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segunda-feira, março 31

BARCAÇA_54

 

Final de mês é dia de mais uma viagem pelo nosso Mondego que agora tenta galgar as margens devido à quantidade de água que leva o seu leito.

Nos “Pontos Sem Fim” uma abordagem suave sobre a falsidade do Homem. 

Mário Silva na continuação dos MANLIANENSES ILUSTRES uma descrição que vale a pena ler, Dr. José Augusto deixou um legado de serviços públicos e melhorias na infraestrutura, sendo lembrado como um exemplo de administração exemplar.

Fagundo Azedo descreve-nos a arte da Pesca praticada no rio Mondego e das suas gentes, os pescadores são figuras de sabedoria, conhecendo cada canto do rio e utilizando técnicas tradicionais como nassas e redes. 

Apolinário Cabral nos seus olhares críticos sobre o flagelo que Portugal atravessa na Corrupção, Justiça, Saúde e Educação, um compromisso coletivo é necessário para enfrentar esses desafios e construir um futuro mais seguro e próspero. 

António Girão surje com palavras fortes no seu texto "CARTA aos CARRASCOS"

António Leal deixa-nos um poema onde sente nas palavras este rio que tanto amamos e desprezado por tantos.

Na Política Nacional Armando Costa fala-nos de momentos que passamos há pouco tempo entre Moções e o nosso processo democrático.

Fernando Curado já nos habituou às lindíssimas descrições da sua cidade Figueira da Foz.

Carla M. Henriques um lindo texto dos seus locais de eleição onde absorve a envolvente e a transmite com uma clareza que nos faz arrepiar, o tempo é percebido de maneiras diferentes, e a sua passagem não se mede apenas em dias, mas na forma como sentimos e transformamos nossas experiências. 

Já Garça Real um poema tão atual (Tiranos) Apesar da tirania, a vontade de um mundo melhor prevalece. É essencial seguir em frente, sem medo da viagem. 

Isabel Capinha leva-nos a uma visão do seu Mundo (nosso).

Isabel Rama envia-nos um texto onde a Criança é a palavra maior. Uma carta cheia de amor e esperança para uma criança em sofrimento, lembrando-a da sua força e resiliência. 

Isabel Tavares mais um poema do seu imenso reportório e as suas flores preferidas (Rosas). Um tributo à bondade materna e à beleza da vida, mesmo nas dificuldades.

Na seção da Livraria um livro muito atual “A História de uma Serva” Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. "A História de Uma Serva" tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo.

Desejo a todos boas leituras.


A Falsidade do Homem: Feridas com Lanças

A amizade é um dos pilares mais valiosos das relações humanas, construída com confiança, afeto e lealdade. No entanto, a falsidade do homem perante seu amigo é uma traição profunda que fere como lanças cravadas no coração.

O Valor da Amizade

A verdadeira amizade é um vínculo raro, onde dois indivíduos se encontram em um espaço de compreensão mútua e respeito. É um refúgio seguro em tempos de tempestade, uma luz brilhante na escuridão da vida. Amigos verdadeiros partilham segredos, risadas, dores e sonhos.

As Máscaras da Falsidade

Mas há aqueles que, sob a máscara da amizade, escondem intenções egoístas e traiçoeiras. A falsidade no comportamento humano pode surgir de inúmeras formas: palavras enganosas, ações traiçoeiras ou até mesmo o silêncio que consente o mal. Estes atos de falsidade revelam um caráter corroído pela inveja, pelo desejo de poder ou simplesmente pela incapacidade de amar verdadeiramente.

As Feridas Invisíveis

Quando a verdade se revela e a máscara cai, o impacto é devastador. A confiança, uma vez quebrada, dificilmente pode ser restaurada na sua totalidade. As feridas deixadas pela falsidade são profundas e dolorosas, pois não são apenas físicas, mas emocionais e espirituais. Elas minam a confiança, semeiam a dúvida e deixam cicatrizes que podem durar uma vida inteira.

Reflexão e Redenção

Nessas horas de sofrimento, é essencial buscar a reflexão e a sabedoria. Aprender a discernir entre o verdadeiro e o falso, o leal e o traiçoeiro, é uma habilidade vital. A falsidade de um amigo pode ensinar duras lições sobre a natureza humana, mas também pode fortalecer a alma e afinar a intuição.

Conclusão

A falsidade do homem perante um amigo é uma tragédia que pode ferir como lanças, penetrando fundo no coração e na alma. No entanto, mesmo nas sombras da traição, há uma oportunidade para crescimento e redenção. Que possamos sempre valorizar aqueles que nos são leais e aprender a nos proteger das lanças invisíveis da falsidade.

