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domingo, agosto 29

BARCAÇA_02


 

Agosto está no fim e embora por tradição seja o mês das férias e do descanso, a verdade é que este mês, neste ano, globalmente, foi tudo menos isso. Foi na verdade um mês importantíssimo para preparar o arranque no próximo ano letivo. E, podemos ver que, apesar de algum pessimismo à mistura, os nossos jovens responderam à chamada para a vacinação e tornaram-se essenciais para atingirmos as altas percentagens de população vacinada. Os comerciantes tentaram recuperar da hecatombe que estes dois anos de epidemia e medidas restritivas lhes trouxe, muitos fazem contas e pensam se valerá a pena… O desemprego foi um pouco “disfarçado” com o emprego precário que a vinda dos turistas permite e com uns a irem para o Algarve para passarem férias muitos deslocam-se para lá trabalhar.

O mês de Agosto de 2021 também ficará na memória pelo recuo significativo das condições de vida e principalmente pelo desrespeito pelos direitos humanos no Afeganistão, que não se iludam os mais distraídos, num mundo globalizado, o Afeganistão fica mesmo ali, ao virar da esquina e, o que aconteceu lá terá reproduções sérias na Europa e no mundo. Para já podemos refletir sobre as “armas” que o Ocidente (que se pretende eticamente responsável e esclarecido) tem perante os discursos e as ações extremistas e discriminatórias.

Neste mês também já se sente a mobilização política para a campanha das autárquicas. Todos desejamos que essa mobilização permita que sejam profícuas as ideias que levem a uma boa aplicação das verbas públicas e que sejam usadas para bem das populações.

Por fim, os editores da Barcaça desejam a todos os participantes do Campeonato do Mundo de Velocidade em Canoagem, uma prestação que dignifique os seus esforços.

Boas leituras! 


De 2 a 6 de setembro o Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho volta a ser palco de um grande evento desportivo – o Campeonato do Mundo de Velocidade em Canoagem, juniores e sub23.

Numa época de grandes incertezas e durante a construção de uma relevante infraestrutura de apoio no Centro de Alto Rendimento de Montemor-o-Velho, a Federação Portuguesa de Canoagem com o apoio do município, voltará a pôr a região no centro mundial dos desportos náuticos, garantidas que estão a participação de 58 seleções mundiais.

Para uma Vila com dois mil e quinhentos habitantes receber mil e duzentos atletas mais toda a equipa de apoio e todos os visitantes amantes desta modalidade coloca Montemor-o-Velho nos olhos do Mundo, infelizmente cá dentro não se vê uma reportagem na divulgação não só deste desporto como das nossas regiões fora das grandes cidades. 

De sublinhar que Portugal recebe pela segunda vez um Campeonato do Mundo de Velocidade de Juniores e Sub-23, repetindo a organização levada a cabo em 2015.

Segundo o presidente da Federação Portuguesa de Canoagem, trata-se de “um bom indicador da vontade dos países na participação no nosso Mundial”.

Vítor Félix defendeu que as inscrições já concretizadas “podem contribuir para o sucesso da organização”.

Sublinhando que “a excelência organizativa é algo que Portugal tem habituado quem nos visita”.

A antiga torre de chegada do CAR de Montemor-o-Velho foi demolida, assumindo-se esta ação como um passo fundamental para o futuro da canoagem portuguesa.

Era prioritário ter a primeira reunião com o nosso principal parceiro, a Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, que é a proprietária do CAR.

Muito do sucesso da organização do Mundial depende da Câmara”, assume Vítor Félix. 

Segue-se, agora, a construção da nova infraestrutura, que vai reforçar a excelência daquele equipamento desportivo de âmbito internacional.

Importa lembrar que a construção da nova torre de chegada já estava prevista para 2018, ano em que Montemor-o-Velho recebeu o Mundial de Velocidade e Paracanoagem.

Depois do Campeonato do Mundo de Velocidade e Paracanoagem de 2018, o Mundial de Juniores e Sub-23, em 2021 assume-se como o início de um novo ciclo de competições internacionais no CAR de Montemor-o-Velho.

