Agosto está no fim e embora por tradição
seja o mês das férias e do descanso, a verdade é que este mês, neste ano,
globalmente, foi tudo menos isso. Foi na verdade um mês importantíssimo para
preparar o arranque no próximo ano letivo. E, podemos ver que, apesar de algum
pessimismo à mistura, os nossos jovens responderam à chamada para a vacinação e
tornaram-se essenciais para atingirmos as altas percentagens de população
vacinada. Os comerciantes tentaram recuperar da hecatombe que estes dois anos
de epidemia e medidas restritivas lhes trouxe, muitos fazem contas e pensam se
valerá a pena… O desemprego foi um pouco “disfarçado” com o emprego precário
que a vinda dos turistas permite e com uns a irem para o Algarve para passarem
férias muitos deslocam-se para lá trabalhar.
O
mês de Agosto de 2021 também ficará na memória pelo recuo significativo das
condições de vida e principalmente pelo desrespeito pelos direitos humanos no
Afeganistão, que não se iludam os mais distraídos, num mundo globalizado, o
Afeganistão fica mesmo ali, ao virar da esquina e, o que aconteceu lá terá
reproduções sérias na Europa e no mundo. Para já podemos refletir sobre as
“armas” que o Ocidente (que se pretende eticamente responsável e esclarecido)
tem perante os discursos e as ações extremistas e discriminatórias.
Neste
mês também já se sente a mobilização política para a campanha das autárquicas.
Todos desejamos que essa mobilização permita que sejam profícuas as ideias que
levem a uma boa aplicação das verbas públicas e que sejam usadas para bem das
populações.
Por
fim, os editores da Barcaça desejam a todos os participantes do Campeonato do
Mundo de Velocidade em Canoagem, uma prestação que dignifique os seus esforços.
Boas
leituras!
Numa época de grandes incertezas e
durante a construção de uma relevante infraestrutura de apoio no Centro de Alto
Rendimento de Montemor-o-Velho, a Federação Portuguesa de Canoagem com o apoio
do município, voltará a pôr a região no centro mundial dos desportos náuticos,
garantidas que estão a participação de 58 seleções mundiais.
Para uma Vila com dois mil e quinhentos
habitantes receber mil e duzentos atletas mais toda a equipa de apoio e todos
os visitantes amantes desta modalidade coloca Montemor-o-Velho nos olhos do
Mundo, infelizmente cá dentro não se vê uma reportagem na divulgação não só
deste desporto como das nossas regiões fora das grandes cidades.
De sublinhar que Portugal recebe pela
segunda vez um Campeonato do Mundo de Velocidade de Juniores e Sub-23,
repetindo a organização levada a cabo em 2015.
Segundo o presidente da Federação
Portuguesa de Canoagem, trata-se de “um bom indicador da vontade dos países na
participação no nosso Mundial”.
Vítor Félix defendeu que as inscrições
já concretizadas “podem contribuir para o sucesso da organização”.
Sublinhando que “a excelência
organizativa é algo que Portugal tem habituado quem nos visita”.
A antiga torre de chegada do CAR de
Montemor-o-Velho foi demolida, assumindo-se esta ação como um passo fundamental
para o futuro da canoagem portuguesa.
“Era prioritário ter a primeira reunião com o nosso
principal parceiro, a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, que é a
proprietária do CAR.
Muito do sucesso da organização do Mundial depende da Câmara”, assume Vítor Félix.
Segue-se, agora, a construção da
nova infraestrutura, que vai reforçar a excelência daquele equipamento
desportivo de âmbito internacional.
Importa lembrar que a construção da nova
torre de chegada já estava prevista para 2018, ano em que Montemor-o-Velho
recebeu o Mundial de Velocidade e Paracanoagem.
Depois do Campeonato do Mundo de
Velocidade e Paracanoagem de 2018, o Mundial de Juniores e Sub-23, em 2021
assume-se como o início de um novo ciclo de competições internacionais no CAR
de Montemor-o-Velho.
De referir que a Federação Portuguesa de
Canoagem é, neste momento, uma das candidatas à organização, em 2023, do
Campeonato da Europa de Velocidade de Juniores e Sub-23, prova que, em 2012,
também teve lugar em Portugal.
