Número total de visualizações de páginas

quarta-feira, junho 15

BARCAÇA Nº 19

 




Hoje na abertura desta nossa edição, não poderia deixar de fazer uma pequena reflexão sobre o meu País.

Na abertura dos telejornais das manchetes dos jornais não vejo nada positivo, o SNS com falta e médicos obriga a fechar algumas unidades e a promessa do médico de família continua a ser uma mera promessa para muitas famílias. Agora o governo anuncia mais uma comissão pra resolver o caos nas urgências.

Os mais velhos recordam-se como era antes (partos em casa) mortalidade infantil em números recordes e hoje 2022 abrem-se telejornais, com idas superiores a 100 km para mulheres consigam fazer o seu parto num hospital se chegarem a tempo, caso contrário pode ser mesmo ali no parque de estacionamento na sua viatura.

Governo admite formar mais médicos, mas a Ordem diz que há médicos suficientes estão é mal distribuídos.

Além disso os tarefeiros ganham mais cinco vezes que os residentes, por isso fogem do SNS para trabalharem como tarefeiros.

Não seria de bom tom o Governo obrigar como acontece nas forças armadas depois de concluírem o curso tem de dar 12 anos à instituição?

Portugal não consegue equilibrar as suas contas independentemente dos grandes apoios europeus os portugueses veem o seu poder de compra cada vez mais reduzido.

Mas vamos rindo e andando, e nada melhor que para acalentar a alma um pouco de poesia dos nossos colaboradores e opiniões todas elas válidas vinda de vários setores.

Já no que toca a Monumentalidade viajamos até ao Celeiro dos Duques de Aveiro [Pereira do Campo] na palavra do nosso colaborador Mário Silva, já José Craveiro desta vez num vídeo conta-nos mais um conto sempre de encantar novos e velhos.

No Desporto em final de ano e de época, surgem os torneios que servem para ocupar tantos jovens e dar alegrias aos seus clubes.

E desejo hoje para o Carapinheirense que traga a taça para casa.

Percorremos algumas coletividades e claro o ACM também foi contemplado com as marchas de Santo António onde o Verde/Branco encantou.

No que toca ao Desporto o ACM no seu troneio vai ter um junho muito preenchido com os mais pequenos.

Já a Casa do Benfica sempre a surpreender com os de (palmo e meio) a dar cartas na arte de dominar a bola.

O CITEC por sua vez depois do imenso sucesso em casa com Teatro Jorge Retorna a Montemor, neste próximo domingo leva-nos até ao Castelo mais uma atuação.

Os nossos colaboradores da área política batem no tema da atualidade o que anda a fazer o Governo no que diz respeito ao SNS e os pormenores dos debates sobre eutanásia

Por tudo isso desejo bom férias e voltaremos daqui a 15 dias com novas crónicas, novos poemas e novas análises não olvidando os contos.

Boas leituras.


ASSOCIATIVISMO

O Associativismo faz bem à saúde?

Alguns números

População - alguns dados estatísticos para melhor se conhecer do que estamos a falar.

É, assim, de referir que, em 2015, a população residente em Portugal era de 10.341.330 pessoas, dos quais 4.253.959 tinham 50 ou mais anos e 2.140.824 tinham 65 ou mais anos. A população com 50 e mais anos representava 41,1% da população, sendo 38,5% nos homens e 43,4% nas mulheres. A população com 65 e mais anos representava 20,7% da população, sendo de 18,1% nos homens e 23% nas mulheres.

Desde o ano 2000, o número de idosos, 65 e mais anos, é superior ao de jovens, atingindo em 2015 a ratio de 1,47, ou seja, 147 idosos por cada 100 jovens.

Esperança de vida à nascença

Em 2014, a esperança de vida à nascença era de 80,4 anos, sendo de 77,4 anos para os homens e de 83,2 anos para as mulheres.

Esperança de vida aos 65 anos A esperança de vida aos 65 anos era de 19,2 anos, sendo 17,3 para os homens e 20,7 para as mulheres. Assim, a idade final estimada era de 84,2 anos, sendo de 82,3 anos para os homens e de 85,7 anos para as mulheres.

Solidão

Um outro aspeto de primordial importância é a vida em solidão, que se apresenta como um fenómeno preocupante e que abrange um número significativo da população idosa.

Pobreza

A pobreza é também uma chaga que afeta um número muito significativo dos nossos concidadãos, sendo que, em 2014, segundo o INE, a taxa de risco de pobreza para a população idosa era de 17,1%, no grupo etário de 65 e mais anos, superior em 2 pontos percentuais ao valor registado em 2013.

Saúde

A saúde é também um dos fatores que merece a atenção, tanto mais que a população portuguesa é a que tem menos número de anos com saúde a partir dos 65 anos, no conjunto dos Países da EU.

De facto, de acordo com o Inquérito Nacional de Saúde de 2014, levado a cabo pelo INE e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge:

· Mais de 60% dos idosos tem excesso de peso ou obesidade;

· Aumenta o peso da população com doenças crónicas;

· 36,5% da população reformada apresentava sintomas de depressão, sendo o grupo populacional mais afetado por esta enfermidade;

· Apenas 45,3% dos idosos estão satisfeitos ou bastante satisfeitos com a vida, valor muito inferior ao verificado nos outros escalões etários. Sublinhe-se que a satisfação é maior nos homens que nas mulheres;

· Metade dos idosos diz poder recorrer ao apoio de 3 ou mais pessoas e 40% diz poder recorrer a uma ou duas pessoas;

· Apenas 398.735 idosos (18,6%) praticam exercício físico pelo menos um dia por semana, na sua grande maioria menos de três horas;

· Parte significativa da população idosa dorme mal e tem perturbações do sono.

Um estudo recente elaborado para população com 65 e mais anos (Pro.Mo Saúde 2015) confirma alguns dos indicadores do Inquérito Nacional de Saúde.

· 63% dos inquiridos têm excesso de peso ou obesidade;

· 76% dos inquiridos têm problemas de hipertensão, dos quais metade são hipertensos;

· 81% dos inquiridos têm uma má qualidade de sono;

· 35% dos inquiridos têm problemas de solidão e de isolamento social.

(dados fornecidos pela ACADEMIA DAS CIÊNCIAS DE LISBOA)

O envelhecimento não é um problema. É um novo tempo de envolvimento social que exige respostas inteligentes, sustentáveis e inclusivas, só possíveis com um envelhecimento ativo e com a solidariedade entre gerações, assentes em três pilares: participação, saúde e segurança.

É ao nível local que existem muitos dos serviços essenciais orientados para a actividade dos idosos, tendo em consideração as características de proximidade, física e afetiva, dessas respostas sociais.

Neste domínio, destaca-se o papel das autarquias locais e das associações, do mais diverso tipo: associações de solidariedade social, associações mutualistas, associações culturais e desportivas, as universidades seniores.