MANLIANENSES ILUSTRES
Dr. José Augusto Peixoto de Almeida Ferreira Galvão
(1835-1905)

PARTE III

Em 23.01.1871 foi nomeado juiz de 1.ª classe para Valpaços e, anos mais tarde, comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.

Várias vezes indicado para procurador do concelho manlianense à Junta Geral do Distrito foi eleito “deputado da nação” por cinco vezes, para as legislaturas de 1861-1864 (juramento a 10.06.1861), de 1868-1869 (juramento a 25.04.1868), de 1869-1870 (juramento a 01.05.1869), de 1870 (juramento a 11 de abril) e de 1887-1889 (juramento a 22.04.1887). Nas duas primeiras e na última foi eleito por Montemor-o-Velho, para onde, de resto, havia sido nomeado substituto do juiz de Direito. Nas eleições de 1869 e de março de 1870 foi eleito por Cantanhede. Enquanto deputado pertenceu a várias comissões: Legislação Civil e Comercial, Saúde Pública, Estatística, verificação de Poderes, Infrações, Inquérito para estudar a questão cerealífera, comissão de que foi secretário, e estudo das “obras do encanamento do rio Mondego, seus afluentes e valas”. A sua participação nos trabalhos da Câmara foi reduzida. Subscreveu várias propostas que favoreciam o desenvolvimento viário da região que representava, nomeadamente as seguintes estradas: a que ligaria Castelo Branco à Pampilhosa e à ponte da Foz de Arouce; a de Coimbra a Mira, passando por Cantanhede; a que iria servir a estação de caminho-de-ferro da Granja, cuja construção foi um dos seus cavalos-de-batalha; a de castelo Branco a Penamacor; a do Porto a Viseu, passando pela Granja; e a de Coimbra à Figueira da Foz, justificando, com grande cópia de argumentos, a urgência e vantagens desta estrada, projeto, aliás, apoiado por muitos outros deputados. Participou na discussão do projeto de lei do Orçamento (1862) e subscreveu o projeto de lei que autorizava o Governo a despender anualmente 12.000$000 réis com os hospitais e dispensários farmacêuticos da Universidade de Coimbra e o que criava, na Academia Politécnica do Porto, as cadeiras de Mecânica, Geologia e Química. Renovou a iniciativa do projeto de lei que concedia à Câmara Municipal de Montemor-o-Velho o castelo da vila com todos os terrenos adjacentes, projeto que motivou, da sua parte, várias intervenções. Veiculou uma representação da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, pedindo providências contra os abusos que se praticavam com as sementeiras de arroz, que se multiplicavam em número e extensão, provocando febres intermitentes em muitos habitantes da região.

Como deputado, deve-se-lhe também a conservação da comarca de Montemor-o-Velho que, “em diferentes reformas, esteve sentenciada a ser extinta.”

Na política, “foi durante muito tempo chefe do Partido Progressista, até que, abandonando-o, se filiou no Partido Regenerador, que o elegeu seu chefe local; porem, desde que deixou o Partido Progressista, nunca mais foi eleito deputado, mostrando-se até um descrente da regeneração dos costumes dos costumes políticos e interessando-se somente pelos melhoramentos locais, no que, se pode dizer, pugnou até aos últimos dias da sua vida.”

Ainda em 1903, surge como líder do Partido Regenerador no concelho de Montemor-o-Velho, partido a que também pertenceria seu filho José Luís Ferreira Galvão e o Dr. Martinho de Brito, da Abrunheira. Em setembro, estando já bastante adoentado em casa, recebe a visita do ministro de estado honorário Pereira dos Santos, seu correligionário e amigo.

Como presidente da câmara municipal de Montemor-o-Velho, cargo que exerceu durante os anos de 1860-1862, 1866-1869, 1887-1889 e 1896-1898, “fez sempre exemplar administração e bem digna de ser seguida e imitada pelos que se lhe têm seguido e hão-de seguir. Aí deixou bem assinalados os seus grandes e incontestáveis serviços, com o cemitério, com os Paços do Concelho, construídos e instalados em excecionalíssimas condições de economia e solidez, com a avenida desta Vila ao Casal Novo do Rio, e tantos outros melhoramentos que todos conhecem e que hão-de ensinar as gerações futuras a respeitar a sua memoria e a bem dizer o seu nome.”




A Pesca Tradicional no Rio Mondego

Uma Herança Cultural

A pesca no Rio Mondego, uma das atividades mais antigas e tradicionais da região, é uma arte que tem sido passada de geração em geração. Entre os métodos utilizados, a barca embarcação de pesca destaca-se por sua eficiência e pela habilidade dos pescadores que a operam.