Contamos consigo para valorizar o que é
nosso! A BARCAÇA informa.
Viver é
conviver, por isso o associativismo faz parte integrante daquilo que somos.
Aristóteles dizia que o homem se caracterizava por ser um “animal político”
querendo com esta expressão salientar a importância de estar com o outro, de se
envolver em projetos comuns e de se interessar pela vida da comunidade como
sendo a sua. Por isso, as pessoas que dedicam o seu tempo, esforço e talento no
espaço das associações, desenvolvem a comunidade e caracterizam-na, fazendo
parte da história do lugar. Daí que esteja ligada à vivência das associações as
raízes comunitárias, o bairrismo, a ideia de que aquilo que é nosso, feito por
nós, constitui a personalidade de um povo.
Montemor-o-Velho,
não seria Montemor-o-Velho, sem as suas coletividades a elas se deve a riqueza
social, desportiva e artística. No entanto, a vivência coletiva não é fácil e
muitas vezes a falta de meios, o desemprego, o pouco interesse dos mais novos
ou a emigração tem deixado o seu rasto de perdas.
Vale-nos,
no entanto, a carolice de alguns que deixam o seu orgulho ou interesse pessoal
de lado e se dedicam a transformar, a atualizar projetos que envolvem velhos e
novos em singular harmonia e comunicação.
Na Barcaça,
tenho as memórias do meu povo, como poderia recusar os meus angustiados
desabafos por causas que me vão ajudar e a perceber no velho ditado, aprender
até… numa BRACAÇA, que baloiça entre o passado e o presente no associativismo
local e das suas freguesias, já que na escola do
associativismo
fiz a minha aprendizagem de longos anos, escutando-os e valorizando exemplos
maiores de dedicações às suas coletividades…
A
21 de novembro de 1866 foi decretada a extinção da Roda dos Expostos em todo o
país. A Roda dos Expostos era um cilindro giratório de madeira, oco, utilizado
para deixar crianças e bebés ao cuidado de instituições caritativas, mantendo o
anonimato da pessoa expositora.
Em Montemor-o-Velho, a
Casa da Roda situava-se ao cimo da Rua dos Combatentes da Grande Guerra. Era
uma casa com uma só porta e uma janela, moldurada, ladeada por dois grandes
cachorros circulares para vasos de pedra lavrada. Fachada de traça
setecentista, porta moldurada e boleada, com inscrição no lintel da porta: “Não
há na vida gosto perfeito nem descanso” [colocar desenho de Monsenhor Nunes
Pereira]. Do edifício inicial já nada existe, sendo hoje uma casa de habitação
particular [colocar fotografia de Mário Silva_2013].
Curiosidade:
a 20 de setembro de 1942, decorria a II Grande Guerra Mundial, Miguel Torga, de
visita a Montemor-o-Velho (que compara a um “cadáver” ou a um “cemitério”), faz
referência a uma mulher que vivia na antiga Casa da Roda e que lhe tentara
vender por 500$000 réis [qualquer coisa como 500$00 ou, a partir de 2002,
2,50€] as pias das janelas e a inscrição da padieira.
O (meu) fado de despedida
Esta noite sabe a traição,
A sonhos desfeitos, a quimeras,
À nossa vida que deitas no chão
À imagem partida do que eras…
Esta noite sabe a despedida,
Sabe a um adeus para sempre
É uma traça que segue perdida,
Tentada por luz de falso poente.
E eu, onde estava, já não estou,
E eu, por onde andei, já não vou,
E eu, porque quis, já não quero.
Agora és… um amargo de boca,
Uma sombra de raiva, mas tão pouca,
De ti, pouco ficou e nada espero.
Sombria,
raiava receosa
a manhã.
Desconhecia o acordar,
ignorava o tempo,
perdida nessa lonjura
eterna
e sem sinais.
Raiava,
… talvez quisesse raiar …
Estonteada,
desconhecia o caminho.
Inconstante, não sabia quem procurar.
Insegura, temia as sombras,
fugia do sol,
escolhia as nuvens,
as mais escuras,
onde tudo seria mais fácil.
