Carl
Sagan, numa analogia que se tornou famosa, pediu-nos em tempos que
imaginássemos a vida do cosmos num ano. Não precisamos de ir tão longe,
imaginemos apenas a vida de um ser humano reduzida a um ano. A este ano precisamente.
Podemos então dizer que este ano é ainda uma criança, um jovem, mas, no
entanto, já passou por muita coisa, será então uma criança com experiência de
adulto, mas uma criança traumatizada. A pandemia da qual ainda não nos
livramos, a guerra, a crise energética, o problema das cadeias produtivas, a
inflação, as mudanças climáticas são situações que tornaram estes últimos meses
numa “montanha-russa” de acontecimentos que só por si, e, individualmente, já
constituiriam desafios de monta. Para não falar de os ver associados, como se
de uma tempestade perfeita se tratasse, como se tudo caminhasse para tempos de
uma imprevisibilidade assustadora e apocalítica. Claro que muitos destes
eventos não se iniciaram este ano e têm raízes profundas em antigas decisões e
más previsões, no entanto, nunca como hoje, estes assuntos estiveram tanto na
ordem do dia e a precisar de reflexões profundas, acompanhadas de decisões
esclarecidas e corajosas.
Por
isso, quer seja para se distrair de tão sérias e profundas reflexões, quer seja
para que faça uso da elevação e calma dos sábios, convidamos o nosso leitor a
deslisar na nossa Barcaça pelos assuntos da atualidade que os nossos escritores
trazem quinzenalmente especialmente para si. Bem-haja e boas leituras!
Fundada em 1858, a Sociedade Filarmónica Paionense (SFP) é das mais veneradas coletividades do concelho.
Surgiu com Leonel Seabra, médico no Paião
Miragem (LP) – Sr.ª Ana Santiago, ser presidente de uma coletividade com este peso e importância na comunidade não só do Paião como do Concelho e País, com o aproximar do seu 164ºaniversário com que olhos vê o futuro desta coletividade?
Ana Santiago - Em pequenos passos e com muitas mãos se faz erguer esta Casa da Música todos os dias. Uma equipe é a união de pessoas singulares por uma causa comum, cada uma trazendo um pouco da sua bagagem, dos seus conhecimentos e das suas habilidades. É graças a todas estas pessoas que vejo com esperança o futuro da SFP.
Miragem (LP) – Nos últimos anos tivemos alguns contratempos, foi o Leslie logo em seguida veio a pandemia e agora que estávamos a sair bem, aparece a guerra. Não nos deixam sossegados, mas pergunto-lhe como tem sido estes últimos anos para vida da SFP?
Ana Santiago - Todos esses contratempos e especialmente a pandemia que nos assolou, veio a agravar e deixar a nu um conjunto de insuficiências e fragilidades da nossa coletividade e só com a teimosia, esforço e dedicação de diretores e sócios é que conseguimos reinventar-nos e adaptarmo-nos aos obstáculos que iam surgindo, mas o coletivo ganha sempre quando a vontade é por uma causa maior, a Casa da Música.
Miragem (LP) – Srª. Ana Santiago para este ano já podemos contar com algumas saídas da Banda e se sim para onde estão marcados os primeiros concertos e já agora quem é o maestro do SFP?
Ana Santiago - A Banda Filarmónica vai recuperando destes tempos difíceis de pandemia que nos tolheu os afetos, a presença, a liberdade e até os nossos compromissos enquanto músicos. Contudo, vamos erguendo forças e vontades. Fizemos já alguns Concertos, teremos o nosso Concerto de Aniversário, a saída da Banda em procissões locais e tudo voltará com a certeza de que somos felizes em família filarmónica que neste momento é dirigida pelo Maestro Hugo Costa.
Miragem (LP) – Uma das dificuldades que é abrangente a todas as coletividades são os apoios que devido ao momento que atravessamos torna-se o dia a dia das coletividades mais difícil, como faz o SFP para superar as dificuldades?
Ana Santiago - Quero aqui salientar a atenção especial do nosso Município que já manifestou a vontade de continuar com o Apoio ao Fomento á Música a todas as Escolas de Música, um Apoio já concedido pelo Executivo Municipal anterior, reconhecendo também ele o importante papel no desenvolvimento das suas comunidades locais, assim como o Apoio Regular atribuído às coletividades de acordo com as atividades desenvolvidas.
Miragem (LP) – Uma filarmónica além das fardas, tem de ter instrumentos, pergunto-lhe como fazem face aos custos da compra deles se é a coletividade ou se o próprio músico compra o seu instrumento, porque estamos a falar de centenas de euros?
Ana Santiago - Pergunta pertinente e aqui está mais uma vez, um desafio constante a cada direção. Os músicos crescem e a farda parece que encolhe… e volta a reinvenção! Precisam-se instrumentos, arranjo de instrumentos, o que fazer… e voltamos a reinventar!