O associativismo tem, por um lado, uma dimensão utilitária e funcional, de natureza económica e, por outro, uma dimensão ética, estética, fraternal e relacional, de natureza cívica e social.

A participação cívica, os bens relacionais, a melhoria da qualidade das instituições, o esclarecimento e a informação, o exercício responsável da democracia, a promoção da educação, da saúde e do lazer são, entre outros, fatores que influenciam positivamente a felicidade das pessoas.

Porém, a participação associativa não surge de forma espontânea e instantânea. Carece de ser estimulada e promovida, através de um processo de socialização de proximidade, de uma ação quotidiana de comunicação, educação e formação.

Nesse sentido, as tecnologias da informação e da comunicação podem ajudar os cidadãos seniores a diminuir o isolamento e a solidão, aumentando as possibilidades de manter contacto com familiares e amigos, incluindo as suas relações sociais através da utilização das redes sociais digitais como ferramenta facilitadora para a promoção do envelhecimento ativo.


Celeiro dos Duques de Aveiro [Pereira do Campo]

Construído no século XVI pelos Duques de Aveiro, este celeiro tinha como função recolher os cereais, principalmente o milho, proveniente das terras do ducado.



Arquitetura agrícola utilitária de ótima traça arquitetônica não só quanto à funcionalidade do interior e perfeitamente adequada à função, mas também quanto aos materiais empregues. O despojamento decorativo do edifício decorre naturalmente da função que ocupava. Celeiro dos Duques de Aveiro [Pereira do Campo]

Construído no século XVI pelos Duques de Aveiro, este celeiro tinha como função recolher os cereais, principalmente o milho, proveniente das terras do ducado.

Arquitetura agrícola utilitária de ótima traça arquitetônica não só quanto à funcionalidade do interior e perfeitamente adequada à função, mas também quanto aos materiais empregues. O despojamento decorativo do edifício decorre naturalmente da função que ocupava.

Edifício maneirista, apresenta planta retangular simples, regular, disposta longitudinalmente, massa simples. Cobertura homogénea em telhado de quatro águas. Fachada principal orientada a Oeste, composta por pano único limitado pela escada de acesso ao segundo piso e pelo cunhal pétreo; dois pisos definidos pela linha da fenestração, com uma janela gradeada e uma porta de volta perfeita no primeiro registo e uma fresta de emolduração em pedra, no segundo. A marcar a transição entre os dois, insere-se a escada de dois lanços, fruto de restauro recente o primeiro, sendo o segundo coberto por um alpendre assente em pilares, que cobre duas portas de verga reta, apresentando a principal o brasão dos Lencastre, no lintel (há notícia do brasão dos Lencastre ter sido danificado no século XVIII). Remata em cornija simples que serve de suporte ao telhado de beiral saliente. O alçado Norte tem pano único, limitado pelos cunhais e dois pisos rasgando-se no primeiro duas portas de verga reta e no outro uma janela quadrada com portadas de madeira, apresentando idêntico coroamento ao descrito atrás. O alçado Este com organização idêntica, varia no número de aberturas no primeiro registo, duas portas de verga reta alternando com duas janelas gradeadas e no segundo registo uma janela retangular e duas frestas. A Sul o celeiro encosta-se a construção mais baixa, libertando o segundo registo do alçado, no qual se rasga uma janela quadrada. O interior tem espaço único de duas naves separadas por arcada de pleno centro, com cobertura em abóbada de aresta, iluminadas pelas janelas e portas que se rasgam na estrutura murária.

Em 1989, o Celeiro sofre uma profunda campanha de restauro e consolidação estrutural, e a 2 agosto 2004 passa a ser considerado património de Interesse Municipal.

DESPERTAR PARA O DESPORTO

A opinião desportiva que mexe consigo!

Momento para restruturar os planteis, tentar garantir os préstimos dos melhores jogadores e adicionar reforços para as equipas portuguesas de futebol. Muda a época, renova-se a ambição e edificam-se novos sonhos. É sempre assim.

“Os grandes” portugueses tentam resistir ao “assalto” dos tubarões (essencialmente ingleses). O poderio financeiro desigual que cada vez mais se acentua, explica a métrica do favoritismo na Liga dos Campeões Europeus. Os maiores clubes portugueses devem tentar afirmar-se no palco nacional e na montra internacional à custa de outros fatores, que não o poderio financeiro. Sempre assim foi, mas a tendência acentua-se época a época.

A formação e a captação de jovens talentosos vindouros de campeonatos menos mediáticos, afiguram-se como as medidas mais ajustadas aos atuais desafios. A nossa formação produz como nunca – e isso são ótimas notícias. Aliando o momento certo com a reconhecida capacidade negocial dos nossos dirigentes, o futebol português pode garantir a viabilidade necessária para “alimentar” o mercado interno. A prospeção internacional de jovens talentosos afigura-se, igualmente, como uma “tradição” perfeitamente instalada no futebol português, com imensos resultados. Contudo, os maiores “tubarões europeus” começaram a perceber essa nossa estratégia de intermediar a adaptação à europa, passando a investir mais e melhor no seu recrutamento internacional, conseguindo antecipar as investidas lusas e (quase) neutralizando as nossas mais-valias.

O interesse do “mercado internacional” pelos nossos talentos, que nos enfraquece desportivamente, será, então, um problema? Não. O problema será quando eles não tiverem interesse ou capacidade para “vir às compras” em Portugal. A fraca sustentabilidade dos nossos clubes, sobretudo pela fragilidade financeira do país, obriga-nos a “vender os anéis”. Felizmente. Com essas saídas e com esse “balão de oxigénio” abre-se espaço ao surgimento de novas pérolas, que voltarão a brilhar e a cativar os melhores clubes do mundo, garantindo o funcionamento dos clubes portugueses. 

Que comece 2022/2023.


NAS VIAGENS PELAS FREGUESIAS (TOP SECRET)

Os tempos são de mudança, com o final da época desportiva, surgem os torneios de verão que vão mantendo os clubes ativos e com os seus desportistas em plena forma.

Podemos percorrer as coletividades do nosso concelho como dos nossos vizinhos da Figueira da Foz e verificamos desde Arazede ao Paião todos eles aproveitam para dar vida dentro das suas coletividades. É essa a máxima que todos desejam, “corpo são mente sã”.

Os Carapinheirenses vestem-se a rigor para final da Taça da AF Coimbra que se vai realizar no dia 16JUN2022 pelas 17h00 no Estádio Municipal Sérgio Conceição onde vai defrontar Os Marialvas.



E no dia 05JUN2022 obteve um excelente resultado contra o Cdr Penelense no seu campo por 0-4 na 2ª fase de apuramento campeão.


Já o Ginásio Clube Figueirense esteve num torneio de Minibasquete na Maia (VIII Torneio Internacional de Minibasquete “Engº Bragança Fernandes. Onde participou com 19 atletas onde tiveram uma excelente participação.


Marchas de Santo António!

Atlético Clube Montemorense!











