Não podemos ficar alheios
ao Mundo que nos rodeia, abertura de telejornais seja nacionais ou internacionais,
em todos as alterações climatéricas estão na ordem do dia e para flagelo das
populações o FOGO está aí como se fosse novidade, mas todos os anos por esta
altura estamos a falar das mesmas coisas.
Mas como estamos no
defeso do futebol, os comentadores (grandes) técnicos na arte do “comentarismo”,
reformulam-se e viram com rapidez para (doutorados) nas técnicas do Fogo. Mas
ali e acolá, saem do baú políticos que na sua governação fizeram o mesmo dos
que estão lá agora, mas hoje com seu olhar amadurecido da travessia do deserto
arregaçam as mangas e blá…blá…blá.
Com alguns rasgos antes
de irem de férias, na sua redoma como intocáveis do sistema e dos que sofreram
na pele o maior aumento dado pelo Costa, abrem as gavetas 2020 e encontram
(golas) que quase levavam à demissão do ministro da altura não estivesse
agarrado como lapa.
Mas a sorte vira, Costa mais uma vez, que estava a ser bombardeado com Golas, ANEPC, aviões surge um acidente que a todos nós entristece e com a morte não se brinca.
Mas lá fora, os fogos não dão tréguas, de norte a sul não escolhem estrato social e levam tudo adiante deixando no ar nuvens escuras e no horizonte a terra queimada. Dou o louvor aos Bombeiros/Populações os únicos heróis uns pelo seu sacrificio pelo bem comum e o outro em atos de desespero que à baldada tentam salvar uma vida de trabalho.
Fazem-se estudos e mais
estudos, há neste momento universidades portuguesas a desenvolverem trabalhos
muito meritórios, mas que o Governo prefere abrir comissões, estudos… andamos
nisto há demasiado tempo.
Não dando conta do recado, ainda nesta mistura explosiva, temos o caso do NOVOBANCO que para receber dinheiros do estado (contribuinte) está de mãos abertas, mas para dar explicações, diz não ser empresa do estado. Já a TAP vai cair de madura, esta técnica de desvalorizar uma empresa do estado para ser vendida ao desbarato já vimos este filme demasiadas vezes. O caso dos Banqueiros encontraram agora depois de morto 9,2 milhões em contas na Suiça do Rendeiro, mas do Salgado nada. Já a Operação Marquês vai e vem e os mais de dez anos ainda andamos a falar de sorteios.
Comboios, lançaram
novas carruagens que estavam a aguardar a licença de circulação, mas como o seu
ministro meteu os pés e não se demitiu nem se fala.
Nas nossas leituras na
Barcaça, os nossos colaboradores vão descrever a seu modo os casos do mês,
misturamos poesia, literatura e música.
Boas leituras.
(TOPSECRET)
1.
Candidatura a Apoio para Actividade Regular
2.
Candidatura a
Apoio para Actividades Pontuais
3.
Candidatura a
Apoio para Aquisição de Bens
4.
Candidatura a
Apoio para Deslocações
5.
Candidatura a
Apoio para Edição
6.
Candidatura a
Apoio para Eventos Desportivos
7.
Candidatura a
Apoio para Obras
8.
Candidatura a
Cedência de Transporte
9.
Candidatura a
Programa de Desenvolvimento Desportivo e Competição Amadora
10.
Candidatura de
Cedência de Palcos e Bancadas
11.
Logótipo do
Município - para download
12.
Normas de
Cedência de Palcos e Bancadas Pertencentes à Câmara Municipal da Figueira da Foz
Dos 14 item escolhidos
dentro da (CMFF) Câmara Municipal da Figueira da Foz vamos então abrir cada um
deles e tentar explicar.
1º Neste ponto, vamos
percorrer (3) documentos que todas as colectividades devem preencher. Falamos
da “Candidatura a Apoio para Actividade Regular.
2º Já neste ponto
estamos aa falar Apoio para Actividades Pontuais.
Para o seguinte item só é necessário
abrir o ficheiro preencher os dados pedidos e o seu objetivo e remeter para os
serviços competentes da CMFF.
Devem sempre consultar
o Regulamento Municipal do Apoio ao Associativismo que deixo aqui para
consulta:
Para ver o documento clik aqui:
Não menos importante o documento
Que pode ser consultado
aqui:
Ainda podem ser
consultados os documentos abaixo citados para obter mais informação:
·
Candidatura a Apoio para Eventos Desportivos
· Candidatura a Programa de Desenvolvimento Desportivo e Competição Amadora
Se dissesse que a
procura o preenchimento é algo natural e fácil, direi que para muitos sim, mas
atendendo a muitas colectividades que desenvolvem um trabalho em prol da comunidade
e que não têm apetência para novas tecnologias e dominar o Office direi então
que é aqui que entra a Junta de Freguesia, Associação das Colectividades na
ajuda aos seus Fregueses e sócios. E pela informação que obtive está ser feita, desde que solicitada.