Fazemos eventos, tais como “A Noite do Barítono” “A Menina dança, já tem par ou descansa”, sorteios, angariação de fundos, enfim. Quando o músico faz o propósito de comprar a sua farda, ajuda a casa, mas normalmente é a SFP que investe no fardamento. Há, também músicos que possuem o seu próprio instrumento.
Miragem (LP)– Srª Ana Santiago, teve há pouco tempo a renovação de mais um mandato, pergunto-lhe há dificuldade em recrutar dirigentes e como pensa fazer face a essa dificuldade se é que existe?
Ana Santiago - Quero acreditar que esta família SFP continua unida pelos laços de amizade, companheirismo e entreajuda que definem esta instituição centenária e que certamente irá perdurar no tempo.
Pessoalmente, é uma honra poder servir esta Instituição e contar com o apoio inestimável de todos os elementos da direção e restantes órgãos sociais, incluindo os amigos que na retaguarda elevam o nome da SFP bem alto. Se me pergunta se é difícil isto acontecer, é sem dúvida, mas a minha esperança e desejo é envolver cada vez mais sócios e amigos, é trazê-los a este espaço de Associativismo, pois só vivenciando é que se percebe o valor destas casas abertas à Comunidade e para a Comunidade.
Miragem (LP)– No dia 06 março, mais um evento, aniversário gastronómico, é uma das formas que o SFP tem para controlar as finanças?
Ana Santiago - Na verdade, tem sido uma fonte de receita para as nossas despesas fixas e sabendo adaptar-se a esta realidade, a SFP tem apostado nestes eventos, incidindo na tradição da nossa gastronomia local. A Gratidão será sempre a minha palavra de ordem, para todos aqueles patrocinadores em géneros e donativos, para todos aqueles que confecionam, para todos os que saboreiam e para os meus colegas de direção, tão empenhados como eu.
Miragem (LP)– No dia 13 de março tiveram Rota do Aniversário, com caminhada, caldo verde e bifana, pode descrever como nasceu este evento e como decorreu?
Ana Santiago - A Rota de Aniversário faz parte de um projeto lançado pela SFP já há 5 anos, Projeto Saúde e Tradição que foi interrompido, pela pandemia. Regressámos agora com essa atividade que consiste numa Caminhada em que vão sendo introduzidos jogos mentais e físicos sempre ligados ao tema da caminhada. Quando finalizarem terão o almoço que neste caso foi a Bifana do Ti Henrique, caldo verde e broa e arroz-doce. Entregaram-se os prémios aos vencedores durante o evento gastronómico. Após o almoço, estas Rotas têm sempre a vertente cultural.
Miragem (LP)– A SFP não se fica pela banda, tens outras atividades como a Happy Jazz. Desta vez, os saxofones ouviram-se com o formador César Cardoso quantos participantes tem neste momento e se é mais um grupo com pernas para andar?
Ana Santiago - A SFP é hoje mais que uma Banda Filarmónica com cerca de 40 elementos; é uma instituição de referência pelas suas múltiplas valências. Dinamiza projetos em várias vertentes, na VIBRATTO, a sua Academia de Música, STREET BAND, Grupo de Animação de Rua, OLSFP, orquestra ligeira, TEATRO ANIMARTE e TEATRRO INF JUVENIL, no GRUPO DE CAVAQUINHOS, TAI CHI, este apoiado também pela Junta de Freguesia e no Zumba. No caso que refere, trata-se de um Projeto “Happy Jazz” com a participação de todas as Filarmónicas de 3 concelhos, Soure, Cantanhede e Figueira da Foz. Uma das vertentes desse projeto é a formação por naipes, de músicos dessas bandas. Já tivemos algumas dessas ricas experiências e a próxima será dia 2 de abril, desta vez de trompetes. Desse projeto já ocorreu o Estágio e Ensemble Sinfónico e decorrerá em maio e junho a “Pandemúsica” e a Street Parade em Cantanhede em julho com todas as bandas filarmónicas.
Miragem (LP)– para terminar pode-nos descrever o que vai acontecer no dia 20 de março?
Ana Santiago - No dia 20 de março, o dia Maior, será pela manhã rezada missa na Igreja paroquial, com a presença dos músicos, em memória dos que partiram, mas também em Ação de Graças pelos presentes.
Às 15h teremos a saudação pela Banda Filarmónica a toda a vila e Paionenses e pelas 16h, o Concerto de Aniversário com a presença de convidados e público em geral. Pelas 17h, a Sessão Solene, momento alto do dia com a apresentação de 4 novos músicos, a oferta de fitas ao estandarte pela direção atual e pelo maestro Miguel Alves que dirigiu a Filarmónica de 2013 a 2019 e ainda a surpresa do momento que se traduz na oferta de 2 Sousafones pela Associada nº 227, Drª Olga Fernanda Pedrosa Brás e finalmente o encerramento com a partilha do bolo assim como o brinde à SFP pelos seus 164 anos.
