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sexta-feira, dezembro 31

Barcaça_10

Zarpa hoje a décima barcaça, no último dia de 2021, projeto apoiado e realizado com dedicação e carinho por muitos e com múltiplos interesses, culturais e científicos, associativistas e políticos. Desde o seu início, tem dado voz a diferentes visões do mundo e procurado construir um locus plural e independente de formação e informação. Deste modo, não posso deixar de agradecer a dedicação de todos os nossos Colaboradores, novos e antigos e, principalmente, aos que nos acompanham nesta nova viagem da Barcaça. E, desejar, a eles e aos nossos visitantes, um Novo Ano pleno de realizações pessoais e profissionais. O nosso público fiel já se habituou à diversidade das viagens da Barcaça que, à semelhança do estilo fluído de Heraclito, não se banha duas vezes nas mesmas águas do rio.

Com o términus de um ano é normal os textos aqui apresentados terem um jeito de balanço do ano transato e também a manifestação de novos desejos para o Ano Novo. As promessas que também é usual, cada um de nós, fazer ao bater das doze badaladas fica à escolha de cada um. Mas nós, prometemos, trazer novos assuntos e, como sempre, a atualidade, seja cultural, desportiva ou política. E, desejamos que, no Novo Ano, tenhamos forças e saúde para continuar com estas viagens.

Mais um ano a chegar ao fim, cheio de incertezas de dificuldades para todos e como não podia deixar de ser, as colectividades com grandes complexidades de levar o seu trabalho a bom porto.

Mas são momentos destes que também nos fazem tornar mais fortes e na entreajuda conseguir manter as portas abertas e seguir em frente.

Como sempre as ajudas tardam em chegar e mesmo em vésperas de eleições são sempre esquecidas pelo trabalho desenvolvido que caberia ao Estado suportar, mas que esbanja para outras prioridades como da Banca, TAP etc. A cultura o desporto e o associativismo serão sempre os parentes pobres destes orçamentos.

Por isso quero deixar uma palavra de conforto para o dirigismo amador que mantem viva a chama do Associativismo e mesmo com as dificuldades inerentes à pandemia conseguem desenvolver um trabalho meritório para os muitos jovens do Concelho de Montemor-o-Velho e Figueira da Foz e exemplos estão aí, como demonstra a Miragem nos seus programas de Palavras Com Sal que leva até aos seus seguidores o que de melhor se faz nesta área, percorrendo os longos caminhos dos dois concelhos.

Apontar rumos deve ser uma das valências das colectividades não se devem fecharem em si mesmo nos momentos difíceis, devem ser criativos como nos foi dado a conhecer por diversos clubes da forma como o fazem.

Algumas delas com a dificuldade de arranjar dirigentes, os próprios atletas assumem a dupla responsabilidade de serem praticantes e ao mesmo tempo dirigir o clube/associação a que pertencem.

Por isso devemos valorizar quem se predispõem a assumir cargos não só pelo tempo despendido que obriga, mas também direi mesmo o amor à camisola e são muitos porque são muitas as colectividades existentes nestes dois concelhos.

Por isso desejo que 2022 nos traga um pouco mais de paz e saúde e vitorias desportivas.

CRUZEIRO DE GATÕES

Inserido no adro murado da antiga Junta de Freguesia de Gatões, junto à Rua Principal, o Cruzeiro de Gatões é uma estrutura quinhentista em calcário, assente sobre uma plataforma em alvenaria, recente, revestida a mármore, de dois degraus, sobre a qual se eleva o dado, quadrado e liso. A coluna dórica exibe no fuste monocilíndrico a inscrição HVA AVE M(ARI)A / PECADOR TE PEDE Q/VEM ESTA / (cruz) AQVI FEZ / POR 1558, sendo rematada por uma cruz latina simples e posterior, sem qualquer decoração.

Implantados nas rotas viárias, nomeadamente em encruzilhadas, os cruzeiros medievais e modernos constituíam-se como marcos de caminho, não só indicando direções, mas também tendo uma função religiosa. Efetivamente, estes padrões carregavam uma cultura popular de proteção, sendo erguidos para proteger as almas de quem transitava ou marcando a memória de determinado acontecimento, pedindo, por vezes, orações a quem passasse pelo local.

