Meados de Setembro, no mês em que muitos já voltaram de férias, tivemos já o nosso primeiro temporal e os primeiros estragos das chuvas. Para não nos esquecermos que as mudanças climáticas estão cá para ficar e que, se esse facto, for somado a uma má gestão camarária, no que diz respeito às limpezas das nossas ruas, em alguns locais do país, vamos ter sérios problemas.
Por falar em
problemas locais… as eleições para os nossos representantes do governo local
estão à porta e lembramos os nossos leitores que votar é um direito, votar é
uma obrigação, votar é um dever moral e cívico. A participação política no ato
das eleições dá-nos o direito de revindicar mais e melhor dos nossos
dirigentes. A abstenção é, na democracia, o ato dos fracos, dos tímidos,
daqueles que entregam a sua auto determinação aos outros e abrem portas a
extremistas e ditadores. Os que estão indecisos, ou não se reveem nas políticas
por outros realizadas, vão votar na mesma. Foram, mostraram que o seu País é
mais importante, mostraram que se interessam, que participam e que estão
alerta, exigindo mais e melhor das políticas locais e regionais.
A nossa barcaça,
parte hoje para a terceira viagem, volta a trazer, com a qualidade que nos tem
habituado, os artigos sobre temas diversos a que não falta a política, a
cultura e os diferentes aspetos da atualidade e da portugalidade.
Atlético Clube Montemorense
ANO DE FUNDAÇÃo 1938-09-09
Este menino
comemorou a nove de setembro oitenta e três anos, tem um passado que todos nós
nos orgulhamos. Sabendo que teve altos e baixos, mas com a dedicação de todos
os que pelo emblema lutaram e lutam para enaltecer este Clube está aí para
durar.
Longe vão os
tempos em que Joaquim da Silva Galvão registou os estatutos no Governo Civil do
Distrito Administrativo de Coimbra estávamos então em 31 de Agosto de 1938.
E como recordar
é viver, nada melhor que começar pelos que deram a cara para fundação do ACM.
Urbano Marques
Bom – Joaquim da Silva Galvão – João Castanheira de Carvalho – Óscar Lopes
Maranha – Hermínio Pereira Veloso e Antonino Leal.
Como disse
passados 83 anos de idade podemos verificar que está vivo, do tempo do campo
pelado para o sintético que veio acontecer em 2015 dando melhores condições
para prática do desporto.
Como disse teve
altos e baixos e recordo que nos anos 90 o ACM teve inscrito na AFC todos os
escalões na modalidade de futebol seja de Onze como de Cinco.
Hoje com
políticas desportivas com outra objetividade, mas na consolidação das contas e
não dar um passo maior que a perna, mantem alguns escalões envergou por inserir
outras modalidades no Clube e deixou fugir outras. Mas é isso mesmo elevar o
nome do ACM seja no futebol, ginástica desde que siga em frente. A dificuldade
numa Vila com tantas colectividades arranjar gente disponível para colaborar já
é uma vitória.
Não olvidando
que o ACM teve Pesca, Ciclismo, Atletismo e Caça. Despois já nos anos 90 o Caça
e Pesca saiu da égide do ACM e fundou um novo clube.
No atletismo
recordo um grande atleta António Parreira que veio a representar o Atlético
Clube Montemorense no Estádio Pina Manique em Lisboa onde obteve um honroso 6º
Lugar. Falecido recentemente por certo irá um dia ser acariciado com alguma
pompa e circunstância a título póstumo porque não houve em vida tempo para o
fazer.
Ocupou vários
cargos no ACM e termina como Presidente numa altura que o ACM tinha atingido a
Divisão de Honra tempos que todos os participantes recordam com alguma alegria
e saudade.
O Atletismo
teve nomes que em épocas diferentes elevaram o bom nome do ACM foram eles,
Adelino Américo Marçal Neves, Benedito Maia, Rodrigo Valério Bicho estávamos em
1940 depois já em 1962 o Santos, Morais Jorge, António Oliveira, Mário Azedo,
José Prudêncio, Eduardo da Miquelina, Joaquim Camarneiro e Manuel Figueira.