No dia 26 março encerraremos estas Comemorações com a Gala SFP, com Inês Mariano e Amigos e a Orquestra Jazz CAE.
Torre
do Relógio [Tentúgal]
Situada no Largo da Olaia, em Tentúgal, a Torre do Relógio,
contemporânea da igreja matriz e do paço dos condes de Tentúgal, começou a ser
construída no século XV, desconhecendo-se a data exata da sua edificação.
Existe alguma controvérsia em torno da utilização inicial da torre e de quem a
teria mandado erguer. Naquela época, no século XV, esta torre era considerada a
torre do relógio da câmara.
Existem autores que afirmam que a torre pertencia aos
paços do concelho. Por outro lado, outros investigadores consideram o infante
D. Pedro como seu edificador.
Segundo alguns autores, esta torre terá pertencido à
torre de menagem de uma fortificação. Já outros investigadores consideram que
esta torre tenha sido edificada sobre uma anterior.
No século XVIII, o padre Luiz Cardoso afirmou que a
torre parecia ter servido para observação e que, de acordo com a tradição,
teria sido edificada pelos mouros. Esta torre não apresentava qualquer sinal de
deterioração, o que mereceu elogios aos mouros da parte de Luiz Cardoso: “mas há
no meyo da villa huma terra quadrada contigua à cadeya e Cazas da Camara, que
mostra haver sido de observaçam antigamente; e segundo a tradiçam vulgar foy
fabricada pellos mouros quando habitavam esta villa. he admitavel a doreza de
sua materia; porque tendo muito delgadas as paredes, e huma altura
Concideravel, se acha sem o melhor sinal de ruína sustentam os dous sinos hum
da Camara outro do relogio publico.”
Também segundo a tradição, existem referências a umas estrebarias do infante D. Pedro, duque de Coimbra, no local onde está o largo (atrás da torre), bem como ter havido ali, no século XIX, umas casas velhas com uma janela manuelina semelhante à da Quinta do Lapuz.
Em 1974, a Direção Geral de Edifícios e Monumentos
Nacionais realizou a reparação dos rebocos, da escada e dos refechamentos
interiores, bem como o assentamento do pavimento e da porta. Atualmente, a
Torre do Relógio pertence à junta de freguesia, apresentando ainda as seguintes
características: torre quadrada, estreitando na altura, com porta gótica (arco
quebrado com arestas chanfradas em triângulo, para a rua principal. No interior
tem outra também gótica, entaipada, que confina com as antigas casas da câmara
à altura do 1.º andar. No rés-do-chão existem ainda vestígios góticos, duas
arcarias antigas e alguns tetos abobadados. Um pouco acima da altura dos
telhados, há uma janela gótica na parede sul da torre e uma seteira cruciforme.
Nas faces surgem ventanas e um relógio. A construção é coroada por quatro
merlões.
Imóvel de Interesse Público (segundo o
Decreto n.º 37 728, DG, I Série, n.º 4, de 5-01-1950).
Mário Silva
Referências
Bibliográficas: Castro, P. (2016). Torre
do Relógio; Direção-Geral do Património Cultural (2006). Torre do Relógio;
Município de Montemor-o-Velho (s/d). Torre
do Relógio.
A COBRA
Era uma vez um casal que viviam numa
casa pequena, tipo t0, que tinha em frente um grande quintal onde ninguém
semeava nada e o mato era alto de meter medo.
De inverno a casa era fria, mas de
verão ninguém lá podia dormir, pois aquecia de tal maneira que parecia um
forno.
O Zezinho era vítima disso pois
tinha de dormir no meio dos pais, o que de verão não era nada agradável.
Numa noite de verão depois de
adormecerem todos, o pai do Zezinho grita:
- Aí! Raios partam isto.
- Que é isso? Pergunta a mulher.
- Pergunta ao teu filho. Ele sabe
do que me
queixo.
-Zezinho, o que fizeste ao teu
pai?
- Nada, ora essa. Vocês é que
deviam ser presos por fazerem o que fazem.
- Então filho, que foi que nós
fizemos?
- Por causa do calor tem tudo
aberto durante o dia e os bichos entram em casa e quem se assusta sou eu.
- Ó filho, que raio de bicho te
mordeu ou assustou?
- Foi um raio duma cobra que
entrou cá em casa e quando eu a vi dei-lhe uma palmada na cabeça e ela
levantou-a.
- Então eu dei-lhe uma dentada e então o
pai gritou.
O pai está todo zangado não sei
porquê, pois eu é que podia ter sido a vítima.
"Quem se deita com cachopos
pode acordar mijado"
Conquistar... mas, a que preço?