Já no desporto o Atlético Clube Montemorense, este mês junho vai realizar a primeira edição do Torneio ACM CUP para todos os escalões da sua formação!
🟢ACM CUP⚪️
✅ 23 CLUBES
✅ 48 EQUIPAS
✅ 625 ATLETAS
✅ 3 DIAS DE FESTA DO FUTEBOL JUVENIL


A festa do futebol juvenil chegou a Montemor-o-Velho!

19 JUNHO – SUB10/SUB11

25 JUNHO- PETIZES/TRAQUINAS/INFANTIS

26 JUNHO – INICIADOS/JUVENIS

 

23º edição do Torneio de Futebol Juvenil de Montemor-o-Velho com 400 atletas em campo.

XXIII Torneio de Futebol Juvenil do concelho de Montemor-o-Velho

Contado com a presença de representantes dos clubes do concelho:

- Associação Desportiva Cultural e Recreativa (ADCR) de Pereira 

-Atlético Clube Montemorense – ACM

-Clube Desportivo Carapinheirense

-Grupo Desportivo “Os Águias”.

Fica aqui o sorteio dos jogos:

XIII Torneio de Futebol Juvenil 2022 | 

Calendário Jogos 

30 de junho | quinta-feira

Hora                Equipa A         Equipa B         Escalão

18h                  GDA                CDC               Infantis

19h                  ACM – B          ADCRP             Infantis

20h                  CDC                 ACM - B          Infantis

21h                  ADCRP             ACM- A           Infantis

 

1 de julho | sexta-feira

Hora                Equipa A         Equipa B         Escalão

18h                  Ribeirense      CDC - B           Iniciados

19h                  Ribeirense      Vigor               juvenis

20h                  CDC - A            ACM                Iniciados

21h                  GDA                ACM                juvenis

 

2 de julho | sábado

Hora                Equipa A         Equipa B         Escalão

9h                    CDC                 GDA - A           Benjamins

9h                    ACM- A           CDC                 Infantis

10h                  CDC                 ACM - A          benjamins

10h                  ACM - B          GDA                Infantis

11h                  GDA - A           ACM - A          Benjamins

11h                  GDA                ACM- A           Infantis

 

15h                  CDC                 ADCRP            Infantis

15h                  ADCRP             ACM - B          Benjamins

16h                  ADCRP             GDA                Infantis

16h                  ADCRP             GDA - B           Benjamins

17h                  ACM- A           ACM - B          Infantis

17h                  GDA - B           ACM - B          Benjamins

 

19H00             3º                    4º                    iniciados

20H00             3º                    4º                    juvenis

21h                              Final Iniciados

22h                              Final Juvenis

 

3 de julho | domingo

Hora                Equipa A         Equipa B         Escalão

9h                    ADCRP - A       ACM - A          Petizes

9h                    GDA - B           ADCRP - B       Petizes

9h40                CDC - A            GDA - A           Petizes

9h40                CDC - B            ACM - B          Petizes

10h10              ACM - A          CDC - A           Petizes

10h10              ADCRP - B       CDC - B           Petizes

10h45              GDA - A           ADCRP - A       Petizes

10h45              ACM - B          GDA - B           Petizes

11h20              GDA - A           ACM - A          Petizes

11h20              ACM - B          ADCRP - B       Petizes

12h                  CDC - A            ADCRP - A       Petizes

12h                  CDC - B            GDA - B           Petizes

                                  

10h                  1º Série A        2º Série B       Benjamins

11h00              1º Série B        2º Série A       Benjamins

 

Hora                Equipa A         Equipa B         Escalão

15h                  1º Série A        2º Série B       Petizes

15h                  1º Série B        2º Série A       petizes

15h40              4º Série A        4º Série B       Petizes

15h40              3º Série A        3º Série B       Petizes

16h10              Vencido           Vencido          Petizes

16h10              Vencedor        Vencedor        Petizes

15h00              GDA                ADCRP             Traquinas

15h00              ACM                CDC                 Traquinas

15h45              ADCRP             ACM                Traquinas

15h45              CDC                 GDA                Traquinas

16h30              CDC                 ADCRP            Traquinas

16h30              ACM                GDA                Traquinas

15h                  3º Série A        3º Série B       Benjamins

16h00              Vencido           Vencido          Benjamins

17h00              Vencedor        Vencedor        Benjamins

 

Irão ser dias repletos de momentos inesquecíveis, novos desafios, alegria e muita diversão!

CASA DO BENFICA, participou no 11° Torneio São João,

Rui Mora, coordenador do Futsal da Casa do Benfica referiu que "hoje foi dia do torneio dos Traquinas, novamente em São João. Quatro jogos em que os nossos Petizes brilharam, dando alegria e motivação aos mais velhos.


A jogar com equipas mais adultas em qualidade e quantidade, fomos brindados com o "Gustavo" guarda-redes do São João que nos deu uma ajuda, obrigado Grande Gustavo. Foi uma tarde bem passada, obrigado aos pais presentes pela ajuda e apoio."

Ainda por Montemor-o-Velho damos também os parabéns a todos os atores e restante participantes que levaram a palco Jorge Retorna a Montemor,


 nas 6 sessões no Teatro Esther de Carvalho em Montemor-o-Velho que esteve sempre esgotado o que nos merece o nosso Bem Haja.

informação complementar:

Autor: Armando Nascimento Rosa
Encenação e espaço cénico: Diogo Carvalho
Versão dramatúrgica: Diogo Carvalho (com colaboração do
autor)
Música original: Armando Nascimento Rosa, com arranjos de Miguel Silva
Elenco: Carlos Cunha; Fernando Capinha Lopes; Gustavo Santos; Judite Maranha; Raquel Nobre; Rui Almeida; Sara Pintor
Músico: Custódio Monteiro
Figurinos: Espólio do Município de Montemor-o-Velho (com a colaboração de Judite Maranha)

Sonoplastia: Ricardo Santos
Apoio vocal: Cristina Faria
Apoio ao movimento: Ana Figueiredo
Caracterização: Daniela Claro
Fotografia: Jorge Valente





POESIA

Refúgio

Pedi para ficar
Onde o vento não ousa,
Onde o verde repousa,
Onde o ar acaricia…
Pedi para ficar
Longe do clamor do mar
Num céu de azul sem par
Onde o sol alicia…
E nesta paragem ficarei
Até que seque a semente do medo
Lastro inútil que carrego há anos,
Noite eterna do meu degredo
E nesta paragem ficarei
Até que o verde, faça verde o meu olhar
Até que o silêncio entorne a minha alma
E nela me possa deitar…

O mar azul estende-se para longe…

Ondas suaves beijam a areia dourada,

desenham sulcos caprichosos

que se espraiam preguiçosos e lentos…

 

O azul desse mar deslumbrante

de água límpida, cristalina

é um azul inconfundível,

é a cor da promessa do sossego desejado.

É a luz que sorri constante,

tem a cor de uma felicidade

feita de luz e brilho na areia leve.