Passaram
horas, muitas,
a indecisão vencia,
apesar do imenso querer.
As
horas cresciam
cada vez mais,
veio o tempo,
implacável, duro,
intolerante.
A
manhã nunca raiou…
Continua à espera
interminavelmente promissora…
Continua o teu caminho
Ou melhor
Cumpre o teu destino,
Tanto faz!
O importante é caminhar
E ser HOMEM!
Sem arrogâncias,
Sem auto-suficiências,
Sem te pores "nos bicos dos pés" que,
Como sabes,
É um meio frágil de sustentação,
onde o homem
não é capaz de ficar muito tempo.
Porquê?
Porque é incómodo
E sobretudo,
porque não é natural.
Continua…
Não faças nada para que escureças
A tua vida…
Ilumina-a com as coisas boas que tens!
Transmite o que de bom existe em ti:
Amizade,
Amor,
Sabedoria.
Não te esqueças que tudo isto,
É a maior riqueza que podes dar e repartir
Pelos outros…
Age desse modo,
Para que o teu coração
Seja como uma flor
A desabrochar na Primavera
Da
tua VIDA!
Ao completarem 30 anos de existência em
Montemor-o-Velho é tempo das escolas (Escola Profissional de Montemor-o-Velho e
Escola Profissional Agrícola Afonso Duarte) iniciarem um novo ciclo. Assim, a
Associação Diogo de Azambuja, entidade proprietária das mesmas, procedeu a uma
reformulação que passou pela fusão das duas escolas tendo como objetivo
melhorar o seu funcionamento de forma a dar uma cada vez melhor resposta aos
desafios que se vão colocando. Nasceu assim, em Montemor-o-Velho, a Escola
Profissional e de Desenvolvimento Rural do Baixo Mondego (EPDRBM).
Os objetivos que a EPDRBM pretende
alcançar como organização, assenta em duas ideias base:
1 – Ser uma escola de referência regional e nacional, dinâmica e
dinamizadora, centrada na prestação de serviços de formação e na qualificação e
certificação de competências académicas e profissionais.
2 – Ser uma escola aberta e virada para o exterior,
assumindo-se como centro de recursos e conhecimento numa rede alargada de
parcerias e apostada no sucesso profissional dos seus alunos.
Para que seja possível alcançar o que se propõe, está a ser implementado um Sistema de Garantia da Qualidade alinhado com a norma EQAVET, que visa reforçar o envolvimento dos stakeholders internos e externos na vida da escola, aumentar a visibilidade dos processos e resultados e sobretudo introduzir o conceito de melhoria contínua no funcionamento da escola.
DESPERTAR PARA O
DESPORTO
A opinião desportiva que
mexe consigo!
O convite e a participação neste espaço
muito me honram. À direção da “Barcaça” cumpre-me agradecer pela oportunidade e
votar para que a missão de informar e de fazer pensar as nossas gentes seja
bem-sucedida. A edificação dos valores culturais-locais é um bem escasso, que
importa preservar meticulosamente. A nossa história e os nossos hábitos são a
nossa impressão digital, são aquilo que nos permite ver de onde viemos e, com
isso, saber para onde queremos ir. Parabéns pela iniciativa.
Pretendo propor um espaço de partilha
mútua, opinando acerca dos temas em voga no plano nacional, ou aprofundando
algo mais estruturante e estratégico para o desenvolvimento do desporto e para
o aumento da prática de atividade física pela população.
Hoje abordo sucintamente os grandes
temas deste verão.
O Sporting CP voltou aos títulos no
futebol, tantos anos depois. Como se isso não bastasse, apresenta na nova época
uma equipa com conteúdo, com qualidade e plena de dinâmica de vitória. Para
além disso o clube fez uma época arrasadora nas modalidades, o que eleva a
fasquia da competitividade em Portugal, adivinhando-se uma reação forte dos
rivais de sempre. Acompanharemos.