A Barca de Pesca

As barcas do Rio Mondego são embarcações robustas, cuidadosamente construídas para enfrentar as águas do rio. Feitas de madeira resistente, são projetadas para suportar as correntes e facilitar a tarefa dos pescadores. Estas embarcações são, muitas vezes, pintadas com cores vivas, não só para identificar a posse, mas também para trazer sorte na pesca.

O Homem Pescador

O pescador do Rio Mondego é uma figura de sabedoria e experiência. Conhece cada corrente e cada canto do rio, utilizando este conhecimento para encontrar os melhores locais de pesca. A operação da barca requer destreza e força, especialmente quando se trata de varear a embarcação, um ato que envolve empurrar a barca com uma vara longa para direcioná-la nas águas.

As Nassas e Redes

Para a captura de peixes, os pescadores utilizam nassas e redes, tradicionais instrumentos de pesca. As nassas são armadilhas cilíndricas feitas de vime, projetadas para capturar peixes que entram e não conseguem sair. Já as redes, extensas e cuidadosamente tecidas, são lançadas no rio e puxadas de volta cheias de peixe. Cada método requer uma técnica específica e uma compreensão profunda do comportamento dos peixes.

A Vida no Rio

A pesca no Rio Mondego não é apenas uma atividade econômica, mas também uma parte integral da vida cultural da região. As comunidades ribeirinhas dependem desta prática para sustentar-se e preservar sua identidade. As histórias e canções dos pescadores, muitas vezes cantadas enquanto trabalham, refletem a beleza e os desafios desta vida ligada ao rio.

Preservação e Futuro

Com as mudanças ambientais e as pressões modernas, a pesca tradicional no Rio Mondego enfrenta desafios significativos. No entanto, há esforços em andamento para preservar esta herança cultural, garantindo que futuras gerações possam continuar a praticar e apreciar esta arte antiga. Programas de sustentabilidade e iniciativas comunitárias visam proteger tanto o rio quanto as técnicas de pesca que nele se desenvolveram.

Em conclusão, a pesca tradicional no Rio Mondego é mais do que uma simples atividade; é um testemunho vivo da resiliência e engenhosidade das comunidades que chamam este rio de lar. A barca, o homem pescador e suas nassas e redes são símbolos desta rica herança, que continua a navegar nas águas da história.


CARTA aos CARRASCOS

Um dia, quando tombares no chão da calçada fria

Uns virão levantar-te

Não por compaixão

Antes pelo remorso da triste e inabalável condição

De serem carrascos.

Serão frios,

Alarmantemente frios!

Nessa ocasião, nesse chão de margaridas

Sempre se ouvirão os malfeitores

De mortes causadores, não de vidas

Em trémulas canções originais

Que de vida não serão mais,

Antes de mortes anunciadas pelos carrascos causadas.

Tristes desses!

Nunca conseguiram,

Nunca passaram ribeiras,

Arregaçando a calça pelo joelho

Esse mesmo que sempre dobraram

Perante quem lhes dava mau conselho.

O conselho de matar, torturar, difamar

Sem consentimento dos deuses,

Esses deuses endeusados

Sabedores de males e pecados

Videntes de vidas pálidas, bacilentas, dormentes.

Os deuses da loucura

Na incansável e parva procura

De carrascos que deitassem fogo

Incendiassem mais a fogueira

Com labaredas de ódio.

Esses deuses que não paravam

Que não vacilavam. Os carrascos são mortais!

Matam aqui e ali,

Matam sem perceber que matam

Torturam por interesse

O interesse dos incapazes

Que só conseguem respirar

Só conseguem arfar

Cansados de querer subir, de tudo trepar.

Afinal, só conseguem rastejar!

Tu, carrasco da infâmia

Que transportas por entre os dedos

Que trazes a loucura da ambição nos teus medos

Carregas às costas e no juízo

A desgraça que provocas

Num eterno e irreparável prejuízo àqueles que mataste devagar

Mataste sem parar.

Tu és o carrasco dos dias e das noites,

Porque nunca levaste uns belos de uns açoites,

Antes tiveste tudo de mão beijada,

Mas…de saber nunca tiveste nada!

Morrerás, carrasco,

Porque verás morrer

Quem deste a nascer,

Às mãos de outro carrasco,

Pois quem com ferros mata

Da divina providência se trata

E verás quem amas

Não se levantar da lama

Do chão que outrora foi de pasto

Agora já de sangue

Verás os teus morrerem

Às mãos de outro como tu, carrasco!


