Final
de mês é dia de mais uma viagem pelo nosso Mondego que agora tenta galgar as
margens devido à quantidade de água que leva o seu leito.
Nos
“Pontos Sem Fim” uma abordagem suave sobre a falsidade do Homem.
Mário
Silva na continuação dos MANLIANENSES ILUSTRES uma descrição que vale a
pena ler, Dr. José Augusto deixou um legado de serviços públicos e melhorias na
infraestrutura, sendo lembrado como um exemplo de administração exemplar.
Fagundo
Azedo descreve-nos a arte da Pesca praticada no rio Mondego e das suas
gentes, os pescadores são figuras de sabedoria, conhecendo cada canto do
rio e utilizando técnicas tradicionais como nassas e redes.
Apolinário
Cabral nos seus olhares críticos sobre o flagelo que Portugal atravessa na
Corrupção, Justiça, Saúde e Educação, um compromisso coletivo é necessário
para enfrentar esses desafios e construir um futuro mais seguro e próspero.
António Girão surje com palavras fortes no seu texto "CARTA aos CARRASCOS"
António
Leal deixa-nos um poema onde sente nas palavras este rio que tanto amamos e
desprezado por tantos.
Na
Política Nacional Armando Costa fala-nos de momentos que passamos há pouco
tempo entre Moções e o nosso processo democrático.
Fernando
Curado já nos habituou às lindíssimas descrições da sua cidade Figueira da Foz.
Carla
M. Henriques um lindo texto dos seus locais de eleição onde absorve a
envolvente e a transmite com uma clareza que nos faz arrepiar, o tempo é
percebido de maneiras diferentes, e a sua passagem não se mede apenas em dias,
mas na forma como sentimos e transformamos nossas experiências.
Já
Garça Real um poema tão atual (Tiranos) Apesar da tirania, a vontade de um
mundo melhor prevalece. É essencial seguir em frente, sem medo da viagem.
Isabel
Capinha leva-nos a uma visão do seu Mundo (nosso).
Isabel
Rama envia-nos um texto onde a Criança é a palavra maior. Uma carta cheia
de amor e esperança para uma criança em sofrimento, lembrando-a da sua força e
resiliência.
Isabel
Tavares mais um poema do seu imenso reportório e as suas flores preferidas
(Rosas). Um tributo à bondade materna e à beleza da vida, mesmo nas
dificuldades.
Na
seção da Livraria um livro muito atual “A História de uma Serva” Uma visão
marcante da nossa sociedade radicalmente transformada por uma revolução
teocrática. "A História de Uma Serva" tornou-se um dos livros mais
influentes e mais lidos do nosso tempo.
Desejo
a todos boas leituras.
A Falsidade do
Homem: Feridas com Lanças
A amizade é um dos
pilares mais valiosos das relações humanas, construída com confiança, afeto e
lealdade. No entanto, a falsidade do homem perante seu amigo é uma traição
profunda que fere como lanças cravadas no coração.
O Valor da Amizade
A verdadeira amizade é
um vínculo raro, onde dois indivíduos se encontram em um espaço de compreensão
mútua e respeito. É um refúgio seguro em tempos de tempestade, uma luz
brilhante na escuridão da vida. Amigos verdadeiros partilham segredos, risadas,
dores e sonhos.
As Máscaras da
Falsidade
Mas há aqueles que, sob
a máscara da amizade, escondem intenções egoístas e traiçoeiras. A falsidade no
comportamento humano pode surgir de inúmeras formas: palavras enganosas, ações
traiçoeiras ou até mesmo o silêncio que consente o mal. Estes atos de falsidade
revelam um caráter corroído pela inveja, pelo desejo de poder ou simplesmente
pela incapacidade de amar verdadeiramente.
As Feridas Invisíveis
Quando a verdade se
revela e a máscara cai, o impacto é devastador. A confiança, uma vez quebrada,
dificilmente pode ser restaurada na sua totalidade. As feridas deixadas pela
falsidade são profundas e dolorosas, pois não são apenas físicas, mas emocionais
e espirituais. Elas minam a confiança, semeiam a dúvida e deixam cicatrizes que
podem durar uma vida inteira.
Reflexão e Redenção
Nessas horas de
sofrimento, é essencial buscar a reflexão e a sabedoria. Aprender a discernir
entre o verdadeiro e o falso, o leal e o traiçoeiro, é uma habilidade vital. A
falsidade de um amigo pode ensinar duras lições sobre a natureza humana, mas
também pode fortalecer a alma e afinar a intuição.
Conclusão
A falsidade do homem
perante um amigo é uma tragédia que pode ferir como lanças, penetrando fundo no
coração e na alma. No entanto, mesmo nas sombras da traição, há uma
oportunidade para crescimento e redenção. Que possamos sempre valorizar aqueles
que nos são leais e aprender a nos proteger das lanças invisíveis da falsidade.