A brisa ligeira move levemente as águas,

dá mais vida ao azul que busca a distância,

essa distância em que o azul permanece

agora com outra tonalidade,

com esse azul profundo,

dourado por raios de sol intenso

que esconde a grandeza da conquista imparável,

muito para lá do horizonte.

 

Lá, onde o azul do mar

sabe sempre a sal e a infinito.

SÊ TU MESMA!

As pessoas são irracionais,

ilógicas

e egocêntricas...

ama-as mesmo assim!

Se tens sucesso em tuas realizações,

ganharás falsos amigos

e ao mesmo tempo

verdadeiros inimigos...

terás sucesso mesmo assim!

O bem que fazes será esquecido amanhã...

fá-lo de coração aberto, serás recompensada!

A sinceridade e a franqueza

nunca fez mal a ninguém...

Se deres aos outros o que tens de melhor,

podes magoar-te…

por vezes

corremos riscos...

mas, aquela que não corre nenhum risco

não faz nada,

não tem nada

e

não é nada...

continua...

e

sê tu mesma!

mesmo que o ser humano se esqueça

de reconhecer o valor das pessoas...

continua o teu caminho…

e

sê tu mesma!



O MUNDO NOS OLHOS!

 

Olhos puros, olhos doces

Promessas de sol nascente

Roubam a alma da gente

Onde nascem horizontes

Bebemos neles sedentos

Água de todas as fontes…

 

Olhos que despem a vida

Que nasceu, quando nascemos

Fontanários de água pura

São uns olhos tão serenos

De uma pureza tão límpida

Que morrem, quando morremos!

 

Olhos que riem e que choram

São olhos que tanto sentem

Trespassam a nossa mente

São olhos que se enamoram

Olhos assim nunca mentem!

 

Promessas de primaveras

Em tudo são transparentes

Por vezes até inocentes…

São uns olhos que a alma despem

E a aprisionam sem ter correntes…

 

AUTORIA: ISABEL TAVARES (© Direitos de Autoria Reservados)


POLÍTICA

A remodelação que tarda em ser feita

 

Nas últimas semanas temos assistido a uma enxurrada de notícias sobre o SNS e o caos que está instalado nas urgências hospitalares. Parece que retrocedemos 50 anos nos cuidados de saúde.

De tal forma que verificamos que há determinados serviços que já estão encerrados.

A falta de recursos humanos e condições de trabalho são os maiores problemas registados e reivindicados pelos profissionais de saúde.

Ora ao fim de dois anos de pandemia em que se pediu um enorme esforço ao SNS e onde foram prometidas medidas para reformular, reforçar e remodelar o SNS é triste verificarmos que de dia para dia a saúde em Portugal está a degradar-se a olhos vivos.

As promessas são muitas, mas ações são poucas ou nenhumas.

Para além disso assistimos aos governantes as chutarem as culpas de uns para ou outros sem nunca apresentarem soluções para inverter esta situação.

Portugal que se gabava de ter um serviço nacional de saúde universal, transversal e de boas condições, cada vez mais assistimos a uma degradação total.

Por um lado, os profissionais de saúde cada vez mais se afastam do serviço público por falta de condições salariais e de trabalho. Por outro lado, temos a população em geral que cada vez sofre mais com a falta da prestação de serviço. 

As pessoas que têm dinheiro ainda conseguem recorrer ao serviço privado, no entanto aqueles que não têm dinheiro nem possibilidade de recorrer ao privado ficam sem respostas para os seus problemas.

É irónico verificarmos que é o socialismo que está a matar o SNS. Um serviço que se pretende que consiga dar resposta às necessidades gerais da população cada vez fica mais aquém das expetativas.

Aqueles que se dizem os “pais do SNS” estão a ser os principais coveiros desse mesmo SNS.

É preciso que o ministério da Saúde comece rapidamente a tomar medidas e a remodelar o SNS para estancar esta degradação. Se a atual ministra não faz aquilo que lhe compete então que se comece a remodelação pela maior responsável pelo atual estado da saúde em Portugal.

Precisamos de começar a reverter esta situação. Ainda não chegou o Verão com o “boom” de turistas e emigrantes e já estamos a rebentar pelas costuras. Se nada se fizer quando chegarmos a essa altura iremos verificar uma situação ainda pior. 

Agora que os socialistas têm a tão desejada maioria absoluta não têm desculpas para não fazer aquilo que tem de ser feito.

Vamos ver se têm a coragem de transformar o SNS ou se vão continuar a ser os “coveiros” do SNS e deixar os portugueses entregues à sua própria sorte.


Eu..ta..násio…!

 

Eu queria evitar falar de eutanásia, ignorá-la, relativizá-la, banalizá-la, deixar que outros o fizessem por mim!

Mas não sou capaz, está-me na massa do sangue meter-me em sarilhos e atirar-me ao primeiro imbróglio que me vem à cabeça,  por um lado porque este assunto se tornou numa oportunidade imperdível de palco para os inúmeros pavões armados em profissionais dos media que nos ocupam os ecrãs dos televisores vinte e quatro horas por dia e noite, que emitem opiniões, falam sobre tudo e pululam entre a política, a ciência, a intelectualidade, a religião, o comentário profissional e o nada, fazendo de conta que em novos (ou já velhos) caíram no caldeirão da sapiência e estão preparados para o que der e vier...!

Se o assunto não fosse sério, as asneiras que se têm dito e redito da eutanásia davam para rir e ridicularizar quem as profere, designadamente aquela percentagem de deputados PSD, Chega e PCP que votaram contra, supostamente para defenderem a vida e tornar óbvio que quem tenha votado a favor é partidário da morte!

Até me arrepio só de pensar que os comunistas, provavelmente não serão todos, “valha-nos Deus”, passaram de comer criancinhas ao pequeno-almoço a protetores de velhinhos que os malandros do PS, IL, BE, Livre e meia dúzia de deputados do PSD, pelos vistos querem eutanasiar ao primeiro tremedor.

Que parvoíce, como se a eutanásia tivesse a ver exclusivamente com a população sénior ou fizesse diferença quem pensa o quê. A maior parte dos hipotéticos “beneficiários” será quem, não tendo hipótese de reverter doenças terminais e causadoras de sofrimento crónico confirmado por “colégios médicos e psicológicos”, desejem pôr fim à vida ou, quando, estes se encontrem em situação de comas prolongados e irreversibilidade declarada, os seus familiares diretos aceitem ou reclamem o desligamento dos suportes de vida. 

Quanto à retórica e ao pseudodebate em curso, não é mais do que o conservadorismo português a tentar puxar para trás, arvorando-se mais uma vez em defensor de causas sociais e morais que não passam de estertores e tentativas inúteis de evitar que os eutanasiemos filosoficamente e mandemos às urtigas.