Portugal: Corrupção, Justiça, Saúde e Educação

Uma Análise das Preocupações Atuais

Introdução

Portugal, um país conhecido por sua rica história e cultura vibrante, enfrenta atualmente uma série de desafios que têm gerado um clima de insegurança entre seus cidadãos. As questões de corrupção, justiça, saúde e educação são temas centrais de debate e preocupação. Este texto procura analisar esses aspectos e compreender como eles afetam o tecido social e político do país.

    A corrupção é uma das principais preocupações em Portugal. Casos emblemáticos, como o escândalo de corrupção envolvendo figuras políticas de alto nível, têm minado a confiança do público nas instituições governamentais. A perceção de que a corrupção é endêmica e que os poderosos estão acima da lei contribui para um sentimento generalizado de desilusão e desconfiança.

A luta contra a corrupção em Portugal exige uma abordagem multifacetada. A implementação de medidas rigorosas de transparência e responsabilização, juntamente com o fortalecimento das instituições de fiscalização, é crucial para restaurar a confiança pública. Além disso, a educação e a promoção de valores éticos desde cedo são essenciais para criar uma cultura de integridade.

O sistema de justiça em Portugal enfrenta desafios significativos. A morosidade dos processos judiciais e a perceção de impunidade são questões recorrentes. A falta de recursos e a complexidade burocrática agravam a situação, resultando em atrasos que podem durar anos.

Para melhorar o sistema de justiça, é necessário investir em infraestruturas e tecnologia que agilizem os processos judiciais. A formação contínua dos profissionais do setor e a simplificação dos procedimentos legais também são passos importantes para garantir uma justiça mais eficiente e acessível.

O setor da saúde em Portugal tem sido alvo de críticas devido à falta de recursos e à sobrecarga dos serviços. O Sistema Nacional de Saúde (SNS), embora universal e gratuito, enfrenta problemas de financiamento e gestão que comprometem a qualidade dos serviços prestados. As longas filas de espera e a escassez de profissionais de saúde são problemas frequentes.

Para enfrentar esses desafios, é crucial garantir um financiamento adequado e sustentável para o SNS. A modernização das infraestruturas de saúde e a implementação de tecnologias inovadoras podem aliviar a pressão sobre os serviços. Além disso, a valorização e a formação contínua dos profissionais de saúde são essenciais para assegurar a qualidade do atendimento.

A educação é outro pilar fundamental que enfrenta dificuldades em Portugal. A desigualdade de acesso e a qualidade do ensino variam significativamente entre as diferentes regiões do país. As taxas de abandono escolar precoce e a falta de recursos nas escolas são questões preocupantes que afetam o futuro das gerações mais jovens.

Para melhorar o sistema educacional, é necessário investir em infraestruturas e recursos didáticos que garantam um ambiente de aprendizagem adequado para todos os alunos. A formação contínua dos professores e a promoção de métodos de ensino inovadores também são cruciais para uma educação de qualidade. Além disso, a implementação de políticas de inclusão pode ajudar a reduzir as disparidades e garantir oportunidades iguais para todos.

Os tempos inseguros que Portugal atravessa são marcados por desafios complexos nas áreas da corrupção, justiça, saúde e educação. Abordar essas questões de maneira eficaz exige um compromisso coletivo e medidas concretas que promovam a transparência, a eficiência e a igualdade. Só assim será possível construir um futuro mais seguro e próspero para todos os portugueses.



Mondego e Montemor-o-Velho

 

Oh mar vasto e profundo,

De ondas incessantes, força bravia,

Guardas segredos do mundo,

Nas tuas águas, eterna magia.

 

Mondego sereno, rio da saudade,

Leva histórias de amores, lendas e poesia,

Nas tuas margens, a eternidade,

Ecoa em Montemor-o-Velho, terra de nostalgia.

 

Montemor-o-Velho, castelo altaneiro,

Sentinela do tempo, guardião de memórias,

Teus muros contam o passado inteiro,

De batalhas, reis e glórias.

 

Mar e rio, união perfeita,

Em suas águas, encontro divinal,

Montemor, terra eleita,

Pela história, num laço sem igual.

 

Oh mar, teu som é melodia,

Mondego, tuas águas são canção,

Montemor, tu és a harmonia,

De um poema, eterna inspiração.

Apresentação das Moções ao Governo português

Um Processo Democrático

Introdução

A apresentação de moções ao Governo português é essencial para o processo democrático, permitindo aos eleitos expressar opiniões, recomendações e exigências ao executivo. Este mecanismo assegura que o governo se mantém responsável e responsivo às necessidades e preocupações do povo.

O que são Moções?

As moções são propostas formais apresentadas pelos membros do parlamento, que podem ser de diferentes tipos, incluindo moções de censura, moções de confiança, moções de recomendação e moções de louvor. Cada tipo de moção tem um objetivo específico e segue um processo legislativo distinto.

