o ilustre figueirense António Argel de Melo, estudante de direito na Universidade de Coimbra em 1922/1923, após o falecimento do seu pai em 19 de fevereiro de 1921, frequentou depois a Escola de Guerra, e seguindo a carreira militar, atingiu o posto de capitão, com o qual passou à reserva.
Casou
com Alice Paour de Melo, filha de um técnico francês da vidreira da Fontela, e
deste casamento nasceram três filhos: Vasco, que morreu atropelado em criança,
Nuno que foi engenheiro e Luís que trabalhou nos serviços administrativos do
Hospital de Stª Maria.
Viveram no Largo Luís de Camões, num edifício do século XVIII, numa casa igualmente com muita história, que pertenceu inicialmente a António de Pádua e Oliveira, depois a José Joaquim Contente Ribeiro e seguidamente a José da Costa Monsanto.
Uma
casa defronte do rio, com 2 portas de varanda no 1º andar e com uma varanda
corrida no 2º andar, onde os barcos atracavam, defronte do alçado Sul, numa
laje de pedra que foi conhecida por “Lage da Chumba”.
O
historiador figueirense Dr. Santos Rocha, em 1893, descreveu assim o prédio de
Contente Ribeiro:
“A
última (casa) deste lado tocava o rio, e havia ali uma lage de pedra que servia
ao embarque e desembarque na passagem do mesmo rio.”
No
final do século XIX continuava a ser um prédio distinto, “com lojas no
rés-do-chão, dois andares e águas furtadas de grosso beiral, duas portadas de
varanda para o rio no primeiro andar e varanda corrida no segundo da mesma
fachada”.
Nesta
casa se realizou o célebre almoço com o ministro Augusto Saraiva de Carvalho em
1880, aqui esteve instalado o Hotel Universal, as lojas do Carraco, o J. Costa
& Monsanto, o Banco Totta Aliança, e outras, e aqui opera atualmente o
Hotel D. Maria, um hotel de charme aqui acomodado após uma recuperação notável
do edifício do século XVIII.
António
Argel de Melo teve fortes ligações ao regime ditatorial nascido do golpe
militar de 28 de maio de 1926, tendo sido Administrador do concelho da Figueira
da Foz, Administrador do concelho de Condeixa e Vice-presidente da Câmara
Municipal da Figueira.
Não
obstante, teve uma atividade cívica intensa, em prol da sua cidade, que amava.
Foi
um dos fundadores do Colégio Academia Figueirense, onde lecionou, prestou
relevantes serviços aos Bombeiros Voluntários, foi vogal da direção do Ginásio
Figueirense em 1918 e 1933, presidente da sua Assembleia Geral de 1923 a 1928 e
em 1942 e membro do seu conselho fiscal em 1932 e de 1934 a 1938.
Foi
diretor do Boletim da Comissão Municipal de Turismo, escreveu as peças de
teatro “O Conflito” e “O Regresso” e foi redator dos jornais “Gazeta da
Figueira”, “O Figueirense”, “Figueira Sport”, “Anuário Figueirense”, “Album
Figueirense”, “Fraternidade Escolar”, “O Bombeiro”, “O Bombeiro Voluntário”, o
“Académico Figueirense” e “O Dever”.
Brilhante
orador, foi convidado frequente de inúmeras cerimónias oficiais e particulares.
Faleceu
em 29 de setembro de 1950, ficando o seu nome na toponímia concelhia, numa rua
de Buarcos, num largo no Alqueidão e numa rua na Marinha das Ondas.
Igreja de Nossa Senhora das Virtudes [Gatões]
Trata-se
de uma construção modesta do século XVI, modificada posteriormente. Os
primeiros registos paroquiais datam de 1614-1618 e é seu titular Nossa Senhora
das Virtudes.
É
um edifício de nave única, com capela-mor (de abóbada de arco abatido, sobre
cinco nervuras transversais), separada por arco cruzeiro, e dois altares
colaterais. O retábulo principal é de madeira policromada e tem uma pintura a
óleo da padroeira, do século XVIII. Os colaterais, postos em ângulo, são de
pedra e são o resultado da adaptação de elementos (esculturas e azulejos
sevilhanos) da segunda metade do século XVI. O púlpito, da mesma época, é
cilíndrico e liso.
Fonte:
https://www.cm-montemorvelho.pt/index.php/component/k2/item/368-igreja-de-nossa-senhora-das-virtudes
Natal: Um Encontro de Cheiros, Sabores, Memórias e Abraços
Há algo no Natal que transcende o simples acto de reunir a família em torno de uma mesa ou de trocar presentes embrulhados em papel colorido. É um ritual que se infiltra nos sentidos, enraizado nos cheiros, sabores e memórias que carregamos ao longo da vida. É uma época em que o coração se aquece novamente, mesmo que o frio do inverno se faça sentir lá fora.
O cheiro do Natal começa cedo. É o aroma da lenha a arder na lareira, da casa que se enche com o doce perfume das rabanadas e do açúcar queimado que dança na calda dourada. Cada família tem o seu cheiro particular de Natal, mas todos convergem para a mesma alquimia: a do amor.