O cruzeiro de Gatões parece inscrever-se neste último caso. Erguido em 1558, conforme indica a inscrição na coluna, este cruzeiro de beira de caminho estaria originalmente no lugar de Borda da Estrada, que se situa nos limites da antiga freguesia. A sua execução na centúria de Quinhentos testemunha a dinâmica artística da região de Montemor-o-Velho nesse período, sendo um dos poucos cruzeiros renascentistas que subsiste no concelho.

O Cruzeiro de Gatões foi classificado como de interesse municipal em 2005 (Edital n.º 159/2005 de 25.07.2005 da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, publicado em 02.09.2005).

A bofetada e os óculos no chão,

Guardo na memória a festa que era para mim fazer anos, quando era menina e depois na juventude. Era tudo tão pouco, tão modesto, e, no entanto, era enorme no meu conceito. Resumia-se ao jantar que nessa noite era na sala. E a comida era sempre igual ano após ano, canja, arroz escuro dos miúdos do frango, e o dito cujo com batatinhas à volta, assado no forno. Como sobremesa arroz-doce. 

Prendas? Não me recordo. Apenas uns postais ilustrados enviados por algumas amigas. Mais tarde algumas prendas então, mas já com vista ao enxoval, jamais de carácter supérfluo.

Gosto de recordar, faz-me sorrir.

Foi há muitos anos, neste dia em setembro. 

Fui a Coimbra, e viajei no autocarro da carreira. No regresso vinha "o meu autocarro" e mais outro igual que era o do desdobramento, este por acaso vinha à nossa frente. Numa curva travou bruscamente para evitar bater numa camioneta que lhe surgiu de frente, e como a estrada estava molhada, atravessou-se na via. O outro também parou e não ouve consequências, porém quando o motorista se dirigiu ao da camionete de carga este começou a barafustar, e pregou-lhe uma bofetada. Os óculos voaram e claro partiram-se. 

Quando segundos depois ali chegámos não havia espaço para passarmos. Com aquela atitude maluca, tornou-se necessário chamar a polícia, e sem telefone a demora era evidente. (estávamos nos anos sessenta) Ficámos ali retidos no meio dos campos. Então a alternativa era entrar numa azinhaga ir passar por uns pequenos povoados, para voltar à estrada um pouco mais adiante. 

E lá seguimos por caminhos tortuosos e estreitos de terra esbranquiçada, aos solavancos sobre o piso irregular. 

As pessoas surgiam às portas, admiradas porque ali não passavam carros. Íamos muito devagar, a camionete quase entalada entre barreiras de terra e silvas e a espaços curtos havia uma pedra enorme no chão. Então o colega do motorista descia e ia tirar a pedra. 

Daí a pouco, de novo -" ó Isaías lá está outra, vai tirar." Nós riamo-nos, e parodiávamos o facto, chamávamos-lhe excursão sem aumento no preço do bilhete. E mais pedras se sucederam e o Isaías sempre as foi retirar, até finalmente voltarmos à estrada normal, verificando que tínhamos andado tanto, mas na realidade estávamos a poucos metros das camionetes imobilizadas. Sucedeu-se um brado  de espanto, estávamos quase no mesmo sítio,  mas agora de estrada livre era seguir em frente.

À boa disposição inicial sucedeu a saturação, estávamos "fartas" de solavancos, e do pó que as rodas da camionete levantavam e  mesmo fechando as janelas não era possível evitá-lo, e agora tudo calado só queríamos era chegar a casa depressa, pois foram horas nesta aventura e já era quase noite.

Em Montemor a notícia tinha corrido mas da pior forma, dizia-se que a camionete da carreira tinha sofrido um acidente, falava-se num choque ; eu tinha por hábito e gosto, ocupar o lugar da frente (aquele que era reservado ao fiscal) por isso em minha casa foi o caos. Quando a camionete entrou no início da minha rua onde passava e não parava, eu vi logo um aglomerado considerável de pessoas à minha porta. Preocupadas esperavam, e acompanhavam a minha mãe que em lágrimas só pensava o pior.

