Portugal atravessa uma
das suas maiores crises, se antes era devido à pandemia, agora temos uma guerra
que a todos afeta, principalmente a nível económico.
Socialmente sempre estivemos mal, filas para tudo... a justiça lenta, afogada em megaprocessos, no SNS nem médico de família para mais de um milhão de portugueses, nem diminuição significativa do tempo de espera para algumas cirugias. Mais recentemente a crise na obstetrícia, com grávidas a deslocarem-se quilómetros para serem atendidas.
Mas para além das tristezas que, como o povo diz sábiamente, "não pagam dívidas"
O Associativismo está a
renascer das cinzas e os nossos colaboradores fazem uma passagem pelas coletividades.
Mas também nos focamos no património que durante anos esteve ao abandono, mas
que agora está em fase de recuperação é o caso do Portal do Solar dos Pinas, pela pena de Mário Silva.
Já o Repórter Mabor
recorda-nos as diferenças entre ontem e hoje no campo do desporto juvenil.
Com a mestria de José
Cavaleiro, mais um belo conto “Nosso Senhor e os seus discípulos”.
Dília Fernandes
fala-nos como era o Jardim da Figueira e nas suas modificações.
Já na Poesia quatro lindíssimos
poemas “Trazes contigo o sabor de Outono” – “Num voo ousado” – “A Arte de
Comunicar” – e terminamos com “Imagino”.
Na seção política
alguns pontos de vista seja por parte do Francisco Leal (PSD) ou Victor
Camarneiro (PS)
Desta vez na literatura
um livro de T.S.Learner o ASTRARIUM e na música, tempos da modernidade, o tema "running up that hill" de Kate Bush dos anos oitenta, entra nos top internacionais, trazida pelo fenómeno "stranger things"
Boas Leituras (Top Secret)
As mudanças no
Associativismo.
Falar de associativismo
estamos a falar de pessoas de sonhos e de dificuldades, é este misto que tanta
adrenalina e será porventura esta simbiose que dá força para continuarem de
portas abertas.
Percorrendo o Concelho
da Figueira da Foz e de Montemor-o-Velho, constato a alegria que é emanada nos
seus sorrisos independentemente das grandes dificuldades.
Por isso o meu louvor a
todos eles por manterem vivo o seu clube, associação, teatro, filarmónica e
diversas associações com carisma humanitário.
Como exemplo do trabalho que estão a desenvolver ficam aqui alguns retalhos:
Academia de Música de Pereira | Inscrições Abertas 2022/2023
Os dois cavaleiros vão representar Portugal nas provas de Paradressage.
Centro Equestre Montemor o Velho
O Estado que deveria ser o garante de toda esta actividade, afasta-se e em alguns momentos cria tanta burocracia para que estas associações possam candidatarem-se aos irrisórios subsídios mantendo no seu cardápio festas e festarolas de pura propaganda.
Aqui e ali aparecem nos
corpos diretivos em situações de maior visibilidade seja pelo cinquentenário /
centenários das coletividades ou pela agenda política em ano de eleições para
depois desaparecer nos intervalos dos pingos da chuva.
Hoje as contas de
mercearia terminaram, quando o fisco como sempre forte com os fracos e fraco
com os fortes entrou em pequenas coletividades como estivesses a entrar em
clubes de “mafiosos” deixando que outros abafem as contas, dissimulam assembleias
e de transparência tem muito pouco basta
para isso verificar o que se passa por aí fora nos ditos Maiores seja clubes
associações há um pouco de tudo e prescrevem desde que tenham nos seus quadros
os mesmos do costume.
Contas bem feitas, há
para todos os gostos, vivemos num mundo digital, mas a dificuldade de aceder
seja às atas, aos relatórios e demais informação é como procurar uma agulha num
palheiro, muito rápidos nas publicações no Facebook, Instagram, Youtube… desde
que seja para promoção, falo seja das Camaras Municipais, Juntas de Freguesia,
Clubes, Associações…, mas no que toca à informação pertinente muito difícil e
nalguns casos os sites completamente desatualizados.