Quanto aos idosos pobres que são a maioria no nosso país, tenho a certeza de que estas matérias lhe são relativamente alheias e não passam de modernices, pois, do mesmo modo que não têm direito a suportes de vida que lhe prolonguem a existência para além da sua própria resistência ou vontade de viver, também estão certos que jamais serão prioritários ou beneficiários dos melhores cuidados sociais e de saúde, e muito menos os que contemplem a possibilidade de virem a ser eutaniziados.

Além disso, encontrando-se uma boa parte institucionalizada (os tais dos 1500€ que as misericórdias cobram no mínimo aos próprios e/ou às famílias), não estou a imaginar nem os familiares nem as instituições a reconhecerem a vantagem de tirar ou acrescentar vida a quem pouco ou nada tem, nem teve e não terá!

Em síntese, estando a discussão instalada nos meandros da alta política, claro que este é um assunto que divide a sociedade portuguesa, mais pela estratégia política do que pelos valores que lhe estão subjacentes, não sendo difícil vislumbrar no Presidente da República a oportunidade de dar continuidade às picardias não radicais com o PS, ao PSD ensaiar o namoro com o Chega, o PCP confirmar o inenarrável momento que atravessa e o PS apregoar o excelente momento e a maioria absoluta.

 

Clik na AQUI

Inspirado em acontecimentos verdadeiros, traduzido em diversas línguas e largamente difundido pelo mundo inteiro, "O Homem Que Plantava Árvores" é uma história inesquecível sobre o poder que o ser humano tem de influenciar o mundo à sua volta. Narra a vida de um homem e o seu esforço solitário, constante e paciente, para fazer do sítio onde vive um lugar especial. Com as suas próprias mãos e uma generosidade sem limites, desconsiderando o tamanho dos obstáculos, faz, do nada, surgir uma floresta inteira - com um ecossistema rico e sustentável. É um livro admirável que nos mostra como um homem humilde e insignificante aos olhos da sociedade, a viver longe do mundo e usando apenas os seus próprios meios, consegue reflorestar sozinho uma das regiões mais inóspitas e áridas de França.








Uma Sangria de frutas de verão cai sempre tão bem. Nestes dias mais quentes, seja para complementar uma refeição deliciosa, como para refrescar ao fim do dia.

Escolha as frutas que mais gostar como de melancia, pêssego, cerejas, morangos, ou outras e terá uma bebida que fará as delícias de todos os graúdos aí de casa!

INGREDIENTES

400 g de fruta variada de verão (melancia, pêssegos, cerejas, etc.)

1 limão

1 l de vinho branco

200 ml de água com gás

3 colheres (sopa) de açúcar mascavado

2 paus de canela

Hortelã q.b.

Cubos de gelo q.b.

INSTRUÇÕES DE PREPARAÇÃO 

Num almofariz, esmague algumas folhas de hortelã com o açúcar mascavado e o sumo do limão.

Deite o preparado anterior num jarro, adicione a fruta, arranjada e cortada em pedacinhos, e misture delicadamente.

Adicione o vinho e a água com gás, acrescente os paus de canela e alguns cubos de gelo e folhas de hortelã e misture. Sirva a sangria bem fria.

sugere quem sabe

Pode aromatizar a bebida com anis estrelado, pimenta rosa e bagas de zimbro.





Artigo 19.º

Todo o indivíduo tem direito à liberdade de opinião e de expressão, o que implica o direito de não ser inquietado pelas suas opiniões e o de procurar, receber e difundir, sem consideração de fronteiras, informações e ideias por qualquer meio de expressão.

quarta-feira, junho 1

BARCAÇA_18

 


Dia Mundial das Crianças!

Dados das Nações Unidas a cada 10 minutos morre uma criança de fome no Iêmen, as agências humanitárias preveem a morte de 400 mil crianças menores de cinco anos em um ano; total de menores deslocados pela violência chega a 1,7 milhão; conflito de seis anos deixou 2 milhões de alunos fora da escola.

"Os governos devem se concentrar no financiamento de programas urgentes de resposta à fome e proteção social para salvar vidas agora, em vez de fechar negócios no setor armamentista que só perpetuam os conflitos, a guerra e a fome", apelou a ONG. "Precisamos de mais ação para criar formas mais justas, resilientes e sustentáveis de alimentar o mundo."

Com as alterações climatéricas não bastassem para crise da fome, veio uma guerra que dura há mais de 100 dias (Ucrânia) que criaram consequências arrasadoras para crianças. A ONU divulgou que mais de 5,2 milhões de menores de idade ucranianos dependem agora de assistência humanitária, incluindo 2,2 milhões que estão refugiados.

Nunca foi tão difícil ser-se criança no mundo como neste Mundo mudança, seja pelos problemas climatéricos, seja pela guerra seja pela indiferença das pessoas.

Criar condições para assegurar o bem-estar deles será para nós uma vitória, ter melhores condições de saúde, educação que chegue a todos desde o berçário, mas será isso que os nossos políticos estão a fazer?

Todos os nossos colaboradores nesta edição da Barcaça olham com um olhar crítico para os direitos das crianças, mas dão soluções, alternativas, olhares e só por isso sinto-me feliz por não esquecemos que um dia fomos crianças.

(TOP SECRET)

HOJE DIA DA CRIANÇA

 


Era eu muito menino e a caminho da escola, recordo-me de passar em casa do meu primo-avó que era carpinteiro. Tinha por ele um grande carinho que já vinha da minha primeira infância quando, por altura de um Natal me presenteou com uma cadeirinha pequena para que eu pudesse chegar à mesa colocando-a em cima da cadeira dos adultos. 

No seu escritório de trabalho, onde a serradura predominava a sua bancada cheia de ferramentas e tornos tinha sempre um cantinho para mim e era por essas alturas que lhe pedia um pião, porque se partiam com alguma regularidade nos jogos na escola, onde por vezes, soltávamos a nossa raiva.

Nesse tempo eu era o rei dos botões, tinha de todos os tamanhos e qualidades e os que comigo jogavam, sabiam bem a importância de ter muitos botões para que não fossemos para casa a segurar as calças.

Ali, à distância duma corrida, ficava o “nosso” rio, onde brincávamos, nadando e saciando a nossa sede.

Poderei dizer que foram os anos mais alegres que vivi, onde a camaradagem era pura, sincera e sem dinheiro se faziam as amizades que conservo até hoje.

Em casa, à ordem e disciplina de duas tias, com hábitos cronometrados porque nesse tempo tudo era difícil, ajudava a Tia-velha a levar o cântaro até à fonte que ficava na encosta do castelo, colocava as brasas no ferro de passar para outra tia, que era costureira. E, ali mesmo ao nosso lado, uma vez por semana, via sair do forno a broa enquanto um pote cheio de água aquecia constantemente para lavar os pratos e tachos.

Nesses dias, da cozedura da broa, ficava ali sentado, olhando porque sabia que à entrada do forno estava a surpresa: uma broa mais pequena, cheia de petinga que depois, molhada num prato com azeite fazia as nossas delicias.