Em
23.01.1871 foi nomeado juiz de 1.ª classe para Valpaços e, anos mais tarde,
comendador da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa.
Várias
vezes indicado para procurador do concelho manlianense à Junta Geral do
Distrito foi eleito “deputado da nação” por cinco vezes, para as legislaturas
de 1861-1864 (juramento a 10.06.1861), de 1868-1869 (juramento a 25.04.1868),
de 1869-1870 (juramento a 01.05.1869), de 1870 (juramento a 11 de abril) e de
1887-1889 (juramento a 22.04.1887). Nas duas primeiras e na última foi eleito
por Montemor-o-Velho, para onde, de resto, havia sido nomeado substituto do
juiz de Direito. Nas eleições de 1869 e de março de 1870 foi eleito por
Cantanhede. Enquanto deputado pertenceu a várias comissões: Legislação Civil e
Comercial, Saúde Pública, Estatística, verificação de Poderes, Infrações,
Inquérito para estudar a questão cerealífera, comissão de que foi secretário, e
estudo das “obras do encanamento do rio Mondego, seus afluentes e valas”. A sua
participação nos trabalhos da Câmara foi reduzida. Subscreveu várias propostas
que favoreciam o desenvolvimento viário da região que representava,
nomeadamente as seguintes estradas: a que ligaria Castelo Branco à Pampilhosa e
à ponte da Foz de Arouce; a de Coimbra a Mira, passando por Cantanhede; a que
iria servir a estação de caminho-de-ferro da Granja, cuja construção foi um dos
seus cavalos-de-batalha; a de castelo Branco a Penamacor; a do Porto a Viseu,
passando pela Granja; e a de Coimbra à Figueira da Foz, justificando, com
grande cópia de argumentos, a urgência e vantagens desta estrada, projeto,
aliás, apoiado por muitos outros deputados. Participou na discussão do projeto
de lei do Orçamento (1862) e subscreveu o projeto de lei que autorizava o
Governo a despender anualmente 12.000$000 réis com os hospitais e dispensários
farmacêuticos da Universidade de Coimbra e o que criava, na Academia
Politécnica do Porto, as cadeiras de Mecânica, Geologia e Química. Renovou a
iniciativa do projeto de lei que concedia à Câmara Municipal de
Montemor-o-Velho o castelo da vila com todos os terrenos adjacentes, projeto
que motivou, da sua parte, várias intervenções. Veiculou uma representação da
Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, pedindo providências contra os abusos que
se praticavam com as sementeiras de arroz, que se multiplicavam em número e
extensão, provocando febres intermitentes em muitos habitantes da região.
Como
deputado, deve-se-lhe também a conservação da comarca de Montemor-o-Velho que,
“em diferentes reformas, esteve sentenciada a ser extinta.”
Na
política, “foi durante muito tempo chefe do Partido Progressista, até que,
abandonando-o, se filiou no Partido Regenerador, que o elegeu seu chefe local;
porem, desde que deixou o Partido Progressista, nunca mais foi eleito deputado,
mostrando-se até um descrente da regeneração dos costumes dos costumes
políticos e interessando-se somente pelos melhoramentos locais, no que, se pode
dizer, pugnou até aos últimos dias da sua vida.”
Ainda em 1903, surge como líder do Partido Regenerador no concelho de Montemor-o-Velho, partido a que também pertenceria seu filho José Luís Ferreira Galvão e o Dr. Martinho de Brito, da Abrunheira. Em setembro, estando já bastante adoentado em casa, recebe a visita do ministro de estado honorário Pereira dos Santos, seu correligionário e amigo.
A Pesca Tradicional no Rio Mondego
Uma Herança Cultural
A pesca no Rio Mondego, uma das atividades mais antigas e
tradicionais da região, é uma arte que tem sido passada de geração em geração.
Entre os métodos utilizados, a barca embarcação de pesca destaca-se por sua
eficiência e pela habilidade dos pescadores que a operam.
A Barca de Pesca
As barcas do Rio Mondego são embarcações robustas,
cuidadosamente construídas para enfrentar as águas do rio. Feitas de madeira
resistente, são projetadas para suportar as correntes e facilitar a tarefa dos
pescadores. Estas embarcações são, muitas vezes, pintadas com cores vivas, não
só para identificar a posse, mas também para trazer sorte na pesca.
O Homem Pescador
O pescador do Rio Mondego é uma figura de sabedoria e
experiência. Conhece cada corrente e cada canto do rio, utilizando este
conhecimento para encontrar os melhores locais de pesca. A operação da barca
requer destreza e força, especialmente quando se trata de varear a embarcação,
um ato que envolve empurrar a barca com uma vara longa para direcioná-la nas
águas.
