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domingo, janeiro 16

BARCAÇA_11

 

Assim se chega a meio de janeiro, com eleições à porta e a campanha eleitoral ao rubro. Na televisão aposta-se, e bem, nos debates entre os principais partidos: 32 debates em 16 dias. O debate entre Costa e Rio, do dia 13, foi transmitido pela RTP, SIC e TVI em simultâneo. Muitos comentam, falam… trocam ideias, projetos…. Dizem algo de novo? Dizem o que é importante? Será que estão a ser ouvidos?

Realmente podemos considerar que o nosso país vive uma situação decisiva e aflitiva, com o combustível e os bens de consumo essenciais a subirem de preço, por outro lado, as famílias endividadas muitas, devido ao desemprego ou emprego precário, provocado e agravado pela conjuntura da pandemia. Não está fácil viver em Portugal, por vários motivos. Embora esta verdade seja vista com diferentes perceções pelos nossos conterrâneos que, parecem ter alguma dificuldade em perceber, que a política adotada nos próximos 4 anos, assim como a forma como os subsídios europeus vão ser distribuídos, fará toda a diferença.

Eça de Queirós foi duro na forma como retratou o nosso povo, para muitos, Eça de Queirós, “contaminou” a perceção que os Portugueses têm de si mesmos e dos seus políticos. Mas será que aquilo que vivemos na sociedade portuguesa hoje, não será ainda mais responsável, por esta visão? João de Melo, no livro “os navios da noite” das edições Dom Quixote, ficciona um Eça que olha os portugueses de hoje, como uma “raça de indolentes, cheios de lábia”. E, os seus políticos como “os políticos de carreirinha que hoje prometem o que amanhã deixarão por cumprir”. Será que os Portugueses continuam a ser os mesmos? Não mudaram nada?

Infelizmente, embora com um pouco mais de escolaridade, muitas vezes duvidosamente adquirida, o nosso português prefere continuar a gritar e a ser malcriado com aqueles que pensa poder espezinhar e, perante uma qualquer autoridade, baixa a sua voz e a cabeça, e é incapaz de defender, de forma assertiva e exata, as suas liberdades e verdadeiros direitos. Infelizmente é muitas vezes aquele que, é incapaz de escrever uma carta de reclamação eficaz, mas nas conversas de café, ou nas redes sociais, lança boatos, meias-verdades ou completas mentiras e fala mal de tudo e de todos. É também aquele que não sabe fazer a análise de um gráfico, ou ouvir do princípio ao fim, um bom argumento, bem fundamentado, tem vergonha de defender princípios morais, por si mesmos, mas inflama-se com discursos falaciosos, tendenciosos, mas bem “embrulhados” em bandeiras de pseudoevidências, de autênticos demagogos, formados na escola de enganar e agradar às massas acéfalas e desejosas de parecerem sábias.

O português que não se dá ao trabalho de alinhar duas ideias e de as manifestar em sede própria, para melhoria da sua aldeia, freguesia ou autarquia, queixa-se dos políticos, mas não tem qualquer noção de política. E é esse, que no dia 30, vai ter mil e uma razões para não ir votar, porque, segundo o mesmo, tem mais o que fazer, e são muitos… É triste, mas é assim.  

Associativismo

Juntos Somos Mais Fortes!

Uma expressão que se aplica claramente à importância do Movimento Associativo na nossa sociedade. Sejam de índole recreativa, desportiva, cultural ou social, a força e dinâmica das associações é a exata medida do empenho das pessoas que as integram no desenvolvimento e crescimento das comunidades em que se inserem, sendo, na maioria das vezes, o ponto focal do diálogo com os poderes públicos na  procura de resolução para os mais diversos problemas. 

São importantes focos de dinamização da cidadania e participação cívica e merecem, por isso, ser acarinhados e apoiados na sua insubstituível missão, sendo por isso importante que as colectividades/associações tenham as ferramentas adequadas para o bom desempenho das suas missões. Aqui entra sem dúvida o papel pondera-te das autarquias em disponibilizarem ferramentas digitais às associações divulgando e promovendo as suas actividades.

Que nestes tempos, em que o mundo digital se afirma cada vez mais como um canal preferencial de comunicação, dela todos saibam tirar o melhor partido, afirmando a vida associativa como pilar fundamental da comunidade Montemorense como Figueirense.

O papel do associativismo na sociedade portuguesa tem sido relevante ao longo dos tempos e no momento que estamos a atravessar, assume particular importância a dinamização de projetos designadamente na área social, no apoio às famílias, mas também o associativismo cultural e desportivo assume um lugar de destaque no dia-a-dia da vida do nosso concelho, através da promoção de atividades de ocupação sadia dos tempos livres dos nossos jovens em particular e da população no geral.

Por isso divulgo o que de bom se faz na Câmara Municipal de Montemor-o-Velho em prol do Desporto:

Associativismo Desportivo 

Apoio Municipal a Associações Desportivas 2021 | Candidaturas Abertas

Prazos:

Programa de Apoio ao Funcionamento e Desenvolvimento da Atividade Regular – de 10 de março a 8 de abril

Prémio de Mérito Desportivo – de 10 de março a 8 de abril

Programa de Apoio à Construção/Beneficiação e Apetrechamento das Instalações – até 31 de outubro

Programa de Apoio à Aquisição de Veículos de Transporte – até 31 de outubro

 

Programa de Apoio à Aquisição de Veículos de Transporte

 - Edital N.º 61/2021 - Aquisição de Veículos de Transporte

 - Programa de Apoio à Aquisição de Veículos de Transporte - Anexo 4

 -Regulamento de Apoio Municipal a Associações Desportivas (RAMAD)

 

Programa de Apoio à Construção/Beneficiação e Apetrechamento das Instalações

 -Edital N.º 60/2021 - Construção/Beneficiação e Apetrechamento das Instalações

 - Programa de Apoio à Construção/Beneficiação e Apetrechamento das Instalações - Anexo 3

 - Regulamento de Apoio Municipal a Associações Desportivas (RAMAD)

 

Prémio de Mérito Desportivo

 - Edital N.º 59/2021 - Mérito Desportivo

 - Prémio de Mérito Desportivo - Anexo 7

 - Regulamento de Apoio Municipal a Associações Desportivas (RAMAD)

 

Programa de Apoio ao Funcionamento e Desenvolvimento da Atividade Regular

 - Edital N.º 58/2021 - Atividade Regular

 - Programa de Apoio ao Funcionamento e Desenvolvimento da Atividade Regular - Anexo 1

  -Regulamento de Apoio Municipal a Associações Desportivas (RAMAD)

Cabe agora às colectividades dentro dos seus órgãos de Direcção procurarem as ferramentas e claro as potencialidades que oferece a sua câmara/junta de freguesia. 

IGREJA DA MISERICÓRDIA DE MONTEMOR-O-VELHO


Fundada no ano de 1498 por iniciativa da Rainha D. Leonor, a Misericórdia de Lisboa pretendia dar assistência a “pobres e desamparados”, numa época em que a caridade era uma das virtudes cristãs mais observadas no tecido social europeu. O exemplo da irmandade fundada pela rainha na capital foi prontamente seguido em várias localidades do reino, nomeadamente em Montemor-o-Velho, onde um grupo de homens-bons terá instituído a Santa Casa da Misericórdia no ano de 1546. Logo depois, os irmãos davam início à edificação da igreja da irmandade, estando a obra terminada em 1555.

Embora o templo tenha sido objeto de algumas intervenções ao nível da estrutura na segunda metade do século XVIII (a que talvez corresponda a data de 1761 do lavabo) e na segunda metade do século XIX (1873), quando era provedor o reverendo padre Augusto Pereira Cardote, mantém predominantemente o modelo maneirista, sobretudo no que respeita ao programa decorativo.


O templo foi construído segundo o modelo-padrão das igrejas de Misericórdia edificadas a partir da segunda metade do século XVI, composta por nave única e capela-mor que se desenvolvem em planimetria longitudinal. O edifício apresenta uma fachada simples terminada em empena, com portal de volta perfeita ao centro, ladeado por pilastras jónicas, encimado por um entablamento onde foi inserido um escudo nacional de talhe setecentista. Este conjunto é encimado por um nicho decorado com motivos de grotesco que alberga um relevo com a representação da Mater Omnium, atribuído a João de Ruão (escultor da renascença coimbrã), encimado por um frontão triangular com a figura do Padre Eterno. Lateralmente foram rasgadas duas janelas. Junto à fachada lateral direita foram edificadas a sacristia e a casa de despacho da irmandade, construída no século XVII.