Finalmente cheguei a casa, sã e salva! Pois, não nos tinha acontecido nada, mas neste dia de aniversário, o jantar que já tinha arrefecido, não soube como de costume. 

O pobre da Noite de Reis

 

O moleiro colocou a tapadoira no cubo, que leva a água ao rodízio,entrou, fechou a porta do moinho e disse:

 - Nosso Senhor nos dê muito boa noite, salvação p'rás almas, graças p'ra servir a Deus Nosso Senhor, amém. 

  Ao entrar na "casa do borralho", a cozinha, disse à mulher e aos filhos que era noite de Reis e por isso as pedras ( mós) entravam em descanso até ao sol- por do dia seguinte.

 Cearam e depois de "dar graças", chegaram- se mais ao lume e então alguém bateu à porta.

  -Quem é ?

 - Um pobrezinho a morrer de fome e de frio. Abra, por amor de Deus.

 O moleiro levantou- se, abriu a porta e logo o  convidou a entrar pois do lado de fora o frio até cortava alma. 

 - Vossemecê anda por esse mundo fora c'um tempo destes , valh'ó Deus.

 - Atão pois se não peço, morro à míngua... , quem não tem, tem que pedir.

 Olhe, se por amor de Deus me desse uma pouca de farinha de centeio, trigo ou mesmo de cevada e me deixasse fazer umas papitas... , ando tão mal da barriga, as minhas "tripas" dão cabo de mim.

 Farinha de trigo não temos e nem trigo p'ra moer, mas na moega da " pedra alveira" que é a da direita, temos grão de cevada. É noite de Reis, nos dias santos o meu moinho não trabalha , se quiser tire a tapadoira, solte a água e quando tiver a farinha tape de novo a água, pare o moinho e Deus lhe perdoe.

 - O bom Deus lhe pague. Lá vou... .

Fez a farinha e a moleira lá lhe fez as papas. Depois de as comer conversaram um bocado e depois o pobre pediu se podia dormir "à borda do lume", e como lhe disseram que sim embrulhou- se no farrapo que era o seu capote, deitou a cabeça no saco que trazia e adormeceu.

 O moleiro e a mulher mal se deitaram adormeceram  também.

 Raiou a manhã e quando se levantaram nem pobre, nem sinal de ninguém.

 No moinho, por todo o lado, cheirava a alecrim e junto das mós estava um monte de sacos de trigo, centeio e cevada.

 O moleiro, a todos os pobres que por ali passavam dava sempre avultada esmola dizendo: seja em memória de quem cá passou.

 Bendito e louvado, e o Menino é adorado. 

DESPERTAR PARA O DESPORTO

A opinião desportiva que mexe consigo!

Nesta oportunidade proponho evidenciar os maiores feitos desportivos do ano. 2021 foi o ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio, do Futsal e do ressurgimento do Sporting Clube de Portugal, sempre acompanhado da pandemia que, mais ou menos ativa, continuou a abalar o planeta.

Pedro Pablo Pichardo,


atleta português do triplo salto, com origem cubana, ofereceu o ouro a Portugal de forma indiscutível, em Tóquio. Aliás, foi o triplo salto que acabou por consagrar Patrícia Mamona

como vice-campeã olímpica, regressando a casa com a medalha de prata. Na canoagem Fernando Pimenta

voltou a brilhar, orgulhando o país, Ponte de Lima (de onde é originário) e Montemor-o-Velho (local de eleição para a sua preparação durante a época). Jorge Fonseca, no judo, alcançou a medalha de bronze, completando o leque das quatro medalhas conquistadas pela nossa equipa olímpica no Japão.

Wembley foi o palco da entrega do título de campeão da europa à seleção italiana de futebol, sucedendo a Portugal, após o França 2016.

2021 foi também o ano do ressurgimento do Sporting Clube de Portugal enquanto melhor equipa de futebol no nosso país. Vários anos depois sagrou-se campeão nacional, sob o prometedor comando de Rúben Amorim. Ainda no futebol, os astros, Messi e Ronaldo, trocaram de ares – o argentino aterrou em Paris depois de uma longa carreira na Catalunha; o craque português voltou ao Manchester United onde outrora foi feliz.