As Nassas e Redes
Para a captura de peixes, os pescadores utilizam nassas e
redes, tradicionais instrumentos de pesca. As nassas são armadilhas cilíndricas
feitas de vime, projetadas para capturar peixes que entram e não conseguem
sair. Já as redes, extensas e cuidadosamente tecidas, são lançadas no rio e
puxadas de volta cheias de peixe. Cada método requer uma técnica específica e
uma compreensão profunda do comportamento dos peixes.
A Vida no Rio
A pesca no Rio Mondego não é apenas uma atividade econômica,
mas também uma parte integral da vida cultural da região. As comunidades
ribeirinhas dependem desta prática para sustentar-se e preservar sua
identidade. As histórias e canções dos pescadores, muitas vezes cantadas
enquanto trabalham, refletem a beleza e os desafios desta vida ligada ao rio.
Preservação e Futuro
Com as mudanças ambientais e as pressões modernas, a pesca
tradicional no Rio Mondego enfrenta desafios significativos. No entanto, há
esforços em andamento para preservar esta herança cultural, garantindo que
futuras gerações possam continuar a praticar e apreciar esta arte antiga.
Programas de sustentabilidade e iniciativas comunitárias visam proteger tanto o
rio quanto as técnicas de pesca que nele se desenvolveram.
Em conclusão, a pesca tradicional no Rio Mondego é mais do
que uma simples atividade; é um testemunho vivo da resiliência e engenhosidade
das comunidades que chamam este rio de lar. A barca, o homem pescador e suas nassas
e redes são símbolos desta rica herança, que continua a navegar nas águas da
história.
CARTA aos CARRASCOS
Um dia, quando tombares
no chão da calçada fria
Uns virão levantar-te
Não por compaixão
Antes pelo remorso da
triste e inabalável condição
De serem carrascos.
Serão frios,
Alarmantemente frios!
Nessa ocasião, nesse
chão de margaridas
Sempre se ouvirão os
malfeitores
De mortes causadores,
não de vidas
Em trémulas canções
originais
Que de vida não serão
mais,
Antes de mortes
anunciadas pelos carrascos causadas.
Tristes desses!
Nunca conseguiram,
Nunca passaram
ribeiras,
Arregaçando a calça
pelo joelho
Esse mesmo que sempre
dobraram
Perante quem lhes dava
mau conselho.
O conselho de matar,
torturar, difamar
Sem consentimento dos
deuses,
Esses deuses endeusados
Sabedores de males e
pecados
Videntes de vidas
pálidas, bacilentas, dormentes.
Os deuses da loucura
Na incansável e parva
procura
De carrascos que
deitassem fogo
Incendiassem mais a
fogueira
Com labaredas de ódio.
Esses deuses que não
paravam
Que não vacilavam. Os
carrascos são mortais!
Matam aqui e ali,
Matam sem perceber que
matam
Torturam por interesse
O interesse dos
incapazes
Que só conseguem
respirar
Só conseguem arfar
Cansados de querer
subir, de tudo trepar.
Afinal, só conseguem
rastejar!
Tu, carrasco da infâmia
Que transportas por
entre os dedos
Que trazes a loucura da
ambição nos teus medos
Carregas às costas e no
juízo
A desgraça que provocas
Num eterno e
irreparável prejuízo àqueles que mataste devagar
Mataste sem parar.
Tu és o carrasco dos
dias e das noites,
Porque nunca levaste
uns belos de uns açoites,
Antes tiveste tudo de
mão beijada,
Mas…de saber nunca
tiveste nada!
Morrerás, carrasco,
Porque verás morrer
Quem deste a nascer,
Às mãos de outro
carrasco,
Pois quem com ferros
mata
Da divina providência
se trata
E verás quem amas
Não se levantar da lama
Do chão que outrora foi
de pasto
Agora já de sangue
Verás os teus morrerem
Às mãos de outro como
tu, carrasco!
Portugal: Corrupção, Justiça, Saúde e Educação
Uma Análise das Preocupações Atuais
Introdução
Portugal, um país conhecido por sua rica história e
cultura vibrante, enfrenta atualmente uma série de desafios que têm gerado um
clima de insegurança entre seus cidadãos. As questões de corrupção,
justiça, saúde e educação são temas centrais de debate e preocupação.
Este texto procura analisar esses aspectos e compreender como eles afetam o
tecido social e político do país.
A corrupção é uma das
principais preocupações em Portugal. Casos emblemáticos, como o escândalo de
corrupção envolvendo figuras políticas de alto nível, têm minado a confiança do
público nas instituições governamentais. A perceção de que a corrupção é
endêmica e que os poderosos estão acima da lei contribui para um sentimento
generalizado de desilusão e desconfiança.