De referir que a Federação Portuguesa de Canoagem é, neste momento, uma das candidatas à organização, em 2023, do Campeonato da Europa de Velocidade de Juniores e Sub-23, prova que, em 2012, também teve lugar em Portugal. 

Contamos consigo para valorizar o que é nosso! A BARCAÇA informa.



Viver é conviver, por isso o associativismo faz parte integrante daquilo que somos. Aristóteles dizia que o homem se caracterizava por ser um “animal político” querendo com esta expressão salientar a importância de estar com o outro, de se envolver em projetos comuns e de se interessar pela vida da comunidade como sendo a sua. Por isso, as pessoas que dedicam o seu tempo, esforço e talento no espaço das associações, desenvolvem a comunidade e caracterizam-na, fazendo parte da história do lugar. Daí que esteja ligada à vivência das associações as raízes comunitárias, o bairrismo, a ideia de que aquilo que é nosso, feito por nós, constitui a personalidade de um povo.

Montemor-o-Velho, não seria Montemor-o-Velho, sem as suas coletividades a elas se deve a riqueza social, desportiva e artística. No entanto, a vivência coletiva não é fácil e muitas vezes a falta de meios, o desemprego, o pouco interesse dos mais novos ou a emigração tem deixado o seu rasto de perdas.

Vale-nos, no entanto, a carolice de alguns que deixam o seu orgulho ou interesse pessoal de lado e se dedicam a transformar, a atualizar projetos que envolvem velhos e novos em singular harmonia e comunicação.

Na Barcaça, tenho as memórias do meu povo, como poderia recusar os meus angustiados desabafos por causas que me vão ajudar e a perceber no velho ditado, aprender até… numa BRACAÇA, que baloiça entre o passado e o presente no associativismo local e das suas freguesias, já que na escola do

associativismo fiz a minha aprendizagem de longos anos, escutando-os e valorizando exemplos maiores de dedicações às suas coletividades…

CASA DA RODA DE MONTEMOR-O-VELHO

A 21 de novembro de 1866 foi decretada a extinção da Roda dos Expostos em todo o país. A Roda dos Expostos era um cilindro giratório de madeira, oco, utilizado para deixar crianças e bebés ao cuidado de instituições caritativas, mantendo o anonimato da pessoa expositora.

Em Montemor-o-Velho, a Casa da Roda situava-se ao cimo da Rua dos Combatentes da Grande Guerra. Era uma casa com uma só porta e uma janela, moldurada, ladeada por dois grandes cachorros circulares para vasos de pedra lavrada. Fachada de traça setecentista, porta moldurada e boleada, com inscrição no lintel da porta: “Não há na vida gosto perfeito nem descanso” [colocar desenho de Monsenhor Nunes Pereira]. Do edifício inicial já nada existe, sendo hoje uma casa de habitação particular [colocar fotografia de Mário Silva_2013].

Curiosidade: a 20 de setembro de 1942, decorria a II Grande Guerra Mundial, Miguel Torga, de visita a Montemor-o-Velho (que compara a um “cadáver” ou a um “cemitério”), faz referência a uma mulher que vivia na antiga Casa da Roda e que lhe tentara vender por 500$000 réis [qualquer coisa como 500$00 ou, a partir de 2002, 2,50€] as pias das janelas e a inscrição da padieira.




O (meu) fado de despedida

 

Esta noite sabe a traição,

A sonhos desfeitos, a quimeras,

À nossa vida que deitas no chão

À imagem partida do que eras…

 

Esta noite sabe a despedida,

Sabe a um adeus para sempre

É uma traça que segue perdida,

Tentada por luz de falso poente.

 

E eu, onde estava, já não estou,

E eu, por onde andei, já não vou,

E eu, porque quis, já não quero.

 

Agora és… um amargo de boca,

Uma sombra de raiva, mas tão pouca,

De ti, pouco ficou e nada espero.



Sombria, raiava receosa 
a manhã.
Desconhecia o acordar,
ignorava o tempo,
perdida nessa lonjura
eterna
e sem sinais.

Raiava, … talvez quisesse raiar …

Estonteada, desconhecia o caminho.
Inconstante, não sabia quem procurar.
Insegura, temia as sombras,
fugia do sol, 
escolhia as nuvens,
as mais escuras, 
onde tudo seria mais fácil.