Moções de Censura

As moções de censura são utilizadas para expressar desaprovação em relação às ações ou políticas do governo. Se uma moção de censura for aprovada, pode levar à demissão do governo ou de um ministro específico.

Moções de Confiança

As moções de confiança são apresentadas pelo próprio governo para demonstrar que mantém o apoio da maioria parlamentar. A aprovação de uma moção de confiança reforça a legitimidade do governo e a sua capacidade de governar eficazmente.

Moções de Recomendação

As moções de recomendação são utilizadas para sugerir ações ou políticas específicas que o governo deve considerar. Embora não sejam vinculativas, têm um peso significativo na orientação das decisões governamentais.

Moções de Louvor

As moções de louvor são apresentadas para reconhecer e celebrar ações ou realizações notáveis de indivíduos ou organizações. Estas moções promovem um sentido de reconhecimento e motivação pública.

Processo de Apresentação das Moções

O processo de apresentação de moções ao governo segue um conjunto de etapas bem definidas, que asseguram a transparência e a participação democrática.

Proposta Inicial

A primeira etapa do processo envolve a redação e a proposta inicial da moção por um membro do parlamento. Esta proposta deve ser clara, objetiva e fundamentada em argumentos convincentes.

Debate Parlamentar

Após a proposta inicial, a moção é sujeita a um debate parlamentar, onde os membros do parlamento discutem os méritos e as implicações da moção. Este debate é fundamental para o escrutínio público e para a deliberação democrática.

Votação

Após o debate, a moção é submetida a votação. A aprovação ou rejeição da moção depende do apoio da maioria dos membros do parlamento presentes. A votação é um momento crucial que determina o impacto e a consequência da moção.

Importância das Moções no Sistema Democrático

As moções desempenham um papel crucial no fortalecimento da democracia em Portugal. Elas garantem que o governo seja continuamente avaliado e que as suas ações sejam alinhadas com os interesses e valores do povo. Além disso, as moções promovem a participação ativa dos representantes eleitos e incentivam um diálogo político saudável e construtivo.

Fiscalização Governamental

As moções permitem uma fiscalização constante das ações do governo, assegurando que o poder executivo opere de forma transparente e responsável. Através das moções de censura e de recomendação, os membros do parlamento podem manter o governo sob escrutínio rigoroso.

Expressão de Vontade Popular

As moções servem como uma forma de expressão da vontade popular, refletindo as preocupações e aspirações dos cidadãos. Os representantes eleitos utilizam as moções para transmitir as necessidades e expectativas do seu eleitorado ao governo.

Promoção do Diálogo Político

O processo de debate e votação das moções promove um diálogo político intenso e significativo. Este diálogo é essencial para a construção de consensos e para a resolução de conflitos de forma pacífica e democrática.

Conclusão

A apresentação de moções ao Governo português é um pilar fundamental da democracia, assegurando a responsabilidade governamental e promovendo a participação ativa dos representantes eleitos. Através deste processo, o parlamento desempenha um papel vital na fiscalização do governo e na expressão da vontade popular. As moções não só fortalecem a democracia, mas também garantem que o governo opere em benefício de todos os cidadãos.

Nota: no dia 11mar2025 o governo português apresenta uma Moção de Confiança que foi chumbada e nessa sequência Portugal volta a eleições... talvez dia 11/18 de Maio.

FIGUEIRA DA FOZ – VILA DESDE 12 DE MARÇO DE 1771

Até 1771, a Figueira era conhecida como “lugar que chamam figueira”, “figueira na foz de Buarcos”, “figueira próximo de Buarcos”, “figueira na foz do Mondego”, “foz do Mondego”, “foz da Figueira”, “porto de Buarcos” e “Figueira da Foz do Mondego”.

Tinha cerca de 2500 habitantes e 1000 habitações quando foi elevada à categoria de vila por decreto régio de D. José I, de 12 de março de 1771, com o nome de "Figueira da Foz do Mondego".

Quando a Figueira foi elevada a vila, existia a Igreja de S. Julião (edificada no século VII, depois sucessivamente destruída e reedificada, e com o aspeto atual desde 1887), o Convento de Santo António (desde 1527 e com o seu aspeto atual desde 1725), o Paço de Tavarede (cerca de 1540), o Forte de Santa Catarina (cerca de 1585), a Casa do Paço (desde 1704) e a Casa da Alfândega (desde 1711 e com a atual arquitetura desde 1842).

Em 1771 era já intensa a exploração de carvão no Cabo Mondego, cujas jazidas tinham sido descobertas em 1750, havia as pescas e a exploração do sal, mas o porto da Figueira, também denominado “porto de Buarcos”, era a sua maior riqueza, possuindo estaleiros de construção naval desde o século XVII.