Pede-se por isso que
sejam rigorosos porque será com essa informação que podemos todos nós avaliar o
desempenho.
Dirigente nos dias de
hoje tem muitas responsabilidades porque foram alteradas as suas competências,
mas também as suas atribuições e estar informado deve ser um dever e não uma
obrigação.
Numa direção e na sua
estrutura muita coisa mudou, devemos olhar tanto para parte financeira,
planeamento das actividades, apoio às infraestruturas, gabinetes de saúde, por
isso as pessoas ao quererem fazer parte de uma lista devem desde logo ficar a
saber que funções vão ter e o que a elas estão associados.
O dirigismo de
antigamente que só os três ou quatro da lista eram os obreiros hoje não é
possível por isso a vida dos dirigentes não foi facilitada, mas sim um assumir
de todos os elementos e só assim conseguimos que muitos deles sigam durante
alguns anos à frente dos destinos do seu Clube/Associação.
Ao viajar pelo
associativismo há muita boa vontade, mas o Estado através seja da Junta de
Freguesia, Camaras Municipais e outros organismos devem estar ao lado destes
grupos que no seu voluntariado dignificam a sua Terra.
É através da
gastronomia, artesanato, rancho folclórico, filarmónicas, grupos de teatro,
clubes desportivos, grupos recreativos e tantos e tantos outros movimentos que
nos identificamos por isso um bem-haja a todos eles que deixam muitas horas do
ambiente familiar para dar o seu contributo à sua comunidade.
Pórtico do Solar dos Pinas
O Pórtico do Solar dos Pinas pertence ao Solar da família Pina, de onde se destacam as figuras de Fernão de Pina e Rui de Pina. Entre os descendentes encontra-se Lopo Fernandes de Pina que veio a casar em Montemor-o-Velho com Leonor Gonçalves, filha de Pedro Gonçalves, cavaleiro-vassalo do rei D. João I e mulher Maria de Góis. Este fixou residência em Montemor, “construiu uns grandes passos cercados e coroados de ameias”. Segundo alguns autores, tratou-se de uma cópia do solar dos Pinas, em Espanha (Aragão), demolido em finais do séc. XVIII.
O
atual Solar, localizado na Rua Tenente Valadim, foi restaurado por Francisco de
Pina e Sá, descendente da família dos Pinas. Hoje, este edifício encontra-se
profundamente alterado, fruto de diversas reformas e acrescentos, mantendo-se,
para além do Pórtico, o muro ameiado.
Em termos artísticos, o Pórtico é constituído por porta de verga curva e cimalha sobrepujada por concha, enquadrada por duas colunas dóricas em frente de pilastras colocadas em diagonal. Sobre as colunas, dois vasos espiralados com fogaréus e no espaldar as armas dos Pinas. Apresenta características barrocas não só no tipo de elementos decorativos utilizados (brasão e terminação das colunas) como na própria organização dos suportes.
Classificado como Imóvel de Interesse Municipal e propriedade do Município, o Pórtico do Solar dos Pinas foi alvo de candidatura ao Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020, estando atualmente a ser restaurado.
As Escolinhas do nosso tempo...
A formação desportiva, como noutras
atividades profissionais, são a causa e o efeito do repentismo como hoje
vivemos na procura do melhor conhecimento, quando por artes mágicas as novas
tecnologias nos transformam perseguidores, se quisermos acompanhar a evolução
destes foguetes que se projetam na comunicação de todos os dias numa
dinamização constante.
O privilégio dos antigos, vindos de
antanho por Terras de Montemor, é perceber agora a revolucionária e confortável
metodologia nas Escolinhas do nosso tempo, proporcionando às meninas e aos
meninos as condições de formação desportiva, preparando-os não só nas
modalidades da sua vocação, sobretudo outras valias de proximidade e
compromisso nas suas comunidades.