O interior apresenta-se como um espaço único, com coro-alto, púlpito colocado do lado do Evangelho, e tribuna dos mesários, com colunas jónicas, edificada no espaço fronteiro nos últimos anos do século XVII. Os panos murários são revestidos com silhar de azulejos enxaquetados azuis e brancos de modelo maneirista.

No programa decorativo da igreja destacam-se os retábulos em pedra de Ançã, originários da designada Escola Coimbrã. Os retábulos colaterais têm como tema a Deposição no Túmulo, do lado da Epístola, e Cristo no Horto, no lado oposto. O retábulo-mor policromado assenta sobre uma mesa de altar onde foram esculpidas as figuras da Deposição no Túmulo, dividindo-se em dois registos, com relevos dedicados à Vida da Virgem. No registo inferior apresentam-se a Anunciação, a Visitação e a Natividade. No registo superior foram esculpidas a Mater Omnium, na edícula central, ladeada pela Circuncisão e a Adoração dos Reis Magos.

Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em 1950 (Decreto n.º 37 728, DG, 1.ª série, n.º 4 de 5 janeiro de 1950).

DESPERTAR PARA O DESPORTO

A opinião desportiva que mexe consigo!

Tudo normal nos principais campeonatos de futebol da Europa.

Na viragem da primeira para a segunda volta dos principais campeonatos europeus fez-se uma análise às tabelas classificativas. Nada de novo. Manchester City, Paris SG e Bayern de Munique “desfilam” em Inglaterra, França e Alemanha. O Inter de Milão volta a destacar-se em Itália, depois da hegemonia (que parece esvanecida) da Juventus. Em Espanha saúda-se o regresso do grande Real Madrid, que lidera, numa época em que o campeão, Atlético, anda discreto, e o gigante, Barcelona, procura criar os alicerces para o reencontro com a glória. Por cá, o Benfica caiu no mês de dezembro, afastando-se do título, enquanto Sporting e Porto prometem uma disputa, lado-a-lado, até ao fim.

Tradicionalmente o futebol é conservador. As suas dinâmicas, as suas regras e os seus costumes são, ou eram, praticamente sagrados. Recentemente assinalam-se três variáveis que, afinal, e atendendo às classificações atuais apresentadas acima, pouco “mexeram” com o futebol europeu:

        . As constantes e inabituais alterações às regras do jogo. Eram raras. Agora são praticamente anuais. As “jogadas prometedoras”, a “volumetria”, a “intensidade” e o “critério do árbitro” são inovações ao léxico do futebol moderno. Mas só ao léxico, usando uma estratégia démodée e obsoleta de manter tudo igual, mudando o nome. Se, entretanto, essas estratégias melhorarem o jogo, o espetáculo e o negócio, render-me-ei às evidências. Mas não. Apenas tenderão a dar continuidade à proteção destes árbitros e da arbitragem, instalando a dúvida e o obscurantismo.

        . O vídeo-árbitro veio para ficar. E ainda bem, porque tende a clarificar cada decisão, a retificar e a repor a justiça em cada análise errónea. Mas não. Não clarifica porque muitas vezes as imagens não são eficazes. Não retifica porque, agora, percebe-se uma tendência em fazer os possíveis para confirmar a decisão do árbitro principal, esteja ela certa ou errada, numa clara alusão ao corporativismo tradicional desta classe – opta-se por defender os mesmos, mesmo que errem, em vez de se promover o surgimento de uma geração mais atualizada, mais apaixonada pelo futebol e menos apaixonada pela sua profissão. Não conheço os termos em que ocorre a formação dos árbitros em toda a europa, mas temo que essa formação enfatize a conceção de um critério de arbitragem personalizado, em vez de ensinar, cumprir e fazer cumprir os regulamentos. Os regulamentos estão acima dos critérios individuais. Os regulamentos nunca devem aludir ao critério próprio de quem tem de aplicar esse regulamento. Para além disso não confio nas linhas que se apresentam aquando dos foras-de-jogo duvidosos. E não sou o único.

        . A Covid-19 impôs igualmente várias alterações ao quotidiano do futebol profissional. Desde os estádios vazios, aos surtos que abalaram os plantéis, as alterações metodológicas que as infeções promoveram ao nível do treino, as implicações financeiras resultantes, enfim.

O futebol está em rápida transformação. Parece ter ultrapassado uma fase de grande resistência à mudança. Sinceramente, penso que a construção desta capacidade adaptativa vai impulsionar o futebol para níveis de maior atratividade, mas, neste momento, e adotando uma expressão do “futebolês”, estamos a atravessar a fase das dores de crescimento. 

Diálogo

A Lua já não era visível. As estrelas confundiam-se com a claridade do alvorecer, amanhecia.


O sol subia no horizonte e afagava os ornatos superiores do maior edifício de Montemor-o-Velho - os Paços do Concelho. O sol chamou-lhe Palácio e enquanto o acariciava com o seu calor e despertava para mais um dia, disse-lhe:
- Sabes Palácio, tenho pressa em iluminar-te, sabes porquê?

- Não, diz-me...

- Porque és bonito! És um Palácio soberbo!

- Gosto do galanteio - retorquiu - eu já tenho muitos anos, estou de pé desde 1892. Já vivi muito, tenho muitas recordações, boas, menos boas e, saudades. Mas os teus elogios não apagam as minhas mágoas...

- Mágoas? Tu?! - inquiriu o sol - queres desabafar?

O grande palácio, um tanto austero, tomou então da palavra com uma calma triste:

- Esta Praça, que se chama da República, está mais desolada que um largo duma pequena aldeia remota. E no entanto, tem um desenho tão belo, dela até se vê o Castelo, que é a coroa da Vila!

Mas tão árida, nem uma flor, ou folha verde, nem uns jatos d’água que a enfeitem, nem população, é apenas um Largo, que tristeza...

- Ora, Palácio, são os efeitos da crise, que há-de terminar... Não! O que te digo é anterior à crise. Sou velho, mas ainda consigo destrinçar. Aos domingos e dias feriados esta Praça é sinistra de tão vazia. Nem calculas a tristeza que me invade nesses dias. Nem um restaurante, nem um café aberto.... Lembra um suicídio coletivo, um êxodo total! É então que na minha solidão recordo o passado, quando os bancos à minha porta eram poucos para os trabalhadores que aí se sentavam para descansar e conversar, nas tardes de domingo! Nos passeios que me contornam, acomodavam-se também as mulheres que vendiam tremoços e castanhas, e os engraxadores com a respetiva caixa para o seu trabalho. Formavam-se grupos, que falavam, havia vida... No café Girão, pequeno, mas acolhedor, os homens preguiçavam na explanada sobre o passeio, enquanto o empregado, (o Manel do Café) impecável no seu casaco branco e no seu trato, os servia incansável.  Mesmo na minha frente, o Café Mondego, pequenino, o Café do Henrique, o inventor das Espigas Doces, essa delicia!


- Um inventor? Em Montemor?

- Há! Sim, ele devia ter lido o Fernando Pessoa - "quando Deus quer, o homem sonha, a obra nasce!" Sonhou e tornou realidade um doce para Montemor, como era então conhecido. Que saudades desses tempos. O meu coração de velho não esquece, e agora nada me alegra...

- Queria animar-te, meu amigo. Mas as minhas histórias são iguais às tuas. Como sabes, eu, um amigo dos turistas, vi há tempos um carro cheio deles quedar-se à entrada da Vila para as fotografias da praxe ao magnífico Castelo. Depois dirigiram-se para o centro da Vila. Era Domingo e tudo estava fechado. Deram meia-volta. Segui-os num dos meus raios até Tentúgal, onde se sentaram a uma mesa de café a saborear pastéis e queijadas.

- Não digas mais...

- Voltas amanhã?

- Claro, todos os dias!

- Mas promete-me uma história mais feliz....

Falamos de desporto por Terras de Montemor, outra vez na Barcaça, não só porque  nos trás recordações do passado, como no presente os níveis desportivos naquele espaço geográfico, fomentam o pulsar de variadíssimas participações desportivas nas mais diferenciadas modalidades, potenciadas desde os meninos aos adultos, a festa do desporto é hoje uma realidade com futuro, pese embora numa peste destruidora e numa economia empresarial a viver momentos  complicados, rio acima na Barcaça, acenamos com a sua bandeira a nossa motivadora presença e apoio.

Por exemplo, a Casa do Benfica, por transparência de informação, recordamos os Núcleos do Sporting, na Carapinheira e em Pereira, assume no presente algumas participações desportivas de absoluto interesse na formação da pequenada, desde o futsal, à canoagem etc.  

Quando falamos das Freguesias do Concelho de Montemor-o-Velho, sem desprimor para as restantes, surgem as gentes da Carapinheira, com o seu amado Clube Desportivo Carapinheirense, fundado em 1959, dispondo de um complexo Desportivo com capacidade para 2ooo pessoas.!