Passaram horas, muitas,
a indecisão vencia,
apesar do imenso querer.

As horas cresciam
cada vez mais,
veio o tempo,
implacável, duro,
intolerante.

A manhã nunca raiou…
Continua à espera
interminavelmente promissora…



A PRIMAVERA DA TUA VIDA 

Continua o teu caminho

Ou melhor

Cumpre o teu destino,

Tanto faz!

 

O importante é caminhar

E ser HOMEM!

Sem arrogâncias,

Sem auto-suficiências,

Sem te pores "nos bicos dos pés" que,

Como sabes,

É um meio frágil de sustentação,

onde o homem

não é capaz de ficar muito tempo.

 

Porquê?

Porque é incómodo

E sobretudo,

porque não é natural.

 

Continua…

 

Não faças nada para que escureças

A tua vida…

Ilumina-a com as coisas boas que tens!

Transmite o que de bom existe em ti:

Amizade,

Amor,

Sabedoria.

 

Não te esqueças que tudo isto,

É a maior riqueza que podes dar e repartir

Pelos outros…

 

Age desse modo,

Para que o teu coração

Seja como uma flor

A desabrochar na Primavera

Da tua VIDA!




Ao completarem 30 anos de existência em Montemor-o-Velho é tempo das escolas (Escola Profissional de Montemor-o-Velho e Escola Profissional Agrícola Afonso Duarte) iniciarem um novo ciclo. Assim, a Associação Diogo de Azambuja, entidade proprietária das mesmas, procedeu a uma reformulação que passou pela fusão das duas escolas tendo como objetivo melhorar o seu funcionamento de forma a dar uma cada vez melhor resposta aos desafios que se vão colocando. Nasceu assim, em Montemor-o-Velho, a Escola Profissional e de Desenvolvimento Rural do Baixo Mondego (EPDRBM).

Os objetivos que a EPDRBM pretende alcançar como organização, assenta em duas ideias base:

1 – Ser uma escola de referência regional e nacional, dinâmica e dinamizadora, centrada na prestação de serviços de formação e na qualificação e certificação de competências académicas e profissionais.

 2 – Ser uma escola aberta e virada para o exterior, assumindo-se como centro de recursos e conhecimento numa rede alargada de parcerias e apostada no sucesso profissional dos seus alunos.


Para que seja possível alcançar o que se propõe, está a ser implementado um Sistema de Garantia da Qualidade alinhado com a norma EQAVET, que visa reforçar o envolvimento dos stakeholders internos e externos na vida da escola, aumentar a visibilidade dos processos e resultados e sobretudo introduzir o conceito de melhoria contínua no funcionamento da escola.


DESPERTAR PARA O DESPORTO

A opinião desportiva que mexe consigo!

O convite e a participação neste espaço muito me honram. À direção da “Barcaça” cumpre-me agradecer pela oportunidade e votar para que a missão de informar e de fazer pensar as nossas gentes seja bem-sucedida. A edificação dos valores culturais-locais é um bem escasso, que importa preservar meticulosamente. A nossa história e os nossos hábitos são a nossa impressão digital, são aquilo que nos permite ver de onde viemos e, com isso, saber para onde queremos ir. Parabéns pela iniciativa.

Pretendo propor um espaço de partilha mútua, opinando acerca dos temas em voga no plano nacional, ou aprofundando algo mais estruturante e estratégico para o desenvolvimento do desporto e para o aumento da prática de atividade física pela população.

Hoje abordo sucintamente os grandes temas deste verão.

O Sporting CP voltou aos títulos no futebol, tantos anos depois. Como se isso não bastasse, apresenta na nova época uma equipa com conteúdo, com qualidade e plena de dinâmica de vitória. Para além disso o clube fez uma época arrasadora nas modalidades, o que eleva a fasquia da competitividade em Portugal, adivinhando-se uma reação forte dos rivais de sempre. Acompanharemos.