A luta contra a corrupção em Portugal exige uma
abordagem multifacetada. A implementação de medidas rigorosas de transparência
e responsabilização, juntamente com o fortalecimento das instituições de
fiscalização, é crucial para restaurar a confiança pública. Além disso, a
educação e a promoção de valores éticos desde cedo são essenciais para criar
uma cultura de integridade.
O sistema de justiça em Portugal enfrenta desafios significativos. A
morosidade dos processos judiciais e a perceção de impunidade são questões
recorrentes. A falta de recursos e a complexidade burocrática agravam a
situação, resultando em atrasos que podem durar anos.
Para melhorar o sistema de justiça, é necessário
investir em infraestruturas e tecnologia que agilizem os processos judiciais. A
formação contínua dos profissionais do setor e a simplificação dos
procedimentos legais também são passos importantes para garantir uma justiça
mais eficiente e acessível.
O setor da saúde em Portugal tem sido alvo de críticas devido à
falta de recursos e à sobrecarga dos serviços. O Sistema Nacional de Saúde
(SNS), embora universal e gratuito, enfrenta problemas de financiamento e
gestão que comprometem a qualidade dos serviços prestados. As longas filas de
espera e a escassez de profissionais de saúde são problemas frequentes.
Para enfrentar esses desafios, é crucial garantir um
financiamento adequado e sustentável para o SNS. A modernização das
infraestruturas de saúde e a implementação de tecnologias inovadoras podem
aliviar a pressão sobre os serviços. Além disso, a valorização e a formação
contínua dos profissionais de saúde são essenciais para assegurar a qualidade
do atendimento.
A educação é outro pilar fundamental que enfrenta
dificuldades em Portugal. A desigualdade de acesso e a qualidade do ensino
variam significativamente entre as diferentes regiões do país. As taxas de
abandono escolar precoce e a falta de recursos nas escolas são questões
preocupantes que afetam o futuro das gerações mais jovens.
Para melhorar o sistema educacional, é necessário investir em infraestruturas e recursos didáticos que garantam um ambiente de aprendizagem adequado para todos os alunos. A formação contínua dos professores e a promoção de métodos de ensino inovadores também são cruciais para uma educação de qualidade. Além disso, a implementação de políticas de inclusão pode ajudar a reduzir as disparidades e garantir oportunidades iguais para todos.
Os tempos inseguros que Portugal atravessa são marcados por desafios complexos nas áreas da corrupção, justiça, saúde e educação. Abordar essas questões de maneira eficaz exige um compromisso coletivo e medidas concretas que promovam a transparência, a eficiência e a igualdade. Só assim será possível construir um futuro mais seguro e próspero para todos os portugueses.
Mondego e
Montemor-o-Velho
Oh mar vasto e
profundo,
De ondas incessantes,
força bravia,
Guardas segredos do
mundo,
Nas tuas águas, eterna
magia.
Mondego sereno, rio da
saudade,
Leva histórias de
amores, lendas e poesia,
Nas tuas margens, a
eternidade,
Ecoa em
Montemor-o-Velho, terra de nostalgia.
Montemor-o-Velho,
castelo altaneiro,
Sentinela do tempo,
guardião de memórias,
Teus muros contam o
passado inteiro,
De batalhas, reis e
glórias.
Mar e rio, união
perfeita,
Em suas águas, encontro
divinal,
Montemor, terra eleita,
Pela história, num laço
sem igual.
Oh mar, teu som é
melodia,
Mondego, tuas águas são
canção,
Montemor, tu és a
harmonia,
De um poema, eterna
inspiração.
Apresentação das
Moções ao Governo português
Um
Processo Democrático
Introdução
A apresentação de
moções ao Governo português é essencial para o processo democrático, permitindo
aos eleitos expressar opiniões, recomendações e exigências ao executivo. Este
mecanismo assegura que o governo se mantém responsável e responsivo às
necessidades e preocupações do povo.
O que são Moções?
As moções são propostas
formais apresentadas pelos membros do parlamento, que podem ser de diferentes
tipos, incluindo moções de censura, moções de confiança, moções de recomendação
e moções de louvor. Cada tipo de moção tem um objetivo específico e segue um
processo legislativo distinto.
Moções de Censura
As moções de censura
são utilizadas para expressar desaprovação em relação às ações ou políticas do
governo. Se uma moção de censura for aprovada, pode levar à demissão do governo
ou de um ministro específico.
Moções de Confiança
As moções de confiança
são apresentadas pelo próprio governo para demonstrar que mantém o apoio da
maioria parlamentar. A aprovação de uma moção de confiança reforça a
legitimidade do governo e a sua capacidade de governar eficazmente.
Moções de Recomendação
As moções de
recomendação são utilizadas para sugerir ações ou políticas específicas que o
governo deve considerar. Embora não sejam vinculativas, têm um peso
significativo na orientação das decisões governamentais.