Estamos, pois, numa freguesia com a capacidade participativa no sector desportivo, distanciando-se de todas as outras no espaço geográfico das Terras de Montemor.

Se pensarmos mais adiante, analisamos outras atividades no tecido associativo de enorme relevância, mas é na área desportiva neste espaço de divulgação da Barcaça, que pretendemos propor-vos um pouco de historia do Clube Carapinheirense, no seu trilho competitivo invulgar noutras equipes do Concelho de Montemor, Liga de Honra, 90/91, Nacional de 2ª Divisão 89/90, Campeonato Nacional da 3ªDivisão, entre outras mais participações, como por exemplo, a Taça de Portugal, Taça da Liga, o que mais acontecer ver e apoiar no futuro.  


Com o apoio da Liga Inatel, muitos dos clubes do País, não fecharam as suas portas nas práticas desportivas, proporcionando a centenas de jovens a sua apetência nas mais diversas modalidades ao seu jeito e gosto de as praticar.

RESULTADOS DA 8ª JORNADA


Com a referência na Barcaça, trazemos hoje a serie A  disputada por 10 equipes de futebol. No final da 8ª jornada e temos troca de líder.

O Maiorca que vencendo ao Figueiró do Campo e com o empate  do  Vila Nova de Anços em casa do Seixo de Mira sobe ao 1º lugar com 17 pontos logo seguido do Montemorense que ganhou em casa com o Corticeiro de Cima e o Vila Nova de Anços desce ao 3º Lugar com os mesmos pontos do Montemorense 16 pontos.

Em 4º lugar com 12 pontos temos o CP Alqueidão e mantem-se na cauda da tabela classificativa UDCAS Corticeiro de Cima com seis jogos e seis derrotas.

De salientar que VN Anços está em terceiro lugar mas com menos um jogo, por isso está tudo em aberto.

Das bandas do Oriente

Já os trez Reis são chegados

seguindo sempre a Estrela

a Belém chegam cansados

Procurando o Deus Menino

n'a n'o puderam achar

foram dar com Ele em Roma

Missa nova quer cantar

Revestido d'oiro fino

começa a Sua oração

vinde cá ò irmãos Meus

Darvos- hei Meu Coração

Dou- vos Meu Corpo a comer

O Meu Sangue por bebida

Também por vós hei- de dar

a Deus Pai a Minha Vida

S. João lê o Evangelho

S. Pedro muda o Missal

e assim por nós se dá

o Cordeiro Divinal

Os Santos Reis o adoram

adoremo-Lo também

a Ele seja dada a glória

agora e sempre, Amén

" Cantar dos Reis " - Tentúgal


Nesta noite os meninos pobres tinham uma das melhores noites da sua vida.

Eram convidados a acompanhar o grupo que cantava os Reis trazendo uma escada para quando os Reis chegassem à fonte de Sto. António puderem descer dos camelos.

Todos sabiam que os Reis não vinham, mas traziam a escada maior que tivessem, pois, "as escadas maiores" tinham mais ofertas.

Castanhas, chouriços, tiras de "toicinho", Passas de figo, nozes, pão e os doces que as Irmãs do Convento lhe mandavam, faziam deste dia, ou melhor, desta noite, uma das noites mais felizes dos meninos pobres.

Do que sobrava desse serão maravilhoso, levavam os meninos mais pobres para casa e assim no " dia dos Santos Reis " os pobres comiam melhor que em muitos dias de festa".

Não posso nesta noite esquecer o meu querido amigo, o t'i Adrião Padeiro, meu Mestre, meu amigo e guardião da cultura local.

Que o Bom Deus o guarde e nesta noite lhe dê a graça de vir até nós !

Obrigado, meu querido amigo !

Comboios de Lisboa 

Esta viagem

Que me leva o dia-a-dia

Numa Lisboa

Que levanta na asa da gaivota

Os comboios que choram

toda a solidão

E a noite vazia

Por detrás desta porta...

 

Onde estão os sorrisos?

os choros e as vozes?

Onde está a lareira

Que acende a nossa vida...

 

Tudo se apagou, tudo se finda!

Não há esperança, nem sonho

Apenas os gestos

da inútil despedida.

E uma raiva cega

que seca as lágrimas e a vida.

Foi longa a caminhada.

Sinuoso o caminho,

cada vez mais distante,

inacessível o fim da estrada…

Ao longe era o céu,

o infinito, azulando o ser perdido na jornada.

Brumosas as manhãs

Ocultavam as promessas

radiosas … onde o limite

era o infinito.

 

Envoltos em densa névoa

soavam agora

perdidos os meus sonhos,

Perdidamente distante,

Perdidos de mim

Perdida eu deles também

 

Cada vez mais distante,

hesitante ainda,

avisto, rompendo a névoa

o acenar frouxo

de um tempo que não foi

dos momentos perdidos,

dos enganos aceites

leviana e confiadamente crente

nesse amor traiçoeiro

sorridente ainda nos sonhos à espera da luz

desta vida que foge

e escurece entristecida

no alvorecer de cada manhã promissora.

SEREI POETA?

Nada de novo nos trouxe até aqui. 

Neste momento, o nosso país atravessa uma nova crise eleitoral, desta vez provocada pela busca do poder de uma maioria absoluta.

 

É importante salientar a absoluta desnecessidade de tal momento, não fosse o nosso Presidente da República marcar eleições no primeiro chumbo orçamental tentando beneficiar o seu partido e António Costa buscar a gloriosa maioria.

 

Não de somenos importância, há que dizer que nestas eleições NÃO elegemos um primeiro-ministro. Elegemos deputados, por cada distrito. 

Apesar da CDU não conseguir ao longo das últimas eleições eleger um deputado à Assembleia da República por Coimbra, o distrito não deixa de estar na agenda da CDU que destaca entre os seus deputados algum que faça o acompanhamento da região, e tem intervindo mais que alguns deputados eleitos por outros partidos sobre os problemas que nos afetam diretamente.  

 

A forma como começo este texto de opinião não é desligada de todo o resto, uma vez que durante os 6 anos anteriores os avanços económicos e sociais foram imensos, daí que a CDU não abdique de se continuar a bater neste distrito por:

 

- Reverter a fusão dos hospitais de Coimbra, voltando a contar-se com uma oferta de serviços diferenciados no Hospital dos Covões e no Hospital da Universidade de Coimbra.   

- Valorizar o Hospital Geral dos Covões e o Hospital Distrital da Figueira da Foz, como hospitais distritais com resposta de qualidade e independente. 

- Reconverter o antigo Hospital do Lorvão numa Unidade de Cuidados Continuados, inserida no SNS (Rede Nacional de Unidades de Cuidados Continuados).  


- Conclusão a obra hidroagrícola do Baixo Mondego.  

 

- Repor, modernizar e eletrificar os ramais da Lousã e Pampilhosa.

 

- Impedir o encerramento da Estação Nova na cidade de Coimbra.

 

- Defender, valorizar e melhorar a linha do Oeste e o ramal de Alfarelos.

 

- Melhoramento e alargamento do IP3.

 

- Encontrar soluções para a rede viária para a IC6, IC7, IC32, EN342. 

 

- Exigir equipas de sapadores, reposição do Corpo de Guardas Florestais e a valorização dos Bombeiros.  

 

- Defesa da Agricultura Familiar e dos pequenos e médios agricultores e a promoção dos circuitos curtos de produção.  

 

- Valorização e melhoria dos mercados locais e feiras. Desburocratizar as licenças e rever valores das taxas a pagar pelos comerciantes.  

 

- Combater a transferências de competências para as autarquias, das áreas protegidas, como o Paúl da Arzila, Choupal ou a Mata de Vale de Canas, e garantir a sua gestão pelo Estado central, com os meios e financiamento necessários. A transferência de responsabilidades para as Câmaras, sem o seu devido financiamento (económico e de recursos) assume-se como uma desresponsabilização do estado nessas mesmas competências.  

 

- Garantir uma política de defesa da água pública, combatendo as estratégias de privatização e mercantilização. Acabar com a ABMG, que tão pouco tem feito pela nossa água, com um custo muito maior.  

 

- Reforçar os meios de fiscalização e inspeção ambiental e garantir a despoluição dos rios, nomeadamente a limpeza do Rio Mondego, a sua proteção e otimização como recurso.  

 

 De uma coisa certamente ninguém se esquecerá, é que cada voto na CDU conta, como contou para influenciar as ações governativas que nos últimos seis anos nos deram tantas alegrias, como as cresces gratuitas, aumento de salários, passes sociais, entre tantas outras conquistas.