A participação portuguesa no Jogos Olímpicos ofereceu-nos o bom, o mau, e o previsível. O bom foram as conquistas portuguesas, a organização japonesa e a perceção pública de podemos voltar a organizar grandes eventos após a trágica pandemia que ainda perdura. O mau foi o triste episódio público português, durante a final do triplo salto, protagonizado por um ícone do atletismo luso que nunca, sob qualquer justificação, poderia ter desrespeitado Portugal (porque foi disso que se tratou). O previsível foi a sensação posterior de que somos um país de enorme potencial desportivo, que porventura pouco investe na formação inicial. Muito se tem falado no desenvolvimento e organização do Desporto Escolar, associado aos resultados nos grandes eventos desportivos. Concordo, mas apenas parcialmente. O Desporto Escolar pode servir, também, para promover a identificação de talento desportivo, concorrendo para o aumento da performance. Mas o Desporto Escolar e a Educação Física têm outra missão, que não sendo concorrente, tem de ser priorizada em cada ação, em cada estratégia e em cada política – lutar contra o sedentarismo instalado, promovendo a apetência pela prática desportiva regular nos jovens e nas crianças.
OS RESULTADOS PROVISORIOS DOS CENSOS
Agora que saíram os resultados
provisórios dos Censos 2021, são muitas as reflexões que devem ser feitas, não
de forma isolada ou descontextualizada.
Várias são as minhas preocupações, que
resumirei.
- A perda de gente jovem para o
estrangeiro.
Parece que voltámos aos anos 70, em que
houve uma emigração muito importante para a Europa porque o País não tinha
valor suficiente para atrair os Portugueses. Portugal despediu-se, nestes 10
anos, de mais de 200 mil pessoas. Na sua maioria população ativa
O que fazer para segurar estas gentes?
Trabalho, carreiras dignas e justas,
apoio às famílias de crianças (e neste ponto as autarquias podem e devem ser
fundamentais e ter um papel mais efetivo), estabilidade familiar, habitação a
preços justos…
- O saldo natural é negativo - morrem
mais pessoas do que nascem.
Os incentivos à natalidade estão cheios de burocracias e deviam realmente ser
incentivos (e não apenas um pacote de fraldas ou meia dúzia de tostões que não
chega para pôr pão na mesa durante uma semana…). Sim, é melhor que nada. Mas
não lhe chamem incentivos à natalidade.
Morrer faz parte de estar vivo. Tem que
ser das primeiras prioridades numa sociedade avançada, garantir que se vive os
últimos dias com dignidade, respeito, carinho. Que se envelhece com qualidade.
Que os idosos são população com imenso valor. Encontro todos os dias idosos
sozinhos, que não falam com ninguém durante dias. Que vivem sem as condições
mínimas de habitabilidade. Que não têm dinheiro para pagar a medicação. Idosos
ignorados e abandonados. Se não cuidarmos dos idosos com tudo o que merecem,
que raio de sociedade somos?
- A imigração foi maior que a emigração.
Atentemos cuidadosamente a todos os
imigrantes com quem nos cruzamos.
Em áreas rurais há imensa população
imigrante a viver em condições desumanas. A viverem num cubículo que nem para
garagem tem condições.
A passarem fome. Doentes.
É a escravatura moderna.
Numa área como a nossa, há cada vez mais
imigração sazonal para trabalhar nos campos. Suspeitemos e denunciemos. Não
vamos fechar os olhos.
Não deixemos que Montemor apareça nos
noticiários pelas piores razões!
Quem conhece o concelho de
Montemor-o-Velho sabe que infelizmente cada vez são menos os comerciantes que
conseguem manter os seus negócios abertos. E mesmo os que conseguem manter as
“portas abertas” fazem mensalmente uma ginástica orçamental inacreditável. Não
só pela falta de dinâmica, mas também pela ausência de pessoas que cada vez
mais se faz sentir. Cada vez mais Montemor parece um concelho “fantasma”.
Durante o último ano e meio de pandemia que temos atravessado,
temos assistido a inúmeros relatos e desabafos de comerciantes a lamentarem-se
com a falta de trabalho. Se já tinham pouco trabalho, agora nem esse pouco
trabalho existe.
Infelizmente já são cada vez mais os que “fazem contas à vida” e
pensam duas vezes em manter as “portas abertas”.