No futsal, Portugal reforçou o título de campeão europeu, obtido em 2018, sagrando-se, agora e pela primeira vez na sua história, Campeão do Mundo, na Lituânia. Ricardinho


, o melhor jogador português de todos os tempos, voltou a ser considerado o melhor jogador do torneio e, nobre, consciente e humildemente, pôs fim ao seu percurso com as quinas ao peito. Que carreira! Montemor-o-Velho esteve presente na Lituânia – o professor Bruno Travassos, com origens na Carapinheira, integrou os quadros técnicos da seleção, enquanto Analista, dando asas ao conhecimento académico, científico e investigativo que pautam a sua intervenção profissional.

No mundo dos motores, Max Verstappen


ergueu o título da Fórmula 1 depois de uma das mais sensacionais provas dos últimos anos, parecendo fazer despertar, novamente, o interesse numa modalidade que se tornou previsível demais. No Moto GP sublinhe-se o fim da carreira de Valentino Rossi, um ícone incontornável da modalidade, num ano em que Miguel Oliveira, tendo sido mais irregular do que se esperava, continuou a cimentar a sua posição no circuito mundial.

Na maior competição de basquetebol do mundo, a NBA, estreou-se o primeiro português de sempre a participar naquela prova, Neemias Queta,


nascido em Lisboa em 1999.

No ténis, Djokovic


igualou Federer e Nadal no número títulos em Grand Slam´s, com 20 troféus, “abrindo o apetite” para a luta entre os três gigantes da modalidade em 2022.

2022 trará ainda os Jogos Olímpicos de Inverno,


em Pequim, e o Campeonato do Mundo de Seleções de Futebol,

no Catar, motivos mais do que interessantes para continuar a acompanhar esta rúbrica da MIRAGEM, após o seu ano de estreia.

Bom 2022 a todos, 

Repórter Mabor

Falar sobre desporto pelo concelho de Montemor-o-Velho é sempre uma descoberta de novas gentes de novos projetos e falar-vos da (A.F.A.) Amigos da Freguesia de Arazede, vai ao encontro do que melhor se faz no Associativismo.


A AFA neste momento como as diversas colectividades não ficou indiferente à pandemia, mas com a sua Direcção comandada pela veterana Dora Tinoco tem conseguido levar a água a seu porto e incutir nas atletas nos sócios e simpatizantes que é possível crescer seja como atletas como nos sonhos.

Fundada em 23 setembro de 1987, com sede radicada no seu Pavilhão localizado nas Faíscas-Arazede abraçou também faz quatro anos a modalidade de ténis de Mesa.

Hoje conta entre as duas modalidades com mais de sessenta atletas a maioria da sua terra.

No hóquei tem várias equipas:

-       Seniores Femininos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina e Taça de Portugal, organizado pela Federação de Patinagem de Portugal (FPP).

-       Infantis(Sub11) 

-       Iniciados (Sub15), nos campeonatos regionais e torneios organizados em conjunto pelas Associações de Patinagem de Coimbra (APC) e Aveiro (APA)

  Na vertente de formação, com:

  -     Escolares (crianças dos 9 aos 10 anos inclusive), que participam nos convívios/encontros organizados em conjunto pelas associações de Coimbra (APC) e Aveiro (APA)

  -     Escola de Patinagem (crianças a partir dos 3 anos de idade) 

A “A.F.A.” também se dedica á prática da modalidade de Ténis de Mesa:

 -      Seniores em competição no Campeonato Distrital da ATM - Associação de Ténis de Mesa de Coimbra

 -      Iniciados e Infantis em formação participam em convívios/torneios organizados pela ATM - Associação de Ténis de Mesa de Coimbra e outras Associações. 

No seu historial a AFA, foi finalista vencida tanto na final da Taça de Portugal Feminina de Hóquei em patins de época 2003/2004 como na  Supertaça da mesma época, contra a Fundação Nortecoope. 

Mas vão fazendo história.

Estando de parabéns as atletas Ana Sofia Canoso e Virgínia Carapeto que representaram a Seleção Nacional OVF PT , no torneio Challenge Rafael Oliveira, de Sub-17 Femininos de Hóquei em Patins, que se realizou no Luso de 16 a 19 de dezembro.