- Legislação –atletas de alta competição
- –Decreto Lei nº 272/2009
–Consultar
LEGISLAÇÃO–ATLETAS DE ALTA COMPETIÇÃO
Decreto-Lei n.o 123/96 de 10 de agosto
A Lei n.o 1/90, de 13 de janeiro, Lei de Bases do Sistema Desportivo, reconhece, no seu artigo 15.o, a importância do desporto de alta competição como paradigma da actividade desportiva.
Em abril de 2019, a Constituição passou a abranger um maior leque de beneficiários do sistema de apoios a Estudantes-Atletas. Até essa data, somente os atletas de alto rendimento ou aqueles que integravam com frequência seleções nacionais usufruíam dos privilégios. Desde então, o decreto-lei beneficia também aqueles que se identificam com a definição de Estudante-Atleta. Mas em que consiste exatamente essa definição?
O
estatuto de Estudante-Atleta
O estatuto de
Estudante-Atleta abrange:
§ atletas de alto rendimento;
§ atletas que integrem com regularidade seleções nacionais;
§ desportistas que pratiquem em regime de sistema federado;
§ atletas do desporto escolar e que pretendam dar continuidade à prática do
mesmo no Ensino Superior;
§ representantes da instituição de Ensino Superior nas competições de
desporto universitário.
Assim, a condição de Estudante-Atleta enunciada pelo decreto-lei vem estabelecer um apoio legalizado e regulamentado aos discentes desportistas. Ainda que não pretenda interferir no quadro de autonomia pelo qual as instituições de ensino superior e associações de estudantes se regem, o decreto-lei uniformiza os direitos mínimos dos quais os Estudantes-Atletas deverão usufruir.
Os
direitos do Estudante-Atleta
Objetivando
promover uma maior facilidade aos atletas para conciliarem estudos, treinos e
competições (universitárias e federadas), foi estabelecida uma série de
direitos mínimos concedidos àqueles que preencherem os requisitos de
Estudante-Atleta. Alguns destes direitos incluem a relevação de faltas,
prioridade na escolha de horários, alteração de datas de avaliações e, ainda,
realização de exames em época especial.
Os
deveres do Estudante-Atleta
No Regulamento do Estatuto de Estudante-Atleta da Universidade do Porto, vêm enumerados alguns deveres que os desportistas deverão honrar, tais como a promoção de prática desportiva de forma exemplar, a defesa do bom-nome e valores da instituição e, ainda, o cumprimento do plano de treinos estipulado.
O Estatuto de
Estudante-Atleta pretende estimular o envolvimento dos estudantes em atividades
desportistas e fomentar a prática de desporto universitário. Mais ainda,
compromete-se a enaltecer a importância da atividade física para uma boa
formação dos estudantes, visando o estabelecimento de hábitos saudáveis.
UNIDADES DE
APOIO AO ALTO RENDIMENTO NA ESCOLA: O QUE SÃO?
O Decreto-Lei n.º
272/2009, de 1 de outubro, assim como o Decreto-Lei n.º 45/2013, de 5 de
abril, reúnem um conjunto de medidas de apoio aos alunos em regime
de alto rendimento ou integrados em seleções nacionais. Para garantir que a lei
é cumprida com rigor e efetividade e que os alunos e atletas de alta competição
possam ter um equilíbrio nas suas vidas, surgiu, em 2016, o Projeto-piloto
UAARE – Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE).
Afinal
ser atleta de alta competição implica, muitas vezes:
- Dias de
trabalho de 10 horas, entre a escola e o desporto;
- Treino
intensivo, que pode ocorrer duas a três vezes por dia;
- Transições
no percurso de carreira e de vida;
- Competições
e estágios, a nível nacional e internacional;
- Ausências
à escola;
- Exigências
da vida familiar e social.
A
UAARE vem dar uma grande ajuda. Trata-se de “uma estrutura
técnico-pedagógica, criada no âmbito da Direção Geral de Educação, facilitadora
entre o rendimento desportivo e o sucesso escolar, em Escolas onde existam
alunos (nível secundário) que sejam simultaneamente atletas provenientes dos
Centros de Alto Rendimento Desportivo e ou de Federações, Associações ou
Clubes.” Em suma, o seu objetivo e os dos elementos envolvidos é a conciliação
da atividade escolar com a prática desportiva, com sucesso.