Na Pesca
recordamos com saudade pescadores e homens que a todos os Sócios simpatizantes
e habitantes de Montemor deixaram a sua marca alguns já partiram, mas fica aqui
uma das equipas que disputavam na altura no Poço da Cal e Quinta de Fôja, José
António, Artur Camarneiro, Abílio Camarneiro e António Costa.
No que toca ao
Futebol desporto rei do Atlético Clube Montemorense as primeiras equipas a
disputar campeonatos desde 1940. Uma das Equipas que representou o ACM nos
campeonatos nacionais foi a de Juniores que tinha no seu plantel João – João
Flórido- Armindo – Cabé – Fernando Cabete – Afonso Flórido – Virgílio – Zé Dias
– Deolindo – Daniel – Zé Figueira – H. Milheiro – Licínio Cadima – e como
treinador Nelson.
Teve momentos de consagração como Campeões:
Campeões Distritais da 3ª Divisão Época 75/76
Campeões Distritais da 2ª Divisão Época 89/90
Subida à Divisão de Honra Época 91/92
Campeões Distritais de FUT5 Subida a 2ª Divisão Nacional
Mas o ACM teve
sempre uma parte Cultural os bailes do Atlético, quem não se recorda dos
seus Concursos Vestidos de Chita. Que traziam a Montemor-o-Velho centenas e
centenas de pessoas para ver tal certame. Como as marchas de São João.
Com a
longevidade deste nosso clube muitos dos nomes irei falar noutras edições para
que não se dissipe a memória, dos seus dirigentes, atletas, sócios e
simpatizantes.
Se recuarmos há
década de 1950, (século passado,) vamos recordar a inauguração do Campo das
Lages em Montemor-o-Velho.
Apesar de ter assistido ao jogo da inauguração, cujo
pontapé de saída foi da autoria da jovem Rosa Maria, na presente viúva do
saudoso Alves Barbosa, recordamos ainda que nessa distante época, existiram
mais três pelados, que reuniam pequenas multidões, a saber.
O campo do lado da ponte, foi o primeiro campo, depois
aquele em frente ao Parque de Campismo, ambos foram criados pela Juventude
Radiosa do padre João Direito, recorrendo agora ao Parque de Campismo, já que
do outro lado da estrada, outro campo de futebol, surgiu nessa época, onde o
saudoso Nelson Marceneiro, jogava descalço, fazendo furor com as suas pernas
semelhantes ao Garrincha!
Por último o Campo do Taipal, para chegarmos ao Campo
da Lages, transformado hoje num belo Parque Desportivo.
É aqui que se inicia a história do Repórter Mabor, com dezenas de jogos do A.C.M,
publicados no Figueira Spor, na Figueira da Foz, já no espólio do Atlético
Montemorense, sem saber nessa distante época que as raparigas me batizavam por
mocidades e brincadeiras, vendo-me de bloco e uma caneta (ou lápis?) nas mãos,
tirando notas dos jogos.
Até 1960 (século passado,) o meu ofício de barbeiro,
exercia na Figueira da Foz, mas aos fins-de-semana continuava no Casal Novo do
Rio, cortando as barbas e os cabelos por vinte e cinco tostões! Porém, logo
pela tarde seguia os jogos do A.C.M, no Campo das Lages, como pelas freguesias
de Montemor, como podem verificar na sede do A.C.M., estão já a fazer memórias.
regressando na segunda-feira há Figueira da Foz.
Volvidos alguns anos, já em Lisboa, perdido e achado regressava
ao meu cantinho na Barca, procurando também em Montemor, a proximidade dos
convívios, indo a um a baile de Carnaval, ao Teatro Ester de Carvalho, dançando
toda a noite com uma jovem bonita de nome Dilia Brandão, cujo namoro deu em
casamento já lá vão 55 anos.
Vim a saber depois de casado, que a minha mulher
também fazia parte do coro, vem aí o Repórter Mabor, vem aí o Repórter Mabor,
da Barca, o que dá tão só para ter saudades das nossas juventudes que nunca
mais fazem de nós os sonhos e as ingenuidades das nossas vidas.
A chamada “Igreja Nova” situava-se junto à porta
poente do castelo de Montemor-o-Velho, designada Nossa Senhora do Rosário, na
freguesia de São Martinho.