Moções de Louvor
As moções de louvor são
apresentadas para reconhecer e celebrar ações ou realizações notáveis de
indivíduos ou organizações. Estas moções promovem um sentido de reconhecimento
e motivação pública.
Processo de Apresentação das Moções
O processo de
apresentação de moções ao governo segue um conjunto de etapas bem definidas,
que asseguram a transparência e a participação democrática.
Proposta Inicial
A primeira etapa do
processo envolve a redação e a proposta inicial da moção por um membro do
parlamento. Esta proposta deve ser clara, objetiva e fundamentada em argumentos
convincentes.
Debate Parlamentar
Após a proposta
inicial, a moção é sujeita a um debate parlamentar, onde os membros do
parlamento discutem os méritos e as implicações da moção. Este debate é
fundamental para o escrutínio público e para a deliberação democrática.
Votação
Após o debate, a moção
é submetida a votação. A aprovação ou rejeição da moção depende do apoio da
maioria dos membros do parlamento presentes. A votação é um momento crucial que
determina o impacto e a consequência da moção.
Importância das Moções no Sistema
Democrático
As moções desempenham
um papel crucial no fortalecimento da democracia em Portugal. Elas garantem que
o governo seja continuamente avaliado e que as suas ações sejam alinhadas com
os interesses e valores do povo. Além disso, as moções promovem a participação
ativa dos representantes eleitos e incentivam um diálogo político saudável e
construtivo.
Fiscalização Governamental
As moções permitem uma
fiscalização constante das ações do governo, assegurando que o poder executivo
opere de forma transparente e responsável. Através das moções de censura e de
recomendação, os membros do parlamento podem manter o governo sob escrutínio
rigoroso.
Expressão de Vontade Popular
As moções servem como
uma forma de expressão da vontade popular, refletindo as preocupações e
aspirações dos cidadãos. Os representantes eleitos utilizam as moções para
transmitir as necessidades e expectativas do seu eleitorado ao governo.
Promoção do Diálogo Político
O processo de debate e
votação das moções promove um diálogo político intenso e significativo. Este
diálogo é essencial para a construção de consensos e para a resolução de
conflitos de forma pacífica e democrática.
Conclusão
A apresentação de moções ao Governo português é um pilar fundamental da democracia, assegurando a responsabilidade governamental e promovendo a participação ativa dos representantes eleitos. Através deste processo, o parlamento desempenha um papel vital na fiscalização do governo e na expressão da vontade popular. As moções não só fortalecem a democracia, mas também garantem que o governo opere em benefício de todos os cidadãos.
Nota: no dia 11mar2025 o governo português apresenta uma Moção de Confiança que foi chumbada e nessa sequência Portugal volta a eleições... talvez dia 11/18 de Maio.
FIGUEIRA DA FOZ – VILA DESDE 12
DE MARÇO DE 1771
Até 1771, a Figueira era conhecida como “lugar que chamam figueira”, “figueira na foz de Buarcos”, “figueira próximo de Buarcos”, “figueira na foz do Mondego”, “foz do Mondego”, “foz da Figueira”, “porto de Buarcos” e “Figueira da Foz do Mondego”.
Tinha cerca de 2500 habitantes e 1000 habitações quando foi elevada à categoria de vila por decreto régio de D. José I, de 12 de março de 1771, com o nome de "Figueira da Foz do Mondego".
Quando a Figueira foi elevada a vila, existia a Igreja de S. Julião (edificada no século VII, depois sucessivamente destruída e reedificada, e com o aspeto atual desde 1887), o Convento de Santo António (desde 1527 e com o seu aspeto atual desde 1725), o Paço de Tavarede (cerca de 1540), o Forte de Santa Catarina (cerca de 1585), a Casa do Paço (desde 1704) e a Casa da Alfândega (desde 1711 e com a atual arquitetura desde 1842).
Em 1771 era já intensa a exploração de carvão no Cabo Mondego, cujas jazidas tinham sido descobertas em 1750, havia as pescas e a exploração do sal, mas o porto da Figueira, também denominado “porto de Buarcos”, era a sua maior riqueza, possuindo estaleiros de construção naval desde o século XVII.
Apesar da importância da
Figueira, era em Tavarede que funcionava a Câmara, a qual só seria transferida
para a Figueira em 1771, por coação do Cabido de Coimbra, e certamente por
Decreto de D. José I (1714-1777), apesar de nunca se ter encontrado qualquer
documento esclarecedor desta transferência.
Tavarede, com foral desde 9 de maio de 1516, perdia importância, e a sua Câmara Municipal, auditório e cadeia começavam a ser geridos por gente residente na Figueira, assim como a maioria dos processos cíveis e criminais dirimidos em Tavarede diziam respeito a casos ocorridos na Figueira.