Falar ou escrever do pouco saber, como é
o meu caso, potencia-me pelo menos numa análise risonha e feliz sobre o
movimento desportivo pelas Freguesias de Montemor-o-Velho. Sem esquecer a
Carapinheira, Ereira, Pereira, que sei eu apenas pelas leituras que faço todos
os dias, vejamos como exemplo as outras Freguesias, mas cuidando agora do que
me faz sonhar no A.C.M. no "viveiro" cuja formação atinge um quadro
revelador a caminho do futuro, a cadência progressiva nos benjamins, infantis, iniciados,
juvenis.
Indo um dia Nosso Senhor e os seus
discípulos pelos caminhos da Palestina, S. Pedro disse:
- Mestre, estou em idade de casar
e ninguém melhor do que Vós para me indicar uma noiva.
- Muito bem, respondeu o Mestre.
Vai aí mesmo a rapariga que te convém.
- Senhor, diz Pedro, deve ter
setenta anos e eu queria ter filhos. Está não, outra mais nova seria melhor.
- Muito bem. Vamos adiante e logo
se verá.
Logo na primeira povoação uma
mulher de sessenta e tais aparece e diz Divino Mestre:
- Pedro, aí tens o que te convém.
- Ó meu querido Mestre, se está
ainda tiver um filho, hei- de cria- ló sozinho. Outra melhor por favor.
Logo mais adiante uma velha
encostada a um pau, andando com dificuldade, saída o grupo e logo diz Jesus:
- Pedro, está é que te convém.
O pobre Pedro, triste diz:
- Ficarei com esta, não vá
aparecer alguma mais velha ainda….
Sorrindo, diz o bom Mestre:
- Vamos adiante, mora ali um
ferreiro e tenho que lhe pedir a forja emprestada.
Ao chegar a casa do ferreiro, o
Mestre o saudou o logo lhe pediu a forja por uns minutos.
Com muito gosto. Até aproveito
para descansar um bocado.
O bom Jesus, compadecido de Pedro
diz que ponha a pobre mulher na forja, coisa que Pedro fez de repente
imaginando o que ia suceder.
- Pedro dá ao fole, põe essas
brasas bem vivas " que a coisa agora vai...
O nosso amigo Pedro já suava e
pensava para si: - Aí vais, vais, que o lume não tem fastio!
- Pedro, atira a velha p'ró lume e
já vais ver!
Vai a pobrezinha p’ró lume e
Pedro não parava até que a velha em vez de "esturricar" cada vez mais
parecia uma brasa então com voz solene diz o bom Mestre:
-Pedrp, a velha p'rá bigorna !
Foi o que ele quis ouvir. Malhava
na velha sem dó.
- Bate Pedro, quanto mais melhor!
E o que é certo é que quanto mais
lhe batiam mais linda ficava.
Quando arrefeceu, o ferreiro nem
queria acreditar. Um viajante transformar uma velha numa nova, sim senhor. E o
ferreiro que tinha casado com uma velha pela fortuna que tinha.
À despedida diz Jesus:
- Obrigado, mestre, pela gentileza
de nos emprestar a forja.
Mestre eu? Não. Mestre, senhor
mestre e rei de todos os mestres! É isso que eu sou.
Cada um seguiu o seu caminho e vai
logo o ferreiro tirar da cama a sua mulher, velha e entregada, joga com ela
para o lume da forja e qual não é o seu espanto que vê a velha a arder. Aflito,
vai à porta e grita:
- Acuda aqui, Senhor Mestre e Rei de
todos os mestres, Acuda.
Diz S. Pedro, compadecido:
- Ó Mestre, não ouve?
- Oiço, coitado, deixa- o, está a chamar por si próprio!
S. Pedro bailou, o ferreiro
chorou.
Que te fizeram? Jardim
da Figueira...
Ontem passei pelo jardim da Figueira duas vezes.
Caminhava devagar aguardando a abertura das lojas após o almoço,
porque não sabia se por estarmos perto do Natal o horário teria sofrido
alteração.