Apesar da importância da Figueira, era em Tavarede que funcionava a Câmara, a qual só seria transferida para a Figueira em 1771, por coação do Cabido de Coimbra, e certamente por Decreto de D. José I (1714-1777), apesar de nunca se ter encontrado qualquer documento esclarecedor desta transferência.

Tavarede, com foral desde 9 de maio de 1516, perdia importância, e a sua Câmara Municipal, auditório e cadeia começavam a ser geridos por gente residente na Figueira, assim como a maioria dos processos cíveis e criminais dirimidos em Tavarede diziam respeito a casos ocorridos na Figueira.


A transferência da Câmara deveu-se certamente ao maior crescimento da Figueira relativamente a Tavarede, mas também a um golpe hábil do Marquês de Pombal, que de uma assentada terminou com séculos de litígios entre o Cabido da Sé de Coimbra e a importante família Quadros de Tavarede.

Na realidade foi o povo quem mais sofreu com estes litígios, que se viu sufocado e oprimido entre dois poderes seculares, a família feudal Quadros e o Cabido, que disputavam entre si a posse das terras.

Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, a família Quadros, do alto da sua sobranceria, tomava indevidamente terras, mudava marcos, comprava propriedades sem licença do Cabido, não pagava terrádego nem domínio, ameaçando todos aqueles que não fossem do seu parecer.

Dizem mesmo alguns historiadores que Tavarede, em pleno século XVIII, foi o último reduto do velho sistema feudal no que tinha de mais odioso e injusto.

Mas os Quadros de Tavarede tinham influência na Corte, pelo que se tornou difícil ao Cabido fazer vingar os seus direitos, apesar de ter ganho muitos delitos, tendo a família Quadros perdido terras, prestígio e a própria liberdade, pois até à prisão e ao degredo chegaram a ser condenados.

O grande adversário do Cabido foi o bacharel Fernando Gomes de Quadros, 8º Senhor do Morgadio de Tavarede, que vivia no dito couto de Tavarede “dissoluta e despoticamente com o foro de fidalgo da Casa de V. Majestade e Comendador nas Alhadas com tão absoluto e independente poder com vexação das justiças e povo”.

Ao Cabido interessava-lhe desmoronar o poder dos Quadros, os donos de Tavarede, pelo que foi do seu interesse a transferência da Câmara de Tavarede para a Figueira, pretensão que solicitou ao Rei D. José I em 1759 e foi satisfeita quando a Figueira foi elevada a vila em 1771.

Com a elevação a vila, a localidade ficou a denominar-se "Figueira da Foz do Mondego" e foram três os diplomas publicados para o efeito: Decreto de 12 de março de 1771, Alvará de 22 de março de 1771 e Carta Régia de 10 de abril.

O Decreto de 12 de março eleva a Figueira a vila, cria o lugar de Juiz de Fora, e o seu distrito de intervenção, e nomeia o Dr. Bento José da Silva para o ocupar:

“Hei por bem Erigir em Villa o Lugar da Figueira da Foz do Mondego, e criar n’ella o Lugar de Juiz de Fóra, Crime, e Orfãos que terá por districto os Coutos de Mayorca, das Alhadas, Quiaios, Tavarede, Lavos, e as Villas de Buarcos, e Redondos, os Conselhos, e Situações ao Sul do Rio chamado de Carnide, ou do Louriçal, desde onde principia o districto da Ouvidoria de Pombal, até o moinho do Almoxarife, que tudo hei por desmembrado do districto de Montemór o velho, a quem té agora pertencia: E outro sim Hei por bem Nomear para o dito lugar de Juiz de Fóra o Bacharel Bento José da Silva, o qual fazendo a meu contento a dita Criação, se-haverá o dito Lugar por cabeça de Comarca, depois de Me-servir tres annos, e os mais que decorrerem, em quanto lhe não Nomear sucessor. Palacio de N. S. da Ajuda em 12 de Março de 1771. S. M. F.” (Decreto Real – Alvará, 22 de Março de 1771).

Dez dias depois, a 22 de março, é publicado o respetivo Alvará, e com base neste foi publicada a respetiva Carta Régia a 10 de abril de 1771.

A posse do Juiz de Fora e a eleição do Alcaide em 30 de julho de 1771 foram atos praticados na Figueira pelos vereadores do couto de Tavarede, todos residentes na Figueira, e assim assinavam: “Lemos, de João Gonçalves uma cruz, Arthurio Moreira, João Jorge”.