Para ser verdadeira devo dizer que sempre me impressionei desfavoravelmente com
os relatos de violência; mesmo quando ainda na escola aprendia história de
Portugal e a sra. Professora nos falava de batalhas, e dizia que nós
portugueses havíamos conquistado muitas terras além-mar, e que muitos rapazes jovens,
e fidalgos e até um rei morreram nessas guerras, e que eram homens valorosos etc.. isso já nessa altura me fazia alguma confusão... Morreram pela
Pátria, e dizia é uma honra! - Eu ouvia isto e encaixava, mas eu também sabia
que morrer era deixar de existir, e até tinha pena.
O tempo foi passando e fui ficando um
pouco mais esclarecida, e finalmente cheguei à conclusão de que a humanidade
passou a maior parte do tempo em batalhas e guerras, com todo o cortejo de
sofrimento e morte que lhes é adjacente, e os motivos eram sempre os interesses.
Não se combatia por uma causa de amor, a carnificina terrível (que já vimos
representada em filmes) era sempre para adquirir algo.
Afinal algo que pertencia a outrem.
Agora que já estou tão longe da escola
primária (atual ensino básico), não consigo alhear-me da dualidade; “o respeito
que devo aos bravos que povoam a nossa história, e o facto de chamarmos
conquistas à apropriação por sofrimento e morte, do que era propriedade desses
povos que fomos invadir, e infligir sofrimento".
DESPERTAR PARA O
DESPORTO
A opinião desportiva
que mexe consigo!
Que o Desporto tenha a
força necessária para ajudar à instalação da paz. A invasão da Ucrânia pela
Rússia deixou o mundo contemporâneo boquiaberto. Uma guerra na Europa, às
portas da União Europeia e da Nato, é tudo aquilo que o Desporto e as
sociedades atuais dispensavam no início do fim da pandemia.
A tão esperada retoma
vê-se, assim, definitivamente comprometida, atirando-se para segundo plano,
mais uma vez, a sustentabilidade das empresas, das organizações e das nações –
salvem-se as vidas!
O Desporto, que tão
recorrentemente (eu diria, saudosamente) utiliza a semântica bélica nas suas
metodologias, em perseguição do compromisso e da superação inegociáveis, é,
agora, chamado a ser um trunfo insubstituível na mitigação das ofensivas russas
e no regresso da paz. É-o, pela enorme força mediática que transporta. É-o,
pela valorização histórica que a cultura desportiva de leste sempre atribuiu ao
sucesso desportivo, enquanto medida de afirmação dos seus povos. Mas, o
Desporto é muito mais. É o gerador nato de humildes vencedores e de respeitados
vencidos, dentro de um quadro regulamentar comummente aceite, participado, limitado
e disciplinado. Nunca sem regras, nunca com sangue…
Chegou a hora de Hermes, conhecido na Grécia Antiga como o “marcador das fronteiras” e patrono das competições desportivas, e Nice, Deusa da Vitória, conjuntamente lutarem pelo regresso da paz (parece que apenas os deuses o podem fazer).
Repórter Mabor
Assim fui batizado pela juventude
feminina nos anos 60, do século passado numa radiosa inocência no campo das
Lages.
Julgando hoje na indisciplina no presente
pelos campos da bola deste país, se essa juventude de uma cultura premente e
ativa não tinham a sua verdadeira escola da ética desportiva naquele tempo em
que o ódio visceral pelos adversários não existia.
Claro que estamos divagando na história
do seu tempo, o mundo rolou, as transições culturais - sociais foram de tal
ordem transformadoras, continuando a pensar se este repórter de
antanho não cuida que José Saramago, tem ainda a sua razão?
Estamos no fim de uma civilização em
todos os espaços de vida e proximidade humana fervida no calo do desprezo pelos
outros com os mesmos anseios, as mesmas virtudes e os defeitos aos olhos dos outros....
Pergunto agora ao velho Repórter Mabor,
se essa juventude feminina que gritava e era feliz e se tem a sorte de ainda
viver esses dias de furor.
E se tem a sorte de viverem agora e
recordar esse tempo, como reagir ao chamado tempo novo e crivado de balas e
desordens noa campos de futebol, deixando os filhos em casa não vá uma bala
disparada e matando para sempre as inocentes criaturas femininas e ao mesmo
tempo acabava o reinado dos repórteres sonhadores.
Perdeu-se a realidade das causas e nos
valores que nos erguiam na melhor paixão pelos clubes.
Hoje ganhar um jogo é tão urgente e
necessários como fazer as piores trafulhices e se for preciso há que dar-lhe um
tiro nos c.…ainda por cima de toda esta pouca-vergonha fazem-se fortunas de um
para outro.
Por tudo isso tenho orgulho, na minha
civilização que está no fim, porque Repórter Mabor, meus caros, nunca perdeu o
sentido do respeito pelos outros naquele tempo no campo da Lages e agora os velhos
com hábitos antigos já não tem tempo de mudar.