Em novembro do ano passado fiz uma publicação nas redes sociais
onde fazia um apelo aos responsáveis do município para que apresentassem
soluções rápidas e robustas para apoiar os nossos comerciantes e não deixarem
que desapareçam os poucos, mas grandes guerreiros que temos espalhados pelo
concelho.
Ao fim de praticamente um ano venho reiterar este apelo.
Com o fim dos apoios do estado e das moratórias à vista é preciso
agir com rapidez para daqui a uns tempos não estejamos a lamentar a falta dos
poucos comerciantes que existem no concelho de Montemor-o-Velho.
Sei que o município criou uns incentivos para os comerciantes. No
entanto esses apoios para além dos critérios serem completamente desajustados
da realidade, o que levou a que muitos ficassem de fora, também aqueles que
conseguiram ser contemplados verificaram que afinal eram “pequenas migalhas”
que lhes estavam a dar.
De uma vez por todas é preciso criar condições e incentivos
robustos para que os nossos comerciantes se consigam aguentar de “portas
abertas”.
Eles são a “alma do nosso concelho”. Se o nosso concelho já tem
pouca circulação de pessoas, sem eles ainda pior fica.
Eles são o primeiro cartão-de-visita que qualquer pessoa que venha
ao concelho de Montemor tem.
Eles são a nossa imagem. São as nossas gentes.
Se não sabemos respeitar e acarinhar as nossas gentes, então o que
andamos aqui a fazer???
Não basta fazer uns discursos bonitos ou umas palavras de conforto.
É preciso agir!
É preciso passar das palavras aos atos.
Não é só nos momentos de festa e alegria que devemos aparecer. É
nestas alturas em que eles mais precisam que devemos dizer “presente” e mostrar
com ações que o município não se esqueceu deles e que estará sempre, mas
sempre, a lutar pelo bem-estar das suas gentes.
Eleições Autárquicas
2021
Inicio esta colaboração no Barcaça com gáudio, sentimento de
gratidão pelo honroso convite, mas também com o sentido do dever cívico e
político da participação pública.
No momento
presente, com o fito de abordar assuntos de índole regional e nacional é
difícil fugir ao tema das eleições autárquicas do próximo 26 de setembro.
Retirando-me de quaisquer dogmas posicionais e de fenómenos de apaixonado
“clubismo” partidário, pois no exigente exercício do poder autárquico o quadro
pictórico não é apenas preto e branco, acredito no quadro de princípios
orientadores do PS para estas eleições autárquicas.
São
12 compromissos fundadores que exaram valores do socialismo democrático e
princípios da boa governação, que ajustados à agenda da transição digital e à
vital resposta às alterações climáticas, consubstanciam objetivos do
desenvolvimento local e de coesão territorial. Em bom rigor: “recuperar da
crise, promover o desenvolvimento local”.
O
compromisso para criar condições de maior participação nas decisões locais e
para uma maior descentralização de competências para as freguesias, aproximando
eleitos e eleitores, reforçando as autarquias como espaços de democracia local.
O
compromisso de reforçar as políticas de promoção de igualdade avaliando
permanentemente as políticas de coesão e equidade territoriais, promovendo
políticas de ordenamento do território que garantam a inclusão e rechacem a
segregação. Estimular ativamente, em várias dimensões, a qualificação dos
jovens e adultos, assim como analisar os impactos das políticas locais na
igualdade de género e de várias gerações.
O
compromisso de combater todas as formas de exclusão e pobreza, estimulando
políticas sociais de habitação, garantindo o cabal funcionamento das políticas
de educação e saúde, reforçando as autarquias como reais ativos de
solidariedade.
Se
estes 3 compromissos visam promover os valores da liberdade, da igualdade e da
solidariedade, os próximos 3 visam o desenvolvimento local de forma
sustentável. Assim, requalificar os espaços rurais, gerindo o envelhecimento e
revitalizando a economia rural, torna-se essencial. Importa garantir o apoio
aos idosos numa forte rede de cuidados continuados e garantir serviços de apoio
à sustentabilidade rural, criando inovadoras oportunidades através da transição
energética verde e da economia circular.