Apesar de se ignorar a data da sua construção, há
autores que afirmam que o fundamento da sua edificação advém de uma contenda
entre o pároco de São Martinho e a Colegiada de Santa Maria de Alcáçova. No
entanto nunca chegou a ser utilizada como sede de freguesia.
Na década de 30 do século passado, possuía ainda a
frontaria, apenas com o portal, da Renascença (1.ª metade do século XVII),
composto por um arco sobre pilastras, enquadrado por duas colunas dóricas e
caneladas, entablamento com friso almofadado, remate e nicho e colunelos coríntios.
Em termos de volumetria, seria um templo muito parecido à igreja de Santo
António, que lhe fica próxima (nascente), apresentando uma particularidade
relativamente à sacristia que, à semelhança da igreja Santa Maria de Alcáçova,
seria ampla e externa ao corpo do edifício principal.
Mais recentemente, entre 2018 e 2021, as suas ruínas
são postas a descoberto, no âmbito das obras de reabilitação do envolvente sul do
castelo, passando a estar enquadradas por parte da rede pedonal projetada pelo
arquiteto Sisa Vieira para aqueles espaços.
O bebé que tu foste eu já perdi,
Disse-me adeus por entre os dias…
Tão grande essa ternura que vivi,
Não dei pelas mudanças que sofrias.
Olhas-me agora, sério e divertido,
Sabendo muito mais do que ensinei,
Às vezes magoado e sentido,
Da forma que jamais imaginei…
És homem, rapazinho, meu menino,
Conheces o silêncio e a solidão,
Que te fará Senhor do teu destino.
Corpinho de haste que o vento leva,
Num espírito forte, em crescimento,
Que a luz te guie sempre houver treva!
Do céu cinzento
caem cordas de água
que amarram ao cais
vontades de distância…
Nos céus, súbito um clarão,
revolta surda,
grito mudo há tanto sufocado…
desejo de partir para longe…
Agora é o sol poente
num céu imensamente azul,
apelo de uma partida adiada.
Amanhã, será o sol,
a luz intensa,
a viagem com hora marcada
rumo à lonjura.
Amanhã, o sol
e o azul das promessas…
Tempo de infinito sem limites.
VIDA OU MAGIA……
O futuro é criado por cada um de nós à medida que
percorremos o caminho da vida.
Esse caminho não o percorremos sós.
Cada um de nós tem como ferramenta uma intuição que
nem sempre valoriza, e, no nosso coração, uma orientação a que nem sempre damos
atenção.
Somos livres nas escolhas que fazemos, mas os
resultados podem ir, ou não, de encontro ao que nós pensámos ou idealizámos.
São momentos vulgares, como afiguram ser todos os
momentos importantes.
Precisamos viver cada momento com a importância de uma
eternidade.
O futuro é uma consequência do presente e cada
situação presente deve ser vivida com a responsabilidade de quem deixa a vida
fluir através de si.
Ajuda escutar o coração.
Entender que não são as situações que dificultam a
vida, mas a perspetiva que se cria sobre elas.
Se cada um viver a sua vida com Amor, tudo ao seu redor terá muito mais brilho e o Mundo será bem melhor!
A União Europeia acrescentou no ano de 2015, o Arroz Carolino do Baixo Mondego à lista de produtos com Indicação Geográfica Protegida (IGP).
O arroz carolino cultivado na região do Baixo Mondego
é de grão longo e branco e, em termos climáticos, o Baixo Mondego, é uma região
distinta de todas as outras produtoras de arroz, designadamente do Vale do Tejo
e do Sado, havendo na fase de maturação do grão de arroz uma acentuada descida
da radiação global, tornando o processo mais constante e mais prolongado,
designando-se por maturação lenta e específica do Arroz Carolino do Baixo
Mondego.
O Baixo Mondego tem menor número de horas de luz,
temperaturas médias mais amenas e amplitudes térmicas mais suaves, com uma
humidade relativa do ar considerável e ainda uma menor radiação global.
O arroz carolino do Baixo Mondego junta-se à lista de
mais de 1.200 produtos já protegidos como IGP.
DESPERTAR PARA O DESPORTO
A opinião desportiva que mexe consigo!