O modelo das UAARE foi inspirado no Gabinete de Apoio ao
Alto Rendimento (GAAR) de Montemor-o-Velho, que existe desde 2009 e que tem
nota positiva. Por lá passaram vários campeões nacionais, que conquistaram
medalhas internacionais e com uma taxa de sucesso escolar acima dos 90%.
No
ano letivo 2016/17, o Projeto-piloto UAARE foi implementado na E.S.Amélia Rey
Colaço – Lisboa; E.S. de Rio Maior – Rio Maior; E. S. de Fontes Pereira de Melo
– Porto e E.S. de Montemor-o-Velho, até alcançar as 16 escolas e os 400 alunos
no ano letivo transato.
Como é organizada uma UAARE?
As
UAARE são compostas por equipas pedagógicas UAARE que têm como objetivo
“desenhar, implementar e acompanhar o processo pedagógico e de apoio
psicológico para cada um dos alunos envolvidos, tendo em consideração as suas
particulares necessidades (ensino diferenciado).”
Professor acompanhante
Cada
aluno/atleta de alta competição terá um professor acompanhante que se irá
encarregar de:
- Gerir os
percursos individuais de aprendizagem, com o feedback de
outros professores e tendo em conta a avaliação contínua;
- Articular
com todos os intervenientes (encarregados de educação, treinadores,
federações, professores curriculares e professores de apoio UAARE) e o
coordenador nacional;
- Organizar
e propor aulas de apoio para compensar as ausências ou as necessidades de
estudo dos alunos.
Sala de Estudo Aprender +
Em
cada UAARE existe um local que apoia os alunos numa aprendizagem personalizada
e diferenciada, através da prática colaborativa e reflexiva entre professores e
cujas ações são guiadas por percursos individuais de aprendizagem, recorrendo a
apoio personalizado, apoio a distância e ensino a distância.
Psicólogo Escolar
Para
potenciar o equilíbrio este a escola e o desporto, a existência
de um psicólogo é fundamental para permitir:
- Gestão
emocional, desenvolvimento de estratégias de coping, motivação,
auto-conhecimento, auto-confiança, auto-eficácia, e gestão de tempo;
- Desenvolvimento
vocacional e de carreira, orientada para o futuro;
- Desenvolvimento
de ambientes de aprendizagem positivos, bem-estar pessoal e relações entre
professores, família e treinadores.
Até
ao momento, o projeto que levou à criação das UAARE tem sido um sucesso, com um
desempenho académico de 92,1%, na maioria dos anos acima da média nacional e
uma taxa de abandono de 3,51%.
Para quem?
Podem
integrar as UAARE os alunos que integrem a prática desportiva inserida no
desporto de rendimento, “que corresponde à evidência de talentos e de vocações
de mérito desportivo excecional, aferindo-se os resultados desportivos por
padrões internacionais, sendo a respetiva carreira orientada para o êxito na
ordem desportiva internacional”.
OUTROS APOIOS EXISTENTES PARA
OS ALUNOS E ATLETAS DE ALTA COMPETIÇÃO
A
lei que sustenta a prática desportiva de alta competição refere ainda outros
apoios além da criação das UAARE, nomeadamente:
- Bolsas de
alta competição;
- A
possibilidade de frequentar de forma prioritária infraestruturas
desportivas, como centros de estágio, e a isenção no pagamento de
quaisquer taxas de utilização de instalações desportivas de propriedade
pública;
- Centros
especiais de apoio, que disponibilizem condições adequadas de preparação e
apoio especializado aos praticantes em regime de alta competição;
- Prémios aos praticantes que alcancem resultados desportivos de
excelência, tendo em conta a especificidade de cada modalidade.
IMPORTÂNCIA DO DESPORTO NO
DESENVOLVIMENTO INFANTIL E JOVEM
O
exercício físico quando praticado de forma metódica, seja individualmente ou em
grupo, com fins de competição, recreação ou terapia, revela-se como altamente
positivo para o desenvolvimento das crianças e jovens.
É
certo que nem todos precisam de ser atletas de alta competição, seja por
perfil, seja por opção. Todavia, os benefícios são inegáveis.
1. Desenvolve a autoestima
O espírito de equipa, a alegria das conquistas, o apoio nas
derrota, entre outros. Sentimentos e situação que ajudam a desenvolver a autoconfiança e a
aprendizagem sobre si próprio e sobre as características e qualidades de cada
indivíduo.