A infância que recordo traz com ela, os jogos e as brincadeiras que foram uma parte muito importante do nosso crescimento, jogávamos ao berlinde, ao prego, ao cavalo. Mas logo ao toque da sineta, entravamos para sala de aulas… recordo-me que havia quatro filas de alunos e cada fila correspondia a um ano escolar, por isso tínhamos os mais pequenos (eu) primeira classe e os de bigode da quarta classe.

Ali, ao lado ficava a sala do suplicio, porque quem andou por estes lados recorda o professor Teixeira, na sua sala, os miúdos andavam a "toque de caixa" e por isso, mais parecia uma aula de canto lírico… todos gritavam, mas desafinados.

No regresso a casa, ainda tínhamos tempo de ir aos marmelos do moleiro que era sempre um alto risco, mas que, miúdos traquinas, gostávamos de sentir adrenalina da fuga.


Ao chegar a casa e depois de fazer os deveres, descia a rua, até ao centro do universo, a Praça da vila. Era aí que tudo acontecia, chegavam as notícias, sentíamos o cheirinho das espigas, ouvíamos as conversas dos mais velhos e, antes que as luzes se acendessem, lá voltávamos para casa. No meu colchão de penas desaparecia por completo até ouvir cantar o galo.

Hoje ao recordar estas passagens sinto-me feliz. Por ter sido a criança que corria para rio e tirava os sapatos, para estar igual aos demais, mesmo sabendo que na volta a Tia-velha, lá me dava o raspanete.

Mas, em cima da mesa, lá estavam os celebres pasteis de arroz com cebola e salsa que ainda hoje adoro.

Que todas as crianças sejam FELIZES como eu fui.


Alcáçova Real [Palácio das Infantas]

Foto de António Barriga

Espaço onde habitaram infantas, reis e rainhas, a Alcáçova Real do castelo de Montemor-o-Velho terá sido edificada, de acordo com a tradição, por D. Urraca, mulher de D. Raimundo, no dealbar do século XII.

Anos mais tarde, nos primórdios da nacionalidade, D. Teresa, condessa do Condado Portucalense e o seu filho, D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, procederam a reformas no castelo de Montemor-o-Velho.

Foto de Deolindo Pessoa

D. Sancho I, sucessor do fundador do Reino, doou o castelo e os seus domínios à filha, D. Teresa que atribuiu o foral à vila e que, juntamente com a sua irmã D. Sancha, remodelou profundamente a Alcáçova Real, transformando-a num típico paço senhorial, atualizado em relação aos principais conjuntos palacianos da época.

Crê-se que foi nesta Alcáçova Real que, em 1355, D. Afonso IV reuniu com os seus conselheiros para decidir a morte de D. Inês de Castro, uma nobre galega por quem D. Pedro, futuro rei, se havia apaixonado e com quem mantinha um romance.

Foto de Deolindo Pessoa


Entre 1996 e 1999, o IPPAR procedeu à consolidação das suas ruínas (sendo apenas visíveis algumas paredes que atestam a sua origem medieval e alguns elementos quinhentistas do período manuelino) e à construção de uma Casa de Chá – um espaço moderno, envidraçado e com uma ampla esplanada integrada nas muralhas, da autoria do arquiteto João Mendes Ribeiro.

DESPERTAR PARA O DESPORTO

A opinião desportiva que mexe consigo!

No Dia Mundial da Criança importa sublinhar a relevância que o desporto, e fundamentalmente a atividade física regular, assumem no seu crescimento e desenvolvimento harmonioso. A vários níveis. Não apenas no quadro das competências motoras, mas também na estruturação da personalidade e na natureza das interações sociais.

Somos, definitivamente, uma sociedade sedentária. Os mais recentes estudos colocam-nos, cada vez mais, na cauda da Europa no que respeita à quantidade de prática de atividade física. Se essa situação se interliga diretamente com a saúde e com o bem-estar da população, no caso particular das crianças o impacto é ainda maior. Para além de comprometer o estabelecimento dos circuitos neuronais indispensáveis à realização de movimento, fragiliza transversalmente a estrutura corporal, sobretudo desperdiçando o potencial acentuado das fases sensíveis de crescimento e, com isso, comprometendo o equilíbrio do processo evolutivo.

O desporto é, ainda, um meio de afirmação entre pares. Aqueles que se destacam pela competência numa determinada modalidade, acabam por ser reconhecidos e valorizados no grupo de amigos – principalmente no caso do Futebol, pelo mediatismo e relevância cultural que envolve a modalidade no nosso país. Desta forma, a criança encontra no desporto uma forma de estruturação da própria personalidade, definindo e descobrindo o seu papel social.

Assim, devem estimular-se nas crianças, desde bem cedo, hábitos de prática de atividade física, quer em contexto formal e competitivo, quer em enquadramentos menos organizados e com maior cariz lúdico e recreativo. A família, a escola e os clubes são elementos centrais na luta contra o sedentarismo. A família, pela transmissão de valores e pela valorização da prática de atividade física. A escola, pela disseminação do conhecimento e pela relevância da Expressão Físico-Motora e da Educação Física. Os pequenos clubes pelas profundas raízes sociais, pela proximidade e pela influência local que sempre os caracteriza.

Se ideologicamente juntos, estes três fatores são essenciais ao combate ao sedentarismo. No entanto, nem sempre isso acontece. Para o efeito, seria determinante ativar e valorizar o Desporto Escolar, que se encontra praticamente moribundo em Portugal. Ao Desporto Escolar competiria proporcionar, em regime escolar não formal, contextos de regularidade de prática de atividade física envolventes e massivos, que motivassem, que estimulassem e que fossem, simultaneamente, geradores de hábitos e capazes otimizar o estilo de vida das nossas crianças. Reformule-se e reinvista-se no Desporto Escolar.

Salomão a morrer...

Estava um Dia Salomão a meditar e pensava que a sabedoria lhe fora dada em tal dimensão que pouco ou nada lhe faltava aprender.

 Feliz com tais pensamentos quase dormitava, quando apressado chegou um petiz que fazendo uma vénia lhe diz:

 - Meu Senhor, meu Senhor, minha mãe mandou que lhe pedisse uma brasinha do seu lume, pois a nossa cinza já não tem nenhuma.

 O grande Rei olhou o pequeno e disse:

 -Olha lá moço, eu de boa vontade te dou lume pois é digno de castigo que a tal se escusa, mas onde vais tu levar o lume sem te queimar?

  - Majestade, Majestade, se colocar na minha mão um pouco de cinza e em cima da cinza uma brasa bem boa, diz a minha mãe que conseguiremos fazer um bom lume

 Salomão olhou o pequenino, e logo mandou que lhe trouxessem o lume.   Olhando como o rapaz acomodava a cinza e o lume sem se queimar exclamou:

 - É assim o mundo, Salomão quase a morrer, Salomão a aprender.