A partir desta época desportiva as competições
profissionais de futebol em Portugal acolhem o cartão do adepto. Trata-se de um
mecanismo de irradicação da violência dos estádios, consensualmente aprovado
pela Assembleia da República. Mais do que alvitrar os prós e os contras da
medida, que serão apreciados a seu tempo, relevo que a decisão sobre a
aplicação de um tema do futebol tenha tido “espaço” na sala da democracia
portuguesa. Discordo da tese de que os assuntos do futebol devem ser tratados
pelos homens do futebol. Há, neste país, um corporativismo atroz em torno
modalidade, protagonizado pelos media, que promove a ideia de que os maiores
experts em gestão desportiva são ex-praticantes. Não são. Dar-lhes voz, ou
dar-lhes ouvidos, é a garantia da estagnação desportiva fundamentada pela
replicação de experiências antigas, nada inovadoras. A gestão desportiva é uma
ciência em expansão investigativa e deve ser a ela que os órgãos decisores
devem recorrer para desenvolver o futebol e o desporto. Divirjo da conceção de
ghetto que pauta a gestão do futebol em Portugal, ainda que perceba que essa
lógica organizativa tem, nos seus dois pilares estratégicos, motivos que bem a
alimentam – a manutenção dos cargos e o poder decisório – mas nunca o
desenvolvimento do desporto e a sua adequação aos “novos tempos”.
O público voltou aos estádios e com isso voltou o
futebol. Futebol sem pessoas nunca será um espetáculo. As transmissões
televisivas foram permitindo que acontecesse futebol, ainda que nunca tivesse
acontecido espetáculo. Mas só nas divisões de elite. Jogos de formação, ou dos
campeonatos distritais, sem público, dispensam-se. Porque não se dispensam os
pais no futebol de formação, nem se dispensa o associativismo, o bairrismo e o
burburinho nas provas locais.
Começou no dia 13 a Fase Final do Mundial de Futsal, na Lituânia, sob comando de Jorge Brás e contando, ainda, com a arte do “nosso” Ricardinho. Montemor-o-Velho “empresta” um dos seus “filhos da Terra” à equipa técnica das quinas. O Carapinheirense Bruno Travassos, analista da nossa seleção, será a bandeira do nosso concelho em terras do Rei Mindaugas. Em 2018, na Eslovénia, Portugal venceu a Espanha na final do Euro. Perseguimos o sonho de, no dia 3 de outubro, voltarmos a uma grande final.
Vi coisas tão bonitas!
Agradáveis para passear, pensadas para as pessoas usufruírem dos espaços. Para
facilitar o dia a dia de quem ali trabalha. Com ofertas para idosos e para
crianças. Desenvolvidas, acolhedoras para visitantes e visitados.
Uma pequena aldeia de
interior que a única coisa que tem é um pequeno rio. E dali fizeram uma praia
fluvial com atrações ecológicas, com espaço para crianças brincarem, idosos
estarem à sombra, com acessibilidade para cadeiras de rodas. Com
estacionamentos arranjados, bordas limpas e cuidadas, com caixotes do lixo
frequentes. Com espaço para pernoitar em autocaravanas. Com um passadiço de
quilómetros, tábuas todas arranjadas e sem falhas.
Passei numa vila
litoral com pontos de observação lindos, dignos de capa de revista. Bordas do
rio limpas, arejadas, com pequenas áreas areadas para colocar uma toalha de
praia. Com passeios onde é possível andar com carrinho de bebé sem ter que
andar a fazer um rally às pedras da calçada. Com casas de banho públicas
abertas ao público, limpas, com papel higiénico à disposição e sem pagar. Onde
se pode chegar de noite que, a sinalização da vila a indicar onde fica o quê,
encontra-se o destino pretendido.
Estive numa grande
cidade, com um jardim fabuloso! Idosos jogavam às cartas em mesas decoradas
para tal. As crianças tinham uma variedade tão grande de baloiços e parques
infantis que difícil era escolher o seguinte. Com bebedouros de água a funcionar.
Com espaço próprio para os cães estarem soltos sem trela. Com informação
turística que dá para férias de um mês! Com um paredão com quilómetros de pista
de ciclismo, limpa de resíduos, e com espaço para caminhantes circularem.
Em tempo de eleições,
campanha, debates, acho que mais que apresentar problemas é fundamental
arranjar respostas.