 

Estas são algumas das propostas prioritárias que os deputados por Coimbra (lista encabeçada pelo Manuel Rocha, músico e professor) querem levar à Assembleia da República.  

 

Vale a pena dar mais força à CDU. Pelo nosso concelho, pelo nosso distrito, pelo nosso País.

Orçamento 2022

Começamos este novo ano a falar do orçamento municipal para 2022 que foi aprovado pela maioria socialista no passado mês de dezembro.

Este é o primeiro orçamento do último mandato do atual presidente da câmara e que define com prioridades “a valorização do território, a qualidade de vida dos munícipes, o ambiente, a educação, a ação social e a cultura.” (citação da notícia do Diário As Beiras)

Para além disso é dito que “o orçamento para 2022 mantém a tendência de desagravamento fiscal sobre os munícipes e as empresas, apoiando famílias e empresários locais nesta altura de grande incerteza causada pela pandemia da covid-19”.

Ora bem se formos analisar o orçamento não se verifica nada daquilo que é referido.

Mas antes disso permitam-me que vos diga que há cerca de uma semana a RTP, Antena1 e Público publicaram uma sondagem elaborada pela Católica em que referiram que as principais preocupações dos portugueses são a Saúde, os Impostos e os Salários.

 Por isso é à semelhança de todos os portugueses, estas também são preocupações de todos os montemorenses.


Vamos assim destacar três pontos deste orçamento:

1.  Saúde – Tal como é referido na sondagem uma das maiores preocupações dos portugueses é a saúde. E os montemorenses também têm essa como uma das suas grandes prioridades. Para além disso ainda há cerca de dois meses verificámos uma notícia onde existiam problemas relacionados com a saúde nomeadamente em Pereira, Santo Varão e Meãs do Campo. Ora para espanto de todos nem no orçamento nem naquilo que é referido pelo Presidente da Câmara nada se fala sobre a saúde e em qualquer esforço que será feito pela câmara para assegurar os cuidados médicos a todos os montemorenses;

2.  Impostos – Outra das grandes preocupações são os impostos. Tanto é referido na sondagem como é dito pelo Presidente da Câmara que “o orçamento para 2022 mantém a tendência de desagravamento fiscal sobre os munícipes e as empresas”. Ora isto é pura mentira. Se compararmos os impostos municipais, nomeadamente IRS, IMI e Derrama, com o ano passado verificamos que permanecem exatamente na mesma. Mesmo tendo a possibilidade de desagravar a carga fiscal dos munícipes, o executivo camarário preferiu manter os impostos municipais inalterados não ajudando em nada as famílias e as empresas do concelho de Montemor-o-Velho;

3.  Cultura – É referido uma aposta na clara na cultura. Ora se formos verificar tanto neste orçamento como nos últimos oito anos houve um claro desinvestimento na cultura. Começando desde logo pelo maior ex-libris do concelho que é o CITEC, uma das escolas de teatro mais antigas do país e uma grande referência a nível nacional e internacional e que teve nos últimos anos um claro desinvestimento camarário. Por outro lado, o apoio que é dado às associações culturais cada vez é menor e mais precário;

Por tudo o que foi acima referido e muitas outras situações que aqui não foram referidas, podemos concluir que este orçamento fica muito aquém das necessidades das famílias do concelho de Montemor-o-Velho, das empresas e da atração de jovens para um concelho cada vez mais envelhecido.

Bloco de Esquerda

Montemor-o-Velho

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as maravilhas da publicidade ou o coporraita em 1968

Já experimentou a nova picareta 61? Por cada duas compras, damos: um fato-macaco com um estojo para a picareta, um limpa-unhas em vidro com o esquema da picareta 600 (fora de mercado) e um molho de chaves para desencravar a picareta.

 O novo Roskoff não tem travões, não tem direção, não tem suspensão. Não precisa.

Livros escolares. Não lhe dizemos mais nada.

O cachimbo de repetição é o melhor que há. Os nossos têm tabaco Habano.

Lagarto, Lagarto and Lagarto. Os melhores.

Editora Falhanço Limitado. Só prémios Nobéis nacionais e estrangeiros.

Não vá para o Vietnam sem o novo desodorizante “La Dona e Mobile”.

O Palha d’aço “Formentor” vende-se em todas as tabacarias. Peça já a sua bolsa na Fundação Gulbenkian.

Não faça concretista sem falar connosco. O nosso Melo e Castro é mesmo automático.

Mário Cesariny (1923-2006)

 

RETÓRICA, ELABORAÇÃO,

“JORNALISMICO” E “OPINIAÇÕES"

Na breve história dos cantares deste Janeiro, “vem-nos sempre à memória uma frase batida”:

Cantas bem, mas não me alegras!

Cortaram-me a linha e os carris, contudo os pés não se enganaram no caminho. Fui fazendo a minha vida, no meu mister. Trabalho muito. Estudei usando os transportes públicos disponíveis. No meu caso era a “camioneta”.

Na imagem fica marcada a dor de muita, muita, gente que viu o fim deste troço da linha da Beira Alta - Figueira da Foz ligada à Pampilhosa - como o fim do acesso às cidades de uma área que abarca Montemor-o-Velho e Cantanhede. Área rica no gado e nos hortícolas. Hoje sem jovens. Emigrantes pela Europa. Em particular na Suíça, França e Luxemburgo.

Agora pede-se ao vizinho uma boleia para a consulta externa em Coimbra. Os pais deixam o gaiato na N111 para apanhar um autocarro. Quem trabalha em Coimbra ou Figueira lá vai, a solo no seu automóvel. Deve ser a tal da “viabilidade económica”! Cruzes… canhoto!

Eu ia naqueles autocarros de “coiso e meio”. Não se pode negar alguma falta de resistência dos presidentes das Câmaras Municipais entre 2009 e o dia em que escrevo. Falharam! Continuamos a falhar no emprego e na fixação dos nossos jovens mais qualificados. A precariedade no trabalho - uma luta e exigência do Bloco de Esquerda - é um drama familiar, social e da nossa terra!

Isto confere!

Estamos longe da agenda 2030. Estamos afastados entre nós.

Mas é o país como um todo que tem de se fazer ao caminho.

E arrepiar caminho passa por sarar rapidamente as feridas abertas do tempo da Troika.

Salto assim, para que o queria realmente partilhar, para o que é humano, as propostas - há poucos dias - exigências - do Bloco de Esquerda.

Não são promessas. Não são logros.

Salvar o clima, Trabalho com direitos, direitos iguais, reforçar o SNS e melhor proteção social.

É devida a admiração e respeito ao nosso deputado do Bloco de Esquerda que tudo ao seu alcance, todas as batalhas, todos os pedidos, todas as inquirições, foram feitas pelo deputado eleito pelo círculo de Coimbra.

José Manuel Pureza prestou contas. Sempre. 164 vezes! A todos os eleitores.

Quem estava distraído pode ter esquecido. Foram mesmo 164 vezes!!!

Do que fazia, propunha e dizia, especialmente com respeito ao nosso distrito.

Estes dias de fantasmas trazem-me a náusea. Não o lamento. Apenas a náusea pura. A lama.

Bem sei que, no meio de uma qualquer rotunda, queriam por um pedestal a dizer aqui não entra a pobreza.

É daquelas coisas que não se faz por decreto. Aborrecido.

Promessas leva-as o vento!

Ferrovia, ecovia, políticas para o clima, acesso universal ao SNS, defesa do Hospital dos Covões. Depois de tantos debates - em versão shortbus - ficaram patentes as diferenças. Cada vez mais atrapalhadas para alguns. Não para o Bloco de Esquerda.

João Cotrim Figueiredo quer empréstimos para pagar estudos superiores.

Observar os debates de André Ventura é assistir ao desmascaramento político de um político cuja função - recordai votações parlamentares - é defender a tranquilidade dos poderosos, das suas corruptelas e “mecanismos” de acumulação de riqueza. A gritaria, ralha, logro, o ódio aos pobres - são apenas uma diversão demagógica para esse cair de máscara do Chega.

E pronto: PSD e PS dizem ser os únicos da estabilidade da governação. Qual estabilidade da diversidade democrática, qual quê. PS e PSD deram juntos no fim-do-ano mais 112 milhões ao novo Banco. Será caso de enxoval? O Chega nem se opôs. Claro. A coerência e factualidade não são claramente o forte desse partido.

Mas fico pasmado. Até irritado.

Que jornalismo é este que agora se faz?

Admito tendências editoriais desde que claras. Agora - agora! - os editorialistas são mais escorregadios, mas escondem cada vez menos a agenda política de que são portadores. Quantos prémios ganhou o Ventura do Chega por ter sido considerado “eficaz” - aldrabices à parte - pelos comentadores? Só porque não deixou o outro falar?