Memórias minhas e afetos meus numa habilidade de sobrevivência do meu instinto, de tal forma enraizado na minha temporalidade, que raramente em circunstâncias festivas, ou conversas de café, não esqueço os fundadores do Atlético Montemorense, ou se quisermos para não sermos egoísta, de outras coletividades na terra montemorense.

Por mim envelhecido no meu tempo ousado e desgastado, há em mim e em todos nós, a verdade crua da raiz do pensamento, movido no presente com as memórias felizes ou não do passado.

A vitória do A C.M. na Final da Taça da Inatel,


sobre o Seixo de Mira por 3-1, naturalmente festejada ao rubro em Condeixa e depois em Montemor, dando vida na Praça Da República Tão Triste E Sem Fulgor, trazendo-me por isso no primeiro comentário na BARCAÇA, uma palavrinha sobre os fundadores do ATLÈTCO MONTEMORENSE, em 1939, do século passado.

Se festejamos no presente as vitórias desportivas, se o A.C.M. vive um período brilhante da sua história, repleto de juventude nas competições desportivas, não é de todo arriscado, sem pieguices saudosistas, recordar agora os seus fundadores, com os quais conversei, cortando-lhes a barba e o cabelo.

Mas os afetos não estão nesta particularidade tão pessoal como intimista, o que está em causa é a gratidão que lhes devemos para sempre, quando se sabe que a felicidade no presente, alguém sonhou e trabalhou em 1939, deixando uma semente renovadora e constante até aos nossos dias. 


Eu canto...

Eu canto quem parte
Contra o vento, contra tudo
Que reage e não se fica
Neste marasmo absurdo
Eu canto a coragem
De quem vê mais além
E não renega o passado
Pois o passado o sustem
Eu canto quem acredita
Que tem mãos de seiva
Que alimenta os seus filhos
Com a futura colheita

Mas canto quem permanece
Com alma de partir
Carrega o fardo do tempo
Com tempo para sorrir
Eu canto quem rasga a terra
Com jeito de afagar
Se não chove, que importa
Com lágrimas a vai regar
Eu canto quem espera
Pois a espera fortalece
E trás no ventre a certeza
Que amanhã, amanhece

Eu canto o poeta que chora
Que se revolta e implora
Que virem esses caminhos
Para não ter de ir embora

Os sinais de ti

 

Andam por aí, perdidos,

os sinais de ti …

Presença constante

nos sonhos que se abrigam

em cada recanto …

Permanecem serenos e impalpáveis,

discretos, sem reagir,

mesmo ao som dos meus passos

repetidos…

indiferentes ao eco distante

da minha voz,

surdos perante a luz

que brota dos silêncios,

da luz dos sons,

dos murmúrios perdidos,

na busca constante

dos sinais de ti

que a brisa ligeira agita e revolve

por saber que existem

os sinais de ti …

SÊ TU MESMA!

As pessoas são irracionais,

ilógicas

e egocêntricas...

ama-as mesmo assim!

Se tens sucesso em tuas realizações,

ganharás falsos amigos

e ao mesmo tempo

verdadeiros inimigos...

terás sucesso mesmo assim!

O bem que fazes será esquecido amanhã...

fá-lo de coração aberto, serás recompensada!

A sinceridade e a franqueza

nunca fez mal a ninguém...

Se deres aos outros o que tens de melhor,

podes magoar-te…

por vezes

corremos riscos...

mas, aquela que não corre nenhum risco

não faz nada,

não tem nada

e

não é nada...

continua...

e

sê tu mesma!

mesmo que o ser humano se esqueça

de reconhecer o valor das pessoas...

continua o teu caminho…

e

sê tu mesma!


CRIANÇA


No colo de sua mãe,

Seu alimento tomou,

E com a seiva que a criou,

Cresceu e desabrochou!


Mãozinhas tão delicadas,

Seus dedinhos de cristal,

Quem à criança faz mal,

É monstro... feroz animal!


Teu riso alegra o mundo,

Teus olhinhos... limpidez,

Há um amor tão profundo,

No ventre de sua mãe,

Já na própria gravidez!...


Toda a criança é uma luz

Que ilumina a terra inteira,

Cintila de tal maneira,

Que apaga a escuridão,

E traz júbilo ao coração!...


És luz, és vida... és futuro

És sol, és estrela, és flor...

Brinca, brinca doce amor,

Que a vida passa a correr! 


Nós temos que compreender

Que há uma criança em todos nós

Se a deixarmos morrer,

Se não a alimentarmos

Morreremos também nós.


És luz, és vida... és futuro

És sol, és estrela, és flor...

Brinca, brinca doce amor

Que a vida passa a correr! 

CLIK PARA OUVIR O POEMA





Falta de Funcionários – Fecho de Serviços Públicos 

Na última reunião camarária os vereadores da oposição (coligação PPD/PSD – CDS/PP) levantaram uma questão de extrema importância e de grande preocupação política.

O problema está relacionado com a falta de recursos humanos nos registos civil, predial e comercial do concelho de Montemor-o-Velho. Aliás um problema transversal à maioria dos serviços públicos.

Esta situação reflete-se bastante no serviço prestado à população uma vez que os poucos funcionários que existem encontram-se severamente cansados e desgastados, tendo de fazer o dobro do serviço que era suposto ser feito.

Para além disso estamos a falar de funcionários numa faixa etária acima dos 50 anos o que permite perceber que não tem existido uma preocupação de começar a incluir jovens que possam, num futuro, dar continuidade ao serviço prestado.

Esta interpelação feita pelos vereadores foi bem acolhida pelo Presidente da Câmara que votou favoravelmente.

No entanto esperemos que as coisas não fiquem por aqui e que realmente se faça alguma coisa para inverter esta situação.

É preciso passar das palavras às ações para que situações deste género deixem de acontecer.

É preciso agir já para que o pior não aconteça.

Se não daqui a uns anos quando estes funcionários se reformarem iremos assistir ao encerramento destes serviços públicos. Tal como aconteceu com as extensões dos serviços de saúde em determinadas freguesias do concelho de Montemor-o-Velho.

Nessa altura também o Presidente da Câmara disse mil uma coisas, mas o que é facto é que não fez nada para impedir o encerramento das diversas instalações de saúde.

No final da história a população assistiu ao encerramento dessas extensões de saúde e acabou por sair prejudicada.

Esperemos não estar a dizer o mesmo daqui a uns anos relativamente a estes serviços onde mais uma vez será a população de Montemor a sair prejudicada na sua qualidade de vida.

Bloco de Esquerda

Montemor-o-Velho 

Dia Mundial da Criança 

Abrem-se as portas do Verão e com a entrada em Junho celebra-se o dia das crianças. As escolas ficam mais alegres e os mimos prometidos encantam os pequenotes. Aqui por casa já se informou com risinhos que amanhã é almoço de hambúrguer na cantina. Com pão e tudo, papá! Também há batatas fritas e chocolate, afiançaram-me. É por estes sorrisos que nos enternecem a todos e conseguem alegrar, de um jeito desarmante, até o mais gélido dos corações, que não apenas hoje, mas todos os dias temos o dever cívico, social e político de procurarmos a construção de um futuro melhor, mais digno, mais harmonioso, mais humanista e mais amigo do planeta e de todas as outras espécies com as quais o partilhamos.