Não é difícil!
Sobretudo num concelho como Montemor: bem localizado geograficamente, com um
espólio arquitetónico e de património maravilhoso, com uma gastronomia muito
típica e tão, mas tão saborosa!
Temos margem de rio
suficiente para praias fluviais de topo.
Um parque de campismo
para reabilitar e oferecer um bom serviço.
Espaços dedicados à
pernoita e limpeza de sujos das autocaravanas.
Um roteiro gastronómico,
aproveitando alturas chave e ajudando colectividades e associações a criar
momentos de partilha e convívio.
...
Aprendamos a pensar,
programar e concretizar. Juntos, para haver mais ideias e melhorá-las. Há tanto
para fazer Montemor de novo!
O concelho de Montemor-o-Velho tem uma área
territorial de cerca 230km2. Aparentemente temos um concelho pequeno, o que
leva a pensar que não deve ser difícil de nos deslocarmos rapidamente de uma
ponta à outra do concelho.
Mas na realidade isto não acontece.
Ano após ano ouvimos os responsáveis municipais
falarem de uma aposta nessa área que depois na realidade acaba por ser escassa
para a necessidade existente.
Deveria ser fácil uma pessoa que está em Arazede
deslocar-se rapidamente até à freguesia de Pereira e vice-versa. Ou uma pessoa
que esteja na Abrunheira e se desloque para Tentúgal e vice-versa.
Mas se formos analisar ao pormenor verificamos que uma
pessoa demora à vontade mais de 30 minutos para se movimentar de um sítio para
o outro.
Isto faz com que as pessoas percam alguma ligação ao
seu próprio concelho e criem maiores ligações com os concelhos vizinhos. Por
exemplo, é mais fácil os residentes em Pereira criarem mais ligação ao concelho
de Coimbra do que a Montemor. Ou os residentes em Arazede terem mais ligação a
Cantanhede do que a Montemor.
Mas isto resume se tudo ao facto de as acessibilidades
e mobilidade, infelizmente, serem melhores com esses concelhos do que com
Montemor.
Porque é que uma pessoa que esteja em Pereira, e que
precise de ir a um supermercado, vai perder mais de meia hora para ir a
Montemor quando tem os supermercados de Coimbra a 10minutos? Ou os de Arazede
que têm os supermercados de Cantanhede a 10minutos.
A par disto podíamos falar da rede ferroviária ou a
rede expressos que também podia ajudar na deslocação das pessoas, mas que cada
vez se está a tornar mais difícil e inacessível a todos. Claro que as
freguesias que estão localizadas junto às estações têm alguma vantagem. Mas não
muita.
Todos nós nos deslocamos para zonas que nos estejam
acessíveis de forma rápida. E acabamos por criar ligações com essas mesmas
zonas em detrimento de outras.
É por isto tudo que a facilidade na mobilidade e na
deslocação das pessoas influência muito o desenvolvimento do concelho.
É fulcral que dentro do concelho de Montemor haja uma
rede boa e rápida que permita a qualquer residente no concelho deslocar-se de
uma ponta à outra. Só assim conseguiremos evitar que as ligações entre as
freguesias limítrofes do concelho não percam total ligação ao concelho de
Montemor em detrimento de outros.
Assim podemos concluir que a mobilidade e acessibilidade intra concelho é uma das grandes armas que contribui para evitar a sua desertificação.
Atrasado outra vez!
Já levo quase 40 anos disto… de ouvir o atraso. Nos
meus tantos 43 de vida. Atrasado tu nas horas, atrasado o país em tudo,
atrasado o município no que sempre foi. Tudo atrasado.
Particularmente e agora eu, que atrasado envio, com
enorme carinho e reconhecimento, este texto, à réplica do Luiz e do Olímpio,
por quem o apreço e carinho não escondo. Ponto. Atrasado.
Arruma-se já parte da desculpa do atraso: Em 45 anos
de democracia autárquica, em Montemor-o-Velho, o PS presidiu a 8 executivos
camarários e o PSD a 4. Coligações à parte, que caso contrário não saímos
daqui: -Foi assim! Caso arrumado. E quem chegou depois da porta fechar, não
entra. Manda só um: - O Presidente! Arruma-se já o esforço do bater democrático
da composição autárquica. Oposição silenciosa à parte, que quem cala consente.