A participação portuguesa no Jogos Olímpicos ofereceu-nos o bom, o mau, e o previsível. O bom foram as conquistas portuguesas, a organização japonesa e a perceção pública de podemos voltar a organizar grandes eventos após a trágica pandemia que ainda perdura. O mau foi o triste episódio público português, durante a final do triplo salto, protagonizado por um ícone do atletismo luso que nunca, sob qualquer justificação, poderia ter desrespeitado Portugal (porque foi disso que se tratou). O previsível foi a sensação posterior de que somos um país de enorme potencial desportivo, que porventura pouco investe na formação inicial. Muito se tem falado no desenvolvimento e organização do Desporto Escolar, associado aos resultados nos grandes eventos desportivos. Concordo, mas apenas parcialmente. O Desporto Escolar pode servir, também, para promover a identificação de talento desportivo, concorrendo para o aumento da performance. Mas o Desporto Escolar e a Educação Física têm outra missão, que não sendo concorrente, tem de ser priorizada em cada ação, em cada estratégia e em cada política – lutar contra o sedentarismo instalado, promovendo a apetência pela prática desportiva regular nos jovens e nas crianças. 

OS RESULTADOS PROVISORIOS DOS CENSOS 

Agora que saíram os resultados provisórios dos Censos 2021, são muitas as reflexões que devem ser feitas, não de forma isolada ou descontextualizada.

Várias são as minhas preocupações, que resumirei.

- A perda de gente jovem para o estrangeiro.

Parece que voltámos aos anos 70, em que houve uma emigração muito importante para a Europa porque o País não tinha valor suficiente para atrair os Portugueses. Portugal despediu-se, nestes 10 anos, de mais de 200 mil pessoas. Na sua maioria população ativa

O que fazer para segurar estas gentes?

Trabalho, carreiras dignas e justas, apoio às famílias de crianças (e neste ponto as autarquias podem e devem ser fundamentais e ter um papel mais efetivo), estabilidade familiar, habitação a preços justos…

- O saldo natural é negativo - morrem mais pessoas do que nascem.
Os incentivos à natalidade estão cheios de burocracias e deviam realmente ser incentivos (e não apenas um pacote de fraldas ou meia dúzia de tostões que não chega para pôr pão na mesa durante uma semana…). Sim, é melhor que nada. Mas não lhe chamem incentivos à natalidade.

Morrer faz parte de estar vivo. Tem que ser das primeiras prioridades numa sociedade avançada, garantir que se vive os últimos dias com dignidade, respeito, carinho. Que se envelhece com qualidade. Que os idosos são população com imenso valor. Encontro todos os dias idosos sozinhos, que não falam com ninguém durante dias. Que vivem sem as condições mínimas de habitabilidade. Que não têm dinheiro para pagar a medicação. Idosos ignorados e abandonados. Se não cuidarmos dos idosos com tudo o que merecem, que raio de sociedade somos?

- A imigração foi maior que a emigração.

Atentemos cuidadosamente a todos os imigrantes com quem nos cruzamos.

Em áreas rurais há imensa população imigrante a viver em condições desumanas. A viverem num cubículo que nem para garagem tem condições.

A passarem fome. Doentes.

É a escravatura moderna.

Numa área como a nossa, há cada vez mais imigração sazonal para trabalhar nos campos. Suspeitemos e denunciemos. Não vamos fechar os olhos.

Não deixemos que Montemor apareça nos noticiários pelas piores razões!




O DESESPERO DOS COMERCIANTES

Quem conhece o concelho de Montemor-o-Velho sabe que infelizmente cada vez são menos os comerciantes que conseguem manter os seus negócios abertos. E mesmo os que conseguem manter as “portas abertas” fazem mensalmente uma ginástica orçamental inacreditável. Não só pela falta de dinâmica, mas também pela ausência de pessoas que cada vez mais se faz sentir. Cada vez mais Montemor parece um concelho “fantasma”.

Durante o último ano e meio de pandemia que temos atravessado, temos assistido a inúmeros relatos e desabafos de comerciantes a lamentarem-se com a falta de trabalho. Se já tinham pouco trabalho, agora nem esse pouco trabalho existe.

Infelizmente já são cada vez mais os que “fazem contas à vida” e pensam duas vezes em manter as “portas abertas”.

Em novembro do ano passado fiz uma publicação nas redes sociais onde fazia um apelo aos responsáveis do município para que apresentassem soluções rápidas e robustas para apoiar os nossos comerciantes e não deixarem que desapareçam os poucos, mas grandes guerreiros que temos espalhados pelo concelho.