O espírito de equipa, a alegria das conquistas, o apoio nas
derrota, entre outros. Sentimentos e situação que ajudam a desenvolver a autoconfiança e a
aprendizagem sobre si próprio e sobre as características e qualidades de cada
indivíduo.
2. Estimula a capacidade de liderança
Embora os desportos coletivos exijam um esforço em equipa, todas
as crianças aprendem sobre liderança,
sobre a responsabilidade de reconhecerem os diferentes papéis que ajudam a
compor uma equipa.
Embora os desportos coletivos exijam um esforço em equipa, todas
as crianças aprendem sobre liderança,
sobre a responsabilidade de reconhecerem os diferentes papéis que ajudam a
compor uma equipa.
3. Potencia o trabalho em equipa
Trabalhar em
equipa é uma capacidade que as crianças e jovens guardarão para
sempre e que os irá beneficiar em diferentes etapas e momentos da vida.
Trabalhar em
equipa é uma capacidade que as crianças e jovens guardarão para
sempre e que os irá beneficiar em diferentes etapas e momentos da vida.
4. Permite criar relacionamentos mais fortes
Por causa do aspeto social dos desportos em grupo, as crianças
aprendem a comportar-se melhor em situações sociais, já que desenvolvem um
sentido de camaradagem e comunidade, permitindo-lhes manter e alimentar
relacionamentos mais fortes.
Por causa do aspeto social dos desportos em grupo, as crianças
aprendem a comportar-se melhor em situações sociais, já que desenvolvem um
sentido de camaradagem e comunidade, permitindo-lhes manter e alimentar
relacionamentos mais fortes.
5. Facilita as capacidades de comunicação
Trabalhar em equipa significa saber expressar-se e fazer-se
compreender e compreender os demais.
Trabalhar em equipa significa saber expressar-se e fazer-se
compreender e compreender os demais.
6. Ensina a gerir o tempo
Para muitos, o desporto é um prazer ao contrário de outras
atividades da vida. Pelo que é também através da prática desportiva que as
crianças e jovens aprendem sobre a gestão de tempo e disciplina.
Para muitos, o desporto é um prazer ao contrário de outras
atividades da vida. Pelo que é também através da prática desportiva que as
crianças e jovens aprendem sobre a gestão de tempo e disciplina.
Túmulo de Diogo de Azambuja
O túmulo de Diogo de Azambuja, ex-libris da igreja conventual de Nossa Senhora dos Anjos, é um hino ao herói de São Jorge da Mina e ao gosto estético do século XVI.
A arcada
tumular situa-se na parede do Evangelho da capela-mor no local primitivo e não
é mais que o aproveitamento dos elementos renascentistas e vandalizados em
tempo indeterminado nas reformas do altar-mor. A arca foi mudada para o ângulo
esquerdo do topo da capela, entaipado por um retábulo de madeira obsoleto ali
colocado no século XVIII e revestimento das paredes por azulejos de fabrico
coimbrão.
Em
1935, procede-se ao desmantelamento do retábulo de madeira e à mudança da arca
tumular para o sítio onde se encontra atualmente.
O arcossólio constitui-se de arcos policêntricos a cruzarem-se entre dois contrafortes e abriga a estátua jacente e a arca tumular, uma estrutura gótica decorada ao gosto manuelino.
Sob
o arco cogulhado está a sepultura jacente de Diogo de Azambuja, vestido com
armadura e saio de malha. As mãos orantes e cabeça inclinada, os cabelos longos
e ondulantes cobertos com gorro de abas levantadas repousam em duas almofadas
de gosto amouriscado. O rosto denota expressão vincada, os olhos cerram-se, as
rugas são profundas conforme tradição comum do imaginário manuelino. Aos pés
uma terna e serena figura de jovem, provavelmente pajem obediente e implorante.
A
face da arca é preenchida com uma cena do trabalho do ouro na região da Mina,
uma cena ladeada por dois escudos esquartelados com as bandas e castelos (armas
de Diogo de Azambuja). A cena de trabalho do ouro apresenta figuras de negros
em relevo entre folhagens de cardos, ocupando-se na manipulação dos lingotes e
pesagem do vil metal.
É
frequente atribuir-se a feitura da arca tumular de Diogo de Azambuja ao
imaginário conimbricense, Diogo Pires o Moço, um artista/imaginário com vasta
obra na região do Mondego e mosteiro de Leça do Bailio.