Está feito!
Foi assim 45 anos. Ponto. Chamemos-lhe: eficácia! Com
direito a tudo. Charretes e falanges juvenis. Negócio fechado. E atrasado… Eu,
só atrasado, mas honestamente cansado. Ponto.
Escreve então o Jornal “Público” de ontem: “Estudos
sugerem que os elevados níveis de angústia psicológica dos jovens estão ligados
à inércia dos Governos” e que “Oito em cada dez jovens portugueses acreditam
que o futuro é assustador face às alterações climáticas”, também “Nove em cada
dez jovens portugueses, entre os 16 e 25 anos de idade, afirmam que as pessoas
falharam na proteção do planeta” e “Mais de metade dos inquiridos acredita ter
menos oportunidades que os pais”. Ponto.
As organizações não governamentais para o
desenvolvimento sustentável e as organizações não governamentais de ambiente
acusam o Ministério da Agricultura de que “Portugal prepara uma agricultura do
passado que empenha o futuro”. Ponto. E bem, digo eu, ponto.
As produções agroflorestais e pecuárias têm uma
elevada importância para o município de Montemor-o-Velho. Contudo, as
populações rurais que dependem desta atividade têm sido abandonadas pelas
políticas publicas nacionais e municipais, sendo notório o abandono de áreas
agroflorestais e falta de jovens nessas actividades. A PAC (Política Agrícola
Comum) deixa na região de Coimbra 51% das explorações e 37% da superfície
agrícola útil fora de
qualquer benefício, sem qualquer cuidado com a
biodiversidade, enquadramento paisagístico ou redução do risco de incêndio. O
concelho de Montemor-o-Velho recebe cerca de 5 vezes menos de apoios por
trabalhador do que outro na média do Alentejo. E isto porque se estão a beneficiar
as grandes explorações agrícolas, prejudicando as pequenas, em especial no
centro e norte do país. E onde estão os nossos políticos locais? Em que
cruzada?
Assim, para responder ao interesse público, é preciso
que a transposição da nova PAC para o território nacional mude, e muito,
garantindo a todos os territórios e a todos os agricultores um apoio equitativo
(justo), reconhecendo a diversidade edafoclimática e socioeconómica do país e o
papel essencial das agriculturas familiares na sustentabilidade económica,
social e ambiental dos territórios mais vulneráveis, e em particular na
prevenção de incêndios.
Em conclusão, com uma previsão aproximada de 10 mil
milhões de euros em dinheiros públicos para aplicar até 2027, a PAC poderá ser
uma ferramenta determinante para a sustentabilidade socioeconómica e ambiental
dos territórios rurais, em especial para a agenda da mitigação e adaptação às
alterações climáticas, em que a próxima década será decisiva.
O país precisa de um Programa de Transição Ecológica
Agroflorestal que possibilite reduzir o consumo de fatores de produção (adubos,
pesticidas, etc.), diminuindo a pegada ambiental e salvaguardando a
biodiversidade, por duas vias complementares: aumento da precisão e eficiência
do seu uso; substituição de consumos por processos ecológicos (limitação
natural, captação de azoto atmosférico, etc.).
Para fazer este caminho é também urgente promover
paisagens heterogéneas que acolham diversas usos agroflorestais, contrariando a
ocupação monocultural das terras, pois ela reduz a biodiversidade e aumenta a
vulnerabilidade a fatores bióticos (pragas, doenças e outros riscos) e
abióticos (incêndios, secas e outros eventos extremos).
Finalmente, para assegurar essa transição, em
benefício de toda a sociedade e da melhoria sustentável dos rendimentos dos
produtores, é indispensável incorporar muito mais conhecimento científico em
todas as tipologias de explorações agroflorestais. Para o fazer, o ministério
da agricultura tem de dispor de recursos humanos mais jovens, qualificados e
motivados, invertendo a trajetória de envelhecimento e degradação que tem
sofrido, e a capacitação técnica das associações e organizações de produtores
tem também de ser continuamente melhorada.