Conseguindo o honroso  3.° lugar.

Dora Tinoco, presidente da A.F.F entrevistada na MIRAGEM , pelo Luiz Pessoa e Olímpio Fernandes durante perto de uma hora, potenciou a sua opinião nos mais diversos motivos participativos nas duas modalidades, o Hóquei e o Ténis, como garantia desportiva no presente, fazendo perceber nos espectadores que outras iniciativas vão ser projetadas no futuro, ainda no espaço do seu mandato.

Viajemos até Vila Nova de Anços, uma das freguesias de Soure, com a sua equipe de futebol de onze a disputar a Liga Inatel Série A, soma e segue no comando da classificação somando 18 pontos, nas 6 vitórias nos jogos disputados, rematando sem tibiezas nos 15 golos já marcados, sofrendo apenas 5!


  Bravos e vitoriosas os amadores de Anços, escrevem agora a história no desporto local, recordado despois  das "cinzas" do tempo que não pára no espaço das nossas reflexões… desportivas, ou não sejam o motivo forte dos nossos cometários e atitudes no presente.

A seguir os rapazes de Maiorca fortes e “raçudos” na sua competição, difíceis de serem vencidos, como no dia o seu treinador, numa entrevista na Miragem, conduzida pelo Luiz Pessoa, já que nesta altura com 17 pontos a um ponto do primeiro lugar, um destes dias podem ou não assumir a liderança da Séria A, quem sabe?

Soma 5 vitórias , empataram duas vezes , sendo por isso mesmo um sério candidato ao primeiro lugar, O Montemorense, recordando velhos tempos nos Distritais, mostrando o seu glorioso emblema, os nossos "meninos" vão fazendo pela vida e pela história do único clube desportivo no velho Montemor, somando 16 pontos na classificação e porque não sonhar também com o primeiro lugar? Alma até Almeida, meus "meninos" pois o Montemorense consolidou-se na sua longa historia com os seus guerreiros desportivos, já agora conheçam a sua história e a responsabilidade desportiva de a vestir nas vossas vidas de todos os domingos.

Cá por baixo na classificação, quantas vezes os últimos são os primeiros, se a Bíblia nos ensina alguma coisa, há que domingo a domingo lutar para vencer no fenómeno desportivo repleto de surpresas, por onde não há vencedores por encomenda.

O Corticeiro de Cima, deste modo com zero pontos nas 6 derrotas da jornada, tem como companhia o Figueiró do Campo, numa cauda respeitadora dos valores éticos desportivos, glorificando o sentido olímpico de todas as modalidades potenciadas no caracter dos seus praticantes...

Calendário - Classificação - Resultados Divisão de Honra da AFC






A nuvem e o sol

 

Veio uma nuvem e tapou o sol,

Pedi-lhe com jeito para se arredar...

que o dia ficou como um lençol,

a nuvem teimosa pôs-se a chorar...

 

Falei-lhe das crianças e das flores,

mostrei-lhe que o sol as aquecia,

pedi-lhe que fosse mais a diante...

mas a nuvem teimosa não me ouvia!

 

Foi mulher ou nuvem, não sei dizer,

como chuva corria pela tarde,

acossada, batida pelo vento...

 

a terra fez-se branda para a acolher,

e num gesto meigo, sem alarde,

tragou agradada o sofrimento.


O LONGO CAMINHO DA VIDA! 

O grande palco

Da vida

Ensina-nos o trilhar

Do caminho,

Com tristezas,

Com alegrias...

Viver o dia a dia

Sem pensar no futuro,

Pois o importante

É viver o presente.

O amanhã

É incerto...

É

Preciso saber viver

E quanto mais se vive

Mais se aprende!!

Aprende-se a dialogar

Aprende-se a perdoar

Aprende-se a escutar

Aprende-se a querer

Enfim,

Aprende-se...

E tu

Já aprendes-te tudo?

Pára um pouco

Para pensar e aprende...

Já editado em livro de poesia - SOBRE UM OLHAR -

 

Agora que o sol poente

é tão real,

só o frio da noite virá estender

seu manto sobre mim…

E o brilho das estrelas

e o luar sereno

serão sinal de esperança,

iluminando o caminho

que falta percorrer…

Quando nascer o sol

da madrugada,

será de novo dia em mim

renascerá a esperança,

findando a longa espera.