Mas tem de ser jornalismo? Ou não? O facto? O contraditório? O estudo? A verdade?

Aparentemente os jornais e especialmente televisões optaram pelo comentário!

Isso é jornalismo?

Isto é jornalismo? Estaremos condenados ao Meta do Facebook? Aos grupos média e seus donos?

Estamos à mercê do comentário de ocasião sobre a ocasião de outro comentário.

Apetece-me e digo: Viva a democracia, viva a liberdade e viva o direito à INFORMAÇÃO.

Talvez dia 30 de Janeiro de 2022 “seja domingo NO MUNDO!”

Artigo 11.º

1.  Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua culpabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.

2.  Ninguém será condenado por ações ou omissões que, no momento da sua prática, não constituíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.

ANTIFA - O Manual Antifascista, Mark Bray

De Mark Bray


Descrição

Desde que existe o fascismo, existe o antifascismo – também conhecido como "antifa". Nascido da resistência a Mussolini e Hitler na Europa durante os anos 20 e 30, o movimento antifa chegou subitamente às manchetes em meio à oposição ao governo Trump, a ascensão da alt-right e o ressurgimento de grupos de supremacistas como o Klu Klux Klan.

Em uma inteligente e emocionante investigação, Mark Bray, historiador e um dos organizadores do Occupy Wall Street, nos oferece um olhar único de dentro do movimento, incluindo uma pesquisa detalhada da história da antifa desde suas origens até os dias de hoje – a primeira história mundial do antifascismo no pós-guerra.

Baseado em entrevistas com antifascistas de todo o mundo, o livro detalha as táticas do movimento antifa e a filosofia por trás dele, oferecendo insights sobre a crescente, mas ainda pouco compreendida, resistência contra à extrema-direita.

O QUE NOS DIZ, HOJE, A MÚSICA DE INTERVENÇÃO?

Qual é a força da inquietação que os compositores colocam nas suas letras? Qual é o retrato que fazem de Portugal? E de que forma se  projeta a sua voz?

É um fenómeno mundial com uma longa história. A música pode ser o registo de um momento fraturante ou a consequência do contexto de uma era. Em Portugal, o pós-25 de Abril foi prolífero na música de intervenção. Ela estava lá, escondida nos anos de ditadura, e saiu com toda a força pela voz de músicos como José Mário Branco, Sérgio Godinho ou Zeca Afonso.

Temos por isso essa herança, a ligação entre emoção e mensagem, afirmação e sentido de união, o Homem Novo, o sonho que comanda a vida. E se naquele tempo a celebração estava sempre presente, as letras nunca deixaram de referir o passado que se deixou para trás e a mágoa do fascismo.

Quando olhamos para a música de intervenção que se faz hoje em Portugal, ela é fruto também dessa história, assim como dos movimentos sociais que se criam hoje em dia um pouco por todo o lado. Os artistas portugueses olham, naturalmente, para o que se passa no resto do mundo e para acontecimentos como o Black Lives Matter.

Acontecimentos que não só reavivaram temas antigos, como We shall Overcome, canção-bandeira da luta pelos direitos civis composta por Pete Seeger (editada em 1947), como foram tema de músicas como This is America, de Childish Gambino (2018) e das letras da atual banda inglesa Sault. A cantiga como veículo de expressão, como símbolo de um movimento ou como estímulo de uma mudança foi, é e sempre será uma forma de luta.



Voz: A garota não (Cátia Mazari Oliveira) Guitarra elétrica: Sérgio Miendes Vejo o mundo do avesso liberdade não tem preço mas a fome que me invade contradiz-me na vontade de ser o melhor que posso no que faço, até ao osso ser rastilho e amizade amor que brilha, amor de verdade tenho meeedo há quinhentas noites que tenho medo que o sol desista de nós e deixe de vir manhã cedo… vejo o mundo do avesso nem tudo tem um recomeço e a água já vem tarde se a cidade em chamas arde tenho seeeede há quinhentas noites que tenho sede tu e eu temos de ser mais que peixe-preso numa rede vejo o mundo do avesso e só nesse abraço esqueço o desassossego de ir à pressa a vida toda, como promessa tenho frio há quinhentas noites que tenho frio o amor tem de ser mais que uma noite, um desvario tenho fome há quinhentas noites que tenho fome o nosso laço tem de ser mais que facebook.com


Entrar na cozinha é sempre um prazer na descoberta de novos pratos reinventados pelo CHEF Bate&Foge.

Hoje nesta edição nº1 de 2022 veio apresentar mais um prato simples, agradável e cheio de mistério.

Como entrada uns Mexilhões Bate&Foge, já sem casca que “atirados” para sertã onde já se aquecem os alhos cebola e com um pouco de azeite deixam-se misturar alguns minutos até que apareça o suco que os próprios atiram fora, nesse momento salpicam-se com sumo de limão e cortam-se em pequenos pedaços o que sobrou do limão e remove-se mais alguns minutos…

Ali mesmo ao lado depois de laminar um pouco de Frango com casaco de queijo, cobre-se com duas fatias de queijo e deixa-se derreter, coloca-se umas ramadas de salsa para embelezar.

Enquanto se prepara as batatas cortadas em rodelas generosas, a cenoura e o tamboril, vamos preparar os ovos mexidos com espargos…que revoltos em ovos na sertã ficam com um aspecto divinal como podem verificar na foto. O arranjo fica ao vosso gosto, o Chef Bate&Foge apresentou o seu, espero que gostem.

sexta-feira, dezembro 31

Barcaça_10

Zarpa hoje a décima barcaça, no último dia de 2021, projeto apoiado e realizado com dedicação e carinho por muitos e com múltiplos interesses, culturais e científicos, associativistas e políticos. Desde o seu início, tem dado voz a diferentes visões do mundo e procurado construir um locus plural e independente de formação e informação. Deste modo, não posso deixar de agradecer a dedicação de todos os nossos Colaboradores, novos e antigos e, principalmente, aos que nos acompanham nesta nova viagem da Barcaça. E, desejar, a eles e aos nossos visitantes, um Novo Ano pleno de realizações pessoais e profissionais. O nosso público fiel já se habituou à diversidade das viagens da Barcaça que, à semelhança do estilo fluído de Heraclito, não se banha duas vezes nas mesmas águas do rio.

Com o términus de um ano é normal os textos aqui apresentados terem um jeito de balanço do ano transato e também a manifestação de novos desejos para o Ano Novo. As promessas que também é usual, cada um de nós, fazer ao bater das doze badaladas fica à escolha de cada um. Mas nós, prometemos, trazer novos assuntos e, como sempre, a atualidade, seja cultural, desportiva ou política. E, desejamos que, no Novo Ano, tenhamos forças e saúde para continuar com estas viagens.

Mais um ano a chegar ao fim, cheio de incertezas de dificuldades para todos e como não podia deixar de ser, as colectividades com grandes complexidades de levar o seu trabalho a bom porto.

Mas são momentos destes que também nos fazem tornar mais fortes e na entreajuda conseguir manter as portas abertas e seguir em frente.

Como sempre as ajudas tardam em chegar e mesmo em vésperas de eleições são sempre esquecidas pelo trabalho desenvolvido que caberia ao Estado suportar, mas que esbanja para outras prioridades como da Banca, TAP etc. A cultura o desporto e o associativismo serão sempre os parentes pobres destes orçamentos.

Por isso quero deixar uma palavra de conforto para o dirigismo amador que mantem viva a chama do Associativismo e mesmo com as dificuldades inerentes à pandemia conseguem desenvolver um trabalho meritório para os muitos jovens do Concelho de Montemor-o-Velho e Figueira da Foz e exemplos estão aí, como demonstra a Miragem nos seus programas de Palavras Com Sal que leva até aos seus seguidores o que de melhor se faz nesta área, percorrendo os longos caminhos dos dois concelhos.

Apontar rumos deve ser uma das valências das colectividades não se devem fecharem em si mesmo nos momentos difíceis, devem ser criativos como nos foi dado a conhecer por diversos clubes da forma como o fazem.

Algumas delas com a dificuldade de arranjar dirigentes, os próprios atletas assumem a dupla responsabilidade de serem praticantes e ao mesmo tempo dirigir o clube/associação a que pertencem.

Por isso devemos valorizar quem se predispõem a assumir cargos não só pelo tempo despendido que obriga, mas também direi mesmo o amor à camisola e são muitos porque são muitas as colectividades existentes nestes dois concelhos.

Por isso desejo que 2022 nos traga um pouco mais de paz e saúde e vitorias desportivas.