Fonte:
GÓIS, Correia, Convento de Nossa Senhora dos Anjos (1494-1834),
Montemor-o-Velho, 2007.
Estiquem a corda, desportivamente...
Se outra profissão gostaria de ter feito carreira, para além da única verdadeira dos cabelos e das barbas, mais adiante o aliciante trabalho ao tratar da beleza das jovens e menos jovens, mas sempre mulheres com as suas inquietações no seu envelhecimento, teria sido a minha envolvência no jornalismo profissionalizado, denunciador de todas as hipocrisias e injustiças, correndo o risco de perseguições e desemprego, mas um jornalista capaz de suportar pela verdade dos factos, a graxa dos lambe-botas, coagidos a jantares e vinhos de marca registada.
Perdi aquele sonho e esse estatuto,
quando percebi por volta de 1959/60, do século passado no velhinho Campo das
Lages, (já na Figueira da Foz), colaborando no Figueira Spor, jornal
desportivo, as jovens raparigas nas suas gritarias nos jogos disputados naquele
velhinho pelado, não viram em mim outra figura que não fosse o Repórter Mabor,
da Barca, sem futuro e rodeado de todas as inocências.
Como sempre defendi o Ser em vez do
parecer, assumi-me sem complexos, a partir da minha experiência que devia
cuidar do meu amadorismo, percorrendo depois o meu voluntariado sem presas em
alcançar a glória do verdadeiro jornalista dos tais intocáveis, sabe o
diabo se tem coragem para pegar um rato morto pelo rabo?
E é por isto, que vos peço que não
estiquem a corda, porque aqueles que dão o que têm a mais não são
obrigados…
De modo consciente e para finalizar este
meu sentido de vivências pelas palavras escritas, se não fui um jornalista profissionalizado, apesar
do saudoso Santiago Pinto, esse sim jornalista e poeta, credenciando-se como
encartado no Correio da Figueira, acabei por assumir sempre, desde o batismo
das jovens moças no Campo das Lages, o Repórter Mabor, dos caminhos por Terras
de Montemor, metendo o nariz pelas ruas das cidades, atento e solidário no meu
orgulho construído na humidade do meu amadorismo. Já o falecido Emidio dos
Santos, em Montemor me avisou com a sua experiência.
Nunca vás á missa com o fato emprestado,
facilmente percebem que não está á medida do teu corpo, assim me governei
com a pouca roupa das minhas origens tão nobres como modestas.
O bezerro das Lapas
Os caminhos de carros de bois que
atravessavam, e atravessam, as Lapas, zona entre Tentúgal, Ribeira dos Moinhos
e Morraçã, tinham má fama para viagens noturnas.
Também havia quem afirmasse que de noite
se viam animais estranhos por lá a fazer barulho e até alguns disparates.
O meu tio- avô Zé Faria, cesteiro
de profissão, foi um dia fazer " poceiros " p'rós lados das Meãs e no
regresso a casa já vinha animado, com um copito a mais e ao chegar ao barrocão das
“Lapas " parecia que estava a ver um vulto pendurado no ar e que a certa
altura lhe diz :
- Caio?
- Cai p'rós infernos. diz-lhe
ele.
Nisto ouviu como que uma coisa que
cai e um grito medonho dizendo:
-Tiveste sorte. Se dissesses que caísse
p'rai, era o que eu faria e levava-te comigo.
Acelerou o ti Zé o passo e jurou
que tão depressa por ali não iria passar.
Diziam que lá está uma gruta que
vai dar ao inferno.
Ele há coisas do diabo...
"Candeia que vai à frente, alumia duas vezes."
O Livro Grande
Seriam umas dez horas da manhã. O sol
algarvio brilhava forte sobre o mar azul na praia de Armação de Pêra.
Sobranceiro à arriba um varandim metálico em toda a extensão do jardim actua
como miradouro daquele mar grande e lindo. Eu também fui até lá. Antes, porém,
pousei os meus pertences num banco ali ao lado onde uns casais de jovens
ingleses conversavam animados. Em baixo um barco aproximou-se da praia,
ouviu-se a campainha a avisar do passeio às grutas, e alguns banhistas na água
funda subiram aos baldões para aquela casca de noz que baloiçava a valer
elevada pela rebentação. Ouviam-se pequenos gritos terminados em rizadas e após
todos estarem acomodados, o responsável ligou o motor e o barco estabilizou, e
de seguida em boa velocidade e direitinho seguiu seu rumo. Desviei o olhar para
terra e reparei que uma senhora já idosa se encaminhava para o banco.