Assim pude observar em pormenor, o aspecto do atual jardim, que
de jardim apenas tem o nome. Desde que me recordo, sempre os jardins foram
locais arborizados onde cresciam flores, cuidadas por pessoas que para isso
tinham jeito e sensibilidade, eram os jardineiros.
Por vezes até surgia a tentação de colher uma flor, mas, o
respeito que o jardineiro impunha, logo desanimava tal pensamento; e assim os
jardins eram locais aprazíveis, as flores de várias cores, escolhidas com gosto
davam um aspecto alegre, e também a arte se manifestava quando com as plantas
se via desenhado o brasão da localidade, ou uma saudação...
Pois, mas neste não crescem flores, é um parque árido, e ontem
como fazia vento também senti como atualmente é desabrigado.
Completamente descaracterizado, sem flores, sem coreto, aquele
que tinha água à volta, e até peixinhos vermelhos, sem o lago dos cisnes
interessante no seu desenho assimétrico, com a estátua à sua beira, o pombal...
"e tudo o vento levou".
Sentei-me a olhar para aquela aberração a que chamam pala, aquilo
tem todo o aspecto de estar ali provisoriamente, talvez para proteger alguns
utensílios da intempérie ou do sol escaldante... Aquela engrenagem é comum nas
feiras, para cobrir as tendas, e até é perigoso porque às vezes tropeça-se nos
espetos, ou nas cordas a eles presas.
Não pude deixar de comentar para mim própria com algum
sentimento de pena (e não sou da Figueira ) como foi possível fazer tanta
maldade...
5 de dezembro de 2009
Trazes contigo o sabor de Outono
Trazes contigo o sabor de Outono
O vento contido nas mãos fugidias
As palavras com tempo que alegram os dias
Os sonhos brisa que embalam o sono
Trazes contigo a luz do entardecer
Pintando a doçura o dia
Numa triste e suave alegria
Contradição precisa de um viver
E sabes a vento e a sal
tal como o cais na hora da partida
És tudo o que és, p’ra teu bem e teu mal
linha de razão em emoção sentida!
Num voo ousado,
soltaram-se-me das mãos
as palavras há tanto
aí guardadas …
Voaram para longe,
rumo ao sul,
em busca da lonjura
dos ideais distantes…
Escaparam-se-me entre os dedos,
rasgando o seu caminho …
Agora, sem elas,
Que farei? Onde encontrar de novo
A sua essência?
A sua riqueza?
Sem elas, como poderei viver,
Como direi o que sinto?
Com encontrar
o caminho?
Irei eu em busca de outras,
cristalinas de luz,
debruadas de azul,
leves, discretas,
raras como pérolas,
capazes de traduzir
a riqueza que em mim guardo …
Palavras, só palavras, afinal…
A
ARTE DE COMUNICAR
Com palavras ou sem
palavras…
A arte de comunicar
Me leva a pensar que
a palavra faz falta,
como uma pauta para
dar beleza ao som!
Pode a forma da
linguagem ser um olhar de passagem
que se traduz num
tanto querer dizer….
Ah…o sussurrar da fala
enquanto minha voz
cala
neste silêncio que
acalma
me diz “aquieta a tua
voz”
e recolhida, a sós,
escuta o som da tua alma!
IMAGINO…
Imagino a luz noturna
Acordada nos meus sonhos
Onde o brilho das estrelas
Me lembra mundos risonhos
Imagino que a vida
Me cheire a lavanda e rosas
Que saiam da minha alma
Só palavras amorosas
Que tudo seja gentil
Perfumado, encantador
Que transmute o que é hostil
E me fale só de amor
Imagino em cada dia
Quando estou a despertar
Que uma qualquer magia
Me ilumine o acordar
Que algo de bom me toque
Com varinha de condão
Incendeie o meu olhar
Nem que seja de ilusão
A expetativa dos
portugueses
Após três meses desta
nova maioria absoluta do Partido Socialista em Portugal, verificamos que
estamos a entrar num pântano autêntico.
Temos um
primeiro-ministro que está mais preocupado em salvaguardar o seu futuro e o seu
lugar na Europa do que governar o seu país.