É bom viver-se criança no concelho de Montemor-o-Velho, sê-lo à certamente, também é belo o sentimento que guardo desse tempo, e infelizmente não é preciso esforço para reconhecer instantaneamente tantos sítios onde não gostaríamos de crescer. Mas esta verdade não esgota que se nos exige fazer do município melhor, que há muito que podia e deveria ter sido já feito, e que velhos problemas e novos desafios continuam à espera da resposta política, da ação executiva, do querer individual e social.

É verdade que desde a minha meninice, 4 décadas atrás, já haverá uma piscina, uma praia fluvial vigiada, trabalho em desporto escolar, um espaço de biblioteca mais prazenteiro, um centro de saúde mais organizado e estendido à periferia, mas que perdeu o atendimento permanente que tantas vezes me curou as chatas amigdalites e altas febres noturnas de menino, portanto isso ainda é muito curto e fica objetivamente muito aquém das justas ambições dos munícipes.

O concelho ainda não se modernizou no seu todo, a falta de coesão territorial é muito marcada e as assimetrias entre lugares e freguesias por demais evidentes. Não é, garantidamente, tempo de sossegar. Não é, para os responsáveis políticos públicos, tempo para qualquer vaidade por obra feita. Não é. É tempo sim de por as mãos à obra, ouvindo quem justamente diz: “-Andam lá a construir aquela coisa nos Anjos e aqui temos buracos, não há passeio para os garotos e os moços e moças tem de andar imenso para apanharem o autocarro para a escola. Já viu? Eu até já falei.” Será que alguém ouviu? – pergunto eu. Haverá motivo para orelhas de mercador? Ausência de recursos? Tendência para a megalomania olvidando o prático, duradouro e funcional? Será?

Pensando em isto ainda pôr mais preocupado com a transferência para os municípios das competências, em particular no que toca à educação e saúde, no modelo preconizado pelo atual governo PS. É que o sistema além de não se apresentar à priori robusto e efetivo, acrescenta tremendos riscos de cativação, excesso de contratação externa a privados, suborçamentação e distribuição eleitoralista de recursos.

Muitas vezes basta só ouvir o idoso contemplativo no banco de rua para saber que faltam acessibilidades rodoviárias, sociais e económicas. Basta escutar a senhora que abandonou o emprego para cuidar o seu filho com doença mental a queixar-se de incapacidade para aceder ao sistema e ver tornar-se justa e digna a vida da sua família.

Basta perguntar a uma criança!

-Olha! O que gostavas de ter aqui na nossa terra?

-Então - é obvio – gostava de ter melhores sítios para brincar com os meus amigos e as minhas amigas, gostava de ter mais espaços públicos para estar com a minha família, gostava de ter mais campos para jogar, gostava que houvesse mais sítios para nadar e tomar banho, gostava de ter mais modalidades para praticar na escola, mais aulas para dançar e fazer teatros, gostava de ter uma mata para correr e acelerar de bicicleta e gostava de ter um jardim bonito e fresco.

Cumpra-se o óbvio sonho. Obrigado, crianças.

Feliz Dia Mundial da Criança para todos e todas!

Aproveitando o momento em que o PSD elegeu com uns expressivos e recordistas 72% o seu novo presidente, Luís Montenegro, imagina-se que alguma coisa mudará na dinâmica do partido e que a viragem à direita será a única opção para tentar travar o crescimento do Chega e Iniciativa Liberal, aliás, tal como já foi dado a entender no discurso de vitória pelo sucessor de Rui Rio.

E vai Montenegro ter muito tempo para isso, salvo se Marcelo decidir uma vez mais intervir na política partidária ativa e vier demitir o governo em nome de qualquer pretexto ou teoria da conspiração em que é especialista, reduzindo a maioria absoluta do PS a cerca de dois anos e meio e provocando eleições antecipadas. Porque caso isso não aconteça, terá Montenegro muito caminho a percorrer e adversários a derrotar, não só nas eleições sociais-democratas como ainda nas europeias e autárquicas.

Para além disso, também importará perceber o que se irá passar em Montemor e ainda mais na Figueira…? Sendo que em Montemor haverá obrigatoriamente mudança de presidente de câmara, logo, ciclo político, o que aguçará o apetite dos que nas últimas se esconderam, mas ficaram à espera das próximas para aparecer e que não vão facilitar a vida da corajosa Maria João. Tal como no PS, onde pelo menos a vereadora Diana Andrade e o vereador Décio Matias terão cumprido três mandatos e decerto alimentarão expetativas de suceder a Emílio Torrão, decisão essa que não deixará de animar a segunda parte do mandato que ainda há pouco se iniciou.

Já na Figueira a pergunta de um milhão de euros é se Santana Lopes se recandidatará (ele diz que sim, que veio para ficar!?) e se o PS submeterá os mesmos, ou não…?

O PSD, exceto se Santana o recuperar e se refiliar, não passará da cepa torta e tardará muito tempo a lamber as feridas, por um lado porque não se vislumbra ninguém que o tire do poço e, por outro, porque se nota uma pseudogeringonça conveniente entre a maioria e o PS, que só fraturará lá mais para a frente quando já não for necessária.

Entretanto, para lá de umas festanças e ameaças de que vai ser tão bom, não se passa nada que gere otimismo no horizonte mais próximo e sugira grandes melhorias nos quotidianos destes concelhos fantásticos, mas adiados.

A Figueira da Foz está transformada num enorme parque de estacionamento, bem ao gosto da empresa que os explora e oprime todos os dias, mas que apesar de uma aparente vitalidade sazonal, continua a regredir, perder população e a repetir a fórmula que a fez definhar e banalizar.

Quanto a Montemor-o-Velho, se retirarmos as Uniões de Freguesias de Montemor e Gatões e de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca; retirarmos também as freguesias de Seixo, Liceia e Ereira, as que restam, Arazede, Tentúgal, Carapinheira, Meãs, Pereira e Santo Varão, são as únicas onde existe investimento, dinâmica, juventude e crença no futuro, pelo menos por agora!

"O Principezinho" é um dos livros mais traduzidos e lidos em todo o mundo. A história de um rapazinho com cabelos cor de ouro e de um piloto perdido do deserto vai encantando geração atrás de geração. Só um coração puro e cheio de alegria pela vida é que conseguiria expressar, de forma tão terna, um dos laços mais importantes da existência: o amor. E a verdade é que «só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos.»

 «Vivi, pois, sempre só, sem ter ninguém com quem falar verdadeiramente, até uma avaria...







Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.

BARCAÇA_MAIO

  Para garantir a redução do expediente extenuante, os trabalhadores da cidade de Chicago organizaram uma greve para o  1º de maio  de 1886....