Aproximei-me de imediato para libertar o espaço ocupado pelas minhas coisas
para que ela se pudesse sentar.
A senhora ainda me perguntou se eu
queria o lugar no banco, respondi que não que ficasse á vontade, e sobraçando o
que era meu voltei para o varandim. Mas daí a pouco o casal inglês levantou-se
e foram embora.
Então caminhei em direção à senhora que
sentada me olhava, e sorrindo como é meu hábito disse-lhe em ar de brincadeira:
- agora já quero o banco! - E sentei-me ao seu lado.
Ela retribuiu-me o sorriso ao mesmo
tempo que me dizia:
- Mas que grande livro!!!
- Animada respondi: - é verdade, é
gordinho! Tem 550 páginas.
Sabe, foi a prenda da minha filha pelo
meu aniversário na passada semana. Ela até me disse que era mesmo bom para os
dias de férias, porque tinha muito para eu ler.
E continuei:
- Eu gosto muito de ler, e gosto deste
escritor, tenho vários livros dele.
É o Ken Follett.
Também conhece?
Um misto de asco e repulsa transpareceu
na sua voz ao responder-me:
- Eu não! Não conheço!
- Não gosto de livros nem de escritores!
- Só gosto de jornais e revistas porque
dizem coisas verdades.
Agora os escritores?! É tudo a fingir.
Só dizem mentiras!
Fez uma breve pausa para logo continuar:
- Mentirosos, inventam, e ganham a vida
assim. Ah, mas comigo não!
Eu aturdida não respondi nada, ela
julgava-se tão certa, infelizmente para ela.
Depois, ainda pensei argumentar, tentar despertá-la,
mas preferi mudar de assunto e falar do clima agradável característico daquela
província algarvia, e aí sim, as minhas palavras encontraram eco, da parte
daquela senhora que não gostava de escritores.
Pouco depois ela olhou o relógio e
levantou-se, despediu-se de mim com simpatia e caminhando devagar atravessou o
jardim em direção à avenida. Eu continuei ali e por momentos não pude deixar de
sentir uma certa pena, por aquela senhora não conseguir ver a beleza que os
livros encerram e a leitura transmite.
Mas a cada qual seus gostos e opções.
E a minha foi abrir o livro, e alheia a
tudo ao meu redor embrenhar-me na leitura que tinha iniciado na véspera e me
havia deliciado.
Quando me levantei para regressar lembrei-me de novo da senhora, mas para
formular este meu voto sincero:
- Que aos escritores não lhes falte nunca a imaginação, para que, com a sua arte continuem "a mentir-nos" se possível eternamente!
HOJE
Hoje, na minha estante predileta,
olhei de novo
aquela tua moldura nossa,
onde sempre sinto o calor do teu rosto,
naquela foto (sabes qual é?
ainda a recordas?)
e soou em mim
a voz que ainda dela emana,
o cheiro a ternura
do teu doce olhar…
Vi-te sorrir como outrora,
apesar desse ar sério
que o tempo compôs…
Vi o brilho húmido e sedutor
(sempre sedutor!)
do teu olhar…
Olhei de novo
sem nostalgia,
vencida a barreira da distância…
Olhei atenta e repetidamente:
a magia do teu rosto
mantém-se intacta …
A ARTE DE COMUNICAR
Com palavras ou sem palavras…
A arte de comunicar
Me leva a pensar que
a palavra faz falta,
como uma pauta para dar beleza ao som!
Pode a forma da linguagem ser um olhar de passagem
que se traduz num tanto querer dizer….
Ah…o sussurrar da fala
enquanto minha voz cala
neste silêncio que acalma
me diz “aquieta a tua voz”
e recolhida, a sós, escuta o som da tua alma!
SOLDADO DA PAZ
(Poema de 2017)
Labaredas assassinas e impiedosas,
Lágrimas, dor, morte e negra aflição,
O verde a desaparecer e a ser carvão.
Escuridão, fumegante, triste e lúgubre,
Como está o nosso coração…
Lágrimas de dor imensa e comoção!
A floresta verde que alberga tanta vida,
Está a morrer em assassina combustão.
Dói muito ver a beleza verdejante ferida,
Que ao morrer nos trespassa o coração…
Labaredas impiedosas, virulentas!
Matam gente e o bucólico pulmão da vida,
O verde, o nosso verde a desaparecer,
Abre-se dentro de nós enorme ferida…
É tanta a dor que sinto dentro de mim…
Por ver desaparecer o verde da floresta.