CRUZEIRO DE GATÕES

Inserido no adro murado da antiga Junta de Freguesia de Gatões, junto à Rua Principal, o Cruzeiro de Gatões é uma estrutura quinhentista em calcário, assente sobre uma plataforma em alvenaria, recente, revestida a mármore, de dois degraus, sobre a qual se eleva o dado, quadrado e liso. A coluna dórica exibe no fuste monocilíndrico a inscrição HVA AVE M(ARI)A / PECADOR TE PEDE Q/VEM ESTA / (cruz) AQVI FEZ / POR 1558, sendo rematada por uma cruz latina simples e posterior, sem qualquer decoração.

Implantados nas rotas viárias, nomeadamente em encruzilhadas, os cruzeiros medievais e modernos constituíam-se como marcos de caminho, não só indicando direções, mas também tendo uma função religiosa. Efetivamente, estes padrões carregavam uma cultura popular de proteção, sendo erguidos para proteger as almas de quem transitava ou marcando a memória de determinado acontecimento, pedindo, por vezes, orações a quem passasse pelo local.

O cruzeiro de Gatões parece inscrever-se neste último caso. Erguido em 1558, conforme indica a inscrição na coluna, este cruzeiro de beira de caminho estaria originalmente no lugar de Borda da Estrada, que se situa nos limites da antiga freguesia. A sua execução na centúria de Quinhentos testemunha a dinâmica artística da região de Montemor-o-Velho nesse período, sendo um dos poucos cruzeiros renascentistas que subsiste no concelho.

O Cruzeiro de Gatões foi classificado como de interesse municipal em 2005 (Edital n.º 159/2005 de 25.07.2005 da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, publicado em 02.09.2005).

A bofetada e os óculos no chão,

Guardo na memória a festa que era para mim fazer anos, quando era menina e depois na juventude. Era tudo tão pouco, tão modesto, e, no entanto, era enorme no meu conceito. Resumia-se ao jantar que nessa noite era na sala. E a comida era sempre igual ano após ano, canja, arroz escuro dos miúdos do frango, e o dito cujo com batatinhas à volta, assado no forno. Como sobremesa arroz-doce. 

Prendas? Não me recordo. Apenas uns postais ilustrados enviados por algumas amigas. Mais tarde algumas prendas então, mas já com vista ao enxoval, jamais de carácter supérfluo.

Gosto de recordar, faz-me sorrir.

Foi há muitos anos, neste dia em setembro. 

Fui a Coimbra, e viajei no autocarro da carreira. No regresso vinha "o meu autocarro" e mais outro igual que era o do desdobramento, este por acaso vinha à nossa frente. Numa curva travou bruscamente para evitar bater numa camioneta que lhe surgiu de frente, e como a estrada estava molhada, atravessou-se na via. O outro também parou e não ouve consequências, porém quando o motorista se dirigiu ao da camionete de carga este começou a barafustar, e pregou-lhe uma bofetada. Os óculos voaram e claro partiram-se. 

Quando segundos depois ali chegámos não havia espaço para passarmos. Com aquela atitude maluca, tornou-se necessário chamar a polícia, e sem telefone a demora era evidente. (estávamos nos anos sessenta) Ficámos ali retidos no meio dos campos. Então a alternativa era entrar numa azinhaga ir passar por uns pequenos povoados, para voltar à estrada um pouco mais adiante. 

E lá seguimos por caminhos tortuosos e estreitos de terra esbranquiçada, aos solavancos sobre o piso irregular. 

As pessoas surgiam às portas, admiradas porque ali não passavam carros. Íamos muito devagar, a camionete quase entalada entre barreiras de terra e silvas e a espaços curtos havia uma pedra enorme no chão. Então o colega do motorista descia e ia tirar a pedra. 

Daí a pouco, de novo -" ó Isaías lá está outra, vai tirar." Nós riamo-nos, e parodiávamos o facto, chamávamos-lhe excursão sem aumento no preço do bilhete. E mais pedras se sucederam e o Isaías sempre as foi retirar, até finalmente voltarmos à estrada normal, verificando que tínhamos andado tanto, mas na realidade estávamos a poucos metros das camionetes imobilizadas. Sucedeu-se um brado  de espanto, estávamos quase no mesmo sítio,  mas agora de estrada livre era seguir em frente.

À boa disposição inicial sucedeu a saturação, estávamos "fartas" de solavancos, e do pó que as rodas da camionete levantavam e  mesmo fechando as janelas não era possível evitá-lo, e agora tudo calado só queríamos era chegar a casa depressa, pois foram horas nesta aventura e já era quase noite.

Em Montemor a notícia tinha corrido mas da pior forma, dizia-se que a camionete da carreira tinha sofrido um acidente, falava-se num choque ; eu tinha por hábito e gosto, ocupar o lugar da frente (aquele que era reservado ao fiscal) por isso em minha casa foi o caos. Quando a camionete entrou no início da minha rua onde passava e não parava, eu vi logo um aglomerado considerável de pessoas à minha porta. Preocupadas esperavam, e acompanhavam a minha mãe que em lágrimas só pensava o pior.

Finalmente cheguei a casa, sã e salva! Pois, não nos tinha acontecido nada, mas neste dia de aniversário, o jantar que já tinha arrefecido, não soube como de costume. 

O pobre da Noite de Reis

 

O moleiro colocou a tapadoira no cubo, que leva a água ao rodízio,entrou, fechou a porta do moinho e disse:

 - Nosso Senhor nos dê muito boa noite, salvação p'rás almas, graças p'ra servir a Deus Nosso Senhor, amém. 

  Ao entrar na "casa do borralho", a cozinha, disse à mulher e aos filhos que era noite de Reis e por isso as pedras ( mós) entravam em descanso até ao sol- por do dia seguinte.

 Cearam e depois de "dar graças", chegaram- se mais ao lume e então alguém bateu à porta.

  -Quem é ?

 - Um pobrezinho a morrer de fome e de frio. Abra, por amor de Deus.

 O moleiro levantou- se, abriu a porta e logo o  convidou a entrar pois do lado de fora o frio até cortava alma. 

 - Vossemecê anda por esse mundo fora c'um tempo destes , valh'ó Deus.

 - Atão pois se não peço, morro à míngua... , quem não tem, tem que pedir.

 Olhe, se por amor de Deus me desse uma pouca de farinha de centeio, trigo ou mesmo de cevada e me deixasse fazer umas papitas... , ando tão mal da barriga, as minhas "tripas" dão cabo de mim.

 Farinha de trigo não temos e nem trigo p'ra moer, mas na moega da " pedra alveira" que é a da direita, temos grão de cevada. É noite de Reis, nos dias santos o meu moinho não trabalha , se quiser tire a tapadoira, solte a água e quando tiver a farinha tape de novo a água, pare o moinho e Deus lhe perdoe.

 - O bom Deus lhe pague. Lá vou... .

Fez a farinha e a moleira lá lhe fez as papas. Depois de as comer conversaram um bocado e depois o pobre pediu se podia dormir "à borda do lume", e como lhe disseram que sim embrulhou- se no farrapo que era o seu capote, deitou a cabeça no saco que trazia e adormeceu.

 O moleiro e a mulher mal se deitaram adormeceram  também.

 Raiou a manhã e quando se levantaram nem pobre, nem sinal de ninguém.

 No moinho, por todo o lado, cheirava a alecrim e junto das mós estava um monte de sacos de trigo, centeio e cevada.

 O moleiro, a todos os pobres que por ali passavam dava sempre avultada esmola dizendo: seja em memória de quem cá passou.

 Bendito e louvado, e o Menino é adorado. 

DESPERTAR PARA O DESPORTO

A opinião desportiva que mexe consigo!

Nesta oportunidade proponho evidenciar os maiores feitos desportivos do ano. 2021 foi o ano dos Jogos Olímpicos de Tóquio, do Futsal e do ressurgimento do Sporting Clube de Portugal, sempre acompanhado da pandemia que, mais ou menos ativa, continuou a abalar o planeta.

Pedro Pablo Pichardo,


atleta português do triplo salto, com origem cubana, ofereceu o ouro a Portugal de forma indiscutível, em Tóquio. Aliás, foi o triplo salto que acabou por consagrar Patrícia Mamona

como vice-campeã olímpica, regressando a casa com a medalha de prata. Na canoagem Fernando Pimenta

voltou a brilhar, orgulhando o país, Ponte de Lima (de onde é originário) e Montemor-o-Velho (local de eleição para a sua preparação durante a época). Jorge Fonseca, no judo, alcançou a medalha de bronze, completando o leque das quatro medalhas conquistadas pela nossa equipa olímpica no Japão.

Wembley foi o palco da entrega do título de campeão da europa à seleção italiana de futebol, sucedendo a Portugal, após o França 2016.