Quando penso no Natal, lembro-me da mesa cheia. Era uma verdadeira obra de arte, não pela opulência, mas pela abundância de afeto que transbordava de cada prato. Havia o bacalhau com couves, simples mas carregado de significado; os sonhos de abóbora, polvilhados com açúcar e canela, feitos pela avó, que pareciam pequenos pedaços de nuvens; e, claro, o bolo-rei, com as frutas cristalizadas que brilhavam como joias, preparado pela mãe.
Hoje, recordamos esses sabores que, mais do que agradar o paladar, tinham o poder de nos transportar para outras épocas. Cada trinca numa fatia de bolo não enche apenas a barriga, mas também a alma, com lembranças de risos, histórias e vozes que talvez já não estejam à mesa, mas que permanecem vivas na nossa memória.
O sabor do Natal, contudo, não é apenas doce; é também salgado, amargo e picante, como a vida. Mas no Natal, tentamos que, apesar das ausências, todos esses sabores se equilibrem, como se fosse a forma que o tempo encontra para nos lembrar que tudo vale a pena.
E depois há o amor, o verdadeiro tempero da quadra. Não é o amor idealizado dos romances, mas aquele amor quotidiano, palpável, que se revela nos pequenos gestos. É o avô que se esforça para decorar a árvore, mesmo que as mãos tremam; é a mãe que esconde a fatia mais perfeita do pudim para o filho preferido, mesmo sem nunca o admitir; é o irmão que, entre provocações, escolhe um presente pensado com cuidado.
Mas há algo que não se pode pôr na mesa, que não se cheira nem se saboreia, mas que é o maior presente de todos: o abraço. No Natal, os abraços têm uma magia diferente. São apertados e demorados, cheios de palavras que não precisamos dizer. Um abraço tem o poder de nos fazer sentir pertencentes, amados, protegidos. É como se, naquele instante, todos os nossos problemas se dissipassem. E dissipam, por breves instantes.
O Natal é um reencontro. Não apenas com a família, mas também connosco mesmos. É o momento em que nos permitimos abrandar, ouvir os sinos da igreja na noite silenciosa e perceber o milagre que existe na simplicidade. Um milagre que chega embrulhado em memórias, cheiros, sabores e, acima de tudo, abraços – essa forma de amor que ultrapassa qualquer palavra e se eterniza na alma.
Porque o Natal, mais do que uma data no calendário, é o lugar onde voltamos sempre, seja fisicamente ou nas memórias que construímos a cada ano. O Natal é, sem dúvida, amor – e o abraço, a sua mais bela tradução.
Votos de um Natal cheio de abraços apertados, aromas de afeto, sabores de felicidade e memórias inesquecíveis. E muito Amor! 🧡
Do céu cinzento
caem cordas de água
que amarram ao cais
vontades de distância…
Nos céus, súbito um clarão,
revolta surda,
grito mudo há tanto sufocado…
desejo de partir para longe…
Agora é o sol poente
num céu imensamente azul,
apelo de uma partida adiada.
Amanhã, será o sol,
a luz intensa,
a viagem com hora marcada
rumo à lonjura.
Amanhã, o sol
e o azul das promessas…
Tempo de infinito sem limites.
Pessoas especiais são
donas de si,
mas pertencem aos que
ama.
Pessoas especiais têm
ouvidos na alma,
sendo puras por
natureza.
Pessoas especiais têm
braços de infinito,
abraçando todos sem exceção
com seu sorriso.
Pessoas especiais têm a
essência da amizade,
não se cansando de
dizer que é amigo do seu amigo.
Pessoas especiais estão
sempre presentes,
perto ou longe.
Pessoas especiais têm
um coração do tamanho do mundo!
VIDA DE PESCADOR
Cigarro
ao canto da boca, o pescador conserta as redes. Em redor, crianças seminuas
perguntam-lhe
os segredos do mar. Para este sábio o mar não tem segredos. No seu
rosto
estão marcadas as horas de tortura, passadas no mar sem fim.
Agora
uma mulher, vestida de negro aproxima-se. É a, companheira de há longos anos
deste
velho e rude pescador. Com ele, ela tem comido alegrias e tristezas. Ela também
tem
no rosto marcado, as horas amargas e as salgadas noites, passadas á espera
daquele
que
no mar, trabalha duramente. Ajuda-o a consertar as redes, pois dentro em pouco
são
horas
de partir.
Tudo
está pronto. Trocam –se abraços, choros por vezes.
Ei-los
que partem nas cascas de noz. O velho sábio, de cabelo cor de sal, comanda com
ar
jovial! As mulheres, essas ficam na praia com a amargura, implorando para que
não
haja
tempestade.
Ao
amanhecer regressam á praia, onde as mulheres, as crianças e as gaivotas os
esperam.
Hoje
a pesca foi boa! Mulheres e crianças correm ao mercado. Os pescadores vão
dormir
um pouco.
Depois
tudo recomeça.
ANDA MAIS DEVAGARINHO
Esta vida corre, corre
Numa corrida
desenfreada
O tempo passa… tão
depressa
A gente nem dá por
nada!
Foge-nos por entre os
dedos
Parece rir-se… de nós
Nossos sonhos, nossos
medos
Esses não nos deixam
sós…
Ó vida, ó tempo… para
Anda mais devagarinho
Temos tanto para viver
Deixa-nos ter mais
caminho…
Ainda agora era Natal
Que já passou, vejam
bem!
Corre como um… vendaval
Não se detém com
ninguém...