Um primeiro-ministro
que passa mais tempo fora do seu país a falar sobre Europa do que fazer aquilo
que lhe compete e para o qual foi eleito.
E isto dá espaço para
que cada ministro faça aquilo que quer e que apetece sem dar contas a ninguém.
E com isto verificamos
o caos que tem sido na gestão do SNS. O caos que tem sido nos aeroportos. A
elevadíssima carga de impostos a que os portugueses estão sujeitos. A perda do poder
de compra dos portugueses. O aumento da pobreza em Portugal.
Um aumento de
contestação que a cada dia que passa se faz sentir e a agravar-se constantemente.
Tudo isto quando ainda vamos no início de uma maioria absoluta do partido socialista.
É por isto tudo que os
portugueses cada vez mais anseiam por uma alternativa clara ao partido socialista.
É por isto que se torna
extremamente importante todas as posições, a postura e a forma como o próximo
líder do PPD/PSD, Luís Montenegro, se irá apresentar aos portugueses e como irá
fazer oposição ao governo.
É imperativo que o
PPD/PSD comece a fazer uma oposição séria, clara e robusta ao governo.
Os portugueses têm de
perceber de forma muito clara qual é a alternativa que o PPD/PSD pode dar ao
país e aos portugueses.
Este fim-de-semana irá
decorrer o congresso do PPD/PSD e será o início de um novo ciclo com um novo
líder. Por isso todas as atenções vão estar centradas neste congresso e na
maneira como irá ficar constituído este novo PPD/PSD.
Para bem do país e do
futuro dos portugueses é essencial que o PPD/PSD ganhe uma nova vida e uma nova
força.
É preciso criar
alternativas para que de uma vez por todas possamos fazer as reformas necessárias
ao país e deixarmos de ser um país cada vez mais empobrecido e na cauda da europa.
Temos de uma vez por
todas ser competitivos e de criar condições para que os portugueses tenham
qualidade de vida e deixem de continuar a ser expressos com elevadíssimas
cargas fiscais.
Haja quem nos governe!
As maiorias absolutas são sempre
imensamente satisfatórias e motivo de júbilo para quem vence as eleições,
contudo, tremendamente irritantes para quem as perde, sendo no dia seguinte
habitual ninguém ter votado em quem ganhou nem em quem perdeu, e se passar a
apregoar de imediato a ausência de legitimidade de um lado e outro… (?), quase
como se fosse motivo de vergonha para uma nação democrática e seu povo que o
governo governe sob a perspetiva de estabilidade e a oportunidade de vir a
executar o programa em que votaram os eleitores.
Não será certamente indiferente, o facto
de estar a exercer o cargo de Presidente da República um personagem que passou
toda a vida a beneficiar das mordomias do Estado Novo e mais tarde também da
democracia, agora professor de direito, mais logo jornalista e comentador em
jornais, depois político e líder do PSD, de novo comentador domingueiro de
televisões e pau para toda a colher por esse país fora, finalmente beijoqueiro,
especialista em selfies e comezainas, e tido há muito como manipulador,
ardiloso e ávido, epítetos que servem para enquadrar a razão pela qual não
tardou a desintrincar a sua estratégia, designadamente quando dissolveu a
Assembleia da República em vão, contra a vontade dos portugueses que nas
eleições lhe esfregaram na cara uma maioria absoluta sem espinhas nem segundas
leituras, obrigando-o a engolir o sapo e digerir o seu fracasso.
Aliás, tudo recomeçou precisamente na
noite em que, vencidas as eleições com maioria absoluta, o partido vencedor se
tornou alvo, sem exceção, de todos os derrotados, à qual se juntaram os que nem
sequer votaram, mas que a partir desse momento também passaram a engrossar a
fileira do protesto, convencidos que o seu oportunismo acabará por lhes render
algum proveito. O costume…, digo eu, com maus modos, pouco ou nada surpreendido
e muito menos incrédulo com a gula desses exércitos de pivôs, convidados e
comentadores que em horário nobre nos fazem mudar de canal, desligar a
televisão e procurar refúgio noutras plataformas que não nos pretendam
doutrinar e recrutar, onde os moderadores discursam, tomam partido e
condicionam os visados.