A transferência da Câmara
deveu-se certamente ao maior crescimento da Figueira relativamente a Tavarede,
mas também a um golpe hábil do Marquês de Pombal, que de uma assentada terminou
com séculos de litígios entre o Cabido da Sé de Coimbra e a importante família
Quadros de Tavarede.
Na realidade foi o povo quem mais
sofreu com estes litígios, que se viu sufocado e oprimido entre dois poderes
seculares, a família feudal Quadros e o Cabido, que disputavam entre si a posse
das terras.
Ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, a família Quadros, do alto da sua sobranceria, tomava indevidamente terras, mudava marcos, comprava propriedades sem licença do Cabido, não pagava terrádego nem domínio, ameaçando todos aqueles que não fossem do seu parecer.
Dizem mesmo alguns historiadores
que Tavarede, em pleno século XVIII, foi o último reduto do velho sistema
feudal no que tinha de mais odioso e injusto.
Mas os Quadros de Tavarede tinham
influência na Corte, pelo que se tornou difícil ao Cabido fazer vingar os seus
direitos, apesar de ter ganho muitos delitos, tendo a família Quadros perdido
terras, prestígio e a própria liberdade, pois até à prisão e ao degredo
chegaram a ser condenados.
O grande adversário do Cabido foi o bacharel Fernando Gomes de Quadros, 8º Senhor do Morgadio de Tavarede, que vivia no dito couto de Tavarede “dissoluta e despoticamente com o foro de fidalgo da Casa de V. Majestade e Comendador nas Alhadas com tão absoluto e independente poder com vexação das justiças e povo”.
Ao Cabido interessava-lhe
desmoronar o poder dos Quadros, os donos de Tavarede, pelo que foi do seu
interesse a transferência da Câmara de Tavarede para a Figueira, pretensão que
solicitou ao Rei D. José I em 1759 e foi satisfeita quando a Figueira foi elevada
a vila em 1771.
Com a elevação a vila, a localidade ficou a denominar-se "Figueira da Foz do Mondego" e foram três os diplomas publicados para o efeito: Decreto de 12 de março de 1771, Alvará de 22 de março de 1771 e Carta Régia de 10 de abril.
O Decreto de 12 de março eleva a Figueira a vila, cria o lugar de Juiz de Fora, e o seu distrito de intervenção, e nomeia o Dr. Bento José da Silva para o ocupar:
“Hei por bem Erigir em Villa o Lugar da Figueira da Foz do Mondego, e criar n’ella o Lugar de Juiz de Fóra, Crime, e Orfãos que terá por districto os Coutos de Mayorca, das Alhadas, Quiaios, Tavarede, Lavos, e as Villas de Buarcos, e Redondos, os Conselhos, e Situações ao Sul do Rio chamado de Carnide, ou do Louriçal, desde onde principia o districto da Ouvidoria de Pombal, até o moinho do Almoxarife, que tudo hei por desmembrado do districto de Montemór o velho, a quem té agora pertencia: E outro sim Hei por bem Nomear para o dito lugar de Juiz de Fóra o Bacharel Bento José da Silva, o qual fazendo a meu contento a dita Criação, se-haverá o dito Lugar por cabeça de Comarca, depois de Me-servir tres annos, e os mais que decorrerem, em quanto lhe não Nomear sucessor. Palacio de N. S. da Ajuda em 12 de Março de 1771. S. M. F.” (Decreto Real – Alvará, 22 de Março de 1771).
Dez dias depois, a 22 de março, é
publicado o respetivo Alvará, e com base neste foi publicada a respetiva Carta
Régia a 10 de abril de 1771.
A posse do Juiz de Fora e a
eleição do Alcaide em 30 de julho de 1771 foram atos praticados na Figueira
pelos vereadores do couto de Tavarede, todos residentes na Figueira, e assim
assinavam: “Lemos, de João Gonçalves uma cruz, Arthurio Moreira, João Jorge”.
Esta vereação que veio de
Tavarede continuou em funções na Figueira, não se sabendo se a Câmara de
Tavarede era de nomeação ou de aprovação do Cabido, mas sabendo-se que este
nomeava o escrivão da Câmara de Tavarede.
A partir de 1772 os vereadores
foram de aprovação régia e, por provisão de 8 de outubro de 1772, foram pela
primeira vez nomeados os vereadores para a Câmara da Figueira.
Assim, iniciaram funções em 1773
os seguintes vereadores: António Osório de Pinna e Mello, Manoel José Soares de
Carvalho da Cunha, José Joaquim dos Santos Pinheiro e como procurador Manoel
Francisco da Maia.
O primeiro juiz de Fora da
Figueira, o Dr. Bento José da Silva, era patrício, colega da Universidade e
amigo do ministro José Seabra da Silva, a quem o Marquês de Pombal “oferecera”
a Quinta do Canal em 1770, depois de confiscada aos jesuítas em 1759.