Sobe-me á garganta um grito lancinante
Tão cortante… De alma ferida… E a gente
que pereceu? E a gente que pereceu?
Esta vida tem às vezes labaredas e é sofrida!...
Oh! Soldado da paz com pombas brancas na mão.
Oh! Soldado da paz que para salvar morres no fogo.
Oh! Homem de coragem… tão cheio de coração.
Oh! Soldado que de paz e de amor és feito.
Oh bombeiro assim… deste jeito, conforme sou capaz,
Sente como te respeito! Sente como sei que és feito
… De Luz E Amor… Soldado Da Paz!...
A floresta que não ganha eleições
Mais uma vez voltamos a falar desta maioria socialista que cada vez mais nos encaminha para um novo pântano.
Com mais de seis anos enquanto primeiro-ministro de Portugal, e mais uns quantos enquanto membro de governos anteriores, que António Costa não quer saber da reforma florestal que o país anseia.
No entanto, é irónico que, ano após ano, quando chegamos a esta altura todos fiquem surpresos e espantados com os grandes incêndios que consomem hectares e hectares de floresta. Que vejamos bombeiros cansados, desgastados e impotentes perante tantos fogos. Que milhares e milhares de portugueses fiquem sem as suas terras, as suas casas e os seus bens sem terem culpa nenhuma sobre o sucedido.
Ou seja ano após ano, António Costa, continua a assobiar para o lado e a encolher os ombros. Como se fosse não tivesse nas suas mãos a mudança necessária para evitar estas situações.
De uma vez por todas é necessário que os portugueses digam: Basta!
Este não é o caminho que o país precisa.
Precisamos sim que se comece a fazer uma preparação adequada de prevenção da floresta portuguesa.
Precisamos sim de começar a equipar e premiar os bombeiros portugueses com as devidas condições.
Precisamos sim que se faça um levantamento e uma responsabilização de todos os proprietários dos terrenos florestais do país.
Precisamos sim que as autoridades responsáveis façam o trabalho que lhe compete.
Ou seja, precisamos que o nosso primeiro-ministro se deixe de desculpas e faça aquilo que lhe compete. Aquilo para que foi mandatado pelos portugueses.
Se não António Costa será recordado como o primeiro-ministro que nada fez pela floresta portuguesa e pela proteção dos portugueses.
Será recordado como o primeiro-ministro que teve mais área ardida no país.
Será recordado como o primeiro-ministro que mais mortes teve relacionadas com os incêndios.
Será recordado como o primeiro-ministro que não se preocupou com a adequada aplicação dos fundos que deveriam ter sido aplicados no realojamento das vítimas.
Será recordado como o primeiro-ministro que mais se esteve a borrifar para a vida dos portugueses.
A seu tempo veremos se António Costa continuará a ser aquilo que foi até agora ou se, pelo menos uma vez na vida, fará aquilo que é necessário em vez de fazer aquilo que é popular.
Portugal continua a arder…!
Só há três razões para que Portugal continue a arder: a primeira porque o negócio compensa e o lobing do fogo é fortíssimo; a segunda porque não passamos de um país de voluntários disfarçados; e a terceira porque Portugal é o país com a menor área de território público em toda a Europa!
Ou seja, quando só para alugueres de
aeronaves de combate a incêndios são pagos mais de 50 milhões de euros por ano;
outros tantos ou mais milhões em reagentes, consumíveis, fardamentos
policromáticos e refletores (para autarcas e outros políticos que por instantes
se imaginam generais); viaturas ligeiras e pesadas de toda a gama; sistema de
comunicações financiado pelo erário público (SIRESP) mas leiloado anualmente
entre as empresas operadores de telecomunicações; especialistas, comandantes,
presidentes, etc. etc. etc.,
Ninguém duvide que nada sucede por
acaso, inclusive na maioria das ignições vindas do nada que põem o território a
ferro e fogo e acabam por ser atribuídas a incendiários quase sempre portadores
de patologias e distúrbios mentais, inimputáveis, o que também não deixa de ser
conveniente e apaziguador.
Não passamos de um país de voluntários
disfarçados, estatuto conveniente para a maioria das partes em apreço que,
fazendo gala disso mesmo, sentem que o mesmo lhes confere um crédito honorífico
e desculpa de qualquer coisinha…, pese embora a maior parte dos ditos
voluntários já o não serem efetivamente, pois todos sabemos que uma boa parte é
remunerada nas suas corporações e desempenha funções diversas, incluindo no serviço
de ambulâncias, entre outros.