Exige-se assim uma grande mudança na aplicação da PAC
face ao passado, garantindo um apoio justo a todos os agricultores e
territórios e um uso mais útil dos dinheiros públicos ao serviço de todos os
cidadãos. Pelos filhos e netos. Não cheguemos ainda mais atrasados! Comigo e
com o Bloco podem contar.
O mundo
recebeu a trágica notícia do falecimento do Presidente Jorge Sampaio com
profunda consternação. Estou certo de que este sentimento extravasa o sentido
de respeito pelos princípios do Estado, pois reside essencialmente na global
perceção dos seus ímpares característicos pessoais e políticas.
Jorge Sampaio foi uma
personalidade inusual no cenário político, exarando em muitos momentos
marcantes, arejadas manifestações de pendor ético. Era exímio em expressões
naturais de categórica elevação política, numa elegante oposição ao aparente
facilitismo dos pequenos interesses, dos populismos e demagogias. A sua ação
foi eminentemente marcada com integridade política, com probidade, consciência
do serviço público e com uma forte visão democrática e solidariedade coletiva.
Estes atributos são marcas fortes de uma alma corajosa, culta, intelectualmente
avançada, com sensibilidade e bom senso.
Jorge Sampaio era
também um humanista e um institucionalista. Esta visão sobre o Estado
sobrepôs-se às diferenças ideológicas ou circunstancialmente posicionais,
demonstrando cabalmente o superior interesse do Estado e das pessoas,
preservando sempre a sua dignidade.
Revejo-me
substancialmente nestes valores, admiro o percurso, a coragem e a mestria com
que se pautou a favor do progresso e da dignidade humana. Não resisto, neste
período eleitoral autárquico, fértil a desastrosas manifestações que pouco
abonam à democracia e seus atores políticos, certa tranquilidade, moderação,
sentido cívico e político. Inspiremo-nos todos, no legado de integridade e
ética que Jorge Sampaio nos deixou e que possamos defender as nossas convicções
com a seriedade que a política merece e que os cidadãos, e bem, exigem e
merecem. Este apelo não significa qualquer castração da defesa dos ideais, a
que cada um, justamente, lhe aprouver. Ao invés, é um repto de participação
digna, com elevação ética, consciência cívica, em pleno respeito por todos,
deixando mais e melhor na pólis. Não nos esqueçamos que dia 27 de
setembro, continuamos de carne e osso, gregários e com sentimentos.
Precisaremos de todos para avançar nos principais combates: recuperação da
crise pandémica, a promoção do desenvolvimento local e coesão territorial,
pragmatizar a transição digital e responder às alterações climáticas.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Sugestão de livros – graúdos e miúdos
“Mensagem”, publicado originalmente em 1934, foi o
único livro de Fernando Pessoa editado em vida. Fernando António Nogueira Pessoa,
conhecido como Fernando Pessoa, nasceu em Lisboa no ano de 1888 e faleceu,
também em Lisboa, no ano de 1935. É considerado um dos maiores poetas da língua
portuguesa e, por conseguinte, da literatura universal.
Esta obra
de Pessoa é composta por poesias de cunho nacionalista dividida em três partes,
a primeira é denominada Brasão e é subdividida em: Os Campos, Os Castelos, As
Quinas, A Coroa e O Timbre; a segunda parte é denominada Mar Português e a
terceira parte em O Encoberto, também subdividida em: Os Símbolos, Os Avisos,
Os Tempos.
Em toda a
extensão do poema nos deparamos com alusões a mitos (como o do Sebastianismo) e
nomes de personalidades históricas de Portugal bem como suas proezas. Também é
saliente na obra certo misticismo, elementos cabalísticos e a própria poesia
está envolta de um teor épico. Como é um poema em que se pode identificar
um sentimento nacionalista é completamente banhado da história portuguesa e,
portanto, compete que o leitor deste poema tenha certo conhecimento da história
de Portugal para que assim possa compreender a obra.
O poema
“Mensagem” é relativamente curto, mas é de imensa grandeza histórica e
literária. Podemos encontrar uma Antologia composta de Poesias de Fernando
Pessoa – Ele Mesmo; Poesias Inéditas; Poesias de Alberto Caeiro
(incluindo O Guardador de Rebanhos); Odes de Ricardo Reis; Poesias de
Álvaro de Campos.