Esta vereação que veio de Tavarede continuou em funções na Figueira, não se sabendo se a Câmara de Tavarede era de nomeação ou de aprovação do Cabido, mas sabendo-se que este nomeava o escrivão da Câmara de Tavarede.

A partir de 1772 os vereadores foram de aprovação régia e, por provisão de 8 de outubro de 1772, foram pela primeira vez nomeados os vereadores para a Câmara da Figueira.

Assim, iniciaram funções em 1773 os seguintes vereadores: António Osório de Pinna e Mello, Manoel José Soares de Carvalho da Cunha, José Joaquim dos Santos Pinheiro e como procurador Manoel Francisco da Maia.

O primeiro juiz de Fora da Figueira, o Dr. Bento José da Silva, era patrício, colega da Universidade e amigo do ministro José Seabra da Silva, a quem o Marquês de Pombal “oferecera” a Quinta do Canal em 1770, depois de confiscada aos jesuítas em 1759.

Assim se entende a tese do ilustre figueirense Dr. José Jardim quando refere que “o lugar da Figueira foi feito vila graças à influência pessoal de José de Seabra …e às suas conveniências particulares.” (As Alfândegas, pág. 245).

De facto, o ministro José Seabra da Silva vivia então em Lisboa e muito jeito lhe deu a vinda do seu amigo para a Figueira, como Juiz de Fora, pois lhe poderia olhar pelas suas belas e ricas terras da Quinta do Canal (na atual freguesia do Alqueidão).

Mas o Dr. Bento José da Silva teve tarefa difícil, porque, por um lado, caiu no meio do braço de ferro entre o Cabido e a poderosa família Quadros, e por outro, o seu amigo ministro José Seabra da Silva perderia todo o poder.

Então, quando em 1774 terminaram os 3 anos do provimento do Dr. Bento José da Silva, foi este substituído porque o seu amigo ministro José Seabra da Silva tinha caído em desgraça, tendo sido demitido, desterrado e preso.

Mas, libertado em 1778, veio descansar para a sua Quinta do Canal até 1781.

O Tempo e as várias perspetivas…

Gosto de vir para a beira-mar pensar. Refletir sobre o que foi. Imaginar o que será. Sem expectativas.

Aprendi esta semana, em conversa com a minha terapeuta, que todos nós temos diferentes visões do tempo. Olhamos para ele de formas distintas, de acordo com a nossa perceção, com as nossas vivências e, talvez, com a nossa necessidade de encontrar sentido na passagem dos dias.

Quando lhe disse que “JÁ” tinham passado dois anos desde determinados acontecimentos da minha vida, ela respondeu, calmamente: “Não, não passaram já dois anos. Passaram “SÓ” dois anos.”

Fiquei em silêncio, a sentir o eco daquelas palavras dentro de mim. Só passaram dois anos. Como assim?!?

De repente, percebi o peso e, ao mesmo tempo, a leveza dessa afirmação. Por muito que achemos que dois anos é muito tempo – e de facto é para algumas coisas –, para outras é incrivelmente pouco.

Dois anos não curam feridas que ficam marcadas na alma, no coração.

Dois anos não apagam memórias.

Dois anos não fazem esquecer uma outra vida que já se viveu.

Dei por mim a repensar a minha própria contagem do tempo. Afinal, não passaram já dois anos. Só passaram dois anos. Quase dois anos.

Começo a olhar para o tempo de outra forma. Se por um lado sinto que ele foge, escapando-me por entre os dedos sem que eu o consiga agarrar, por outro, percebo que é demasiado curto para que possamos dizer que esquecemos, que seguimos em frente, que já não nos magoa.

O tempo, esse enigma constante, parece ora veloz, ora arrastado, consoante o que sentimos, consoante o que desejamos ou tememos.

A verdade é que queremos apressá-lo quando sofremos, ansiamos pelo dia em que já não doa.

Mas o tempo passa na sua velocidade, indiferente à nossa urgência. Ele cura o que tem de curar, mas fá-lo no ritmo que lhe pertence, não no que gostaríamos que fosse.

Começo a olhar para o tempo de outra forma. Não tinha esta perspetiva. Agora sei que não é apenas uma questão de dias, meses ou anos.

O tempo não se mede apenas no relógio ou no calendário. Mede-se, sobretudo, na forma como o sentimos e naquilo que ele, pacientemente, transforma dentro de nós.

💖

A ameaça dos tiranos

é fria como a tirania,

quer anular os sonhos e

rasgar a cor da liberdade,

esconder as certezas,

ficando a pairar

em todo o lado,

onde quer que estejamos,

mesmo que discretos e serenos …

Mas não vence a vontade

de um mundo melhor,

não vence as certezas,

nem rouba as vitórias,

não cala a voz que sempre

se erguerá na noite ou na treva maior.