Esta é a sonsice portuguesa! Em vez de
profissionais assumidos, competentes, devidamente treinados e comandados por
quadros credíveis, as associações humanitárias, salvo exceções honrosas, estão
muito longe de obedecer a critérios de excelência e isenção. Que eu me recorde,
no meu concelho todos os comandantes que conheci foram designados por estatuto
social ou influência política, tendo inclusive, um deles, sido nomeado sem
alguma vez ter sido bombeiro. Respeito a abnegação e o sentido de cumprimento
do dever, mas defendo que os bombeiros deveriam ser profissionais e nas suas
atribuições, para além do combate aos incêndios e da área do socorro na saúde,
poderiam intervir ainda na prevenção dos próprios incêndios em diversíssimas
vertentes, por exemplo enquanto sapadores florestais, vigilantes e fiscais,
passando a deterem um estatuto realmente eficaz e útil durante todo o ano.
Por último, mas não menos importante,
falta de uma vez por todas perceber o que quer fazer o Estado Português, a
Assembleia da República e o Governo, para acabar com a pouca-vergonha em que se
tornou o país florestal e a legitimidade do direito à propriedade. Não pode
aceitar-se que quem não cuida da propriedade florestal possa continuar a
exercer direitos sobre a mesma! Sejam os proprietários pessoas singulares ou
coletivas, terão de estar sujeitos a práticas de rentabilização e salvaguarda
da floresta, devendo o Estado Português de uma vez por todas chamar a si todos
os terrenos que não têm donos conhecidos ou aqueles que, tendo donos, não são
cuidados nem mantidos de acordo com as práticas exigidas. Passando a ser
legítimo a sua entrega a entidades associativas florestais ou a entidades do
Estado que, através de ações de emparcelamento, deles tomem conta de acordo com
contrapartidas a definir.
E às autarquias sejam impostas
obrigações, sob pena de perda de mandato, àquelas que não cumprirem com as suas
obrigações.
- Toda
a pessoa tem o direito de tomar parte na direcção dos negócios públicos do seu
país, quer directamente, quer por intermédio de representantes livremente
escolhidos.
- Toda
a pessoa tem direito de acesso, em condições de igualdade, às funções públicas
do seu país.
- . A
vontade do povo é o fundamento da autoridade dos poderes públicos; e deve
exprimir-se através de eleições honestas a realizar periodicamente por sufrágio
universal e igual, com voto secreto ou segundo processo equivalente que
salvaguarde a liberdade de voto.
Autor:
Henry Morse Stephens
Sobre o Autor:
Docente de História em
Berkeley, na Universidade da Califórnia, teve no seu trajeto passagens pelas
universidades de Oxford e de Cambridge. Com artigos regularmente publicados na
imprensa, conquistou uma sólida reputação junto dos leitores. Membro ativo da
Associação Americana de História, debruçou-se intensamente sobre a História de
Portugal, da qual "Portugal - A História de uma Nação" é a principal
referência. Entre as suas obras contam-se, por exemplo, "Uma História da
Revolução Francesa", "Albuquerque" (uma biografia de Afonso de
Albuquerque) e "O Estudo de História nas Escolas".
Sinopse:
"A nação portuguesa é um
produto da sua História: isto dá à História de Portugal um valor
eminente". É assim que Henry Morse Stephens começa esta obra notável, que
em muito contribui para trazer ao conhecimento comum diversos acontecimentos
até agora desconhecidos da História de Portugal. Abrange a instauração da
nacionalidade, a consolidação do território e da independência, atravessa o
período heroico dos Descobrimentos e a criação de um império global, as
navegações em África, na Índia, no Próximo Oriente e no Brasil, e culmina no
período de declínio, que começa na fatídica batalha de Alcácer Quibir e se
prolonga mais ou menos até aos nossos dias, iluminado aqui e ali com alguns
lampejos de uma glória fugaz. Na primeira fase, aliou-se uma força combatente a
uma sabedoria administrativa e um tato de governo que granjearam o respeito de
toda a Europa. Na segunda, a dos Descobrimentos, a visão estratégica dos
principais dirigentes do reino e o insuperável heroísmo dos navegadores
trouxeram glória e poder à alma lusa. Finalmente, com a perda da independência
e as respetivas consequências, Portugal entra na fase mais negra da sua História.
Este é um livro essencial para entender o contexto e os acontecimentos que
conferiram ao reino uma individualidade e uma existência nacionais de que
justamente se orgulha e para vislumbrar como conseguiu um país tão pequeno
erguer o primeiro império global da História.
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