Charlie, uma jovem atriz inglesa, está habituada a desempenhar diversos papéis. Mas quando o misterioso Joseph, com as suas cicatrizes de batalha, a recruta para os serviços secretos israelitas, ela entra no perigoso «teatro do real». Ao desempenhar o seu papel num intrincado plano de alto risco para prender e matar um terrorista palestino, este seu novo desempenho ameaça consumi-la. Situado na trágica arena do conflito do Médio Oriente, esta emocionante história de amor e lealdades traídas desenrola-se com uma guerra impossível de vencer em pano de fundo.
Um emocionante romance de espionagem e traição
ambientado no Médio Oriente, adaptado a série de televisão, com Florence Pugh,
Alexander Skarsgård e Michael Shannon nos principais papéis.
Título: Os Meus os Teus e os Nossos
José Gameiro nasceu em Lisboa em 1949. É psiquiatra, doutorado
em Psicologia e Saúde Mental, e membro fundador da Sociedade Portuguesa de
Terapia Familiar. Fala de um tema atual e vivenciado por muitos nas suas
famílias. De forma pessoal e íntima através deste pequeno e profundo livro
vivemos de forma empática o lugar do outro na nossa “nossas” famílias.
Para os mais pequenos (mas também para pais e educadores) a proposta vai para “O Leo e o Polvo” de Isabel Marinov e Chris Nixon, uma história ternurenta sobre as dificuldades (e vitórias) caraterísticas do Síndrome de Asperger.(considerada uma perturbação do espetro do autismo) Para Leo, o mundo é difícil de entender. Mas quando conhece a Mara, um polvo fêmea, o Leo começa a pensar que, afinal, é capaz de não estar assim tão sozinho…
SABORES E ODORES
RECEITAS TRADICIONAIS PORTUGUESAS
BACALHAU À ZÉ DO PIPO
Prato típico da gastronomia portuguesa é originário da
invicta cidade do Porto e replicado em todo o país. O Bacalhau à Zé do Pipo foi
criado na década de 1940 por José Valentim, dono de um restaurante. Este senhor
da culinária portuguesa, também conhecido por Zé do Pipo, criou o prato que
desde cedo teve uma enorme recetividade e ganhou o 1º prémio de um concurso
chamado “A melhor refeição ao melhor preço”. Com ingredientes bem portugueses,
aqui fica a receita que à semelhança da maior parte das receitas tipicamente
portuguesas é tão boa quanto a qualidade dos seus ingredientes e o amor que lhe
dedicamos na sua preparação e apresentação.
Dedicamos esta típica iguaria nortenha ao Sr. Olímpio Fernandes, nosso afeiçoado e talentoso colaborador na Barcaça, que faz hoje 81 anos, tal como este magnífico prato português.
Boa deglutição!
INGREDIENTES
2 postas grandes Bacalhau demolhado
3 Cebolas medias (cortadas em rodelas bem fininhas)
3 dentes de Alho
1 folha de Louro
Sal e Pimenta q.b.
Azeitonas Pretas Descaroçadas e raminho de salsa.
(para a apresentação e finalização)
PARA O PURÉ:
800 gr Batatas descascadas e cozidas
2 ovos + uma gema (decoração)
1 colheres sopa Manteiga
sal, pimenta e noz moscada q.b.
PARA A MAIONESE (CERCA DE 350G):
2 Ovos
2 dentes de Alho bem picadinho
150 ml Óleo
150 ml Azeite
qb Sal e Pimenta
limão (uma colher de sopa de sumo)
Bater, com energia, na varinha mágica e por fim envolva uma colher de sopa de sumo de limão
Disponha, numa assadeira, o bacalhau e os seus
ingredientes, cubra com a maionese e rodeie por puré de batata. Pincele o puré
de batata com gema batida e leve ao formo a alourar.
Por fim, decore a gosto com azeitonas pretas e um raminho de salsa, para cor e sabor.
Sugestão: experimente demolhar (em última água) o
bacalhau em leite (cerca de 1 hora) e dar-lhe uma fervura prévia, (antes da ida
ao forno) no mesmo líquido, acrescente ao leite noz-moscada, folha de louro e
alho. – Cuidado para o leite não vazar quando levanta fervura.
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