Assim se entende a tese do
ilustre figueirense Dr. José Jardim quando refere que “o lugar da Figueira foi
feito vila graças à influência pessoal de José de Seabra …e às suas
conveniências particulares.” (As Alfândegas, pág. 245).
De facto, o ministro José Seabra
da Silva vivia então em Lisboa e muito jeito lhe deu a vinda do seu amigo para
a Figueira, como Juiz de Fora, pois lhe poderia olhar pelas suas belas e ricas
terras da Quinta do Canal (na atual freguesia do Alqueidão).
Mas o Dr. Bento José da Silva
teve tarefa difícil, porque, por um lado, caiu no meio do braço de ferro entre
o Cabido e a poderosa família Quadros, e por outro, o seu amigo ministro José
Seabra da Silva perderia todo o poder.
Então, quando em 1774 terminaram
os 3 anos do provimento do Dr. Bento José da Silva, foi este substituído porque
o seu amigo ministro José Seabra da Silva tinha caído em desgraça, tendo sido
demitido, desterrado e preso.
Mas, libertado em 1778, veio descansar para a sua Quinta do Canal até 1781.
O Tempo e as várias perspetivas…
Gosto de vir para a beira-mar
pensar. Refletir sobre o que foi. Imaginar o que será. Sem expectativas.
Aprendi esta semana, em conversa
com a minha terapeuta, que todos nós temos diferentes visões do tempo. Olhamos
para ele de formas distintas, de acordo com a nossa perceção, com as nossas
vivências e, talvez, com a nossa necessidade de encontrar sentido na passagem
dos dias.
Quando lhe disse que “JÁ” tinham
passado dois anos desde determinados acontecimentos da minha vida, ela
respondeu, calmamente: “Não, não passaram já dois anos. Passaram “SÓ” dois
anos.”
Fiquei em silêncio, a sentir o
eco daquelas palavras dentro de mim. Só passaram dois anos. Como assim?!?
De repente, percebi o peso e, ao
mesmo tempo, a leveza dessa afirmação. Por muito que achemos que dois anos é
muito tempo – e de facto é para algumas coisas –, para outras é incrivelmente
pouco.
Dois anos não curam feridas que
ficam marcadas na alma, no coração.
Dois anos não apagam memórias.
Dois anos não fazem esquecer uma
outra vida que já se viveu.
Dei por mim a repensar a minha
própria contagem do tempo. Afinal, não passaram já dois anos. Só passaram dois
anos. Quase dois anos.
Começo a olhar para o tempo de
outra forma. Se por um lado sinto que ele foge, escapando-me por entre os dedos
sem que eu o consiga agarrar, por outro, percebo que é demasiado curto para que
possamos dizer que esquecemos, que seguimos em frente, que já não nos magoa.
O tempo, esse enigma constante,
parece ora veloz, ora arrastado, consoante o que sentimos, consoante o que
desejamos ou tememos.
A verdade é que queremos
apressá-lo quando sofremos, ansiamos pelo dia em que já não doa.
Mas o tempo passa na sua
velocidade, indiferente à nossa urgência. Ele cura o que tem de curar, mas
fá-lo no ritmo que lhe pertence, não no que gostaríamos que fosse.
Começo a olhar para o tempo de
outra forma. Não tinha esta perspetiva. Agora sei que não é apenas uma questão
de dias, meses ou anos.
O tempo não se mede apenas no relógio ou no calendário. Mede-se, sobretudo, na forma como o sentimos e naquilo que ele, pacientemente, transforma dentro de nós.
A ameaça dos tiranos
é fria como a tirania,
quer anular os sonhos e
rasgar a cor da liberdade,
esconder as certezas,
ficando a pairar
em todo o lado,
onde quer que estejamos,
mesmo que discretos e serenos …
Mas não vence a vontade
de um mundo melhor,
não vence as certezas,
nem rouba as vitórias,
não cala a voz que sempre
se erguerá na noite ou na treva maior.
Por isso,
olhar em frente e seguir
sem o medo da viagem,
sem que nos tolha a fraqueza
ou o desânimo.
Olhos fitos no futuro,
traçámos a nossa rota…
Viajámos sem partir,
arriscámos …
Não podemos vacilar,
hesitar é proibido.
A aventura à espera
não perdoa o desalento,
não entende o desânimo.
O Mundo
O mundo é uma roda gigante cheia de pessoas,
todas elas diferentes…
de diferentes lugares
de diferentes línguas
e muitas vezes a mesma língua,
mas com diferentes sotaques,
de diferentes razões de pensar, falar e agir,
de diferentes raças
e até de diferentes tamanhos.