Ao fim de praticamente um ano venho reiterar este apelo.

Com o fim dos apoios do estado e das moratórias à vista é preciso agir com rapidez para daqui a uns tempos não estejamos a lamentar a falta dos poucos comerciantes que existem no concelho de Montemor-o-Velho.

Sei que o município criou uns incentivos para os comerciantes. No entanto esses apoios para além dos critérios serem completamente desajustados da realidade, o que levou a que muitos ficassem de fora, também aqueles que conseguiram ser contemplados verificaram que afinal eram “pequenas migalhas” que lhes estavam a dar.

De uma vez por todas é preciso criar condições e incentivos robustos para que os nossos comerciantes se consigam aguentar de “portas abertas”.

Eles são a “alma do nosso concelho”. Se o nosso concelho já tem pouca circulação de pessoas, sem eles ainda pior fica.

Eles são o primeiro cartão-de-visita que qualquer pessoa que venha ao concelho de Montemor tem.

Eles são a nossa imagem. São as nossas gentes.

Se não sabemos respeitar e acarinhar as nossas gentes, então o que andamos aqui a fazer???

Não basta fazer uns discursos bonitos ou umas palavras de conforto.

É preciso agir!

É preciso passar das palavras aos atos.

Não é só nos momentos de festa e alegria que devemos aparecer. É nestas alturas em que eles mais precisam que devemos dizer “presente” e mostrar com ações que o município não se esqueceu deles e que estará sempre, mas sempre, a lutar pelo bem-estar das suas gentes.



Eleições Autárquicas 2021

 

Inicio esta colaboração no Barcaça com gáudio, sentimento de gratidão pelo honroso convite, mas também com o sentido do dever cívico e político da participação pública.

         No momento presente, com o fito de abordar assuntos de índole regional e nacional é difícil fugir ao tema das eleições autárquicas do próximo 26 de setembro. Retirando-me de quaisquer dogmas posicionais e de fenómenos de apaixonado “clubismo” partidário, pois no exigente exercício do poder autárquico o quadro pictórico não é apenas preto e branco, acredito no quadro de princípios orientadores do PS para estas eleições autárquicas.

São 12 compromissos fundadores que exaram valores do socialismo democrático e princípios da boa governação, que ajustados à agenda da transição digital e à vital resposta às alterações climáticas, consubstanciam objetivos do desenvolvimento local e de coesão territorial. Em bom rigor: “recuperar da crise, promover o desenvolvimento local”.

O compromisso para criar condições de maior participação nas decisões locais e para uma maior descentralização de competências para as freguesias, aproximando eleitos e eleitores, reforçando as autarquias como espaços de democracia local.

O compromisso de reforçar as políticas de promoção de igualdade avaliando permanentemente as políticas de coesão e equidade territoriais, promovendo políticas de ordenamento do território que garantam a inclusão e rechacem a segregação. Estimular ativamente, em várias dimensões, a qualificação dos jovens e adultos, assim como analisar os impactos das políticas locais na igualdade de género e de várias gerações.

O compromisso de combater todas as formas de exclusão e pobreza, estimulando políticas sociais de habitação, garantindo o cabal funcionamento das políticas de educação e saúde, reforçando as autarquias como reais ativos de solidariedade.

Se estes 3 compromissos visam promover os valores da liberdade, da igualdade e da solidariedade, os próximos 3 visam o desenvolvimento local de forma sustentável. Assim, requalificar os espaços rurais, gerindo o envelhecimento e revitalizando a economia rural, torna-se essencial. Importa garantir o apoio aos idosos numa forte rede de cuidados continuados e garantir serviços de apoio à sustentabilidade rural, criando inovadoras oportunidades através da transição energética verde e da economia circular.

Promover a atratividade e fomentar a inovação revela um sério compromisso para fomentar investimentos geradores de emprego, de modernização da economia, em estreita articulação com instituições de ensino e empresas. Para este desiderato importa criar redes de inovação e qualificação da população, em concreto com competências digitais, permitindo ainda renovar equipamentos culturais.