Dito isto deixo os resultados das diversas equipas e desportos dos concelhos da Figueira da Foz e de Montemor-o-Velho.
Taça Nacional - iniciados
Fim do jogo!
CCDs Casal Velho 1 - 2 Casa
Benfica
Martim Nascimento (1) Rodrigo Freire (1)
Ginásio Clube Figueirense
A equipa dos sub-18 foi derrotada em casa pela Ovarense (53-57),O Sonho
TU ÉS CAPAZ
Todo o dia que começa é o dia mais
importante da tua vida.
Que felicidade é
acordar bem e com saúde!
Todos os dias existe um milhão de
oportunidades que podem e devem ser aproveitadas!
Ocupa-te com o que te dá prazer,
com o que te encanta.
Faz dos teus problemas novos
desafios e tenta superá-los com determinação.
Sê positivo(a), torna a tua vida
mais colorida.
Tu és capaz!
Mediante a conjuntura em que se vive é difícil encontrar motivos para sorrir, mas, se souberes canalizar a tua energia tudo se tornará mais fácil, bonito e especial, basta quereres…
Tu és capaz!
O querer acontece na hora certa…realiza o que desejas.
Para os sonhos não existe tempo, o hoje é o mais importante.
Tu és capaz!
O dia te reservará boas surpresas e ainda a melhor de todas, aprendes a
confiar na pessoa que mais importa na tua vida – TU MESMO(A)!
Deitada
na areia
à
beira-mar, sinto
o
calor do sol,
a
aragem leve …
Encho-me
de sons
-
Próximos e distantes -
E
vejo a vida correr
ligeira,
num desafio constante,
num
doce apelo
de
amor e de ternura,
de
calma, de paz
com
a harmonia risonha
do
poente
bordado
com os raios raros
de
um sol que parte…
escondido
no infinito,
vermelho
de fogo
sempre
na
esperança renovada
de
um regresso
promissor.
A 11 de janeiro 2022 saiu em Diário da República o despacho
https://dre.tretas.org/dre/4768259/despacho-379-2022-de-11-de-janeiro
com a nova Estrutura Organizacional do Município de Montemor-o-Velho, estando
previstos os seguintes gastos em remunerações mensais:
- 1 Diretor
Municipal – uma pessoa responsável por todos os funcionários do município.
3778,97€ + 787,36€ em despesas de representação.
- 3 Diretores
Intermédios de 1º grau – 3023,18€ + 314,95€ em despesas de representação.
- 10 Chefes
de Divisão – 2645,28€ + 197,13 em despesas de representação.
- 17 Chefes
de Unidade – 2123,57€
- 4 Chefes de
Núcleo – 1376,48€
- 14
Coordenadores Técnicos – 1163,82€
Contas feitas
por alto, mensalmente, são cerca de 50mil euros.
O equivalente a cerca de 70 ordenados mínimos, 30-40 técnicos superiores.
Desde que este
executivo entrou em funções que se tem observado aumento dos gastos com
chefias. Sabemos que muito trabalho extraordinário prestado não é renumerado,
no entanto aumentam-se custos com chefias.
Também sabemos
que as chefias têm pouca autonomia pelo que não entendemos a utilidade de
tantos chefes!
Que, ainda por
cima, na maioria das situações apenas fazem trabalho redundante entre si,
atrasando muitas vezes os planos a pôr em prática.
Retiraram-se
serviços da responsabilidade da Câmara:
- - a água foi concessionada pela ABMG;
- - o saneamento foi concessionado pela ABMG;
- - a limpeza das
ruas foi concessionada pela ERSUC;
- - a limpeza dos edifícios camarários, as ETARs, a manutenção das estradas… São serviços efetuados por empresas!…
Assim como
vários serviços técnicos contratualizados…. Ou seja, a Câmara concessiona
serviços básicos municipais, mas depois sente necessidade de criar mais
chefias, com a perspetiva de uma melhor organização ….
As justificações
dadas não foram suficientes (nem mesmo a transferência de competências da
Administração Central para as Autarquias Educação, Acção Social e Saúde
requereria tantas chefias) e a CDU votou contra a Proposta de Redefinição da Estrutura
Organizacional do Município de Montemor-o-Velho, em reunião de Assembleia
Municipal (único voto contra), https://www.cm-montemorvelho.pt/index.php/municipio/assembleia-municipal/reunioes/atas
A CDU considera
que serão demasiadas chefias, muito dinheiro gasto e em termos práticos, a
autonomia manter-se-á limitada, redundante e burocratizada.
Veremos, quantos serviços voltam para responsabilidade da Autarquia… e quantos serviços serão concessionados a terceiros.