Perante todas estas diferenças pensamos que tudo vai
ser diferente,
que no meio de toda esta diversidade,
esta incrível variedade de gente,
alguém se destaque pela diferença!
E sim, é verdade,
encontramos a diferença que tanto queremos
na maneira de pensar ou de agir,
seja certa ou errada,
esta será peculiar a cada um de nós
o que faz com que todos sejamos diferentes
mas que todos estejamos em sintonia
desejando o melhor para o MUNDO.
Carta para uma criança
Querida
criança,
Envio
esta carta ao vento para que te encontre. Não sei onde estás, nem o teu nome. Mas
sei que existes algures num país onde as bombas rebentam em vez do cantar dos grilos
e o chilrear dos pássaros.
Sei
que num país distante estás em sofrimento e sem infância. O teu riso é abafado pelo
estilhaçar da destruição, mas mesmo assim teimas em sorrir e em ser criança.
Admiro
e curvo-me humildemente pela tua resiliência. Eu sei! As crianças têm uma força
que nós adultos não temos. Acredito que se os adultos fossem crianças o mundo seria
melhor em todos os sentidos, mas, mesmo no meio do caos, eu quero que saibas:
tu és uma chama. És um raio de sol que atravessa as nuvens mais escuras. Sei
que é difícil entender por que as coisas estão assim, e talvez ninguém tenha
todas as respostas. Ainda assim, há algo que quero dizer-te: tudo o que há de
bom no mundo, tudo o que é belo e doce, vive dentro de ti.
Pensa
nas árvores, nas estrelas, nas flores. Sabias que cada uma delas resiste à sua maneira?
As árvores suportam tempestades, as estrelas brilham em noites escuras, e as
flores florescem até entre as pedras. És como elas: forte, resiliente e cheia
de vida.
Quero
que imagines comigo um dia diferente. Um dia em que o céu esteja cheio de cores
e risos, onde o som que escutas seja o das gargalhadas e os teus passos te
levem a lugares de paz e segurança. Esse dia virá. Não sei quando, mas acredito
com todo o meu coração que ele te espera.
Até
lá, guarda contigo o amor que há ao teu redor – nos sorrisos que encontras, nas
palavras gentis, no calor de quem te ama. Esse amor é como uma semente que, mesmo
debaixo da terra, cresce em silêncio, esperando a primavera para se tornar uma
grande árvore.
Tu
não estás sozinha. Há pessoas em muitos lugares, mesmo as que nunca conheceste,
que pensam em ti, que sonham com um futuro onde todos os corações, como o teu, possam
bater em paz. E eu sou uma dessas pessoas.
Sei
que és um pequeno herói, mesmo que não te sintas assim. Não te esqueças de ser criança,
de brincar sempre que puderes, de desenhar com as cores mais vivas que encontrares.
Essas pequenas coisas são a prova de que ainda há beleza no mundo e de que ela
começa dentro de ti.
Com
todo o carinho do mundo,
Uma
amiga que acredita em ti
UMA ROSA
QUISESTE que eu viesse a este mundo
Que percorresse a estrada sinuosa
Mas sempre que eu sentia estar no fundo
TU vinhas e oferecias-me uma rosa.
Provei do fel da vida de pequena
Mas também me deste a felicidade
De ter uma mãe com tal bondade
Que me dói ainda hoje já não tê-la.
Com tudo que na vida me tem surgido
Eu nunca perdi o riso no meu rosto
Mesmo quando a vaga é alterosa
TU vens e ofereces-me uma rosa.
É por isso que eu TE amo de verdade
Meu DEUS, LUZ minha, Felicidade
Sempre que na alma estava chorosa
TU vieste e ofereceste-me uma rosa.

Resumo
Uma visão marcante da nossa
sociedade radicalmente transformada por uma revolução teocrática. "A
História de Uma Serva" tornou-se um dos livros mais influentes e mais
lidos do nosso tempo.
Extremistas religiosos de direita
derrubaram o governo norte americano e queimaram a Constituição. A América é
agora Gileade, um estado policial e fundamentalista onde as mulheres férteis,
conhecidas como Servas, são obrigadas a conceber filhos para a elite estéril.
Defred é uma Serva na República
de Gileade e acaba de ser transferida para a casa do enigmático Comandante e da
sua ciumenta mulher. Pode ir uma vez por dia aos mercados, cujas tabuletas
agora são imagens, porque as mulheres estão proibidas de ler. Tem de rezar para
que o Comandante a engravide, já que, numa época de grande decréscimo do número
de nascimentos, o valor de Defred reside na sua fertilidade, e o fracasso
significa o exílio nas Colónias, perigosamente poluídas. Defred lembra-se de um
tempo em que vivia com o marido e a filha e tinha um emprego, antes de perder
tudo, incluindo o nome. Essas memórias misturam-se agora com ideias perigosas
de rebelião e amor.