Ordenar os territórios e reforçar a competitividade para promover um melhor ordenamento e combater fenómenos de segregação social e funcional do território, incentivando a mobilidade suave e sustentável, assim como os transportes públicos. Aumentar os espaços verdes e reforçar a competitividade das empresas e entidades de ensino superior e de investigação, numa permanente estrutura colaborativa.

Importa, enfaticamente, promover a boa governação local com os seguintes 3 princípios. O compromisso cabal dos eleitos nas listas do PS respeitarem os pressupostos éticos, os programas com que se apresentem aos eleitores e orientar toda a sua intervenção com probidade, pelo prosseguimento do interesse público. Cumprir os deveres de legalidade, justiça e imparcialidade, promover valores da igualdade e da não-discriminação, pugnar pela valorização do espaço público, do debate tolerante e plural.

O compromisso de garantir a transparência e a prestação de contas de forma pública e aberta a escrutínio, disponibilizando informação sobre os processos de decisão através de plataformas digitais, simplificando os procedimentos administrativos e a comunicação com os munícipes.

O compromisso de promover a responsabilidade financeira, com base numa gestão sustentável e eficiente dos recursos financeiros dos municípios, nomeadamente os que forem afetos às autarquias no âmbito dos planos de recuperação e dos fundos estruturais com base em prioridades publicamente assumidas.

Os últimos 3 compromissos visam garantir a solidariedade nacional com a governação local, assumindo o compromisso de privilegiar políticas de coesão territorial, diminuindo assimetrias, promovendo oportunidades de atração e fixação de recursos humanos e financeiros. Para este desiderato assumem vital importância as redes digitais de acesso universal para superar o isolamento nos territórios de baixa densidade e reduzir a mobilidade física nos territórios de densidade elevada.

O compromisso de prosseguir os processos de descentralização de competências e de recursos para a esfera local, proporcionando ganhos de escala e sinergias com base na articulação entre autarquias, em particular no âmbito das comunidades intermunicipais.

Por fim, o compromisso de garantir enquadramentos jurídicos e financeiros favoráveis ao desenvolvimento local, revendo e atualizando sempre que necessário, os instrumentos legislativos necessários, assim como disponibilizar recursos financeiros proporcionais às transferências de competências inscritas nos processos de descentralização.

Estes compromissos prestam efetiva resposta às reais necessidades e expetativas dos cidadãos. Saibamos, todos, reunir as forças e condições necessárias para executar esta exigente e ambiciosa agenda política, de forma proba e inteligente, a favor dos cidadãos e do interesse público. 

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS

 


Artigo 2.º

Todos os seres humanos podem invocar os direitos e as liberdades proclamados na presente Declaração, sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação. Além disso, não será feita nenhuma distinção fundada no estatuto político, jurídico ou internacional do país ou do território da naturalidade da pessoa, seja esse país ou território independente, sob tutela, autónomo ou sujeito a alguma limitação de soberania.

Sugestão de livros – graúdos e miúdos

Click para ler o livro em Pdf

Título: O livreiro de Cabul

Autora: Asme Seirstad

O livro baseado em factos reais traça numa linguagem clara e escorreita um panorama sobre o Afeganistão no início do século 21 e após a queda do regime Taliban (2001) Conta a história de uma jornalista correspondente de guerra que, após ter feito a cobertura da ofensiva da Aliança do Norte contra os taliban, se dirigiu para a cidade de Cabul onde conheceu o mais importante livreiro do Afeganistão. Da relação complexa entre esta mulher ocidental e um muçulmano convicto nasce este livro que revela o quotidiano de um povo.


Título: Lobo grande, lobo pequeno

Autor: Oliver Tallec

Do plano nacional de leitura, este livro com belas ilustrações é uma história para ler aos mais pequeninos e construir belas experiências em família.

Uma metáfora sobre a amizade e a partilha.

Absolutamente poético e comovente O Lobo Grande vivia desde sempre no cimo da colina, sozinho, debaixo de uma árvore.

Um dia chegou o Lobo Pequeno. Agora, debaixo da árvore, são dois. Mas, para o solitário Lobo Grande, aceitar outro lobo, mesmo que pequenino, não é assim tão fácil…


MÚSICA 

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