Promover
a atratividade e fomentar a inovação revela um sério compromisso para fomentar
investimentos geradores de emprego, de modernização da economia, em estreita
articulação com instituições de ensino e empresas. Para este desiderato importa
criar redes de inovação e qualificação da população, em concreto com
competências digitais, permitindo ainda renovar equipamentos culturais.
Ordenar
os territórios e reforçar a competitividade para promover um melhor ordenamento
e combater fenómenos de segregação social e funcional do território,
incentivando a mobilidade suave e sustentável, assim como os transportes
públicos. Aumentar os espaços verdes e reforçar a competitividade das empresas
e entidades de ensino superior e de investigação, numa permanente estrutura
colaborativa.
Importa,
enfaticamente, promover a boa governação local com os seguintes 3 princípios. O
compromisso cabal dos eleitos nas listas do PS respeitarem os pressupostos
éticos, os programas com que se apresentem aos eleitores e orientar toda a sua
intervenção com probidade, pelo prosseguimento do interesse público. Cumprir os
deveres de legalidade, justiça e imparcialidade, promover valores da igualdade
e da não-discriminação, pugnar pela valorização do espaço público, do debate
tolerante e plural.
O
compromisso de garantir a transparência e a prestação de contas de forma
pública e aberta a escrutínio, disponibilizando informação sobre os processos
de decisão através de plataformas digitais, simplificando os procedimentos
administrativos e a comunicação com os munícipes.
O
compromisso de promover a responsabilidade financeira, com base numa gestão
sustentável e eficiente dos recursos financeiros dos municípios, nomeadamente
os que forem afetos às autarquias no âmbito dos planos de recuperação e dos
fundos estruturais com base em prioridades publicamente assumidas.
Os
últimos 3 compromissos visam garantir a solidariedade nacional com a governação
local, assumindo o compromisso de privilegiar políticas de coesão territorial,
diminuindo assimetrias, promovendo oportunidades de atração e fixação de
recursos humanos e financeiros. Para este desiderato assumem vital importância
as redes digitais de acesso universal para superar o isolamento nos territórios
de baixa densidade e reduzir a mobilidade física nos territórios de densidade
elevada.
O
compromisso de prosseguir os processos de descentralização de competências e de
recursos para a esfera local, proporcionando ganhos de escala e sinergias com
base na articulação entre autarquias, em particular no âmbito das comunidades
intermunicipais.
Por
fim, o compromisso de garantir enquadramentos jurídicos e financeiros
favoráveis ao desenvolvimento local, revendo e atualizando sempre que
necessário, os instrumentos legislativos necessários, assim como disponibilizar
recursos financeiros proporcionais às transferências de competências inscritas
nos processos de descentralização.
Estes
compromissos prestam efetiva resposta às reais necessidades e expetativas dos
cidadãos. Saibamos, todos, reunir as forças e condições necessárias para
executar esta exigente e ambiciosa agenda política, de forma proba e
inteligente, a favor dos cidadãos e do interesse público.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS
Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.
Sugestão de livros – graúdos e miúdos
Título: O livreiro de Cabul
Autora:
Asme Seirstad
O livro
baseado em factos reais traça numa linguagem clara e escorreita um panorama
sobre o Afeganistão no início do século 21 e após a queda do regime Taliban
(2001) Conta a história de uma jornalista correspondente de guerra que, após
ter feito a cobertura da ofensiva da Aliança do Norte contra os taliban, se dirigiu
para a cidade de Cabul onde conheceu o mais importante livreiro do Afeganistão.
Da relação complexa entre esta mulher ocidental e um muçulmano convicto nasce
este livro que revela o quotidiano de um povo.
Título: Lobo grande, lobo pequeno
Autor:
Oliver Tallec
Do plano
nacional de leitura, este livro com belas ilustrações é uma história para
ler aos mais pequeninos e construir belas experiências em família.
Uma
metáfora sobre a amizade e a partilha.
Absolutamente
poético e comovente O Lobo Grande vivia desde sempre no cimo da
colina, sozinho, debaixo de uma árvore.
Um dia
chegou o Lobo Pequeno. Agora, debaixo da árvore, são dois. Mas, para o
solitário Lobo Grande, aceitar outro lobo, mesmo que pequenino, não é
assim tão fácil…
MÚSICA
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