Guerra na Europa – Parte 2
Mais umas semanas
passaram desde a última publicação e continuamos a assistir ao massacre de um
país, de uma sociedade e de um povo que desespera por apoio e ajuda que
permitam acabar com este conflito sem fim à vista.
A Europa continua aos
papéis e os líderes mundiais não fazem tudo o que podiam para tentar travar
este flagelo.
Por cá a história é
outra. A reboque desta guerra assistimos, a cada semana que passa, a um aumento
exorbitante da inflação e do custo de vida de todos os portugueses.
Desde o início do ano
que verificamos que o custo de vida dos portugueses aumentou em toda a linha. A
começar nos bens alimentares e essenciais à vida de todos os cidadãos até à
energia, gás e combustíveis.
Por outro lado, os
salários dos portugueses não acompanham nem de perto nem de longe este aumento
da inflação. Cada vez custa mais aos portugueses manterem um nível de vida
minimamente digno.
Para além disso, também
as previsões dos juros nos créditos habitação dizem-nos que iremos ter um
aumento para o final do ano. Isto fará com que as prestações dos créditos habitação
passem a ficar mais caras, o que levará a que para muitas famílias se torne
incomportável continuarem a pagar os seus créditos.
Portanto prevê-se que a
continuar assim teremos em breve uma nova recessão económica que irá prejudicar
bem mais a vida económica dos portugueses do que aconteceu com a covid.
Em breve temos um novo
governo com uma maioria absoluta do partido socialista.
A partir daí não haverá
desculpas para fazerem o que é preciso para evitar que os portugueses voltem a
uma situação económica que trará situações de pobreza e de desemprego.
Desta vez o partido
socialista não poderá dizer que tem de fazer cedências aos partidos de esquerda
ou de direita porque não precisa de ninguém para aprovar as reformas que achará
necessárias para melhorar o país e a vida dos portugueses.
Para além disso, o
governo socialista irá ter um dos maiores apoios financeiros das últimas
décadas. A famosa “bazuca europeia” irá trazer milhões para Portugal.
Por isto o governo terá
todas as condições para fazer o que lhe apetecer e definir as suas prioridades.
Esta semana iremos
começar a perceber, pelos elementos que irão constituir o próximo governo, que
tipo de governo teremos nos próximos quatro anos.
Ou teremos um governo
responsável, reformista e que irá, finalmente, por Portugal a crescer ao mesmo
tempo que alivia a carteira dos portugueses. Ou teremos um governo à semelhança
de tantos outros que não irá trazer nada de novo. Apenas se limitará a gerir
fundos e a alimentar a sua clientela e a empurrar os problemas “com a barriga
para a frente”. No entanto já sabemos qual o destino deste caminho.
Portugueses mais pobres, bancarrota e um novo resgate à vista.
Tudo dependerá de António
Costa e que marca quererá deixar. Se como “reformista” ou como “despesista”.
BLOCO DE ESQUERDA
_________________
JOÃO RUI MENDES
A Primavera em
emergência climática
Com o equinócio celeste floresce hoje a Primavera, cheia de aromas, de cores e de vida que a natureza fecundou diligentemente durante o Outono e o Inverno anteriores. Vinte e um de março: Dia da Árvore e Dia Mundial da Poesia.
É o Dia da Árvore! E logo nós, meninos e meninas, cheios de esperança a proclamar frases à proteção da floresta, a correr da escola para juntos irmos plantar uma árvore e cheios de alegres emoções, que os dias a crescer alimentavam, ficarmos preenchidos em brincadeiras nos arvoredos junto às escolas ou no rio Mondego.
Vinte e um de março de
hoje: A crise climática é o tempo das nossas vidas. Foi já nos anos 70 do
século passado que a ONU reconheceu e apontou a existência de alterações
climáticas que punham em causa a diversidade de ecossistemas, bem como a
humanidade no seu todo. Tristemente a situação continuou a piorar e emissões,
produção de resíduos e lixos registaram multiplicações, piorando os sintomas
resultantes de processos negativos e potencialmente irreversíveis no clima e
higidez do planeta.
De COP (Conference of
the Parties) em COP, de Tratado, Conferência ou Protocolo - Kyoto, Estocolmo,
Durban, Rio de Janeiro e Paris - até à adoção real, objetiva e concreta pelos
países de medidas concertadas e eficazes, ainda vai a distância de uma galáxia.
Para o Bloco de Esquerda (BE), um partido do socialismo moderno, democrático e popular, esta é uma bandeira erguida e levantada com toda a força. O BE tem tem sido o partido político mais incansável nesta batalha. São prolixas, realistas e fundamentais as propostas que o BE fez ao longo das suas BLOCO DE ESQUERDA JOÃO RUI MENDES participações parlamentares: envolvendo o desenvolvimento e eletrificação do transporte público, ferroviário e rodoviário; a adaptação territorial e produtiva às alterações climáticas, com uma nova política agrícola e florestal, proteção dos recursos hídricos, o combate à produção e consumo de plásticos descartáveis e de uso único; a aceleração da transição para as energias renováveis e sustentáveis; criação de planos globais para a transição verde em todas as diversas regiões do nosso país. O BE continua a levantar a voz procurando que a PAC e o Green deal da União Europeia contribuam para mudanças de facto e em todo o país.