No caso em apreço não foi necessário
esperar muito, bem pelo contrário, para perceber quais seriam os primeiros
consórcios a tomar a dianteira e a mobilizar a opinião pública, quase sempre
através de uma enorme demagogia, vitimização, lágrimas de crocodilo e apoio
unânime da oposição combalida, naturalmente liderados pelas respetivas ordens,
sindicatos e empresários privados da saúde que já estão a esfregar as mãos de
contentes e já reclamam estatuto idêntico ao dos magistrados, outra das
corporações altamente privilegiada a quem a política nada recusa.
Precisamente por tudo o que já foi dito,
e dada a sua natureza, vaidade pessoal e autoconsideração, tenho a certeza que,
sub-repticiamente, vamos assistir a discretas convergências entre conselho de
estado (mais de anciãos do que de estado), partidos de oposição, media,
militares, magistrados, universidades, celebridades, ordens, entre outras
corporações formais e informais, no sentido de, a bem da nação, se unirem numa
frente-comum censora do governo, da República, dos bons costumes e dos
companheiros, de certa forma justificada pelas incongruências do Governo e do
Primeiro Ministro que o nomeou, reféns de si mesmos e a pecarem por falta de
comparência.
Dito e feito! Aí está o primeiro grande
sinal do que escrevi e estou agora a concluir para enviar: o Presidente ficou
muito ofendido e fez queixinhas ao Primeiro-ministro do mau comportamento do
jovem ministro que se atreveu a publicar um despacho onde se determinava o
avanço do novo aeroporto de Lisboa, supostamente, sem primeiro ir ao beija-mão
de sua alteza real, o Marcelo, qual Rainha de Inglaterra que terá do promulgar!
E a casa quase veio abaixo quando António
Costa, entretido e ocupado com os assuntos da EU e NATO/Ucrânia foi alertado
pelo madrugador presidente e percebeu que, para o bem e para o mal, ainda era o
primeiro responsável do governo do seu país, chatice que dispensaria de
bom-grado, não fosse aquele discurso de tomada de posse do pica-miolos do
Sousa.
E lá veio dar um valente raspanete ao
ministro, obrigando-o a retratar-se publicamente para consolo e gáudio da
corja, embora sabendo que teria de o perdoar, porque, afinal, alguém tem de
governar e ir olhando pelo país…
1. Toda a pessoa tem direito à liberdade de reunião e de
associação pacíficas.
2. Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma
associação.
Alexandria, 1977.
Um tesouro antigo. Um sacrifício mortal.
Mas nenhum segredo pode ficar oculto
para sempre...
Alexandria, Egipto, 1977. Durante um
mergulho, a arqueóloga Isabella Warnock descobre finalmente o artefacto
lendário que procura há anos: o astrário, um misterioso dispositivo que,
segundo a lenda, moldou os destinos de reis e faraós desde o início dos tempos
e que teria sido usado por Moisés e Cleópatra. Mas a sua descoberta tem um
custo terrível e a responsabilidade de manter o inestimável objecto em segurança,
e evitar que o Egipto mergulhe no caos, recai sobre o seu marido Oliver.
Deparando-se com um inimigo obscuro e um culto poderoso capaz de tudo para se
apoderar do tesouro, Oliver é catapultado para uma corrida vertiginosa a fim de
proteger um segredo antigo num perigoso mundo de conspiração e egiptologia,
onde a magia e as lendas colidem violentamente com as crenças modernas.
«T.S. Learner é uma escultora da palavra, que sabe como ninguém contar uma história. »The Sunday Times «Um thriller viciante, com um ritmo bem acelerado.»Sun «Astrarium dá ao leitor um raro prazer com o seu suspense apocalíptico, as suas personagens verosímeis e uma prosa bem estruturada.»The Times
Sem comentários:
Enviar um comentário