 

Por isso,

olhar em frente e seguir

sem o medo da viagem,

sem que nos tolha a fraqueza

ou o desânimo.

Olhos fitos no futuro,

traçámos a nossa rota…

Viajámos sem partir,

arriscámos …

Não podemos vacilar,

hesitar é proibido.

A aventura à espera

não perdoa o desalento,

não entende o desânimo.

O Mundo

O mundo é uma roda gigante cheia de pessoas,

todas elas diferentes…

de diferentes lugares

de diferentes línguas

e muitas vezes a mesma língua,

mas com diferentes sotaques,

de diferentes razões de pensar, falar e agir,

de diferentes raças

e até de diferentes tamanhos.

Perante todas estas diferenças pensamos que tudo vai ser diferente,

que no meio de toda esta diversidade,

esta incrível variedade de gente,

alguém se destaque pela diferença!

E sim, é verdade,

encontramos a diferença que tanto queremos

na maneira de pensar ou de agir,

seja certa ou errada,

esta será peculiar a cada um de nós

o que faz com que todos sejamos diferentes

mas que todos estejamos em sintonia

desejando o melhor para o MUNDO.


Carta para uma criança 

Querida criança,

Envio esta carta ao vento para que te encontre. Não sei onde estás, nem o teu nome. Mas sei que existes algures num país onde as bombas rebentam em vez do cantar dos grilos e o chilrear dos pássaros.

Sei que num país distante estás em sofrimento e sem infância. O teu riso é abafado pelo estilhaçar da destruição, mas mesmo assim teimas em sorrir e em ser criança.

Admiro e curvo-me humildemente pela tua resiliência. Eu sei! As crianças têm uma força que nós adultos não temos. Acredito que se os adultos fossem crianças o mundo seria melhor em todos os sentidos, mas, mesmo no meio do caos, eu quero que saibas: tu és uma chama. És um raio de sol que atravessa as nuvens mais escuras. Sei que é difícil entender por que as coisas estão assim, e talvez ninguém tenha todas as respostas. Ainda assim, há algo que quero dizer-te: tudo o que há de bom no mundo, tudo o que é belo e doce, vive dentro de ti.

Pensa nas árvores, nas estrelas, nas flores. Sabias que cada uma delas resiste à sua maneira? As árvores suportam tempestades, as estrelas brilham em noites escuras, e as flores florescem até entre as pedras. És como elas: forte, resiliente e cheia de vida.

Quero que imagines comigo um dia diferente. Um dia em que o céu esteja cheio de cores e risos, onde o som que escutas seja o das gargalhadas e os teus passos te levem a lugares de paz e segurança. Esse dia virá. Não sei quando, mas acredito com todo o meu coração que ele te espera.

Até lá, guarda contigo o amor que há ao teu redor – nos sorrisos que encontras, nas palavras gentis, no calor de quem te ama. Esse amor é como uma semente que, mesmo debaixo da terra, cresce em silêncio, esperando a primavera para se tornar uma grande árvore.

Tu não estás sozinha. Há pessoas em muitos lugares, mesmo as que nunca conheceste, que pensam em ti, que sonham com um futuro onde todos os corações, como o teu, possam bater em paz. E eu sou uma dessas pessoas.

Sei que és um pequeno herói, mesmo que não te sintas assim. Não te esqueças de ser criança, de brincar sempre que puderes, de desenhar com as cores mais vivas que encontrares. Essas pequenas coisas são a prova de que ainda há beleza no mundo e de que ela começa dentro de ti.

 

Com todo o carinho do mundo,

Uma amiga que acredita em ti

UMA ROSA

QUISESTE que eu viesse a este mundo

Que percorresse a estrada sinuosa

Mas sempre que eu sentia estar no fundo

TU vinhas e oferecias-me uma rosa.

 

Provei do fel da vida de pequena

Mas também me deste a felicidade

De ter uma mãe com tal bondade

Que me dói ainda hoje já não tê-la.

 

Com tudo que na vida me tem surgido

Eu nunca perdi o riso no meu rosto

Mesmo quando a vaga é alterosa

TU vens e ofereces-me uma rosa.

 

É por isso que eu TE amo de verdade

Meu DEUS, LUZ minha, Felicidade

Sempre que na alma estava chorosa

TU vieste e ofereceste-me uma rosa.



Resumo

Uma visão marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. "A História de Uma Serva" tornou-se um dos livros mais influentes e mais lidos do nosso tempo.

Extremistas religiosos de direita derrubaram o governo norte americano e queimaram a Constituição. A América é agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis, conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.

Defred é uma Serva na República de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas de rebelião e amor.

BARCAÇA_54

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