O que parece evidente
para uma geração, ainda faz grande “confusão” ao poder público e aos influentes
poderes instalados.
A boa notícia é que também
a sociedade civil não desiste de contrariar a inércia dos dirigentes
governamentais e financeiros, os jovens, sensatamente, recordam que não haverá
emprego ou economia no colapso ecológico e social.
Neste sentido, em abril
de 2022, em Portugal e por todo o mundo, cidadãos e cidadãs ativistas irão
meter-se ao caminho e percorrer centenas de quilómetros, assinalando alguns dos
responsáveis por esta crise e acima de tudo escutando e comunicando diretamente
com várias das comunidades mais afetadas pelas alterações climática e poluição
ou pela inércia dos governos centrais. Montemor-o-Velho está no roteiro.
A iniciativa chama-se
Caravana pela Justiça Climática - www.caravanaclima.pt - e percorrerá uma parte
importante do centro litoral e interior do país.
Em Montemor-o-Velho e com a salutar hospitalidade do Atlético Clube Montemorense, da Associação de Bombeiros Voluntários, do CITEC e da Associação Torre de Menagem reuniram-se as condições para a estadia da caravana e para a realização de um evento de partilha, diálogo e de escutar os munícipes do concelho de Montemor-o-Velho. Esta Assembleia popular, em que todas as intervenções serão aplaudidas e bem-vindas, “Ciranda” de defesa da cultura, da ecologia, do património natural e da transição imediata para um combate às alterações climáticas, decorrerá às 18 horas do dia 3 de abril, no Teatro Esther de Carvalho sob o lema: “Rio, agricultura, floresta e as gentes: a realidade da crise climática aqui.”
Um acontecimento a
seguir e não perder. Pelo futuro, pela solidariedade de gerações, pela união do
povo neste combate: - Vamos encher o Teatro de Montemor-o-Velho! Nós, meninos e
meninas, agora feitos gente grande, somos essenciais para vencer esta difícil
batalha. A união faz a força.
os
anos felizes
eu tlim ciências
tu tlim matemáticas
ele tlim trabalhos
manuais
nós tlim recreio
vós tlim senhora
eles tlim castigo
Mário Cesariny
(1923-2006)
TEXTO 4
Direi para início de conversa, que o
maior de todos os problemas que impedem o baixo-mondego de se afirmar e
desenvolver, consiste na insistência em continuar a utilizar as mesmas fórmulas
e estratégias de sempre, ou seja, o recurso à governança populista, ao
clientelismo pacóvio, ao centralismo e egocentrismo e à demagogia, pecadilhos
que infelizmente têm vindo a grassar de forma quase transversal nos diferentes
municípios desta sub-região e a impedir o seu desenvolvimento e afirmação.
Senão vejamos, qualquer um deles já teve
uma importância relativa muito maior do que tem hoje, seja Coimbra, Figueira da
Foz ou Montemor-o-Velho, mas também Pombal, Cantanhede, Mira, Soure ou
Condeixa, podendo para o demonstrar descer ao nível das freguesias e constatar
que aí, então, as diferenças são ainda mais evidentes e confrangedoras.
As fórmulas pouco ou nada variam de
município para município, exceto na dimensão e nos meios colocados ao dispor,
contudo, conduzindo a resultados que não geram novas visões nem acrescentam
nada de novo nos territórios, na administração, instituições, empresas e
cidadãos.
A sensação de déjà vu é tão evidente que
podemos percorrer de olhos fechados todos estes municípios sem nos perdermos,
bem como adivinhar no início de cada ano o que acontecerá em cada um deles e,
do mesmo modo, de 10 em 10 anos ter pelo menos uma certeza absoluta, ou seja,
que o nosso distrito, concelhos e freguesias perderam população e estão
invariavelmente mais pobres, contrariamente a uma determinada “clique”
muitíssimo reduzida, a maior parte das vezes promovida de militantes,
simpatizantes e amigos a autarcas, assessores, dirigentes, etc…, bem-falantes,
bem-vestidos e demasiadas vezes petulantes ou subservientes.
De resto é o costume, mais do mesmo em termos
de urbanismo, obras públicas e modelo de desenvolvimento. As conhecidas
desculpas em nome do PDM e dos interesses municipais onde o munícipe e os
investidores são quase sempre tratados mais ou menos abaixo de cão, uns sim e
outros não… As festividades e os rituais sempre as mesmas e para os mesmos. A
educação um encargo financiado pelo Estado e, como tal, calendário a cumprir.