2021 foi também o ano do ressurgimento do Sporting Clube de Portugal enquanto melhor equipa de futebol no nosso país. Vários anos depois sagrou-se campeão nacional, sob o prometedor comando de Rúben Amorim. Ainda no futebol, os astros, Messi e Ronaldo, trocaram de ares – o argentino aterrou em Paris depois de uma longa carreira na Catalunha; o craque português voltou ao Manchester United onde outrora foi feliz.

No futsal, Portugal reforçou o título de campeão europeu, obtido em 2018, sagrando-se, agora e pela primeira vez na sua história, Campeão do Mundo, na Lituânia. Ricardinho


, o melhor jogador português de todos os tempos, voltou a ser considerado o melhor jogador do torneio e, nobre, consciente e humildemente, pôs fim ao seu percurso com as quinas ao peito. Que carreira! Montemor-o-Velho esteve presente na Lituânia – o professor Bruno Travassos, com origens na Carapinheira, integrou os quadros técnicos da seleção, enquanto Analista, dando asas ao conhecimento académico, científico e investigativo que pautam a sua intervenção profissional.

No mundo dos motores, Max Verstappen


ergueu o título da Fórmula 1 depois de uma das mais sensacionais provas dos últimos anos, parecendo fazer despertar, novamente, o interesse numa modalidade que se tornou previsível demais. No Moto GP sublinhe-se o fim da carreira de Valentino Rossi, um ícone incontornável da modalidade, num ano em que Miguel Oliveira, tendo sido mais irregular do que se esperava, continuou a cimentar a sua posição no circuito mundial.

Na maior competição de basquetebol do mundo, a NBA, estreou-se o primeiro português de sempre a participar naquela prova, Neemias Queta,


nascido em Lisboa em 1999.

No ténis, Djokovic


igualou Federer e Nadal no número títulos em Grand Slam´s, com 20 troféus, “abrindo o apetite” para a luta entre os três gigantes da modalidade em 2022.

2022 trará ainda os Jogos Olímpicos de Inverno,


em Pequim, e o Campeonato do Mundo de Seleções de Futebol,

no Catar, motivos mais do que interessantes para continuar a acompanhar esta rúbrica da MIRAGEM, após o seu ano de estreia.

Bom 2022 a todos, 

Repórter Mabor

Falar sobre desporto pelo concelho de Montemor-o-Velho é sempre uma descoberta de novas gentes de novos projetos e falar-vos da (A.F.A.) Amigos da Freguesia de Arazede, vai ao encontro do que melhor se faz no Associativismo.


A AFA neste momento como as diversas colectividades não ficou indiferente à pandemia, mas com a sua Direcção comandada pela veterana Dora Tinoco tem conseguido levar a água a seu porto e incutir nas atletas nos sócios e simpatizantes que é possível crescer seja como atletas como nos sonhos.

Fundada em 23 setembro de 1987, com sede radicada no seu Pavilhão localizado nas Faíscas-Arazede abraçou também faz quatro anos a modalidade de ténis de Mesa.

Hoje conta entre as duas modalidades com mais de sessenta atletas a maioria da sua terra.

No hóquei tem várias equipas:

-       Seniores Femininos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão Feminina e Taça de Portugal, organizado pela Federação de Patinagem de Portugal (FPP).

-       Infantis(Sub11) 

-       Iniciados (Sub15), nos campeonatos regionais e torneios organizados em conjunto pelas Associações de Patinagem de Coimbra (APC) e Aveiro (APA)

  Na vertente de formação, com:

  -     Escolares (crianças dos 9 aos 10 anos inclusive), que participam nos convívios/encontros organizados em conjunto pelas associações de Coimbra (APC) e Aveiro (APA)

  -     Escola de Patinagem (crianças a partir dos 3 anos de idade) 

A “A.F.A.” também se dedica á prática da modalidade de Ténis de Mesa:

 -      Seniores em competição no Campeonato Distrital da ATM - Associação de Ténis de Mesa de Coimbra

 -      Iniciados e Infantis em formação participam em convívios/torneios organizados pela ATM - Associação de Ténis de Mesa de Coimbra e outras Associações. 

No seu historial a AFA, foi finalista vencida tanto na final da Taça de Portugal Feminina de Hóquei em patins de época 2003/2004 como na  Supertaça da mesma época, contra a Fundação Nortecoope. 

Mas vão fazendo história.

Estando de parabéns as atletas Ana Sofia Canoso e Virgínia Carapeto que representaram a Seleção Nacional OVF PT , no torneio Challenge Rafael Oliveira, de Sub-17 Femininos de Hóquei em Patins, que se realizou no Luso de 16 a 19 de dezembro.

Conseguindo o honroso  3.° lugar.

Dora Tinoco, presidente da A.F.F entrevistada na MIRAGEM , pelo Luiz Pessoa e Olímpio Fernandes durante perto de uma hora, potenciou a sua opinião nos mais diversos motivos participativos nas duas modalidades, o Hóquei e o Ténis, como garantia desportiva no presente, fazendo perceber nos espectadores que outras iniciativas vão ser projetadas no futuro, ainda no espaço do seu mandato.

Viajemos até Vila Nova de Anços, uma das freguesias de Soure, com a sua equipe de futebol de onze a disputar a Liga Inatel Série A, soma e segue no comando da classificação somando 18 pontos, nas 6 vitórias nos jogos disputados, rematando sem tibiezas nos 15 golos já marcados, sofrendo apenas 5!


  Bravos e vitoriosas os amadores de Anços, escrevem agora a história no desporto local, recordado despois  das "cinzas" do tempo que não pára no espaço das nossas reflexões… desportivas, ou não sejam o motivo forte dos nossos cometários e atitudes no presente.

A seguir os rapazes de Maiorca fortes e “raçudos” na sua competição, difíceis de serem vencidos, como no dia o seu treinador, numa entrevista na Miragem, conduzida pelo Luiz Pessoa, já que nesta altura com 17 pontos a um ponto do primeiro lugar, um destes dias podem ou não assumir a liderança da Séria A, quem sabe?

Soma 5 vitórias , empataram duas vezes , sendo por isso mesmo um sério candidato ao primeiro lugar, O Montemorense, recordando velhos tempos nos Distritais, mostrando o seu glorioso emblema, os nossos "meninos" vão fazendo pela vida e pela história do único clube desportivo no velho Montemor, somando 16 pontos na classificação e porque não sonhar também com o primeiro lugar? Alma até Almeida, meus "meninos" pois o Montemorense consolidou-se na sua longa historia com os seus guerreiros desportivos, já agora conheçam a sua história e a responsabilidade desportiva de a vestir nas vossas vidas de todos os domingos.

Cá por baixo na classificação, quantas vezes os últimos são os primeiros, se a Bíblia nos ensina alguma coisa, há que domingo a domingo lutar para vencer no fenómeno desportivo repleto de surpresas, por onde não há vencedores por encomenda.

O Corticeiro de Cima, deste modo com zero pontos nas 6 derrotas da jornada, tem como companhia o Figueiró do Campo, numa cauda respeitadora dos valores éticos desportivos, glorificando o sentido olímpico de todas as modalidades potenciadas no caracter dos seus praticantes...

Calendário - Classificação - Resultados Divisão de Honra da AFC






A nuvem e o sol

 

Veio uma nuvem e tapou o sol,

Pedi-lhe com jeito para se arredar...

que o dia ficou como um lençol,

a nuvem teimosa pôs-se a chorar...

 

Falei-lhe das crianças e das flores,

mostrei-lhe que o sol as aquecia,

pedi-lhe que fosse mais a diante...

mas a nuvem teimosa não me ouvia!

 

Foi mulher ou nuvem, não sei dizer,

como chuva corria pela tarde,

acossada, batida pelo vento...

 

a terra fez-se branda para a acolher,

e num gesto meigo, sem alarde,

tragou agradada o sofrimento.


O LONGO CAMINHO DA VIDA! 

O grande palco

Da vida

Ensina-nos o trilhar

Do caminho,

Com tristezas,

Com alegrias...

Viver o dia a dia

Sem pensar no futuro,

Pois o importante

É viver o presente.

O amanhã

É incerto...

É

Preciso saber viver

E quanto mais se vive

Mais se aprende!!

Aprende-se a dialogar

Aprende-se a perdoar

Aprende-se a escutar

Aprende-se a querer

Enfim,

Aprende-se...

E tu

Já aprendes-te tudo?

Pára um pouco

Para pensar e aprende...