Agora que o ano de 2021 está a terminar, é hora de fazer um balanço e projetar em 2022 os maiores desejos.

Concedem-nos 12, não é verdade?!

1. Desejo que a saúde melhore no nosso concelho. Que haja acessibilidade semelhante aos cuidados de saúde para todos os Montemorenses. Que se possa fazer prevenção da doença, promoção da saúde, mas assim mesmo muito a sério. De forma tão séria que se reflita nos marcadores e indicadores de saúde. Desejo que o Conselho Municipal da Saúde não seja só um nome, mas sim um projeto sólido e que cause impacto.

2. Desejo que as crianças tenham orgulho em crescer Montemorenses. Que sintam que o Município olha para elas com respeito e igualdade. Que os parques infantis sejam atrativos e seguros, que sejam reflexo de um dos muitos esforços para termos crianças felizes. Que o mega Agrupamento de Escolas seja um espaço protetor, com as todas as oportunidades possíveis e ainda não sonhadas.

3. Desejo que os idosos tenham o seu espaço, sejam valorizados e nunca esquecidos. Que se aposte em projetos que visam proteger os idosos, desde vários pontos de vista: bio-psico-social. Que não sejam objeto de distração para problemas familiares graves. Que não passem fome. Que tenham acesso à medicação e apoios sociais céleres e que respondam às necessidades reais.

4. Desejo que os comerciantes deste Concelho sejam apoiados verdadeiramente, no dia a dia das suas dificuldades. Não apenas quando vem uma tempestade ou quando está cá a televisão. Que sintam que o seu negócio prospera porque está instalado em Montemor. Que é uma aposta ganha!

5. Desejo que a Piscina Municipal abra…. A funcionar na sua plenitude!

6. Desejo que as obras camarárias sejam pensadas e projetadas com pés e cabeça, por profissionais e não por opinadores. Que essas obras sejam bonitas e respeitem o erário público. Que sejam sempre uma mais-valia para os Montemorenses e para os que aqui passam, já seja em trabalho ou em lazer.

7. Desejo que a água seja acessível a todos, ao final do mês. Que se acabem as roturas. Que se acabem os dias em que a água sai castanha e cheia de areia. Que a água seja agradável para beber. Desejo que se encontre a melhor maneira para acabar de uma vez por todas com uma ideia que nunca devia ter ido para a frente: a privatização das águas pela empresa ABMG.

8. Desejo que o nosso Concelho seja seguro. Que não caia nas rotas da delinquência, de vícios e maus-tratos. Que seja um Concelho onde todos se respeitam, quer gostem mais quer gostem menos. Que seja um Concelho onde as crianças ainda possam jogar à bola no bairro, sem medos para além de joelhos esfolados.

9. Desejo que as acessibilidades dentro do nosso concelho e para aceder ao nosso concelho melhorem. Que não se fique por alcatroar mais umas estradas. Que haja a ambição necessária para aproximar margens, para facilitar o acesso dos lugares mais distantes aos centros, para facilitar a passagem de quem por cá passa.

10. Desejo que o Rio Mondego cresça, que seja valorizado. Usar sem abusar, mas aproveitar uma das maiores riquezas do nosso concelho. Que este ano seja, finalmente, o ano em que nos vemos livres dos jacintos!

11. Desejo que o turismo dentro do nosso concelho seja uma aposta de todos nós. Que se criem as condições necessárias para um turismo sustentável, sem depender do Citemor ou do Castelo Mágico. Que seja um turismo forte, que passe por todas as aldeias e lugares que têm património (cultural, arquitetónico, social, ambiental, gastronómico…) e não se centre apenas no Castelo.

12. Este desejo fica ao critério de cada leitor da Barcaça! O que é que cada um de vós deseja para o nosso Concelho, neste ano 2022?!

2022

Com o aproximar do final do ano, encerra-se mais um capítulo das nossas vidas e damos início a um novo ciclo.

2022 será um ano com algumas mudanças políticas e económicas.