Transportes, só os escolares, porque também são pagos pelo Estado e os cidadãos
que se lixem. Cultura, o costume. Vai-se fazendo qualquer coisa aqui e acolá,
mas pouco por causa da pandemia, tal como o desporto que está entregue aos
clubes, aliás, basta dar uma olhadela para perceber que não é mesmo uma
prioridade.
Ciência e inovação, excetuando Coimbra e Cantanhede, sobra o deserto! Animação, Turismo, Promoção do Território, Eventos, Infraestruturas e Equipamentos, peço que me desculpem e perdoem, mas, para além das festas tradicionais, algumas religiosas e as do costume, a minha dificuldade é vislumbrar quais são as que conseguem ultrapassar os limites dos concelhos e do distrito.
Propositadamente, não quis chamar à
colação a pobreza, a velhice, a solidariedade, a igualdade de género, enfim, os
assuntos relacionados com a dimensão social que estão cada vez mais próximos de
serem considerados a “indústria” das Misericórdias e de outras IPSS´s, bem como
de outras redes nacionais e transnacionais já instaladas em Portugal sob o
beneplácito de interesses que importará um dia esclarecer.
Lamento não ser fã da sub-região em que
habito, mas quando continuo a interrogar-me sobre o que observo diariamente,
confesso que não gosto do que vejo e temo que o declínio se acentue ainda mais
nos próximos anos.
RESUMO
«Os seres humanos não se podem transformar em gatos. Contudo, se
puserem de lado uma qualquer ideia que tenham da sua superioridade enquanto
seres humanos, talvez consigam entender como os gatos prosperam sem andarem com
interrogações agitadas sobre como viver.»
Nada prova que nós, humanos, tenhamos domesticado os gatos. Na
verdade, tudo aponta para que tenham sido os gatos a perceber, em dado momento,
o valor que os seres humanos podiam ter para eles. No seu novo livro, John
Gray, um dos nomes maiores da filosofia atual, convida-nos a embarcar numa
viagem pela história - filosófica e moral - da nossa relação com estes
magníficos animais. A partir dos mais variados exemplos ao longo dos séculos,
de Montaigne a Schopenhauer, Filosofia Felina revela-nos o fascínio e a
complexidade por detrás dos nossos comportamentos e reações perante este
inesperado animal de companhia.
É aos gatos, diz-nos John Gray, que devemos estar agradecidos, pois são talvez
- e mais do que qualquer outra - a espécie que melhor traduz a nossa própria
natureza animal.
RESUMO
O Tesouro foi publicado pela primeira
vez em 1994, pela Associação 25 de Abril e pela APRIL, com o alto patrocínio do
Presidente da República de então, Dr. Mário Soares. Em 1999, nos 25 anos do 25
de Abril, O Tesouro deu origem ao premiado filme de João Botelho: Se a Memória
Existe.
A nova edição foi enriquecida com
magníficos desenhos de Pedro Proença: uma parceria que já nos habituou a outros
tesouros como O Pequeno Livro da Desmatemática ou Perguntem aos Vossos Gatos e
aos Vossos Cães.
Uma boa peça de carne frita e, sobre esta, um intenso molho de queijo Roquefort. Os espargos verdes salteados ajudam a equilibrar os sabores reunidos neste prato.
Preparação
Temperar os bifes com um
fio de azeite, sal e pimenta-preta moída na hora. Juntar os dentes de alho
picados grosseiramente.
Aquecer uma frigideira
antiaderente em lume médio-alto. Quando a frigideira estiver bem quente,
colocar os bifes (2 cm de espessura), assim como os restantes ingredientes, e
deixar fritar durante três minutos de cada lado (um a dois minutos para bifes malpassados
e quatro minutos, preferindo-os bem passados).
Retirar e reservar os
bifes cobertos com folha de alumínio.
Preparar o molho: num tacho pequeno, colocar as natas e o queijo Roquefort cortado
em pedaços pequenos. Cozinhar em lume médio, até o queijo derreter e o molho
engrossar.
Acompanhamento: servir os bifes com o molho, batata frita em palitos
grossos e espargos verdes salteados num fio de azeite. No final, tempere com
flor de sal.
Ingredientes
Bifes do lombo |
4 |
Sal e pimenta-preta |
usar a gosto |
Azeite virgem |
um fio generoso |
Molho Roquefort
Natas para culinária |
200 ml |
Queijo Roquefort |
100 g |
Acompanhamento
Espargos verdes |
300 g |
Azeite virgem |
duas colheres de sopa |
Flor de sal (Marnoto) |
uma pitada |
Berlin - Take My Breath Away
1. Todo o indivíduo tem direito a ter uma nacionalidade.
2. Ninguém pode ser arbitrariamente privado da sua
nacionalidade nem do direito de mudar de nacionalidade.
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