Já editado em livro de poesia - SOBRE UM OLHAR -

 

Agora que o sol poente

é tão real,

só o frio da noite virá estender

seu manto sobre mim…

E o brilho das estrelas

e o luar sereno

serão sinal de esperança,

iluminando o caminho

que falta percorrer…

Quando nascer o sol

da madrugada,

será de novo dia em mim

renascerá a esperança,

findando a longa espera.

Agora que o ano de 2021 está a terminar, é hora de fazer um balanço e projetar em 2022 os maiores desejos.

Concedem-nos 12, não é verdade?!

1. Desejo que a saúde melhore no nosso concelho. Que haja acessibilidade semelhante aos cuidados de saúde para todos os Montemorenses. Que se possa fazer prevenção da doença, promoção da saúde, mas assim mesmo muito a sério. De forma tão séria que se reflita nos marcadores e indicadores de saúde. Desejo que o Conselho Municipal da Saúde não seja só um nome, mas sim um projeto sólido e que cause impacto.

2. Desejo que as crianças tenham orgulho em crescer Montemorenses. Que sintam que o Município olha para elas com respeito e igualdade. Que os parques infantis sejam atrativos e seguros, que sejam reflexo de um dos muitos esforços para termos crianças felizes. Que o mega Agrupamento de Escolas seja um espaço protetor, com as todas as oportunidades possíveis e ainda não sonhadas.

3. Desejo que os idosos tenham o seu espaço, sejam valorizados e nunca esquecidos. Que se aposte em projetos que visam proteger os idosos, desde vários pontos de vista: bio-psico-social. Que não sejam objeto de distração para problemas familiares graves. Que não passem fome. Que tenham acesso à medicação e apoios sociais céleres e que respondam às necessidades reais.

4. Desejo que os comerciantes deste Concelho sejam apoiados verdadeiramente, no dia a dia das suas dificuldades. Não apenas quando vem uma tempestade ou quando está cá a televisão. Que sintam que o seu negócio prospera porque está instalado em Montemor. Que é uma aposta ganha!

5. Desejo que a Piscina Municipal abra…. A funcionar na sua plenitude!

6. Desejo que as obras camarárias sejam pensadas e projetadas com pés e cabeça, por profissionais e não por opinadores. Que essas obras sejam bonitas e respeitem o erário público. Que sejam sempre uma mais-valia para os Montemorenses e para os que aqui passam, já seja em trabalho ou em lazer.

7. Desejo que a água seja acessível a todos, ao final do mês. Que se acabem as roturas. Que se acabem os dias em que a água sai castanha e cheia de areia. Que a água seja agradável para beber. Desejo que se encontre a melhor maneira para acabar de uma vez por todas com uma ideia que nunca devia ter ido para a frente: a privatização das águas pela empresa ABMG.

8. Desejo que o nosso Concelho seja seguro. Que não caia nas rotas da delinquência, de vícios e maus-tratos. Que seja um Concelho onde todos se respeitam, quer gostem mais quer gostem menos. Que seja um Concelho onde as crianças ainda possam jogar à bola no bairro, sem medos para além de joelhos esfolados.

9. Desejo que as acessibilidades dentro do nosso concelho e para aceder ao nosso concelho melhorem. Que não se fique por alcatroar mais umas estradas. Que haja a ambição necessária para aproximar margens, para facilitar o acesso dos lugares mais distantes aos centros, para facilitar a passagem de quem por cá passa.

10. Desejo que o Rio Mondego cresça, que seja valorizado. Usar sem abusar, mas aproveitar uma das maiores riquezas do nosso concelho. Que este ano seja, finalmente, o ano em que nos vemos livres dos jacintos!

11. Desejo que o turismo dentro do nosso concelho seja uma aposta de todos nós. Que se criem as condições necessárias para um turismo sustentável, sem depender do Citemor ou do Castelo Mágico. Que seja um turismo forte, que passe por todas as aldeias e lugares que têm património (cultural, arquitetónico, social, ambiental, gastronómico…) e não se centre apenas no Castelo.

12. Este desejo fica ao critério de cada leitor da Barcaça! O que é que cada um de vós deseja para o nosso Concelho, neste ano 2022?!

2022

Com o aproximar do final do ano, encerra-se mais um capítulo das nossas vidas e damos início a um novo ciclo.

2022 será um ano com algumas mudanças políticas e económicas.

Desde logo iremos começar o novo ano com as eleições legislativas. Eleições essas que irão ditar os novos rumos e diretrizes que Portugal irá seguir nos próximos tempos.

Estas eleições têm uma particular importância não só pelo momento que o país atravessa como também pelo extremar de posições que, nos últimos tempos, cada vez mais se fazem sentir. De certeza que iremos ter uma nova configuração do espetro político nacional e isso terá bastante influência no futuro do país e no nosso dia-a-dia.

Outra questão não menos importante e que também terá um grande impacto em toda a economia portuguesa será a forma como a nossa economia conseguirá recuperar destes dois anos de pandemia, mas também a forma como os fundos comunitários da famosa “bazuca” serão aplicados.

Por outro lado, iremos entrar num novo ciclo autárquico. Depois das últimas eleições decorridas em setembro deste ano, vamos começar a verificar as estratégias e investimentos que os novos executivos camarários decidiram para os próximos tempos. No caso do concelho de Montemor-o-Velho iremos acompanhar e analisar a forma como o presidente da câmara irá enfrentar os próximos quatros anos. Será o último mandato enquanto presidente de câmara por isso será interessante perceber quais são as prioridades que irá definir para conseguir deixar a sua marca no concelho.

Por último, e não menos importante que os outros pontos referidos será a questão do Covid. Será que finalmente iremos voltar à normalidade do nosso dia-a-dia sem restrições e constrangimentos, ou será que iremos continuar com sucessivos avanços e recuos que aumentam ainda mais a incerteza dos nossos dias?

Ou seja, por isto tudo e muitas outras questões que iremos assinalar relativamente ao nosso concelho podemos concluir que iremos ter um ano repleto de muitas noticias e informações que iremos acompanhar atentamente.

Até lá espero que aproveitem estes últimos dias de 2021 seja em família ou com amigos.

Boas entradas e bom ano para todos!

Boas Festas!




·        Com realização de Sérgio Tréfaut, “Raiva” é um filme a preto e branco que adapta ao grande ecrã a obra “Seara de Vento” (1958), de Manuel da Fonseca, um clássico do neorrealismo português sobre a pobreza, a opressão e as injustiças sociais que se inspirou num evento verídico acontecido em Beja, em 1930.

·         "Seara de Vento" de Manuel da Fonseca -, publicado em 1958 e banido pelo regime salazarista até 1974) 


Entrevista com Ezequiel Sousa - Figurante no filme a RAIVA





Artigo 10.º

Toda a pessoa tem direito, em plena igualdade, a que a sua causa seja equitativa e publicamente julgada por um tribunal independente e imparcial que decida dos seus direitos e obrigações ou das razões de qualquer acusação em matéria penal que contra ela seja deduzida.

Francisco " Paco " Ibáñez (nascido em 20 de novembro de 1934 em Valência ) é um cantor e músico espanhol

Letra da música

Las tierras, las tierras, las tierras de España
las grandes, la sola desierta llanura
galopa caballo cuatralbo, jinete del pueblo
que la tierra es tuya

Um galopar, um galopar, hasta enterrarlos en el mar (bis)

A corazón, suenan, suenan, resuenan
las tierras de España en las herraduras
galopa caballo cuatralbo, jinete del pueblo
que la tierra es tuya

Um galopar, um galopar, hasta enterrarlos en el mar (bis)

Nadie, nadie, nadie, que enfrente no hay nadie
que es nadie la muerte si va en tu montura
galopa caballo cuatralbo, jinete del pueblo
que la tierra es tuya

Um galopar, um galopar, hasta enterrarlos en el mar (bis)


William Kamkwamba nasceu no Malawi, onde vivia na mais absoluta pobreza e, aos 13 anos, teve de abandonar a escola por falta de meios. Mas isso não refreou o seu otimismo nem a sua vontade de aprender e, graças a uma biblioteca escolar, continuou a acompanhar as matérias escolares. Um dia descobriu um livro que mudaria por completo a sua vida e que explicava o funcionamento dos moinhos de vento. Utilizando materiais improvisados, muitas vezes recolhidos em sucatas, William conseguiu montar dois moinhos de vento e, assim, fornecer energia elétrica e água à sua pequena comunidade. O seu feito tornou-se notícia em todo o mundo e é contado neste livro cativante, que retrata os problemas que afligem o continente africano e sugere que as melhores soluções não partem necessariamente da ajuda dos países ricos.

BARCAÇA_54

  Final de mês é dia de mais uma viagem pelo nosso Mondego que agora tenta galgar as margens devido à quantidade de água que leva o seu leit...