Desde logo iremos começar o novo ano com as eleições legislativas. Eleições essas que irão ditar os novos rumos e diretrizes que Portugal irá seguir nos próximos tempos.

Estas eleições têm uma particular importância não só pelo momento que o país atravessa como também pelo extremar de posições que, nos últimos tempos, cada vez mais se fazem sentir. De certeza que iremos ter uma nova configuração do espetro político nacional e isso terá bastante influência no futuro do país e no nosso dia-a-dia.

Outra questão não menos importante e que também terá um grande impacto em toda a economia portuguesa será a forma como a nossa economia conseguirá recuperar destes dois anos de pandemia, mas também a forma como os fundos comunitários da famosa “bazuca” serão aplicados.

Por outro lado, iremos entrar num novo ciclo autárquico. Depois das últimas eleições decorridas em setembro deste ano, vamos começar a verificar as estratégias e investimentos que os novos executivos camarários decidiram para os próximos tempos. No caso do concelho de Montemor-o-Velho iremos acompanhar e analisar a forma como o presidente da câmara irá enfrentar os próximos quatros anos. Será o último mandato enquanto presidente de câmara por isso será interessante perceber quais são as prioridades que irá definir para conseguir deixar a sua marca no concelho.

Por último, e não menos importante que os outros pontos referidos será a questão do Covid. Será que finalmente iremos voltar à normalidade do nosso dia-a-dia sem restrições e constrangimentos, ou será que iremos continuar com sucessivos avanços e recuos que aumentam ainda mais a incerteza dos nossos dias?

Ou seja, por isto tudo e muitas outras questões que iremos assinalar relativamente ao nosso concelho podemos concluir que iremos ter um ano repleto de muitas noticias e informações que iremos acompanhar atentamente.

Até lá espero que aproveitem estes últimos dias de 2021 seja em família ou com amigos.

Boas entradas e bom ano para todos!

Boas Festas!




·        Com realização de Sérgio Tréfaut, “Raiva” é um filme a preto e branco que adapta ao grande ecrã a obra “Seara de Vento” (1958), de Manuel da Fonseca, um clássico do neorrealismo português sobre a pobreza, a opressão e as injustiças sociais que se inspirou num evento verídico acontecido em Beja, em 1930.

·         "Seara de Vento" de Manuel da Fonseca -, publicado em 1958 e banido pelo regime salazarista até 1974) 


Entrevista com Ezequiel Sousa - Figurante no filme a RAIVA





Artigo 10.º

Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

Francisco " Paco " Ibáñez (nascido em 20 de novembro de 1934 em Valência ) é um cantor e músico espanhol

Letra da música

Las tierras, las tierras, las tierras de España
las grandes, la sola desierta llanura
galopa caballo cuatralbo, jinete del pueblo
que la tierra es tuya

Um galopar, um galopar, hasta enterrarlos en el mar (bis)

A corazón, suenan, suenan, resuenan
las tierras de España en las herraduras
galopa caballo cuatralbo, jinete del pueblo
que la tierra es tuya

Um galopar, um galopar, hasta enterrarlos en el mar (bis)

Nadie, nadie, nadie, que enfrente no hay nadie
que es nadie la muerte si va en tu montura
galopa caballo cuatralbo, jinete del pueblo
que la tierra es tuya

Um galopar, um galopar, hasta enterrarlos en el mar (bis)


William Kamkwamba nasceu no Malawi, onde vivia na mais absoluta pobreza e, aos 13 anos, teve de abandonar a escola por falta de meios. Mas isso não refreou o seu otimismo nem a sua vontade de aprender e, graças a uma biblioteca escolar, continuou a acompanhar as matérias escolares. Um dia descobriu um livro que mudaria por completo a sua vida e que explicava o funcionamento dos moinhos de vento. Utilizando materiais improvisados, muitas vezes recolhidos em sucatas, William conseguiu montar dois moinhos de vento e, assim, fornecer energia elétrica e água à sua pequena comunidade. O seu feito tornou-se notícia em todo o mundo e é contado neste livro cativante, que retrata os problemas que afligem o continente africano e sugere que as melhores soluções não partem necessariamente da ajuda dos países ricos.

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